Protestas contra Dilma con menos convocatoria, pero aún fuertes
Decenas de miles de personas protestaron el domingo en grandes ciudades de Brasil para pedir la destitución de la presidenta Dilma Rousseff y contra su Partido de los Trabajadores (PT), en manifestaciones que también expresaron un gran apoyo popular al juez federal Sergio Moro en sus investigaciones anticorrupción en el marco de la operación Lava Jato.
Fue la tercera gran protesta del año contra la jefa de Estado reelecta en octubre tras manifestaciones similares en marzo y en abril. Sin embargo, este domingo la mandataria goza de una posición más fuerte ya que logró decisiones favorables en el Poder Judicial y también solidificó su alianza con el presidente del Senado, Renan Calheiros, lo que sirvió para aislar al opositor jefe de la Cámara de Diputados, Eduardo Cunha.
En Brasilia, Sao Paulo, Rio de Janeiro y otras grandes ciudades, manifestantes atacaron al ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva. En la capital federal del país, un enorme muñeco inflable vestido de preso con la cara de Lula acompañó a las 25.000 personas que marcharon por las zonas de edificios públicos de Brasilia.
En Rio de Janeiro los manifestantes marcharon en la playa de Copacabana. En Belo Horizonte, capital del estado de Minas Gerais, la protesta contó con la presencia del senador opositor y ex candidato presidencial Aécio Neves.
En Sao Paulo los manifestantes se reunieron en las adyacencias del Museo de Arte MASP, en la emblemática Avenida Paulista.
En tanto, un grupo de militantes del oficialista Partido de los Trabajadores y sindicatos se reunieron frente a la sede del Instituto Lula, donde mostraron carteles con leyendas en defensa de la democracia.
También hubo marchas en ciudades como Belém (Pará), Maceió (Alagoas) y Salvador (Bahia), en momentos en que Brasil enfrenta una desaceleración de la actividad económica y la presidenta Dilma Rousseff se enfrenta a bajos índices de aprobación popular, con un 71 por ciento considerando su gobierno malo o muy malo.
La mandataria ha hecho llamados a la población a respetar los resultados de las urnas aunque indicó también que su gobierno escuchará los reclamos.
Manifestaciones de la derecha brasileña atacan Gobierno de Rousseff
La mandataria recibe apoyo de las organizaciones populares que proponen una concentración de respaldo para el jueves 20 de agosto.
Este domingo las calles de Río de Janeiro y Sao Paulo fueron tomadas por sectores de la derecha brasileña, con la intención de desestabilizar el Gobierno de la presidenta Dilma Rousseff, quien se ha convertido en otra víctima de Golpe Blando, como los desarrollados en otras naciones latinoamericanas.
Así lo opinó el analista internacional Beto Almeida, quien expresó que estas marchas buscan debilitar un mandato constitucional, para interrumpir el periodo de Rousseff por ser una gestión de izquierda que choca con los intereses de las grandes élites.
Mediante un contacto telefónico con teleSUR, Almeida dijo que los manifestantes responden a llamados de sectores que lo único que pretenden es derrotar a la Presidenta de Brasil, sin presentar un argumento válido o consistente.
Indicó que la mandataria cuenta con el respaldo de organizaciones y movimientos populares que están preparando una concentración para respaldar su gestión, convocada para el próximo jueves 20 de agosto.
Almedia analizó que en estas protestas predomina la clase media y alta de la sociedad brasileña; no se observa participación de sectores humildes, de la juventud ni de la población afrodescendiente.
Señaló que los manifestantes no discuten “la verdadera realidad” de Brasil, sino que sólo piden la interrupción de Gobierno de la presidenta Rousseff.
Para el analista, ha sido exitosa la articulación realizada por el expresidente Luiz Inácio Lula da Silva con el Partido de Movimiento Democrático Brasileño (PMDB), para lograr una estabilización parlamentaria al actual Gobierno y aislar al sector más radical de la derecha en la cámara.
Detalló que el exmandatario al mismo tiempo está trabajado junto a los movimientos populares.
Ataque mediático
Almeida destacó que en este país suramericano hay una “tremenda concentración de los medios en manos de la derecha que actúan como partidos políticos” y advirtió que no existe una alternativa mediática local, que pudiera dar una explicación a la sociedad sobre esta protesta, que en el caso de Copa Cabana se mezcla la manifestación con los turistas y personas que acuden también a una corrida ciclística.
Por último, afirmó que mientras se desarrollan estas protestas, los proyectos sociales en Brasil siguen avanzando y la Jefa de Estado se encuentra profundizando una serie de medidas para levantar obras de infraestructura y fortalecer la presencia de ese país en la cooperación internacional.
En contexto
En los últimos meses, la violencia se ha apoderado de Sao Paulo, donde la semana pasada fueron baleados dos hombres en Pirituba, ubicada en la zona oeste de esa ciudad.
Este viernes, una serie de ataques coordinados en la región oeste de Grande Sao Paulo, en Brasil, dejó 19 muertos y siete personas heridas, según informó la Secretaría de Seguridad Pública de ese país.
“Lula” Da Silva y Rouseff lograron llegar a la presidencia de Brasil de la mano del Partido de los Trabajadores.
Manifestações ocorreram em 24 estados e no Distrito Federal
As manifestações contra o governo Dilma, neste domingo, aconteceram no Distrito Federal e em 24 estados: AC, AL, AM, AP, BA, CE, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PR, RJ, RN, RO, RS, SC, SE, SP, TO.
Em São Paulo, os protestos estavam marcados para as 14h, mas os manifestantes se reuniram desde cedo em frente ao Masp, na Avenida Paulista. A via foi bloqueada no sentido Consolação.
Os principais grupos por trás dos protestos são o MBL (Movimento Brasil Livre), Vem Pra Rua e Revoltados On Line, além de grupos que defendem a intervenção militar, como UND (União Nacionalista Democrática) e Pátria Amada Brasil.
Em Brasília, a concentração foi na Esplanada dos Ministérios e, no Rio, na praia de Copacabana. Em Salvador, a PM informou que 4.000 pessoas foram ao Farol da Barra e, em Belém, 1.200 manifestantes.
Cerca de 25 mil pessoas participaram da manifestação deste domingo em Brasília, segundo a PM, público semelhante ao de abril. Em março, a PM estimou público entre 45 mil e 50 mil pessoas. Já os organizadores dizem que o número foi de 50 mil. O protesto terminou por volta das 12h29, quando o carro de som anunciou o final do ato e os manifestantes começaram a se dispersar.
A Polícia Militar informou que a passeata transcorreu sem incidentes. Ninguém foi preso. Os manifestantes saíram do Museu Nacional e chegaram ao Congresso Nacional.
Um dos caminhões de som puxou uma salva de palmas para o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato. Havia vários cartazes com críticas à presidente Dilma Rousseff e ao ex-presidente Lula, além de faixas com «Fora Cunha», em referência ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado de receber propina no esquema de corrupção da Petrobras.
Sol e calor marcaram manifestação na Zona Sul do Rio
A Polícia Militar e os organizadores não divulgaram, até agora, o número de manifestantes na Zona Sul do Rio neste domingo. A concentração começou por volta das 10h, na altura do Posto 5, em Copacabana. Os manifestantes, a maioria com roupas verde e amarelas, começaram a caminhar em direção ao Leme, por volta das 10h40. Pouco tempo depois, começou a ser cantado o Hino Nacional. Apesar de ser inverno, os termômetros chegaram a 31 graus na orla.
Seis carros de som deram apoio à manifestação. Em alguns dos carros havia faixas contra o governo da presidente Dilma Rousseff e de apoio ao juiz Sérgio Moro. «Viva o juiz Sérgio Mouro», dizia uma delas.
Atos na capital mineira
A Polícia Militar estima em 10 mil o número máximo de pessoas na manifestação deste domingo contra a presidente Dilma Rousseff na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. Conforme a corporação, por volta das 12h30, as pessoas começaram a ir embora.
Entre gritos de «Fora Dilma» e «Fora PT», os manifestantes se reuniram no início da manhã no Centro da capital mineira. O trânsito ficou fechado no local e cinco caminhões de som acompanharam o ato.
Os manifestantes levavam cartazes contra a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
O tucano Aécio Neves subiu em dois trios elétricos: o dos Patriotas e do MBL.»Meu partido é o Brasil», disse ele. O senador disse que não foi aos outros dois protestos, o de março e o de abril, porque o protagonismo das manifestações é dos brasileiros.
Curitiba
Na capital paranaense, os manifestantes se concentraram na Praça Santos Andrade, no Centro, e depois seguiram para a Boca Maldita. O protesto começou às 14h e e expectativa é de que mais de 5 mil pessoas participem. Desde as 12h30, a PM já fazia o reforço policial na região. Não há estimativa da PM ainda.
No Estado, os protestos começaram pelo interior: o primeiro ato foi em Paranavaí, pela manhã, que reuniu cerca de 10 mil pessoas, segundo os organizadores do Vem pra Rua.
Goiânia
Os manifestantes se concentraram na Praça Tamandaré, no Setor Oeste, para o protesto contra o governo federal, o PT e a corrupção. Policiais militares acompanharam a movimentação. Não houve registro de violência.
Porto Alegre
O movimento começa a aumentar na manifestação. Os participantes começaram a se reunir às 14h no Parcão e estenderam faixa gigante contra Dilma.
Recife
Os manifestantes que participaram do ato contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) no Recife começaram a se dispersar no início da tarde. A mobilização – que começou às 9h – percorreu cerca de 3,5 quilômetros ao longo da Avenida Boa Viagem, na orla da praia de mesmo nome.
Muitos parlamentares estiveram presentes. Os organizadores calculam que 20 mil pessoas participaram do protesto. O número, no entanto, não foi confirmado pela Polícia Militar de Pernambuco, que decidiu não divulgar estimativas relativas à participação no ato.
Por volta das 11h, quando os manifestantes deixaram o ponto de concentração, os próprios organizadores falavam na presença de 4 mil pessoas. O clima foi de tranquilidade. Muitas famílias participaram com crianças e idosos. Peça comum no vestuários dos manifestantes, camisas nas cores da bandeira brasileira eram vendidas a preços entre R$ 10,00 e R$ 15,00.
Belém
O primeiro protesto no Brasil neste domingo, que teve início às 8h, teve 4 mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar. Outras seis grandes cidades do Pará também tiveram protestos.
João Pessoa
Houve confusão entre organizadores do protesto na capital da Paraíba. Metade do grupo, que contratou o trio elétrico, impediu o restante de subir no carro. Houve princípio de tumulto, com gritaria e empurrões, e a Polícia Militar teve de intervir. O grupo impedido de protestar deixou o local do evento e foi direto para a praia do Cabo Branco. Não houve feridos.