Brasil | Lula se reunirá con Biden el 10 de febrero en Washington
Lula anticipó la pregunta que le hará a Joe Biden el próximo 10 de febrero
El presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, se reunirá el próximo 10 de febrero en Washington con su homólogo estadounidense, Joe Biden, en una cita en la que intentará conocer la fórmula del demócrata para intentar «lidiar» con la ultraderecha.
El mandatario brasileño, que asumió el poder el 1 de enero, viajará el 9 de febrero a la capital estadounidense y tiene previsto regresar dos días después.
Lula afirmó el miércoles que conversará con Biden sobre «cómo él está lidiando» con la ultraderecha y el fortalecimiento de la democracia, tras el asalto de simpatizantes del expresidente Jair Bolsonaro a sedes oficiales de Brasilia el 8 de enero.
«Quiero saber cómo enfrenta la situación, porque por la prensa que leo, me parece que los republicanos se están fortaleciendo, parece que el discurso radical se está fortaleciendo y me parece que los demócratas lo están pasando un poco mal y van a tener elecciones dentro de dos años», dijo Lula en una entrevista con el canal GloboNews.
Biden invitó al líder izquierdista a Washington el 9 de enero, un día después de que miles de bolsonaristas radicales invadieran y saquearan la Presidencia, el Congreso y la Corte Suprema.
Lula responsabilizó a Bolsonaro, en Estados Unidos desde antes de terminar su mandato, de provocar e instigar los ataques golpistas, unos señalamientos que el exmandatario niega.
Los incidentes en la capital brasileña recordaron la revuelta contra el Capitolio de Estados Unidos hace dos años por parte de simpatizantes del entonces presidente estadounidense Donald Trump, aliado de Bolsonaro.
En una conversación telefónica tras el asalto a Brasilia, «Biden expresó el apoyo inquebrantable de Estados Unidos a la democracia de Brasil», según informó la Casa Blanca.
La presidencia estadounidense agregó en ese momento que la reunión de febrero era una oportunidad para «consultas a profundidad en una amplia agenda compartida» de temas como cambio climático, desarrollo económico, paz y seguridad.
Bolsonaro y Biden, una relación fría y distante
Lula, de 77 años, aspira a devolverle a Brasil protagonismo mundial en su tercer mandato, luego de que la administración de Bolsonaro fuera cuestionada internacionalmente por el manejo de la pandemia y el medio ambiente.
El ultraderechista tuvo desavenencias con Biden sobre la protección de la Amazonía brasileña y demoró 38 días para reconocer la victoria sobre Trump en las elecciones de 2020.
Apodado por detractores como el «Trump de los trópicos», Bolsonaro sostuvo una reunión bilateral con Biden solo año y medio después de que el demócrata asumiera la presidencia, el 8 de junio de 2022, en Los Ángeles, donde ambos participaron de la novena Cumbre de las Américas.
Los primeros viajes de Lula
Estados Unidos será el tercer país que Lula visite en el inicio de su tercer mandato, tras gobernar entre 2003 y 2010.
El domingo inicia su primera gira internacional con un viaje a Argentina y Uruguay, donde tiene previsto participar en la VII cumbre de la Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños (Celac), además de reuniones bilaterales con líderes de la región.
Lula da Silva promete levar novamente os filhos dos pobres para a universidade
O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, comprometeu-se hoje a «trazer de volta» «as crianças dos mais pobres» à universidade e a recuperar o investimento na educação, reduzido ao mínimo nos últimos quatro anos.
Lula da Silva participou numa reunião com reitores das universidades federais do país, no Palácio do Planalto, e lamentou o «abandono» que o setor da educação sofreu durante os quatro anos de mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O chefe de Estado sublinhou que o seu «antecessor» nunca recebeu os chefes das universidades e descreveu este primeiro encontro com os reitores como «um encontro de civilização», para reconhecer a importância da educação e da ciência.
Também aludiu ao «desprezo» pelas universidades que a ala política liderada por Bolsonaro mostrou enquanto no poder e prometeu inverter a «regressão» que teve lugar em «todas as salas de aula».
Lula da Silva disse que pretende rever os orçamentos das universidades públicas, reduzidos ao mínimo durante os últimos quatro anos, com a convicção de que o dinheiro atribuído à educação será contado como investimento.
Neste contexto, voltou a criticar o mercado financeiro, que nas últimas semanas mostrou alguma preocupação com a decisão do novo governo de reforçar o papel do Estado e deixar para trás o liberalismo extremo promovido por Bolsonaro.
«Não podemos aceitar esta negação do Estado», porque «temos uma dívida social de 500 anos com o povo», declarou.
Reiterou também a necessidade de «educação, saúde ou urbanização das favelas» serem considerados investimentos, contrariamente à ideia dos operadores financeiros, para quem «a única coisa que não é uma despesa é o pagamento da dívida» do Estado.
Lula da Silva recordou que nos seus dois primeiros mandatos, entre 2003 e 2010, o investimento na educação no Brasil cresceu a taxas históricas e que, nesse período, os mais pobres estavam na maioria nas universidades públicas.
Contudo, de acordo com dados do Ministério da Educação, apenas 17% dos jovens entre os 18 e 24 anos estudam atualmente no ensino superior, quando os objetivos estabelecidos há mais de uma década deveriam atingir 33% em 2024.
Os mesmos dados mostram que a evasão ao ensino superior no Brasil é de quase 60%, o que Lula da Silva atribuiu ao facto de os mais pobres terem sido forçados a abandonar a universidade para trabalhar e ajudar as suas famílias.
TSE aceita ação para investigar Bolsonaro por abuso de poder
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aceitou nesta 5ª feira (19.jan.2023) a abertura de uma investigação judicial eleitoral contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu candidato a vice-presidência da República, general Braga Netto (PL), para apurar os 2 políticos “por suposta prática de abuso de poder político” nas eleições de 2022. Ambos podem ser tornar inelegíveis.
“A autora [Coligação Brasil da Esperança] alega, em síntese, que Jair Bolsonaro, ao utilizar os palácios como ‘palco de encontro’ com governadores, deputados federais e celebridades, valeu-se ‘de todo o aparato mobiliário do prédio público, bem como sua condição de atual Presidente da República para trazer publicidade aos seus apoios’, desvirtuando, assim, a finalidade daqueles bens, com o objetivo de alavancar sua candidatura”, diz o documento. Eis a íntegra (236 KB).
O pedido foi feito pela Coligação Brasil da Esperança, formada pelo PT (Partido dos Trabalhadores) –do presidente Luiz Inácio Lula da Silva–, pelo PC do B (Partido Comunista do Brasil) e pelo PV (Partido Verde). A ação foi aceita pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves.
Em sua decisão, o ministro Benedito Gonçalves afirmou que atuação de Bolsonaro durante o período eleitoral “é passível de se amoldar à figura típica do abuso de poder político, havendo elementos suficientes para autorizar a apuração dos fatos e de sua gravidade no contexto das eleições 2022”.
“Espaços tradicionalmente usados para a realização de coletivas pelo Presidente da República, no desempenho de sua função de Chefe de Estado, serviram de palco para a realização de atos ostensivos de campanha, nos quais se buscou projetar uma imagem de força política da candidatura de Jair Bolsonaro, que se evidenciaria nas alianças com governadores que alcançaram mais de 50% dos votos em seus estados já no primeiro turno e na expressividade de sua base de apoio no Congresso”, declarou.
A Coligação Brasil da Esperança afirmou que Jair Bolsonaro utilizou “da estrutura da Administração Pública do Governo Federal para angariar apoios e satisfazer finalidades eleitoreiras” e, dessa forma, “transformou atos institucionais em verdadeiro comício eleitoral”.
Na ação, são citados 6 encontros feitos pelo ex-presidente com apoiadores depois do 1º turno. São eles:
- reunião com o governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), no Palácio da Alvorada em 3 de outubro de 2022;
- reunião com o governador reeleito do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), no Palácio do Planalto em 2 de outubro de 2022;
- reunião com o governador reeleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), em 5 de outubro de 2022;
- reunião com o governador reeleito do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), no Palácio da Alvorada também em 5 de outubro de 2022;
- encontro com governadores dos Estados de Roraima, Goiás, Acre, Mato Grosso, Rondônia e Amazonas e com parlamentares, no Palácio do Planalto em 6 de outubro de 2022;
- almoço com artistas e cantores sertanejos (Gusttavo Lima, Leonardo, Chitãozinho, Fernando Zor, Zezé di Camargo e Marrone) no Palácio da Alvorada em 17 de outubro de 2022.
O corregedor-geral da Justiça Eleitoral fixou prazo de 5 dias para que o ex-presidente Jair Bolsonaro e o general Braga Netto apresentem defesa.
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