En diplomatura por nuevo mandato, Dilma propone pacto contra la corrupción
En un acto solemne en Brasilia, la reelecta jefa de Estado de Brasil, Dilma Rousseff, recibió el diploma de presidente y dijo que en un estado de derecho una elección «no es una guerra, por lo que no produce vencidos».
Además, en un discurso de 20 minutos, habló sobre corrupción y dijo que trabajará para fortalecer a la petrolera estatal Petrobras, involucrada en un escándalo.
«El pueblo elige quien quiere que gobierne y a quien quiere en la oposición. A quien fuera oposición, debe ejercer su papel de la mejor forma posible. Más difícil que saber perder es saber vencer. Quien recibe el voto de la mayoría y no gobierna para todos transforma una victoria mayoritaria en un legado mezquino. Saber vencer es reconocer el derecho a una vida digna para todos los brasileños. Voy a luchar con todas mis fuerzas para que eso se haga realidad, luchar para que todos tengan oportunidades iguales», dijo.
Dilma también se refirió a la corrupción. Afirmó que la lucha contra ese flagelo será una prioridad.
«Este mal de siglos está siendo expurgado ahora. No podemos cerrar los ojos a esto. Llegó la hora de decir basta. Es necesario firmar un gran pacto nacional contra la corrupción», dijo la presidenta, convocando a todos los sectores a participar en este proceso.
En ese sentido, defendió una reforma política y llamó a crear una nueva conciencia pública».
«Quiero ser la presidente que ayudó a hacer este proceso irreversible», dijo.
Refiriéndose claramente a Petrobras, dijo que la empresa saldrá fortalecida del proceso actual.
«La actual realidad sólo aumenta nuestra determinación a implantar una gobernanza responsable. Petrobras es la empresa más estratégica para o Brasil. Tenemos que saber investigar y castigar sin debilitar a Petrobras», afirmó.
Dilma propõe ‘grande pacto’ da sociedade por reforma política em 2015
A presidenta reeleita Dilma Rousseff dedicou boa parte de seu discurso de diplomação para comentar diretamente o escândalo da Petrobras e defendeu energicamente a importância da empresa para o país. Airmou que é fundamental a apuração rigorosa e a punição de casos de corrupção que envolve “alguns funcionários” da empresa, sem que se perca de vista que a companhia é “ícone de eficiência, brasilidade e superação” e base de uma «energia renovadora» para o futuro do Brasil.
Dilma prometeu que o governo empreenderá, a partir dos episódios investigados pela Operação Lava Jato, “a mais eficiente estrutura de governança e controle que uma empresa estatal já teve no Brasil para que fatos como esse não se repitam». E não deixou de criticar indiretamente setores da imprensa e da oposição, associando as “tentativas de desprestigiarem o capital nacional” a momentos da história em que forças políticas se opuseram a interesses nacionais: “Temos de fechar as portas para a corrupção, não para o progresso e para o emprego”. Ela mencionou mais de uma vez a preocupação com a preservação dos empregos e do crescimento sustentável como alicerces de sua política econômica e disse “reservar para o discurso de posse o detalhamento das medidas que serão tomadas para o crescimento com progresso social”.
A diplomada registrou que a corrupção não é um problema contemporâneo do país e assinalou que, como as injustiças sociais, é herança e secular. “Estamos purgando hoje males que carregamos há séculos; assim como a mancha cruel da escravidão ainda deixa traços profundos na desigualdade social, o sistema patrimonialista de poder, que atravessou séculos e séculos da nossa história, nos deixa uma herança nefasta, cujo traço mais marcante é, ainda, a não dissolução plena de laços nocivos entre o que é público e o que é privado. Mas essa herança histórica não pode mais servir de álibi para ninguém e para nada. Chegou a hora de o Brasil dar um basta a esse crime que ainda teima em corroer as nossas entranhas. É preciso arrancar os últimos traços dessa herança nefasta e lançá-los no lixo da história”.
O discurso reiterou que o combate à corrupção passa pela reforma do sistema político. “Não vai ser o emocionalismo e tampouco a caça as bruxas que irão fazer isso. Muito menos a complacência, a ingenuidade e o conformismo. Chegou a hora de firmarmos um grande pacto nacional contra a corrupção, envolvendo todos os setores da sociedade e todas as esferas de governo. Esse pacto vai desaguar na grande reforma política que o Brasil precisa promover a partir do próximo ano.”