Dilma dialoga con aliados y acusa a la oposición de apropiarse de las marchas
Dilma almoça com deputado do PSD para aproximar-se da base
Na tentativa de se aproximar de sua base aliada no Congresso, a presidente Dilma Rousseff chegou de surpresa à casa do líder do PSD, Rogério Rosso (DF), que organizou um almoço para comemorar o aniversário do presidente da legenda, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, que completou 55 anos no último dia 12.
Para espanto da cozinheira de Rosso, Dilma chegou por volta das 12h40 acompanhada do vice-presidente Michel Temer e dos ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, da Aviação Civil, Eliseu Padilha, e da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif.
A presidente chegou de surpresa e permaneceu cerca de duas horas no encontro que seria restrito a Kassab e à bancada do PSD, mas reuniu cerca de 80 pessoas.
Segundo relatos dos presentes, ela dispensou o açaí na sobremesa, mas não abriu mão do almoço que teve salada, filé ao molho madeira, risoto de açafrão e feijão.
A presidente evitou o cardápio político, mas concordou quando comentaram que o foco de seu governo deveria ser o combate à inflação.
Muito à vontade, a presidente chegou até a posar para fotos com os filhos de Rogério Rosso. Há duas semanas, Dilma tem procurado se aproximar de seus aliados no Congresso, onde vem sofrendo sucessivas derrotas.
Já reuniu em jantares no Palácio da Alvorada líderes da Câmara e do Senado. Na noite de segunda-feira, 17, jantou com os dez vice-líderes do governo na Câmara.
PARA DILMA, FHC QUIS PEGAR CARONA NAS MANIFESTAÇÕES
No mesmo dia em que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pediu sua renúncia como um «gesto de grandeza», a presidente Dilma Rousseff comentou nesta segunda-feira 17, com auxiliares próximos, que o tucano quis pegar carona nas manifestações de domingo.
O relato foi publicado pela Folha de S. Paulo. De acordo com o jornal, Dilma teria avaliado que os senadores do PSDB José Serra e Aécio Neves tentaram «tirar proveito da manifestação» anti-governo indo às ruas pela primeira vez. E que FHC quis se posicionar «para não ficar para trás».
A presidente também teria achado a fala de FHC «contraditória», se comparada a declarações anteriores do ex-presidente, em tom mais moderado.