Ministra de Cultura renuncia y pide a Dilma que elija equipo económico independiente

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La ministra de Cultura, Marta Suplicy, presentó el martes su renuncia al cargo en una carta dirigida a la presidenta Dilma Rousseff en la que realizó críticas al gobierno y pidió a la mandataria que elija un nuevo equipo económico independiente que rescate la credibilidad y la confianza en Brasil.

Suplicy, ex alcaldesa de Sao Paulo, defendió abiertamente en su Partido de los Trabajadores (PT) la necesidad de que el candidato a la presidencia en las recientes elecciones generales fuera Luiz Inácio Lula da Silva, en vez de la mandataria Dilma Rousseff. Esa postura deterioró su relación con la presidenta brasileña.

«Todos nosotros, brasileños, deseamos, en este momento, que Usted sea iluminada al escoger su nuevo equipo de trabajo, empezando por un equipo económico independiente, experimentado, que rescate la confianza y credibilidad en su gobierno y que, por encima de todo, esté comprometido con una nueva agenda de estabilidad y crecimiento para nuestro país», dijo en la misiva Suplicy a Dilma.

La ahora ex ministra, quien también hizo públicas en la carta sus «innumerables demandas y carencias presupuestarias del Ministerio de Cultura», reasumirá su cargo como senadora, representando al estado de Sao Paulo.

El tono de la carta de Suplicy sorprendió a medios políticos en Brasilia, especialmente por el uso de la palabra «independiente» en referencia al nuevo equipo económico, con la que enfatizó la necesidad de que la conducción del área tenga distancia de la mandataria Dilma Rousseff.

Psicóloga, Suplicy fue también diputada y ministra de Turismo.

Brasil 247

Marta sai e provoca Dilma ao cobrar mudança na economia

A ministra Marta Suplicy (Cultura) deixou o governo nesta terça (11) entregando uma carta de demissão em que faz críticas à presidente Dilma Rousseff ao desejar que ela «seja iluminada» na escolha de uma nova equipe econômica «independente», que resgate a confiança e a credibilidade do governo.

Na avaliação de assessores presidenciais, Marta foi «desleal» ao entregar o cargo num momento em que a presidente está em viagem ao exterior e apontar um ponto frágil do governo com o intuito de se cacifar para seu projeto de disputar a Prefeitura de São Paulo nas eleições de 2016.

Segundo a Folha apurou, a ministra já havia apresentado seu pedido de demissão na semana passada, mas o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, pediu para segurar a exoneração.

Ele queria que todos os ministros entregassem seus cargos juntos, num gesto para deixar Dilma à vontade para remontar sua equipe. Com a saída abrupta de Marta, a Casa Civil acionou os demais integrantes do primeiro escalão nesta terça, pedindo que antecipassem o movimento. Dois haviam colocado o cargo à disposição até a noite.

O teor da carta de despedida de Marta reflete críticas que o ex-presidente Lula costuma fazer a Dilma no comando da política econômica.

Ele defende a escolha de um ministro da Fazenda com total respaldo do mercado e não esconde sua preferência por Henrique Meirelles, que comandou o Banco Central durante o seu governo.

No texto, Marta faz um balanço de sua gestão e diz: «Todos nós, brasileiros, desejamos, neste momento, que a senhora seja iluminada ao escolher sua nova equipe de trabalho, a começar por uma equipe econômica independente, experiente e comprovada, que resgate a confiança e credibilidade ao seu governo».

A ministra já tinha avisado Lula sobre seus planos de saída do governo e o ex-presidente apoiou a ideia para fortalecer o PT no Senado –ela tem mandato até 2019.

No entanto, sobre os projetos dela para as eleições municipais de 2016, Lula tem dito a aliados que não cogita lançar outro candidato que não Fernando Haddad para a Prefeitura de São Paulo.

Pessoas próximas a Marta dizem que ela pode então deixar o PT a médio prazo para concorrer à sucessão na capital paulista por outra legenda.

Marta tomou posse na Cultura em setembro de 2012, no lugar de Ana de Hollanda. Já foi prefeita de São Paulo (2001 a 2004), deputada federal (1995 a 1998) e ministra do Turismo (2007 a 2008).

Sua substituta imediata na pasta é a secretária executiva Ana Cristina Wanzeler. Ainda não há nome para ser efetivado ao cargo de ministro.

Marta acumulou atritos com a presidente durante as eleições deste ano. Ela foi porta-voz do «Volta, Lula», movimento frustrado que tentou fazer o ex-presidente candidato ao Planalto no lugar de Dilma.

Durante carreata na zona sul de São Paulo, a então ministra se irritou ao saber que seu suplente no Senado, o vereador Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP), era quem ocuparia seu lugar no caminhão reservado à presidente Dilma. Para Marta, estava reservada uma vaga em outro veículo.

A então ministra subiu no carro de Dilma mesmo assim. Antes, bateu boca com o presidente do PT, Rui Falcão.

Marta é a segunda a fazer críticas a Dilma nesta semana. Em entrevista à BBC, Gilberto Carvalho (Secretaria Geral) afirmou que o diálogo da presidente com a sociedade foi falho no primeiro mandato.

Folha de S. Paulo

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