Brasil | Identifican a empresarios como presuntos financiadores del asalto bolsonarista
Identifican a presuntos financiadores de asalto a poderes en Brasilia
La Procuraduría General de la República (AGU) de Brasil presentó este jueves ante el Tribunal Federal del Distrito Federal la solicitud de congelar 6,5 millones de reales en activos de 52 personas y siete empresas identificadas como presuntos financiadores de asalto a los edificios públicos de la capital, Brasilia, durante las manifestaciones golpistas del pasado domingo.
El ente gubernamental pidió que el monto bloqueado pueda eventualmente usarse para la indemnización de los daños materiales causados por los golpistas.
El documento expedido por la AGU asegura que estas personas y entidades, presuntamente financiaron a los autobuses que condujeron a los perpetradores a Brasilia.
A AGU pediu o bloqueio de R$ 6,5 milhões em bens de 52 pessoas e 7 empresas que financiaram os atos golpistas na Praça dos Três Poderes. A quantia deverá ser utilizada para reparar danos causados pela depredação de patrimônio público em caso de condenação https://t.co/l22kyyOytN
— AGU (@AdvocaciaGeral) January 12, 2023
«La lista de objetivos del bloqueo -que abarca inmuebles, vehículos, valores financieros en cuentas y otros bienes- fue elaborada con ayuda de datos de la Agencia Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) e incluye solo a quienes contrataron buses incautados que transportan personas que participaron en los actos golpistas», precisa la AGU en un comunicado.
Los demandados tendrían que pagar los daños a obras de arte y demás infraestructura de los edificios, de ahí la decisión de congelar los fondos.
La parte demandante tiene en cuenta una estimación realizada por el Senado y la Cámara que aseguran que los daños contra los patrimonios de ambos entes superan los tres millones de reales cada uno.
No obstante, hasta el momento no existen cálculos para el valor de la destrucción en los Palacios de Planalto y el Supremo Tribunal Federal.
La AGU también aseguró que el bloqueo de bienes está en correspondencia con la gravedad de los actos cometidos.
Democratas pedem que Biden anule visto de Bolsonaro
Um grupo de 46 deputados democratas pediu nesta 5ª feira (12.jan.2023) ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que revogue o visto do ex-chefe do Executivo brasileiro Jair Bolsonaro (PL). “Os Estados Unidos não devem fornecer abrigo a ele [Bolsonaro] ou qualquer autoritário que inspirou tamanha violência contra as instituições democráticas”, escreveu o grupo da Câmara dos Representantes em carta. Eis a íntegra (1 MB, em inglês).
Bolsonaro chegou em Orlando em 30 de dezembro. Viajou acompanhado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e da filha do casal, Laura, de 12 anos. A família está hospedada em uma casa de férias do ex-lutador de MMA José Aldo, na cidade de Kissimmee, a cerca de 5 km de Orlando.
Os democratas afirmaram na carta que Bolsonaro pode ter usado um visto tipo A1 “reservado para pessoas em visitas diplomáticas ou oficiais”. Caso uma pessoa entre nos EUA e não esteja mais realizando missões oficiais e representando seu governo, ela tem duas opções: deixar o país; ou
pedir a mudança da categoria do visto ao Departamento de Segurança Interna. O prazo para a solicitação é de 30 dias.
Os deputados requisitaram a revisão do “status” de Bolsonaro nos EUA para “verificar se há uma base legal para a sua permanência e revogar qualquer visto diplomático que ele possa ter”. Ao Departamento de Justiça e a “outra agência federal relevante”, os democratas solicitaram a responsabilização de “qualquer autor na Flórida que possa ter financiado ou apoiado os [atos] violentos de 8 de Janeiro”.
Já ao FBI, a polícia federal dos EUA, foi pedido investigação sobre “qualquer ação tomada [em território norte-americano] para organizar o ataque [contra] o governo brasileiro”.
Por fim, os democratas disseram “estar com a população brasileira”. Pediram a Biden que “trabalhe” com o grupo no suporte ao novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price, foi perguntado por jornalistas na 2ª feira (9.jan) sobre a possibilidade de Bolsonaro ter usado o visto diplomático. Afirmou que “qualquer indivíduo está sujeito a ser retirado pelo Departamento de Segurança Interna” se não houver um motivo para estar no país.
Também na 2ª feira, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) entrou com uma petição no STF (Supremo Tribunal Federal) para que Bolsonaro seja incluído como investigado no inquérito sobre atos com pautas antidemocráticas. O congressista quer que o ex-presidente seja extraditado para ser investigado no Brasil.
No domingo (8.jan), os deputados democratas Alexandria Ocasio-Cortez e Joaquin Castro pediram a expulsão do ex-presidente brasileiro dos EUA depois da invasão aos Três Poderes por extremistas de direita.
INVASÃO AOS TRÊS PODERES
Por volta das 15h de domingo (8.jan.2023), extremistas de direita invadiram o Congresso Nacional depois de romper barreiras de proteção colocadas pelas forças de segurança do Distrito Federal e da Força Nacional. Lá, invadiram o Salão Verde da Câmara dos Deputados, área que dá acesso ao plenário da Casa. Equipamentos de votação no plenário foram vandalizados. Os extremistas também usaram o tapete do Senado de “escorregador”.
Em seguida, os radicais se dirigiram ao Palácio do Planalto e depredaram diversas salas na sede do Poder Executivo. Por fim, invadiram o STF (Supremo Tribunal Federal). Quebraram vidros da fachada e chegaram até o plenário da Corte, onde arrancaram cadeiras do chão e o Brasão da República –que era fixado à parede do plenário da Corte. Os radicais também picharam a estátua “A Justiça”, feita por Alfredo Ceschiatti em 1961, e a porta do gabinete do ministro Alexandre de Moraes.
Os atos foram realizados por pessoas em sua maioria vestidas com camisetas da seleção brasileira de futebol, roupas nas cores da bandeira do Brasil e, às vezes, com a própria bandeira nas costas. Diziam-se patriotas e defendiam uma intervenção militar (na prática, um golpe de Estado) para derrubar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
ANTES DA INVASÃO
A organização do movimento havia sido monitorada previamente pelo governo federal, que determinara o uso da Força Nacional na região. Pela manhã de domingo (8.jan), 3 ônibus de agentes de segurança estavam mobilizados na Esplanada. Mas não foram suficientes para conter a invasão dos radicais na sede do Legislativo.
Durante o final de semana, dezenas de ônibus e centenas de carros e pessoas chegaram à capital federal para a manifestação. Inicialmente, o grupo se concentrou na sede do Quartel-General do Exército, a 7,9 km da Praça dos Três Poderes.
Depois, os radicais desceram o Eixo Monumental até a Esplanada dos Ministérios a pé, escoltados pela Polícia Militar do Distrito Federal.
O acesso das avenidas foi bloqueado para veículos. Mas não houve impedimento para quem passasse caminhando.
Durante o domingo (8.jan), policiais realizaram revistas em pedestres que queriam ir para a Esplanada. Cada ponto de acesso tinha uma dupla de policiais militares para fazer as revistas de bolsas e mochilas. O foco era identificar objetos cortantes, como vidros e facas.
CONTRA LULA
Desde o resultado das eleições, extremistas de direita acamparam em frente a quartéis em diferentes Estados brasileiros. Eles também realizaram protestos em rodovias federais e, depois da diplomação de Lula, promoveram atos violentos no centro de Brasília. Além disso, a polícia achou materiais explosivos em 2 locais da capital federal.
Ministério Público do Brasil pede investigação a deputados bolsonaristas
O Ministério Público do Brasil pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que investigasse três deputados por “incitamento a atos antidemocráticos” na sequência do ataque às sedes dos três poderes em Brasília no domingo.
Numa declaração oficial divulgada na quarta-feira, a procuradoria pediu ao STF para investigar André Fernandes e a militar indígena Silvia Waiãpi, deputados do Partido Liberal (PL), a mesma formação do ex-presidente Jair Bolsonaro, e a também parlamentar Clarissa Tércio, do Partido Progressivo.
Segundo a petição, os três deputados são suspeitos de “incitamento a atos de violência e vandalismo” através de “publicações em redes sociais antes e durante as invasões”, o que poderia constituir o crime de “incitamento público ao crime”.
Para o Ministério Público, as alegadas ações dos congressistas foram uma “tentativa de abolir, com violência ou grave ameaça, o Estado de direito democrático, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais”.
No domingo passado, milhares de apoiantes de Bolsonaro invadiram e vandalizaram a sede do Congresso, o palácio presidencial do Planalto e o STF, numa tentativa falhada de derrubar o atual Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.
Num outro ato, o Ministério Público também pediu ao STF para investigar o governador do Distrito Federal de Brasília, Ibaneis Rocha, que foi afastado do cargo durante 90 dias, e o seu então secretário de segurança Anderson Torres, ex-ministro da justiça de Bolsonaro.
Torres, que foi destituído do cargo pelo próprio Rocha no mesmo dia dos ataques, tem um mandado de captura para ele. O ex-ministro, que está de férias nos Estados Unidos, já disse que regressará ao país para se entregar às autoridades.
Torres era responsável pela segurança pública na capital brasileira no domingo passado, quando os atos antidemocráticos tiveram lugar.