Copa del Mundo: anuncian nuevas protestas y el Gobierno brasileño crea un comité de crisis

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PROTESTOS NA COPA: PGR CRIARÁ GABINETE DE CRISES

Órgão será composto por representantes do governo federal, do Judiciário e dos ministérios públicos nos estados e fará com que se tenha «a atuação pronta no caso de excesso nas manifestações, de um lado ou de outro», como definiu o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Às vésperas do início da Copa do Mundo, o Ministério Público Federal irá montar um gabinete de crise para agilizar a solução de conflitos decorrentes de manifestações populares. De acordo com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o órgão será composto por representantes do governo federal, do Judiciário e dos ministérios públicos nos estados.

«No âmbito do Ministério Público, estamos constituindo, até a semana que vem, um gabinete de crise que vai envolver o Ministério Público Federal, [ministérios públicos] estaduais, o Ministério da Justiça para que a gente possa, em conjunto com os demais atores, juízes, defensores, policiais, ter a atuação pronta no caso de excesso nas manifestações, de um lado ou de outro», disse Janot.

Para Janot, as manifestações, especialmente o episódio ocorrido ontem (27), em Brasília, em que um policial foi atingido por uma flecha lançada por um índio próximo ao Estádio Nacional Mané Garrincha, um dos palcos da Copa, não irão prejudicar a imagem do Brasil. «As manifestações existem em todo o mundo e acho que isso não abalará a grandeza da festa nem a convicção do estrangeiro de que ele está em um país amigo e seguro.»

Já o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Coêlho, criticou as manifestações que «impedem o ir e vir» dos cidadãos. «Não é possível que alguns tentem impedir o direito de todos de ir e vir. Quando vejo manifestações, não podemos admitir que elas possam impedir as pessoas de trabalhar, que as pessoas percam a liberdade», disse durante a apresentação do relatório do Programa Segurança sem Violência.

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/141515/Protestos-na-Copa-PGR-criar%C3%A1-gabinete-de-crises.htm

 

Movimentos sociais prometem nova manifestação contra a Copa em Brasília

Membros do Comitê Popular da Copa anunciaram hoje (28), em entrevista coletiva, que realizarão um novo ato na próxima sexta-feira (30), em Brasília, para dar continuidade à manifestação interrompida ontem (27) após confronto entre manifestantes e Polícia Militar (PM).

A manifestação de sexta-feira está marcada para as 17h, em frente ao Museu da República, na área central da capital.

O comitê reiterou durante a entrevista que o tumulto de ontem foi iniciado pela Polícia Militar (PM). “O tenente coronel Moreno, indicado como comandante da operação, conhecia nosso trajeto. Nossas intenções eram pacíficas, não tínhamos o menor interesse de enfrentamento com o governo. A violência partiu do Estado e o resultado foi esse: pessoas machucadas”, disse Thiago Ávila, membro do comitê.

Outro integrante do grupo, Rodolfo Mohr, explicou que o movimento tem se esforçado para orientar os participantes dos atos a não incitar a violência. “Nossos objetivos estão sendo organizados em plenárias em todo o Distrito Federal (DF). Discutimos o melhor caminho para atingir esses objetivos e muitos atos são pacíficos. Esse é um trabalho de conscientização difícil de ser feito. Nós não vamos a passeatas pedindo bomba e spray”.

Além do comitê, representantes de mais dois movimentos que participaram da manifestação de ontem, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e indígenas, conversaram com os jornalistas e mostraram as marcas do dia anterior. “Em momento nenhum fomos nós que procuramos o confronto. Nosso objetivo era a caminhada pacífica, não somos vândalos”, explicou o índio Cretan, da etnia Kaingang. Os índios reivindicam a demarcação de terras em várias regiões do Brasil.

Enquanto um lado se queixa da truculência da polícia e do descumprimento do combinado, do outro, a PM rebate, dizendo o contrário. Após a confusão, o coronel Jaílson, comandante da operação, disse que o acordo foi descumprido primeiro pelos manifestantes, que atiraram pedras e flechas. “Um policial nosso foi atingido por uma flechada e outros por pedradas, foi isso de desencadeou o problema”, disse.

O cacique Marcos, índio Xucuru, disse não saber quem disparou a flecha que acertou o policial, mas, ainda assim, tentou explicar o ocorrido. “Não sei quem atirou a flecha, em que situação aconteceu. Mas temos muitos indígenas que sequer falam português. Imaginam eles se sentindo ameaçados pelo Estado? Eles reagem em legítima defesa”. Ele explicou ainda que a presença de arcos, flechas e burdunas na manifestação faz parte da cultura indígena durante suas danças e que portarem esses objetos não constitui uma ameaça contra a polícia.

Edson da Silva, do MTST, reiterou a presença do movimento nos protestos. “Vamos estar na rua de novo. Não é com bomba que vão parar as manifestações, é com diálogo e com respeito”. Em evento realizado na manhã de hoje, o governador do DF, Agnelo Queiroz, repetiu o discurso da polícia e condenou manifestações violentas. “Brasília é uma cidade acostumada a manifestações o ano inteiro, manifestações pacíficas. Não vamos aceitar manifestações violentas, não vamos permitir.»

http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/2014/05/movimentos-sociais-prometem-nova-manifestacao-contra-a-copa-em-brasilia

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