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Brasil quer destravar comércio com a Argentina oferecendo crédito para exportações
O Brasil vai tentar fechar nesta terça-feira (29) acordo com a Argentina pelo qual oferecerá garantias para o financiamento de exportações de até US$ 3 bilhões por ano ao país vizinho. Em contrapartida, exigirá que a Argentina assuma a dívida com o exportador brasileiro.
Pela proposta, o importador de lá pagará o valor da mercadoria diretamente ao banco central argentino, que terá prazo de até quatro meses para quitar a dívida com a companhia brasileira.
Esse sistema, se adotado, livrará o comprador do risco cambial, que será assumido pelo BC argentino. Essa é a principal preocupação do Brasil, que deseja destravar o comércio bilateral, em queda de 14% neste início de ano.
Caso a Argentina não aceite, outra proposta é emitir títulos do governo argentino ao importador para bancar as oscilações do câmbio até o período do pagamento.
Um dos entraves ao comércio entre os dois países hoje é a baixa disponibilidade de dólares na Argentina. Com isso, os importadores de lá não conseguem honrar o pagamento dos contratos, já que têm acesso limitado à moeda.
Tal situação fez com que os exportadores do Brasil passassem a ter dificuldades em conseguir empréstimos com bancos privados para financiar suas vendas ao país.
Para amenizar o problema, o governo brasileiro vai garantir as operações de crédito em até US$ 1 bilhão de quatro em quatro meses, o que soma US$ 3 bilhões no período de um ano do acordo.
Isso significa que, no limite, num cenário de calote, será o Tesouro Nacional a arcar com a conta por meio do Fundo de Garantia à Exportação. O Brasil considera, porém, a hipótese improvável.
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A maior parte da linha de crédito será usada pela indústria automotiva brasileira, que vem sofrendo com queda nas vendas no início deste ano. O setor corresponde a 60% das exportações feitas ao país vizinho, de US$ 19 bilhões no ano passado.
Na reunião desta terça, será também discutido o acordo automotivo bilateral, que termina em junho. O Brasil quer que ele seja prorrogado nos termos atuais por mais um ano. O fim do acordo faria com que passasse a incidir sobre as operações os 35% cobrados de veículos e peças de fora do Mercosul.