Brasil: jefe del equipo económico de Aécio Neves sugiere votar a Marina en segunda vuelta

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«MINISTRO» DE AÉCIO NEVES SUGIERE VOTO A MARINA EN SEGUNDA VUELTA

El ex banquero central Armínio Fraga, jefe del equipo económico del candidato a la presidencia por el opositor Partido de la Social Democracia Brasileña (PSDB), Aécio Neves, dijo en una entrevista publicada el domingo por O Globo que «en lo genérico» no hay diferencias en la política económica propuesta por su agrupación y la de la también opositora Marina Silva, indicando que en un probable balotaje entre la presidenta Dilma Rousseff y la postulante ambientalista votaría a la votaría a la ex ministra y ex senadora, actualmente en el Partido Socialista Brasileño (PSB).

Fraga, quien fue propuesto por Aécio Neves como ministro de Hacienda en caso de llegar al poder, indicó que «claramente no es fácil» que Aécio llegue a una segunda vuelta y aseguró que en la recta final de la campaña hacia las elecciones del 5 de octubre, el candidato socialdemócrata «está intentando diferenciarse de Marina» pero con una postura «muy diferente» a la del oficialista Partido de los Trabajadores (PT), que calificó como «truculenta».

Armínio Fraga dijo además que el ambiente electoral dificulta el debate económico y aseguró que «la tentación populista es enorme», un fenómeno que debe ser controlado, puntualizó.

Agregó que Aécio debería intentar desmontar los argumentos del PT contrarios a la independencia del Banco Central, ya que siempre defendió «una autonomía operativa del Banco Central como un buen modelo» ya que «una inflación baja es un bien público».

Brasil 247

 

‘Para fazer bondade, é preciso arrumar a casa’, diz Arminio Fraga

Em busca de um lugar no segundo turno, Aécio Neves (PSDB), prometeu uma “forma responsável” de acabar com o fator previdenciário. Em entrevista ao GLOBO, o chefe da equipe econômica dele, Arminio Fraga, diz que é possível, mas só se economia crescer.

Ainda acha possível para Aécio chegar ao segundo turno?

Claramente não é fácil, mas é possível uma concentração da atenção do eleitor na reta final. Aécio está tentando se diferenciar de Marina, mas a postura é muito diferente da do PT, que é até truculenta.

Qual é o desafio da economia no longo prazo?

Fazer conta, encarar a realidade e, se for preciso, fazer algum ajuste. É uma ilusão postergar tudo. Não dá para (o governo) só fazer bondade. A gente não consegue transformar o Brasil numa Noruega por decreto. Vamos ter que trabalhar muito, educar muito. É preciso fazer o melhor uso possível dos recursos em vez de colocar um remendo aqui ou ali e esperar as coisas se resolverem.

Mas Aécio promete várias bondades, como o fim do fator previdenciário. Não é contraditório com seu diagnóstico?

Salário mínimo e Previdência são questões importantes no longo prazo, que precisam ser discutidas, mas precisamos ver o todo. Só ficar listando bondades já sabemos que não dá certo. É possível mexer no fator previdenciário? É, mas não tem dinheiro sobrando. Só vai ter se o Brasil crescer. O modelo atual não está funcionando. Quer mais dinheiro para fazer bondade? Organiza a economia para crescer. O crescimento permite esse tipo de coisa. Posso querer distribuir mais dinheiro para os mais velhos agora, mas vou tirar das crianças? É de opções que estamos falando. Não é possível ter tudo ao mesmo tempo. Com uma economia mais arrumada, que possa crescer mobilizando o capital privado, é possível distribuir mais porque teremos mais. Mas não podemos ter medo de arrumar a casa.

O ambiente eleitoral dificulta o debate econômico?

Dificulta totalmente. A tentação populista é enorme. Isso precisa de alguma forma ser enquadrado. Mas o que atrapalha é o populismo, não as eleições, que é um momento glorioso da democracia. Por favor, registra isso porque, com o grau de mentira que há nesse debate hoje, o pouquinho que chegou perto de mim me deixou enojado.

Por que um candidato como Aécio não consegue desmontar argumentos do PT como o de que um BC independente só interessa aos bancos?

Acho que ele nem tentou.

Deveria?

Talvez. É um absurdo o que fizeram para atacar Marina, que falou em BC independente, mas certamente pensando no modelo de autonomia, como uma agência de governo.

Qual a sua opinião?

Sempre defendi autonomia operacional do BC como um bom modelo. Inflação baixa é um bem público. Aécio já deixou claro que vai, logo de cara, dar ao BC autonomia para perseguir uma meta de longo prazo que ele vai determinar. Ele não é fechado a transformar em lei (depois).

Marina se cercou de economistas com ideias parecidas com as do PSDB. Há uma diferença clara em relação a Aécio nesse campo?

No genérico não. Vamos ver na prática se ela for eleita. Essas ideias não são propriedade de ninguém, né? Vamos parar com essa história…

Participaria de um governo dela?

Estou totalmente comprometido com Aécio, a campanha está viva. Se ele por acaso não chegar lá, não pretendo ir para o governo.

O que investidores internacionais com quem fala pensam de Marina?

Não há opinião formada. Há curiosidade sobre como ela governaria sem base política, essa ideia de maiorias temáticas e gestos na direção de democracia direta.

Para o mercado, o mais importante é Dilma não se reeleger?

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