Dilma Rousseff asegura que la crisis es «pasajera» y llama a la oposición a trabajar por la estabilidad política

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A presidenta Dilma Rousseff afirmou, nesta segunda-feira (10) que vai repudiar de forma sistemática o que chamou de vale-tudo na política. “Quem acaba atingido pela política do ‘quanto pior, melhor’ é a população”, disse.

A declaração foi feira durante cerimônia de entrega de moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida, em São Luís (MA). Dilma admitiu que o governo enfrenta um momento de dificuldade, mas garantiu que o período é passageiro.

“[Esse] é um período de dificuldades, que geralmente gera incertezas. Por isso, quero falar para vocês: não fiquem inseguros, nem apreensivos. Essa é uma situação temporária e vai passar. (…) Precisamos entender que é necessário um grande esforço do governo. Eu trabalho dia e noite, incansavelmente, para que essa travessia seja a mais breve possível”, enfatizou.

Dilma garantiu que, mesmo durante a travessia das atuais dificuldades, o governo não vai abandonar os programas sociais. “O Minha Casa, Minha Vida, o Mais Médicos, que aqui trouxe grandes contribuições [ao estado]. Porque em muitos municípios do Maranhão não tinha nenhum médico”, lembrou.

“Quero dizer a vocês que vamos continuar destinando os recursos públicos para habitação popular sim. Não vamos deixar haver retrocesso nos programas. Falo não para aqueles que já receberam a casa própria, mas para os que ainda vão receber. (…)Não vamos deixar de garantir que haja acesso de pessoas mais pobres ao ProUni, ao Fies. Não vamos recuar do Bolsa Família. Enfim, vamos manter os programas sociais”, enfatizou.

Dilma falou ainda sobre o Pronatec e da garantia de financiamento para os pequenos e micro empreendedores. A presidenta destacou que é preciso vencer o medo e ter persistência para realizar grandes obras. “Se, lá atrás, tivéssemos tido medo e achado que não íamos conseguir fazer 200 mil casas [no Minha Casa, Minha Vida], hoje não teríamos essa cerimônia aqui. Porque estamos chegando agora à entrega de mais de 2.500 casas”.

Ainda sobre o esforço para superar as atuais dificuldades, a presidenta acrescentou que é preciso que, neste momento, as pessoas pensem primeiramente no Brasil, naquilo que é útil para a Nação e para a população brasileira, deixando de lado seus interesses pessoais imediatos. E condenou o vale-tudo para atingir seja os governos federal, estaduais ou municipais.

“É preciso que as pessoas prensem primeiro no Brasil (…) e só depois pensem em seus partidos e em seus projetos pessoais. O Brasil precisa de estabilidade para fazer essa travessia”, disse.

Alertou ser necessário que as medidas mais urgentes sejam tomadas sem demoras. Ninguém que pensa no Brasil e no povo brasileiro deve aceitar a teoria de que se eu não gosto do governo, então vou enfraquece-lo, disse. “Aí, é apostar no quanto pior, melhor. [Mas] melhor para quem? É essa a pergunta. [Porque] é pior para a população, é pior para o povo. É pior para todos nós”.

Dilma afirmou que, por todas essas razões, não concorda com medidas aprovadas para levar instabilidade econômica ou política ao País. “Não concordamos com medidas que levem ao caos do governo, dos estados e dos municípios. Quero aproveitar para fazer um apelo aos brasileiros: vamos repudiar o vale-tudo para atingir qualquer governo, seja o governo federal, estadual ou municipal. No vale-tudo, quem acaba sendo atingido pela torcida do quanto pior melhor é a população do País, do estado e do município”.

Por fim, afirmou que todas as iniciativas do governo federal têm um objetivo claro, dar condições para que os brasileiros entrem em um novo ciclo de crescimento, gerando mais empregos, garantindo mais renda e mais oportunidades para que as famílias possam trilhar o caminho do seu desenvolvimento.

A presidente confirmou o lançamento da terceira etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida, no dia 10 de setembro, quando deve ser anunciada a contratação de 3 milhões de novas moradias. Hoje, foram entregues as chaves de 4.467 casas em quatro cidades: São Luís (MA), Caxias (MA), Campo Grande (MS) e Anastácio (MS).

As unidades habitacionais destinadas a famílias com renda até R$1,6 mil devem beneficiar mais de 17 mil pessoas. Divididas em dois quartos, sala, banheiro, cozinha e área de serviço, elas contam ainda com pavimentação, redes de água, esgotamento sanitário, drenagem, energia elétrica e acesso ao transporte público.

Jornal do Brasil 

Dilma terá reuniões com líderes de partidos aliados para tentar recompor base

No esforço para tentar reverter a crise política, a presidente Dilma Rousseff vai se reunir esta semana com os presidentes dos partidos aliados para recompor a base. A informação é do ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Edinho Silva, após reunião da coordenação política no Palácio da Alvorada, em Brasília.

Antecipado para a noite de domingo por conta da agenda da presidente, o encontro reuniu 13 ministros, o vice-presidente Michel Temer e os líderes do governo na Câmara (José Guimarães, do PT/CE) e do Congresso (José Pimentel, do PT/CE). O ministro disse que não houve debate sobre uma eventual reforma ministerial, mas assegurou que Dilma iniciará a bateria de reuniões com os líderes partidários já na noite desta segunda-feira, após compromissos no Maranhão.

Silva evitou dizer se o governo vai voltar a falar em pedidos para o parlamento não votar projetos que possam onerar as contas públicas e dificultar o ajuste fiscal.

O ministro avaliou como positiva a reunião, que durou cerca de duas horas e meia e foi marcada após uma semana de semana tensa do governo com a base aliada no Congresso.

– O sentimento majoritário é que não vamos permitir que interpretações ou utilização política, por alguns setores minoritários, no nosso entender, da própria base e da oposição que elas possam provocar ruídos ou dificultar a construção da governabilidade – disse.

De acordo como Edinho Silva, durante a reunião o vice-presidente Michel Temer, responsável pela articulação política do governo, foi enfático em defender o seu compromisso com a presidenta Dilma Rousseff e com a governabilidade.

– Todos reconhecem o papel de destaque que o vice-presidente Temer tem. Hoje, ele cumpre um papel fundamental na construção da governabilidade – acrescentou.

O ministro disse que o governo tem ciência das dificuldades que o país enfrenta, mas está certo que o Brasil superará os problemas na economia:

– Ninguém nega que estamos passando por dificuldades, mas elas serão superadas para que o Brasil, num curto espaço de tempo, possa voltar a crescer, gerar empregos, distribuir renda.

Segundo o ministro, a reunião serviu para avaliar o cenário político do país e a condução da base diante do cenário de dificuldades na economia e problemas enfrentados na articulação da base no Congresso Nacional.

– O sentimento majoritário é de unidade [política], vontade política para que a base se consolide o mais rápido possível _ disse Edinho Silva.

Na semana passada, durante a volta do recesso parlamentar, o Congresso retomou seus trabalhos com dificuldades entre o governo e parte da base aliada na votação de projetos que aumentam os gastos públicos, as chamadas pautas-bomba. O primeiro round da batalha foi a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) 443/09 que vincula o salário da Advocacia-Geral da União (AGU), dos procuradores estaduais e municipais e dos delegados das Polícias Civil e Federal à remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

O governo queria adiar a votação, para costurar um acordo com os líderes partidários e tentar construir uma alternativa à PEC que, segundo ele, prejudicaria as contas públicas da União, dos estados e dos municípios, em cerca de R$ 9,9 bilhões ao ano. Mas foi derrotado com o apoio de parte da base aliada. Na ocasião, o PDT disse que estava deixando a base e o PTB se declarou independente.

Nesta segunda-feira, Dilma retoma a agenda positiva do Planalto. Na capital maranhense, ela entregará unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida e participará da inauguração do Terminal de Grãos do Maranhão, no Porto de Itaqui.

ZH Noticias

Dilma busca apoio dos movimentos sociais

A presidente Dilma Rousseff vai receber nesta semana integrantes da UNE e do MST em uma tentativa de formar um contraponto aos protestos contra o governo marcados para o dia 16 de agosto.

A aproximação aos movimentos sociais é uma orientação do ex-presidente Lula para reconquistar o apoio popular do governo.

Segundo reportagem de Natuza Nery, na terça-feira (11), o Planalto sediará um encontro da presidente com a Marcha das Margaridas, que reúne trabalhadoras rurais. Na quinta (13), Dilma receberá representantes de movimentos como UNE e MST para demonstrar apoio político.

Nesta semana, a presidente também terá encontros com os líderes aliados para cobrar fidelidade nas votações.

Brasil 247

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