Bolsonaro critíca la carta por la democracia firmada por más de 600 mil personas

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Bolsonaro critica a los firmantes de una declaración prodemocrática

El presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, ha criticado este martes a los firmantes del manifiesto prodemocrático firmado por banqueros, artistas y «empresarios mamíferos».

«Ese manifiesto lo han firmado banqueros y artistas. Nadie de otra clase. Y algunos empresarios mamíferos», ha afirmado durante un acto con simpatizantes en el Palacio de la Alborada de Brasilia.

La ‘Carta a los brasileños en defensa del estado democrático de derecho’ es una declaración impulsada por juristas y la Faculdad de Derecho de la Universidad de San Paulo que ya cuenta con 640.000 firmantes, incluidos diez antiguos jueces del Supremo Tribunal Federal (STF), blanco frecuente de las críticas de Bolsonaro.

Un segundo manifiesto con tinte más económico ha sido publicado por la Federación de Industrias del Estado de Sao Paulo y ha sido respaldado por la Federación Brasileña de Bancos.

Bolsonaro ya argumentó la semana pasada que no necesita de «ninguna cartita» para defender la Constitución y se burló posteriormente en Twitter publicando una carta en la que afirma estar «a favor de la democracia».

El candidato del Partido de los Trabajadores (PT), Luiz Inácio Lula da Silva parte como favorito para las elecciones presidenciales de Brasil, que tendrán lugar el próximo 2 de octubre, según la última encuesta de Datafolha. En concreto, Bolsonaro obtendría un 34 por ciento en intención de voto, muy lejos del 57 por ciento que tendría Lula.

La Nación


“Cara de pau” e “sem caráter”: a reação tresloucada de Bolsonaro à carta

Manifesto em prol da democracia tem irritado e provocado reações do presidente Jair Bolsonaro contra os signatários

O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição este ano pelo PL, classificou nesta terça-feira, 2, como “cara de pau” e “sem caráter” os signatários do manifesto a favor da democracia. A fala foi proferida em entrevista do mandatário à Rádio Guaíba. Organizado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, o manifesto também defende o sistema eleitoral e já ganhou apoio de mais de 700.000 pessoas, incluindo ex-ministros do Supremo Tribunal Federal, intelectuais, empresários e artistas.

Em entrevista à Rádio Guaíba, nesta terça, Bolsonaro disse que “esse pessoal que assina esse manifesto é cara de pau, sem caráter. Não vou falar outros adjetivos porque sou uma pessoa bastante educada”. Na última segunda-feira, dia 1º, o atual presidente também chamou a classe empresarial que apoia o texto como “empresários mamíferos”, uma vez que, na visão de Bolsonaro, estariam acostumados a “sugar o governo”.

Entre os nomes que assinam o texto estão os de Roberto Setúbal, Pedro Moreira Salles e Cândido Bracher, do Itaú Unibanco, Walter Schalka, da Suzano, e os cofundadores da Natura, Guilherme Leal e Pedro Passos. Além deles, assinaram a carta Eduardo Vassimon (Votorantim), Horácio Lafer Piva (Klabin) e os economistas Armínio Fraga (ex-presidente do Banco Central), Pedro Malan (ex-ministro da Fazenda no governo Fernando Henrique Cardoso), Luis Stuhlberger (Verde Asset) e José Roberto Mendonça de Barros.

Veja


Na Paraíba, Lula esquece governador do PSB e faz ato por candidato do MDB

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez hoje um grande ato em Campina Grande (PB), a cerca de 130 km de João Pessoa, em apoio à candidatura do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) ao governo do estado. O emedebista irá enfrentar o governador João Azevêdo, do PSB, partido integrante da chapa nacional petista.

A divisão entre os dois partidos já era esperada no estado. Com racha no antigo grupo político do ex-governador Ricardo Coutinho (PT), pré-candidato ao Senado, Lula costurou um acordo para conseguir atrair o MDB regional.

Campina Grande, reduto de Veneziano

A Paraíba foi o primeiro estado em que Lula fez um ato apenas no interior sem fazer na capital. Campina Grande, segunda maior cidade da Paraíba, foi escolhida exatamente por ser o reduto eleitoral de Veneziano, prefeito entre 2005 e 2012.

Veneziano foi um dos primeiros quadros do MDB a aderir publicamente à campanha de Lula, único membro do partido no palco do lançamento da pré-candidatura do petista no início de maio, em São Paulo — algo lembrado por Lula.

«Eu quero agradecer ao Veneziano que, mesmo o MDB tendo candidato, ele resolveu nos apoiar na Paraíba. Queria agradecer ao gesto de coragem», declarou Lula, em seu discurso.

Diferente do que aconteceu em praticamente todos os outros discursos pelo país, nem Lula nem a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do partido, chegaram a mencionar o PSB, principal aliado da coligação com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) como vice. Em viagem ao litoral paulista junto a Fernando Haddad (PT) e Márcio França (PSB), candidatos em São Paulo, Alckmin não foi à Paraíba.

«Nesse estado da Paraíba, eu tenho candidato a governador, e ele é Veneziano. Tenho candidato a senador, e ele é Ricardo Coutinho», reafirmou Lula, ao final do seu discurso.

Antes de Lula, Veneziano já tinha feito gesto semelhante em relação a Lula. «Não poderia deixar de lhe agradecer pelo seu compromisso, pela sua palavra, pelo seu comprometimento com esse projeto, que, aqui na Paraíba, é conduzido por Ricardo, seu senador, e por nós, candidatos ao governo», agradeceu o senador, em sua fala.

Antigos aliados

O PT paraibano enfrentou desavenças para fechar apoio a Veneziano e não à reeleição de Azevêdo. Coutinho foi o nome definido para o Senado.

Coutinho foi petista entre 1982 e 2003. Depois, passou quase 20 anos no PSB. Pelo partido, governou a Paraíba entre 2011 e 2018. Após a consolidação do retorno de Lula à disputa presidencial, Coutinho foi convidado a voltar ao PT no final do ano passado, em meio a desentendimentos com os presidentes estadual, deputado Gervásio Maia (PSB-PB), e nacional, Carlos Siqueira.

«O Ricardo Coutinho é aquele filho que um dia ficou emburrado e decidiu sair de casa. Que nem [a personagem de ‘Pantanal’] Bruaca — e a Bruaca está voltando. De repente, ele volta e continua sendo o mesmo Ricardo Coutinho decente e digno», declarou Lula, se referindo à ida e vinda da aliança.

Azevêdo, antigo secretário de Coutinho, foi sucessor dele no governo, pelo PSB, em uma chapa com apoio do PT. A mesma chapa elegeu Veneziano pelo PSB ao Senado em 2018.

Com Azevêdo no governo, a relação com Coutinho se desgastou. Segundo fontes, os dois romperam politicamente em 2019. Com o impasse entre os dois, o atual governador deixou o PSB para ir ao Cidadania. Mas em fevereiro deste ano, ele voltou ao PSB.

Veneziano, por seu lado, migrou para o MDB para concorrer contra o antigo aliado.

Coutinho está inelegível desde novembro de 2020 por abuso de poder político e econômico na eleição de 2014, em julgamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). No ano passado, a defesa do ex-governador entrou com um recurso no STF (Supremo Tribunal Federal) para reverter o processo e a relatoria está com a ministra Cármen Lúcia. Uma possível decisão favorável é a aposta do PT.

Apenas um palanque

Azevêdo e seu grupo dizem que gostariam de ter Lula em seu palanque. O governador, que participou da executiva nacional que sancionou a chapa Lula e Geraldo Alckmin (PSB), segue apoiando o ex-presidente.

Azevêdo chegou a encontrar com Lula no Rio Grande do Norte, em junho, para articular um possível entendimento. Siqueira também tentou alinhar uma aliança, sob o argumento de que não faria sentido descartar uma reeleição — no Espírito Santo, o raciocínio funcionou e o PT apoia o segundo mandato de Renato Casagrande (PSB).

O grupo de Lula argumenta, no entanto, que a aliança Lula-Veneziano-Coutinho já está fechada desde o final do ano passado, antes de Azevêdo voltar ao PSB, em fevereiro, e da aliança nacional ser oficializada, em abril.

«Eu sou muito grato aos seus gestos [de Gleisi] ao lado do PT estadual. Aqui há uma união entre MDB, PT e demais outras legendas. Nós celebramos desde o início de 2022 essa parceria», declarou Veneziano, durante seu discurso.

O PT-PB também descarta palanque duplo,a exemplo do que acontece em Pernambuco, onde o PSB impediu que Lula também subisse no palanque da deputada Marília Arraes (SD-PE) em prol de Danilo Cabral (PSB-PE).

A Paraíba acaba como um dos únicos em que a aliança não deverá chegar a um consenso.

Na última segunda (1º), os dois partidos conseguiram apaziguar a pré-campanha no Rio Grande do Sul, com a desistência do ex-deputado Beto Albuquerque (PSB) para apoiar o deputado estadual Edegar Pretto (PT) ao governo.

Agora, só falta resolver a questão no Rio de Janeiro, onde a aliança em torno do deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ) segue com dois nomes ao Senado: o deputado estadual André Ceciliano (PT-RJ) e o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ). Nenhum dois aceita tirar o nome.

Noticas UOL


Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito!

Em agosto de 1977, em meio às comemorações do sesquicentenário de fundação dos Cursos Jurídicos no País, o professor Goffredo da Silva Telles Junior, mestre de todos nós, no território livre do Largo de São Francisco, leu a Carta aos Brasileiros, na qual denunciava a ilegitimidade do então governo militar e o estado de exceção em que vivíamos. Conclamava também o restabelecimento do estado de direito e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.

A semente plantada rendeu frutos. O Brasil superou a ditadura militar. A Assembleia Nacional Constituinte resgatou a legitimidade de nossas instituições, restabelecendo o estado democrático de direito com a prevalência do respeito aos direitos fundamentais.

Temos os poderes da República, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, todos independentes, autônomos e com o compromisso de respeitar e zelar pela observância do pacto maior, a Constituição Federal.

Sob o manto da Constituição Federal de 1988, prestes a completar seu 34º aniversário, passamos por eleições livres e periódicas, nas quais o debate político sobre os projetos para país sempre foi democrático, cabendo a decisão final à soberania popular.

A lição de Goffredo está estampada em nossa Constituição “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.

Nossas eleições com o processo eletrônico de apuração têm servido de exemplo no mundo. Tivemos várias alternâncias de poder com respeito aos resultados das urnas e transição republicana de governo. As urnas eletrônicas revelaram-se seguras e confiáveis, assim como a Justiça Eleitoral.

Nossa democracia cresceu e amadureceu, mas muito ainda há de ser feito. Vivemos em país de profundas desigualdades sociais, com carências em serviços públicos essenciais, como saúde, educação, habitação e segurança pública. Temos muito a caminhar no desenvolvimento das nossas potencialidades econômicas de forma sustentável. O Estado apresenta-se ineficiente diante dos seus inúmeros desafios. Pleitos por maior respeito e igualdade de condições em matéria de raça, gênero e orientação sexual ainda estão longe de ser atendidos com a devida plenitude.

Nos próximos dias, em meio a estes desafios, teremos o início da campanha eleitoral para a renovação dos mandatos dos legislativos e executivos estaduais e federais. Neste momento, deveríamos ter o ápice da democracia com a disputa entre os vários projetos políticos visando convencer o eleitorado da melhor proposta para os rumos do país nos próximos anos.

Ao invés de uma festa cívica, estamos passando por momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições.

Ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o estado democrático de direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira. São intoleráveis as ameaças aos demais poderes e setores da sociedade civil e a incitação à violência e à ruptura da ordem constitucional.

Assistimos recentemente a desvarios autoritários que puseram em risco a secular democracia norte-americana. Lá as tentativas de desestabilizar a democracia e a confiança do povo na lisura das eleições não tiveram êxito, aqui também não terão.

Nossa consciência cívica é muito maior do que imaginam os adversários da democracia. Sabemos deixar ao lado divergências menores em prol de algo muito maior, a defesa da ordem democrática.

Imbuídos do espírito cívico que lastreou a Carta aos Brasileiros de 1977 e reunidos no mesmo território livre do Largo de São Francisco, independentemente da preferência eleitoral ou partidária de cada um, clamamos as brasileiras e brasileiros a ficarem alertas na defesa da democracia e do respeito ao resultado das eleições.

No Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários. Ditadura e tortura pertencem ao passado. A solução dos imensos desafios da sociedade brasileira passa necessariamente pelo respeito ao resultado das eleições.

Em vigília cívica contra as tentativas de rupturas, bradamos de forma uníssona:

Estado Democrático de Direito Sempre!!!!

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

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