Brasil | El Gobierno informó que continuará promoviendo el uso de divisas locales en intercambios del BRICS a pesar de las amenazas de Trump

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Brasil impulsa uso de monedas locales en intercambios del BRICS

Este jueves, el Gobierno de Brasil, que actualmente tiene la presidencia rotatoria de los BRICS, publicó un informe en el que garantiza que continuará promoviendo el uso de divisas locales en operaciones comerciales de los países miembros del bloque, a pesar de las amenazas del presidente de Estados Unidos (EE.UU.), Donald Trump.

“La presidencia de Brasil dará continuidad a los esfuerzos de cooperación para desarrollar instrumentos de pago locales que faciliten el comercio y la inversión, aprovechando sistemas de pago más accesibles, transparentes, seguros e inclusivos entre los miembros de los BRICS”, dice una parte del documento.

El Gobierno agregó que “además de eso, medidas de facilitación del comercio, entre ellas la cooperación regulatoria, podrán contribuir al aumento del intercambio comercial y de inversiones”.

El mandatario estadounidense, Donald Trump, amenazó a los países integrantes de la agrupación con aplicar tarifas del 100% si establecen una nueva divisa en su comercio internacional y sostuvo que se desvincularán del mercado en «la magnífica economía de Estados Unidos» si no respaldan al dólar.

Dentro de las prioridades que Brasil busca tratar durante su presidencia se encuentra el efecto de la inteligencia artificial (IA), una “revolución en el conocimiento” que requiere que el mundo implemente acciones a escala global, propiciando una gobernanza “justa y equilibrada”.

“Los BRICS pueden contribuir a la construcción de una nueva gobernanza internacional de la IA, centrada en la promoción del desarrollo sostenible e inclusivo, en la defensa del acceso no discriminatorio a la transferencia de tecnología, respetando los derechos humanos y el derecho internacional, protegiendo datos personales y garantizando la integridad de las informaciones para el uso ético, seguro, confiable y responsable de esta tecnología”, explica el documento.

El objetivo de la presidencia de Brasil en los BRICS también es optimizar las estructuras financieras en las naciones en desarrollo para adaptarse al calentamiento global.

TELESUR


Mesmo com ameaças de Trump, Brasil reitera desejo de utilizar moedas locais em transações do Brics

Por Filipe Matoso, Fernanda Rouvenat,

O governo brasileiro divulgou nesta quinta-feira (13) um documento no qual reitera que, durante a presidência do Brics, defenderá a discussão sobre o uso de moedas locais em transações comerciais entre os países do bloco.

Este é um tema que vem sendo defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outros líderes do bloco e já provocou reações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O Republicano ameaçou sobretaxar os produtos de países do Brics caso deixem de usar o dólar nas transações comerciais com integrantes do bloco.

Desde o acordo de Bretton Woods (1944), o dólar é a moeda padrão em negociações internacionais. Líderes do Brics têm argumentado, porém, que isso, na prática, mantém os países reféns da política monetária dos Estados Unidos.

«A presidência do Brasil dará continuidade aos esforços de cooperação para desenvolver instrumentos de pagamento locais que facilitem o comércio e o investimento, aproveitando sistemas de pagamento mais acessíveis, transparentes, seguros e inclusivos entre os membros do Brics», diz trecho do documento.

«Além disso, medidas de facilitação de comércio, entre elas a cooperação regulatória, poderão contribuir para o aumento do intercâmbio comercial e de investimentos», acrescenta.

Prioridades do Brasil no Brics

Ao assumir a presidência do Brics, em janeiro deste ano, o governo brasileiro divulgou cinco eixos centrais de discussão:

facilitação do comércio e investimentos entre os países do grupo, por meio do desenvolvimento de novos meios de pagamento;

promoção da governança inclusiva e responsável da Inteligência Artificial;

aprimoramento das estruturas de financiamento para enfrentar mudanças climáticas;

estímulo aos projetos de cooperação entre países do Sul Global, com foco em saúde pública;

fortalecimento institucional do bloco.

O bloco é composto por diversos países, entre os quais Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul.

No documento divulgado nesta quinta, o país detalhou as prioridades à frente do Brics.

No caso da inteligência artificial, por exemplo, o documento afirma que a tecnologia representa uma «revolução no conhecimento», e seus benefícios «devem ser compartilhados por toda a humanidade».

Diante disso, o governo afirma que o mundo «exige» a adoção de medidas em nível internacional, gerando uma governança «justa e equitativa».

«O Brics pode contribuir para a construção de uma governança internacional da inteligência artificial, com foco na promoção do desenvolvimento sustentável e inclusivo, na defesa do acesso não discriminatório à transferência de tecnologia, respeitando os direitos humanos e o direito internacional, protegendo dados pessoais e garantindo a integridade das informações para o uso ético, seguro, confiável e responsável dessa tecnologia», diz o documento.

Nesta semana, ao discursar em uma cúpula em Paris sobre inteligência artificial, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que deixar o desenvolvimento da tecnologia «nas mãos de poucos» pode gerar «sérias consequências» para as democracias ao redor do mundo e, por isso, defendeu que haja a discussão de regras sobre a tecnologia em nível internacional.

COP 30

O documento divulgado nesta quinta-feira também trata da área ambiental e cita o fato de que, em novembro deste ano, o Brasil sediará a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém (PA).

Conforme a presidência brasileira do Brics, a cúpula do bloco, antes da COP 30, vai servir para que os países do grupo conduzam as discussões ambientais em nível internacional.

«Uma nova liderança climática, baseada na solidariedade global, pode orientar a humanidade a uma resposta eficaz e equitativa à mudança do clima. Juntos, os países do Brics têm potencial para conduzir uma mobilização renovada em favor de resultados ambiciosos para a COP 30», diz o documento.

GLOBO

 

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