Dilma Rousseff se comprometió a acelerar el acuerdo entre Mercosur y la Unión Europea
Dilma: Reafirmo meu empenho para concluir as negociações do acordo entre Mercosul e União Europeia
A presidenta Dilma Rousseff reafirmou nesta segunda-feira (24), em Bruxelas, na Bélgica, que se empenhará para levar adiante as negociações para a conclusão do acordo de associação entre Mercosul e União Europeia. Em declaração à imprensa após reunião plenária na sede do Conselho da União Europeia, a presidenta disse que a conclusão do acordo será uma grande contribuição para a recuperação econômica mundial.
“Reafirmei meu empenho de levar adiante também a conclusão, como já disse, do Acordo de Associação entre Mercosul e União Europeia. Nossa expectativa é que com a reunião técnica, prevista para 21 de março, nós a partir daí possamos fixar a data para a troca de ofertas. O Mercosul está fazendo um grande esforço para consolidar sua oferta. Tenho certeza que houve uma grande evolução, tenho certeza que o lado europeu vai fazer o mesmo e será uma grande contribuição que vamos dar para a recuperação econômica dos países do mundo, em especial de regiões importantes como é o caso do Mercosul e da União Europeia”.
A presidenta também disse ter ficado surpresa com a contestação pela Europa na Organização Mundial do Comércio (OMC) de programas essenciais para o desenvolvimento sustentável da economia brasileira tais como os programas de desenvolvimento tecnológico Inovar Auto e de desenvolvimento sustentável da Zona Franca de Manaus.
“Nesse último caso, assinalei ao lado europeu minha surpresa de que a Europa – região tão comprometida com questões ambientais – conteste uma produção ambientalmente limpa, que gera emprego e renda, e é instrumento fundamental para conservar a floresta amazônica. Iniciativas como a Zona Franca de Manaus contribuem para evitar o desmatamento e a consequente emissão de gases de efeito estufa”.
Governança da Internet
Dilma convidou os representantes da União Europeia a participar da Reunião Multisetorial Global sobre o Futuro da Governança da Internet, que será realizada em abril, em São Paulo, e disse compartilhar com o bloco europeu a mesma visão sobre o tema, de respeito aos direitos humanos e à liberdade de expressão. O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, afirmou, em sua conta no Twitter, que espera uma maior colaboração com o Brasil na governança da internet.
“Queria dizer que nós coincidimos também na necessidade de desenvolvimento de uma arquitetura de governança da internet que garanta o direito à privacidade dos cidadãos, a privacidade das empresas, a neutralidade da rede e o fato de que é fundamental utilizar esse espaço cibernético democrático, protegendo a liberdade de expressão e garantindo aos diferentes stakeholders desse espaço a governança dessa que é uma das maiores, eu acho, invenções da humanidade e que tem o poder de nos aproximar”.
http://blog.planalto.gov.br/ao-vivo-declaracao-a-imprensa/
Dilma minimiza divergências com Lula
A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem ter apenas divergências «normais» com o ex-presidente Lula e tentou minimizar as informações de que seu antecessor tem feito críticas reservadas a seu estilo de governar.
Na edição de ontem, a Folha publicou reportagem mostrando que Lula tem dito a interlocutores do mundo político e empresarial que Dilma precisará de um novo time para conduzir sua política econômica e de um novo «núcleo duro» para ajudar a gerenciar o governo e as crises políticas com a base aliada no Congresso.
«Eu acho que vocês podem tentar de todas as formas criar qualquer conflito, barulho ou ruído entre mim e o presidente Lula, que vocês não vão conseguir», disse a presidente, em entrevista a jornalistas brasileiros na Cúpula Brasil-União Europeia, em Bruxelas (Bélgica).
«O meu comentário é o seguinte: a imprensa é livre e tem direito de expressão e eu e o presidente Lula não temos divergências a não ser as normais», afirmou.
Questionada se em algum momento ouviu críticas de Lula sobre suas estratégias política e econômica, respondeu: «Não, ele nunca comentou comigo».
Apesar das críticas reservadas, o ex-presidente tem demonstrado confiança numa vitória de Dilma nas eleições deste ano e descarta tomar o posto de candidato à Presidência.
Para Lula, a presidente Dilma atualmente «está bem na foto» com o eleitorado, mas «divorciada» das classes empresarial e política, o que poderia trazer riscos futuros.
BLOCÃO
Na tentativa de melhorar a interlocução com a base na Câmara –onde partidos aliados criaram na semana passada um «blocão» independente para explicitar o descontentamento com Dilma–, o Palácio do Planalto apresentou ontem um pacote de bondades para tentar conter a ameaça de rebelião.
O governo decidiu mobilizar 12 ministérios para atender demandas dos congressistas, prometeu cumprir liberação de verbas para obras apadrinhadas por deputados e senadores no Orçamento de 2013, além de elaborar pauta de votações de consenso.
As propostas foram apresentadas aos líderes governistas na Câmara pelo vice-presidente, Michel Temer (PMDB), e pelos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais).
Na reunião, os deputados reclamaram sobretudo da falta de diálogo com o governo, do rompimento de acordos para pagamento das chamadas emendas parlamentares e da interferência do Planalto na pauta da Casa.
Eles afirmam que não pretendem romper com Dilma ou derrotar o governo nas votações em plenário, mas dizem que está mantido o bloco parlamentar capitaneado pelo PMDB e formado pelo PP, PR, PTB, PDT, Pros, PSC e o oposicionista Solidariedade, que somam mais de 250 dos 513 deputados.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/153883-dilma-minimiza-divergencias-com-lula.shtml