En el primer mensaje al nuevo Congreso, Dilma defiende medidas de ajuste

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Dilma defende ajuste fiscal em mensagem ao Legislativo

Na primeira mensagem enviada ao Congresso em seu segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff defendeu nesta segunda (2) as recentes medidas econômicas adotadas pelo governo.

A petista afirmou que o aumento de impostos não vai promover «recessão e retrocesso» e que as mudanças na economia terão efeito apenas a médio prazo.

No início do ano, o governo anunciou medidas como tributação maior para combustível e importados e ajustes em benefícios como seguro desemprego, pensão por morte e abono salarial.

«Ajustes fazem parte do dia a dia da política econômica, bem como do cotidiano de empresas e pessoas. Ajustes nunca são um fim em si mesmos. São medidas necessárias para atingir um objetivo de médio prazo, que, em nosso caso, permanece o mesmo: crescimento econômico com inclusão social», afirmou.

Dilma prometeu priorizar o controle da inflação nos próximos anos e manter os níveis e emprego e renda do país, mesmo com a atual crise econômica.

A presidente justificou o ajuste fiscal como necessário à preservação da economia do país diante de um contexto internacional de «instabilidades e incertezas».

Em defesa de medidas que revisaram direitos trabalhistas, a presidente negou ter restringido benefícios e disse que as novas regras não são decorrentes do ajuste fiscal.

Dilma fez um apelo para que o Congresso mantenha a atual política de valorização do salário mínimo. Mas prometeu corrigir «excessos e distorções» em programas sociais do governo federal, sem dizer quais seriam.

A mensagem é tradicionalmente encaminhada pelo presidente da República ao Congresso na abertura do ano do Legislativo. O ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) representou a petista na cerimônia e entregou o texto.

PETROBRAS

Dilma não mencionou as denúncias de corrupção na Petrobras, mas enalteceu a estatal: disse que a produção de petróleo atingiu níveis recordes no ano passado graças ao «empenho e à eficiência» da empresa «que mais produz petróleo no mundo».

Também defendeu a refinaria de Abreu e Lima (PE), atualmente sob investigação. A obra, segundo Dilma, vai eliminar os «gargalos» no refino do petróleo do país.

Ao citar a Petrobras, o primeiro-secretário do Congresso, Beto Mansur (PRB-SP), que leu a mensagem no plenário do Congresso, foi interrompido por gritos de congressistas da oposição.

Os deputados José Carlos Aleluia (DEM-BA) e Antônio Imbassahy (PSDB-BA) acusaram a presidente de «mentir» ao falar sobre a empresa.

A oposição classificou o texto de «peça de ficção» por estar «descolado da realidade» econômica do país.

Dilma também prometeu ser «parceira» do governo de São Paulo nas obras de combate à seca, mas não mencionou a crise energética que atinge o país, em parte causada pela estiagem.

Para a petista, o país enfrentou o «pior regime de chuvas que se tem registro», o que agravou a crise econômica, com impactos nos preços da energia e dos alimentos.

Folha de S. Paulo

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