Lula afirma que Brasil vive una violencia electoral «nunca vista»
Lula dijo que Brasil vive una ola de odio y violencia electoral «nunca vista»
El expresidente brasileño y candidato opositor Luiz Inácio Lula da Silva afirmó este jueves que Brasil vive una violencia y un odio político «nunca visto» en la historia democrática moderna y lanzó ironías sobre la presencia del presidente Jair Bolsonaro en el funeral de la Reina de Inglaterra, al afirmar que nunca asistió a un entierro de las más de 685.000 víctimas de Covid-19.
«Nunca he visto una violencia como se está viviendo en esta campaña, el odio que se ha establecido en esta elección…», afirmó Lula durante una conferencia de prensa en Montes Claros, estado de Minas Gerais, el segundo distrito electoral del país después de San Pablo y clave para sus planes de resolver la elección en la primera vuelta, sin necesidad de balotaje, el 2 de octubre próximo.
Lula aseguró que «los paramilitares bolsonaristas son intolerantes, no les gusta la democracia, no respetan a las mujeres, a los negros, a los indígenas, ellos saben que van a perder la elección y se va a cortar esto de ocupar ilegalmente la Amazonía para deforestar y buscar ilegalmente minerales».
En ese marco, el líder del Partido de los Trabajadores dijo que «el odio no existía aunque sí la polarización» cuando su fuerza disputaba los comicios contra el Partido de la Social Democracia Brasileña (PSDB) del expresidente Fernando Henrique Cardoso.
➡️Dois em cada três brasileiros temem agressões por motivações políticas
Cerca de 3,2% da população afirmam que foram ameaçados, nos últimos 30 dias, em razão da escolha partidária ou política, revela pesquisa
Leia: https://t.co/19RGLm33xZ pic.twitter.com/BX1dVmk6UK
— Metrópoles (@Metropoles) September 15, 2022
La violencia en la campaña provocó que bolsonaristas asesinaran en distintos episodios a seguidores de Lula en Paraná y en Mato Grosso, situaciones que según la encuestadora Datafolha provocaron que siete de cada 10 electores tengan miedo de ser víctimas de agresiones de cuño político en las calles.
«Teníamos campañas duras pero dentro de la convivencia democrática e incluso cuando nos cruzábamos se podía tomar una cerveza; esto se terminó con esta gente», sostuvo Lula.
Por otra parte, el exmetalúrgico que gobernó Brasil entre 2003 y 2010 lanzó ironías ala presencia de Bolsonaro en los funerales de la Reina de Inglaterra, en el marco de un intento por recuperar adhesiones en la clase media buscando una suerte de perfil internacional.
Quero discutir com os governadores eleitos e prefeitos qual a política que os Estados e municípios precisam, que investimentos são prioridade. Para fazer esse país voltar a funcionar, como funcionava no tempo em que fui presidente. O Brasil precisa voltar à normalidade.
— Lula 13 (@LulaOficial) September 15, 2022
«Es loable que vaya al funeral de la Reina de Inglaterra, pero no fue a ningún funeral de los más de 680 mil muertos por Covid-19; lo que llama la atención es que este presidente no trabaja, nunca gobernó y ahora quiere ir a Inglaterra para intentar ganar el alma de no sé quien», se quejó.
Allegados a Bolsonaro recomendaron tener un gesto internacional en el funeral de la reina para evitar ser llamado de paria internacional, según informó el portal de noticias UOL.
Lula también ratificó el plan inicial de su campaña de cambiar la reforma laboral para legislar sobre la protección laboral para los trabajadores de aplicaciones digitales como choferes y entregadores de comida.
El candidato del PT estaba al lado del intendente de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, candidato de Lula a la gobernación de Minas Gerais que aparece 20 puntos abajo del favorito, el gobernador bolsonarista Romeu Zema, del libertario Partido Novo.
Lula aciona TSE contra site impulsionado por campanha de Bolsonaro
A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo multa e suspensão do site «Lulaflix», que divulga conteúdos contra o petista e notícias falsas sobre o candidato. A página está registrada em nome da campanha de Jair Bolsonaro (PL), que o impulsionou com anúncios pagos no Google nos últimos dias.
«A bem da verdade, todas as publicações do site, sem exceção, realizam propaganda negativa contra o candidato Luiz Inácio Lula da Silva. O conteúdo de cada uma das postagens na página impulsionada pelos adversários diretos do candidato da Coligação Brasil da Esperança é movido pelo estratagema de distorcer eventos ou descontextualizar informações para sustentar críticas infundadas ao ex-presidente Lula”, disseram em nota os advogados da campanha, representada pelos escritórios Aragão e Ferraro Advogados e Zanin Martins Advogados.
Saiba Mais
No domingo (11), a página foi atualizada com uma série de notícias e artigos contra Lula, veiculadas originalmente em blogs e veículos de imprensa. Entre os temas estão os escândalos passados de corrupção nos governos petistas, frases polêmicas proferidas pelo ex-presidente, e notícias que relacionam o petista com a facção criminosa PCC. No começo de setembro, Bolsonaro foi multado pelo TSE em R$ 5 mil por posts em sua rede ligando Lula e o PT à organização criminosa, por 6 votos a um.
Apesar de registrada no CNPJ da campanha de Bolsonaro e incluir o nome do presidente como dono, a página não está entre os sites declarados ao TSE pelo candidato.
«Além de multa e suspensão, a Coligação Brasil da Esperança pede o fim do impulsionamento da página e a aplicação de multa máxima. Pela legislação eleitoral, é expressamente proibida a prática de impulsionamento de propaganda negativa contra outras candidaturas», disse a campanha.
Após discursar na ONU, Bolsonaro terá quatro encontros bilaterais
O Itamaraty informou nesta quinta-feira (15) que Jair Bolsonaro terá quatro encontros bilaterais após participar da abertura da Assembleia-Geral da ONU, que será realizada em Nova York na próxima terça-feira. Por tradição, o presidente brasileiro será o primeiro a discursar no encontro de líderes mundiais.
O chefe de Estado brasileiro deverá se reunir com os presidentes Andrzej Duda, da Polônia, Aleksandar Vučić, da Sérvia, Guillermo Lasso, do Equador, e Alejandro Giammattei, da Guatemala.
Bolsonaro também deverá ter encontro com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
A previsão é que o presidente chegue a Nova York na segunda-feira, após participar do funeral da rainha Elizabeth II, em Londres. O retorno ao Brasil está previsto para ocorrer ainda na terça.
