Investigan a exministra y senadora electa de Bolsonaro por polémicos dichos sobre explotación de niños
Investigan a exministra y senadora electa de Bolsonaro por aberrantes dichos sobre explotación de niños
Ex-ministra de Mujer, Familia y Derechos Humanos del gobierno de Bolsonaro, Damares Alves, quien fue recientemente electa senadora en la pasada elección en Brasil, realizó la semana pasada declaraciones durante un discurso en una iglesia evangélica y en presencia de niños, sobre supuestos crímenes de tráfico, violación y abuso infantil en Goiania, en el Estado de Pará, cerca de la frontera con Surinam y Guayana Francesa, sin presentar ninguna prueba.
En su discurso, que fue publicado por los medios de comunicación locales, la jerarca bolsonarista dijo que los niños eran traficados en la Isla de Marajó y que disponía de imágenes de niñas y niños de 3 o 4 años, a los que supuestamente les sacarían los dientes para que no muerdan durante el sexo oral, “Voy a contarles una historia, que ahora puedo contar. Tenemos imágenes de niños brasileños de tres o cuatro años a los que, cuando cruzan fronteras, les sacan los dientes para que no muerdan durante el sexo oral”. Durante su impactante discurso en la Asamblea de Dios y en plena campaña electoral donde se decidirá en pocos días quién será el próximo presidente de Brasil, la futura senadora de ultraderecha comentó que los supuestos infantes abusados comen alimentos blandos “para que los intestinos estén libres a la hora del sexo anal”.
Asimismo la ex-ministra de la Mujer, la Familia y los Derechos Humanos, omitió decir en su acalorado discurso las acciones y/o denuncias que como representante del gobierno bolsonarista se llevaron a cabo desde su cartera para combatir los abominables hechos descritos, y continuó en su oratoria expresando que no se trata de una guerra política sino «espiritual», y convocó a los presentes a votar por la reelección del actual presidente Bolsonaro (PL) en la segunda vuelta, “hay cosas de las que no puedo hablar afuera, pero aquí tengo una libertad constitucional para expresar mi fe. La guerra contra Bolsonaro que planteó la prensa, que planteó la Corte Suprema, que planteó el Congreso, no es una guerra política, es una guerra espiritual”.
La primera dama Michelle Bolsonaro estuvo presente en el evento y el senador Flávio Bolsonaro, uno de los hijos del presidente, compartió el video del discurso de Damares intentando relacionar al gobierno de Lula anterior con los dichos de la ex-ministra : “ Este informe de la Senadora Damares es preocupante!!! ¡Aún quedan restos del PT en Brasil! ¡Es monstruoso lo que les pasa a nuestros niños en algunas regiones de nuestro Brasil!”.
Ministerio Público Federal (MPF) solicitó esclarecer presuntos delitos sexuales que no fueron denunciados
Luego de las declaraciones de Damares Alves, el Ministerio Público Federal (MPF) envió una carta a la Secretaría Ejecutiva del Ministerio de la Mujer, la Familia y los Derechos Humanos para esclarecer la información sobre los presuntos abusos sexuales cometidos en la isla de Marajó (PA). Al parecer nunca hubo una denuncia formal hecha por Damares ni por dicho ministerio sobre los aberrantes hechos que relató en la Asamblea de Dios en presencia de niños, lo que implicaría de ser ciertas dichas afirmaciones un delito por «omisión» o «encubrimiento» según la ley brasileña.
Según distintos analistas y juristas, la electa senadora evangelista por el partido de Bolsonaro, deberá dar explicaciones a la Justicia y mostrar pruebas fehacientes que acrediten sus declaraciones, al tiempo que debería ser sancionada por realizar tales dichos en presencia de niños y en plena campaña electoral. La ex-ministra deberá también afrontar un posible juicio por “omisión” o “encubrimiento” por no haber hecho la denuncia correspondiente cuando supuestamente estuvo en conocimiento de dicha información con imágenes y videos en su poder mientras ejercía el cargo máximo del Ministerio de la Mujer, la Familia y Derechos Humanos y que aún no han sido presentados ante la Justicia.
El Ministerio Público Federal reclamará también a Dalmares Alves, cuáles fueron las acciones y precauciones que realizó el ministerio durante su mandato para combatir los supuestos y aterradores abusos de niños en el estado de Pará. En caso de que sus dichos sean comprobados, y que podrían afectar también al actual presidente Bolsonaro, la futura senadora no contaría con los fueros parlamentarios para enfrentar el juicio.
Advogados vão ao STF contra Bolsonaro, Damares e Michelle cancelam visita a venezuelanas e mais
O grupo de juristas e advogados Prerrogativas pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma investigação criminal contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) pelas declarações de cunho sexual feitas sobre adolescentes venezuelanas refugiadas, que vivem em São Sebastião, na periferia do Distrito Federal, no ano passado.
Em entrevista a um podcast, o mandatário disse que «pintou um clima» ao se referir à visita feita às adolescentes. «Parei a moto numa esquina, tirei o capacete e olhei umas menininhas, três, quatro, bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas num sábado, numa comunidade. E vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei, ‘posso entrar na tua casa?’ Entrei. Tinha umas 15, 20 meninas, [num] sábado de manhã, se arrumando. Todas venezuelanas», disse Bolsonaro.
Para o grupo Prerrogativas, «a situação é absurda» e requer «a devida apuração». «A situação narrada reveste-se de contornos ainda mais graves quando o presidente da República diz ter ‘pintado um clima’ com meninas bonitas de 14 e 15 anos e se oferece para entrar em sua casa», defende o grupo.
«Além de não tomar as providências legais, que se exige do homem público mais importante do país, o presidente da República expôs menores publicamente imputando a esses atos de prostituição infantil», afirmou o grupo na notícia-crime enviada ao STF, acusando Bolsonaro de violar também o Estatuto da Criança e do Adolescente.
«A apuração e investigação dos fatos é medida que se impõe para que a sociedade brasileira não se acostume a minimizar fatos absolutamente atrozes como se fosse uma conduta regular de um cidadão, máxime do presidente da República.»
Randolfe Rodrigues também aciona o STF contra Bolsonaro
A iniciativa do grupo Prerrogativas se somou a uma ação apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também contra o presidente Jair Bolsonaro e pelos mesmos motivos.
«A confissão do presidente Jair Bolsonaro pode ser enquadrada em diversos tipos penais, o que será mais bem compreendido nas necessárias investigações», disse o parlamentar em petição enviada ao Supremo.
Rodrigues lembra que Bolsonaro ainda deu a entender, durante a visita às refugiadas venezuelanas, que o local era palco de exploração sexual. «E eu pergunto: meninas bonitinhas, 14, 15 anos se arrumando num sábado para quê? Ganhar a vida. Você quer isso para a tua filha, que está nos ouvindo aqui agora? E como chegou neste ponto? Escolhas erradas», disse o presidente em entrevista ao podcast.
«O presidente não parece ter acionado o Ministério Público, Federal ou Distrital, a Polícia, Federal ou Civil do Distrito Federal, ou o Conselho Tutelar ao ver adolescentes (e talvez crianças) em situação suspeita de prostituição infantil, podendo ter incorrido no crime de prevaricação, ou, ainda, considerada a sua posição de garante, em todos os crimes ali perpetrados por criminosos», disse Rodrigues.
Tebet endossa movimento e afirma que Bolsonaro precisa responder na Justiça
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) também endossou o movimento contra as declarações de Jair Bolsonaro. Ela disse que o mandatário precisará responder na Justiça quando perder o foro privilegiado.
«Ele vai ter que responder na justiça porque, em vendo um crime, não deu voz de prisão, não chamou as autoridades para que pudessem intervir. Se ele estava diante de uma situação que é considerada crime pelo código penal e não denunciou, ele foi omisso e tem que responder por isso», afirmou ao Brasil 247, durante uma caminhada de apoio à candidatura de Lula no Rio de Janeiro, neste domingo (16).
Damares e Michelle suspendem visita a venezuelanas
Após a repercussão do caso, a primeira-dama Michelle Bolsonaro e a senadora e ex-ministra Damares Alves (Republicanos) suspenderam a visita que fariam às jovens venezuelanas que foram alvo das declarações de cunho sexista do presidente.
Paulo Henrique de Moraes, diretor da Cáritas Arquidiocesana do Brasil em São Sebastião, que dá apoio a cerca de duas mil famílias de refugiados na comunidade, afirmou que as famílias estão receosas com a exposição.
Em reunião prévia com Damares Alves e Michelle Bolsonaro, Moraes quis saber melhor o motivo e como seria a visita. «Até porque me chegou a informação de que as famílias estão muito assustadas com a situação, diante da repercussão do vídeo [de Bolsonaro] veiculado», disse à Folha de S. Paulo.
No encontro, decidiu-se pela suspensão da visita.
TSE dá direito de resposta a Lula sobre morte de Celso Daniel
A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Maria Claudia Bucchianeri, acatou o pedido de direito de resposta do ex-presidente Lula (PT) sobre as acusações envolvendo o seu nome na morte do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel.
«Como é de conhecimento público e notório, o assassinato do ex-prefeito Celso Daniel se trata de caso encerrado perante o Poder Judiciário, com os responsáveis devidamente processados e julgados, estando cumprindo pena», afirmou a juíza.
A ministra disse ainda que «também é fato conhecido e amplamente divulgado que o Ministério Público de São Paulo encerrou definitivamente as apurações, não havendo notícia do envolvimento do Partido dos Trabalhadores ou de seus membros».
A acusação, que foi feita senadora Mara Gabrilli (PSDB), foi divulgada em um programa da Jovem Pan News e compartilhada pela deputada federal Carla Zambelli (PL) e pelo senador Flávio Bolsonaro (PL).
Agora, o PT deve apresentar um vídeo de até 30 segundos que deve permanecer no canal da Jovem Pan por quatro dias e nos perfis de Zambelli e Flávio por dois dias. Em caso de descumprimento, deve ser aplicada uma multa de R$ 50 mil.
TSE dá direito de resposta ao PSOL por declarações de Ciro Gomes
Bucchianeri também concedeu o direito de resposta, neste domingo (16), ao PSOL, depois que o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, afirmou que a sigla recebe dinheiro de fonte estrangeira, durante sabatina promovida pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela FAAP, em 21 de setembro.
«Quem está financiando essas agendas no Brasil é a Open Society do George Soros, sabe?! O PSOL é financiado pelo George Soros, aí faz esse discursinho e vai se aliar com [Henrique] Meirelles», disse o pedetista.
Agora, o Estão deve manter por 48 horas a resposta do PSOL, sob pena de R$ 10 mil em caso de descumprimento da decisão.
Polícia investiga agressão de dois bolsonaristas contra petistas em bar em Goiânia
A Polícia Civil de Goiás investiga a agressão de dois bolsonaristas contra três mulheres e um homem, apoiadores do ex-presidente Lula (PT), ocorrida na noite do último sábado (15), em uma lanchonete, em Goiânia.
Um vídeo do momento das agressões, que circula nas redes sociais, mostra um homem de camisa preta chutando e arremessando objetos contra as pessoas. Um outro homem, de caminha cinza, chega a dar um soco em uma mulher que cai após o ataque.