Brasil | Bolsonaro pide perdón a las adolescentes venezolanas y Lula dice que se comportó como un pedófilo

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Bolsonaro se disculpa tras insinuar que refugiadas venezolanas se prostituían

El presidente brasileño, Jair Bolsonaro, pidió disculpas este martes por insinuar que unas jóvenes venezolanas refugiadas en Brasilia se habían volcado a la prostitución, pero afirmó que sus palabras fueron «tergiversadas» por la oposición.

«Si esas palabras que, por mala fe, fueron sacadas de contexto, fueron de alguna forma malentendidas y provocaron alguna vergüenza a nuestras hermanas venezolanas, pido disculpas», declaró Bolsonaro en un video divulgado este martes, durante su campaña para la segunda vuelta de las elecciones.

El pasado día 2, Bolsonaro, quien aspira a la reelección, tuvo en la primera vuelta un 43,2 % de los votos, frente al 48,4 % que logró el expresidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato de un frente progresista y contra quien se medirá otra vez el 30 de octubre.

El pasado fin de semana, el mandatario creó un enorme revuelo al declarar en una entrevista que, durante un paseo en su motocicleta por la periferia de Brasilia, había visto en una esquina a unas jovencitas venezolanas muy «arregladas».

Narró que «pintó un clima», una expresión que en Brasil define un posible interés sexual, que se acercó y pidió entrar a la casa de las jóvenes, que según él tenían entre 14 y 15 años.

«Yo me pregunto. Unas chicas bonitas, de 14 o 15 años, arregladas un sábado. ¿Para qué?: Ganarse la vida», dijo Bolsonaro, quien por esas declaraciones fue hasta acusado de «pederastia» por la campaña de Lula, debido a su supuesto interés en las jovencitas.

El Instituto Migraciones y Derechos Humanos (IMDH), una de las entidades que atiende a los venezolanos que llegan a Brasil, repudió en una nota esas declaraciones y aseguró que en la comunidad citada por Bolsonaro «no existen indicios de prostitución infantil».

«Ese tipo de declaraciones estigmatizan a la población venezolana en Brasil y contribuyen a la construcción de estereotipos falsos sobre los migrantes», señaló el comunicado.

Agregó que las jóvenes, en realidad, ese día participaban de unos cursos de peluquería y maquillaje ofrecidos a las venezolanas a fin de ayudarlas en la búsqueda de empleos.

En el video en el que pidió disculpas, el mandatario apareció con su esposa, Michelle Bolsonaro, y la venezolana María Teresa Belandría, embajadora designada en Brasil por Juan Guaidó, reconocido por el Gobierno brasileño como «presidente legítimo» de Venezuela.

Según el presidente, la declaración que originó la polémica solo apuntaba a subrayar su «preocupación» por «evitar cualquier tipo de explotación de mujeres vulnerables» y fue «sacada de contexto» por «militantes de izquierda» que buscan obtener «ventajas políticas en este momento» electoral.

Infobae


 


«O comportamento de Bolsonaro é de um pedófilo», diz Lula no Flow

O ex-presidente Lula (PT), em entrevista ao Flow Podcast, onde superou o recorde de Jair Bolsonaro (PL) com apenas 10 minutos de transmissão, afirmou que o atual presidente “se comporta como se fosse [pedófilo]”.

“O comportamento dele agora, no caso das meninas da Venezuela, é o comportamento de um pedófilo. Ele percebeu isso. Por isso, ficou apavorado e tentou se explicar o mais rapidamente possível”, comentou Lula.

Em entrevista a um podcast na última sexta-feira, 14, Bolsonaro afirmou que, quando visitava uma comunidade, já como presidente da República, encontrou meninas de «14 ou 15 anos», «bonitas», «arrumadinhas». Na sequência, ele afirmou que «pintou um clima».

O ex-presidente petista denunciou também que a campanha do candidato do PL é toda baseada em mentiras e que Bolsonaro vive falando grosserias sem pensar e só se retrata quando seu grupo político lhe chama atenção.

Brasil 247



Venezuelanas se recusam a gravar vídeo e Bolsonaro pede desculpas ao lado de «embaixadora»

A campanha de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição segue tentando conter os danos e explicar o vídeo em que o presidente afirmou que «pintou um clima» entre ele e jovens venezuelanas com idades entre 14 e 15 anos, e a insinuação, feita por ele, de que as meninas se prostituíam. Nesta terça-feira (18) foi divulgado um pretenso pedido de desculpas do mandatário sobre o caso.

Ao lado da esposa, a primeira dama Michelle Bolsonaro, e da advogada e professora universitária Maria Teresa Belandria, apresentada como «embaixadora» da Venezuela no país, o presidente se contradisse, e afirmou que sabia que as meninas eram trabalhadoras. Belandria foi nomeada pelo autoproclamado presidente venezuelano Juan Guaidó, e recebeu o reconhecimento do governo brasileiro em 2019.

O vídeo é encerrado por uma fala de Michelle Bolsonaro. A «embaixadora», por sua vez, permanece em silêncio durante toda a gravação, que durou mais de dois minutos e foi imediatamente replicada por perfis favoráveis ao presidente. A mensagem também foi alvo de críticas.

A gravação foi divulgada depois que a equipe do presidente tentou fazer com que algumas das meninas que foram citadas por ele publicassem mensagem dizendo que tudo havia sido um mal entendido, de acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. A tentativa, porém, foi frustrada, já que as jovens e suas famílias ficaram com receio de uma exposição ainda maior.

O «pedido de desculpas»

No vídeo desta terça, o presidente, que aparentava estar lendo um texto, afirma que «as palavras que eu disse refletiram uma preocupação da minha parte no sentido de evitar qualquer tipo de exploração de mulheres que estavam vulneráveis».

Bolsonaro afirmou, ainda, que as dúvidas sobre a real situação das meninas venezuelanas expostas «foram quase imediatamente esclarecidas» após uma visita da então ministra da Mulher, Damares Alves. Mesmo assim, ele seguiu replicando a história e fazendo insinuações (ou efetivamente afirmando) que as meninas se prostituíam.

«Elas estão reconstruindo suas vidas no Brasil, e ajudam outras venezuelanas refugiadas a encontrar profissão», afirmou o presidente. «Se minhas palavras que, por má fé, foram tiradas de contexto, de alguma forma foram mal entendidas ou provocaram algum constrangimento às nossas irmãs venezuelanas, peço desculpas», complementou, tentando repassar a quem ouviu a responsabilidade pelo que ele disse.

Bolsonaro insinuou exploração sexual de meninas em outras oportunidades

O caso ganhou destaque depois de uma entrevista de Bolsonaro a um podcast na última sexta-feira (14). Aquela, porém, não foi a primeira vez que o capitão reformado contou o caso. Ele falou sobre o assunto em pelo menos duas outras oportunidades.

Convidado a participar de uma feira do setor de alimentos e bebidas, Bolsonaro aproveitou a oportunidade para fazer um de seus discursos tradicionais. Misturando o habitual negacionismo da pandemia com outros assuntos, ele narrou o episódio.

Em setembro, o presidente concedeu entrevista a um pool de podcasts, e também falou sobre o tema. A entrevista foi recuperada e publicada nas redes sociais nesta terça por diferentes perfis, como o de Janja, esposa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Brasil de Fato

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