Brasil: sindicatos bancarios de todo el país comienzan huelga general en reclamo de mejoras salariales
Bancários rejeitam proposta e entram em greve nacional na terça-feira
Categoria reivindica reajuste de 12,5% mas, após sete rodadas de negociação, proposta patronal foi de 7%. Em novas assembleias, segunda (29), bancários esperam que negociações tenham avançado
Sindicatos de bancários em todo o país realizaram assembleias na noite desta quinta-feira (25) e rejeitaram maciçamente a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban, entidade que representa o setor patronal) e decretaram greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (30). Os funcionários dos bancos públicos também rejeitaram as propostas feitas pelas instituições para as pautas de reivindicações específicas e paralisarão as atividades em conjunto com os trabalhadores dos bancos privados..
Os bancários ainda decidiram realizar novas assembleias na próxima segunda-feira (29). Ao final das assembleias, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou ofício à Fenaban comunicando a decisão da categoria. No mesmo documento, a entidade propõe a «a retomada das negociações visando buscar uma nova proposta que atenda às expectativas da categoria bancária, que poderá ser apreciada pelas novas assembleias que os sindicatos realizarão na próxima segunda-feira».
Segundo nota emitida à imprensa pela Contraf-CUT, a categoria acatou a orientação dos dirigentes sindicais de rejeitar as propostas dos bancos, por considerá-las insuficientes. A Fenaban propõe reajuste de 7% nos salários (0,61% de aumento real), 7,5% no piso (1,08% acima da inflação), entre outros itens, e de 7% nos valores da PLR (participação nos lucros ou resultados).
«Queremos mais e reivindicamos um reajuste de 12,5%, piso do Dieese (R$ 2.975,49) e PLR de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247», afirma o presidente da confederação, Carlos Cordeiro. A categoria também reivindica avanços em cláusulas como emprego, condições de saúde e segurança nos locais de trabalho, além de igualdade de oportunidades, entre outras.
“Os trabalhadores não aceitaram a proposta dos bancos. Fizemos assembleias em todo o país e os bancários votaram pela greve a partir do dia 30. A Fenaban pode, até lá, apresentar nova proposta, condizente com os altos ganhos dos bancos para os trabalhadores, que são os responsáveis pelos lucros bilionários a cada ano”, disse a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira.
Segundo a Contraf-CUT e o sindicato de São Paulo, o lucro líquido dos cinco maiores bancos atuantes no Brasil (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú-Unibanco e Santander), nos seis primeiros meses do ano, atingiu a marca de R$ 28,5 bilhões, com alta de 16,5% em relação a igual período de 2013, quando registraram lucros somados de R$ 56,7 bilhões. «Mas os banqueiros só valorizam os altos executivos e não querem atender as reivindicações da categoria», completou Cordeiro.
As principais reivindicações da campanha nacional da categoria bancária este ano são:
• Reajuste salarial de 12,5%, sendo 5,8% de aumento real (inflação de 6,35%)
• PLR – três salários mais R$ 6.247
• Piso – salário mínimo do Dieese (R$ 2.979,25)
• Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá – salário mínimo nacional (R$ 724);
• Fim das metas abusivas e assédio moral – A categoria é submetida a uma pressão considerada excessiva e prejudicial pelo cumprimento de metas de produção – como vendas de seguros, cartões de crédito e demais produtos bancários –, que têm provocado alto índice de adoecimento entre a categoria.
• Fim das demissões injustificadas, ampliação das contratações, combate às terceirizações e precarização das condições de trabalho.
• Investimento em segurança de trabalhadores e clientes nas agências bancárias