Brasil: Dilma y Aécio Neves inician carrera hacia el balotaje y Marina posterga su definición

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Dilma começa campanha do segundo turno com viagens ao Nordeste

A candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, começa nesta quarta-feira (8/10) um roteiro por pelo menos quatro capitais do Nordeste na campanha para o segundo turno das eleições.

Dilma teve quase 60% dos votos da Região Nordeste no primeiro turno, com vitória em todos os estados, à exceção de Pernambuco, onde ficou atrás da candidata do PSB, Marina Silva. O estado é o berço político do ex-governador Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo em agosto, durante a campanha presidencial.

A candidata petista inicia a viagem por João Pessoa, onde se reunirá amanhã (8) à noite, em ato político, com prefeitos e líderes políticos paraibanos. Na quinta-feira (9), Dilma tem agenda em Salvador, onde também se reunirá com prefeitos, líderes politicos e apoiadores de sua campanha, entre eles, o atual governador, Jaques Wagner, e o governador eleito, Rui Costa, ambos do PT. Após o encontro, a candidata participará de uma caminhada que terminará na Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, tradicional ponto turístico da capital baiana.

De Salvador, Dilma seguirá para Aracaju, onde participará de ato político com apoiadores. Da capital sergipana, Dilma irá a Maceió para encontros com líderes e prefeitos que apoiam sua reeleição.

Além do Nordeste, a agenda de viagens de Dilma na primeira semana de campanha do segundo turno ainda inclui idas a Belo Horizonte, na sexta-feira (10), e ao Rio Grande do Sul e a Santa Catarina no sábado (11).

Em seguida, a campanha de Dilma deverá concentrar esforços em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, onde a candidata à reeleição foi derrotada pelo candidato do PSDB, Aécio Neves, no primeiro turno por uma diferença de mais de 4 milhões de votos.

Correio Braziliense

 

AÉCIO FECHA COM ALCKMIN E MARINA O FIM DA REELEIÇÃO

Nascido e criado nos bastidores da grande política, o candidato do PSDB, Aécio Neves, está colhendo os frutos por uma proposta feita ainda no primeiro turno, incluída em seu plano de governo e que agora vai se mostrando estratégica para conseguir apoios sinceros entre correligionários e, especialmente, junto à adversária Marina Silva. Trata-se do fim da reeleição, com o estabelecimento, no lugar do mandato de cinco anos para presidente da República e demais cargos públicos.

Nesta terça-feira 7, Aécio reiterou a promessa, de olho em estender um tapete vermelho para receber Marina Silva, do PSB, e seu apoio explícito na quinta-feira 9.

– Sou a favor do mandato de cinco anos sem reeleição para todos os cargos públicos, disse Aécio hoje, em São Paulo. E deu detalhes sobre a iniciativa:

–  A questão deste mandato em especial tem que ser discutida no Congresso por uma razão específica. Não estamos falando do fim da reeleição para presidente da República apenas, em que a decisão unilateral do candidato resolveria o problema. Estamos falando de reeleição de governadores e de prefeitos. Precisa haver um entendimento no Congresso Nacional em relação a isso, apontou Aécio.

Essa proposta soa como música para dois dos principais correligionários de Aécio, o governador reeleito Geraldo Alckmin e o senador eleito José Serra. Fica aberta a porta para eles tentarem uma acomodação entre si ou disputarem, sem a concorrência de Aécio no Palácio do Planalto, a indicação pelo partido para a próxima disputa – seja ela em 2018 ou, como quer Aécio, em 2019.

Aécio não perdeu a chance de fazer carga contra a adversária Dilma Rousseff para justificar a proposta. Segundo ele, ela «degradou» o conceito de reeleição.

– Houven uma mistura sem limites entre o público, o privado e o partidário, assinalou o senador tucano.

– Se eu já tinha algumas dúvidas sobre a possibilidade e as vantagens da reeleição, acho que a presidente Dilma acabou por desmoralizá-la por completo, cravou Aécio.

O candidato tucano afirmou que já se comunicou por telefone com o vice de Marina, Beto Albuquerque.

– Falei por telefone com o Beto, apenas uma palavra de amigo. Cumprimentei pelo desempenho, como falei ontem por telefone com a candidata Marina, e agradeci o seu telefonema, prosseguiu.

Ele não demonstra pressa em receber o apoio da chapa do PSB, exatamente porque já o considera garantido, ainda que não declare:

– Vamos ter tranquilidade. Agora é hora de os partidos discutirem internamente. Cada uma dessas forças tem o seu sistema de decisão, tem os seus colegiados. Seria estranho que não os ouvissem. Vamos aguardar com muita serenidade, ressaltou ele.

Brasil 247.

 

Em nota, Marina diz que ninguém fala em nome dela sobre apoio no 2° turno

A candidata derrotada à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, divulgou nota oficial nesta terça-feira (07) negando que tenha tomado qualquer decisão sobre apoio no 2° turno. Segundo ela, nenhum membro da coligação tem permissão de falar em nome dela sobre o assunto. Segundo a nota, «as opiniões individuais de cada partido, dirigentes e lideranças políticas das agremiações neste momento de construção devem ser respeitadas, mas não refletem em nenhuma hipótese a opinião da ex-candidata».

O comunicado reafirma que uma posição oficial só deve sair após encontro na quinta-feira (09) entre ela e as lideranças da Rede Sustentabilidade.

«Os partidos da Coligação promoverão até amanhã, dia 8 de outubro, reuniões de suas instâncias deliberativas para definirem os pontos que consideram relevantes para a formulação de posicionamento conjunto das legendas aliadas. Na quinta-feira, dia 9, Marina Silva e as demais lideranças dos partidos aliados participarão de encontro para construir um posicionamento comum da Coligação sobre a continuidade da disputa pela Presidência da República. Marina Silva também contribuirá para a construção de uma posição da Rede Sustentabilidade nesse processo de unidade da Coligação», diz a nota oficial da candidata.

No entanto, o comunicado diz que há um sentimento de mudança que não pode ser desprezado, o que parece ser um recado de que o apoio a Dilma Rousseff (PT) está descartado. «Os resultados das eleições refletiram uma posição de insatisfação com as condições existentes no Brasil expressando sentimentos de mudanças», afirma Marina.

Veja a íntegra da nota:

«A ex-candidata à Presidência da República pela Coligação Unidos pelo Brasil, Marina Silva, vem a público reafirmar o processo definido pelos partidos que integram a aliança para contribuir para o debate do segundo turno da disputa presidencial:

1 – Os resultados das eleições refletiram uma posição de insatisfação com as condições existentes no Brasil expressando sentimentos de mudanças

2 – Os partidos da Coligação promoverão até amanhã, dia 8 de outubro, reuniões de suas instâncias deliberativas para definirem os pontos que consideram relevantes para a formulação de posicionamento conjunto das legendas aliadas.

3 – Na quinta-feira, dia 9, Marina Silva e as demais lideranças dos partidos aliados participarão de encontro para construir um posicionamento comum da Coligação sobre a continuidade da disputa pela Presidência da República.

4 – Marina Silva também contribuirá para a construção de uma posição da Rede Sustentabilidade nesse processo de unidade da Coligação.

5 – As opiniões individuais de cada partido, dirigentes e lideranças políticas das agremiações neste momento de construção devem ser respeitadas mas não refletem em nenhuma hipótese a opinião da ex-candidata».

Jornal do Brasil

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