Alberto Fernández celebró que la ONU reconozca la persecución judicial contra Lula
Alberto celebró el reconocimiento de la ONU sobre el lawfare contra Lula
El presidente Alberto Fernández celebró que el Comité de Derechos Humanos de la ONU emitiera un comunicado en el que cuestionó los procesos judiciales que llevó adelante el juez Sergio Moro contra el expresidente brasileño, Luiz Inácio Lula Da Silva. Fernández calificó el hecho como un hito en el marco de la lucha contra el lawfare en América Latina.
«La decisión del Comité de Derechos Humanos de la ONU de reconocer la persecución a Lula Da Silva abre un nuevo horizonte para quienes luchamos contra el lawfare, por una justicia íntegra y por la vigencia plena de la democracia y del Estado de derecho», expresó el mandatario en su cuenta de la red social Twitter. De acuerdo con el documento emitido por la ONU, se violaron las libertades de Lula a ser juzgado por un tribunal imparcial, así como su privacidad y sus derechos políticos, recuperados recientemente después de que las sentencias fueran anuladas. El líder del Partido de los Trabajadores estuvo preso durante 580 días en el penal de Curitiba y fue liberado en noviembre de 2019.
En ese sentido, Fernández sostuvo: «Hoy le escuché decir a mi querido amigo Lula que esto representa para él un `lavado del alma´. No pude dejar de recordar sus palabras y el abrazo que nos dimos cuando lo visité en los días en los que estuvo detenido, sometido a una injusta prisión». Y finalizó: «Con la alegría de esta noticia, renuevo mi cariño y mi solidaridad incondicional con Lula, con la esperanza de que un nuevo tiempo asome en América Latina».
La decisión del Comité de Derechos Humanos de la ONU de reconocer la persecución a @LulaOficial abre un nuevo horizonte para quienes luchamos contra el lawfare, por una justicia íntegra y por la vigencia plena de la democracia y del Estado de derecho. pic.twitter.com/KmEhUdNcEG
— Alberto Fernández (@alferdez) April 28, 2022
Lula, quien se ubica como favorito para las elecciones de octubre de este año, fue investigado en 2016 dentro de la macrocausa Lava Jato, que destapó una trama de corrupción dentro del seno de la estatal Petrobras y varias constructoras privadas, entre ellas Odebrecht. Durante la investigación, Moro -quien luego se convirtió en ministro de Jair Bolsonaro- aprobó una solicitud del fiscal para intervenir los teléfonos de Lula, así como los de su familia y su abogado, y después filtró el contenido a la prensa, a la que informó también de una orden de detención contra él para interrogarlo antes de avisar al propio expresidente.
«La conducta y otros actos públicos del entonces juez Moro violaron el derecho de Lula a ser juzgado por un tribunal imparcial, y las acciones y declaraciones del ex juez Moro y de los procuradores violaron el derecho de Lula a la presunción de inocencia», resaltó el informe publicado por el comité. Del mismo modo, instó a Brasil a garantizar que cualquier otro proceso penal contra el exmandatario cumpla con las debidas garantías procesales y que no permita violaciones similares en el futuro.
Lula busca Marina, chama Bolsonaro de fariseu e fala em ‘lavagem de alma’ na ONU
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez nesta quinta-feira (28) mais um gesto na tentativa de atrair a ex-senadora Marina Silva para sua campanha presidencial.
Em evento de dirigentes de Rede Sustentabilidade de apoio ao petista, Lula também afirmou que Jair Bolsonaro (PL) usa o nome de Deus em vão e é um fariseu, querendo dizer que o presidente finge ter fé em busca de eleitores.
O petista disse ainda que a decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), que concluiu que os procuradores da Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro foram parciais nos seus processos, foi uma «lavagem de alma extraordinária».
A ex-senadora Marina Silva, que foi ministra do Meio Ambiente durante o governo Lula e uma das fundadoras da Rede, não compareceu ao ato.
«Eu, na verdade, esperava que a Marina estivesse aqui, porque a minha relação com a Marina é muito antiga, muito grande. Eu, às vezes, não sei por que ela demonstra momentos de raiva», disse o ex-presidente.
«Mas eu quero dizer para vocês que eu aprendi a gostar da Marina ainda quando ela era menina no estado do Acre. É importante lembrar que eu indiquei a Marina para ser ministra lá em Nova York. Eu perdi muitas amizades com muitos intelectuais que achavam que iam ser chamados porque eu indiquei a Marina», afirmou Lula.
Em seguida, o petista repetiu que criará o Ministério dos Povos Indígenas caso seja eleito.
Apesar de dirigentes terem promovido o ato de apoio ao petista nesta quinta, a Rede elaborou uma resolução em que libera o voto de filiados em Lula ou Ciro Gomes (PDT) e proíbe o apoio a Jair Bolsonaro (PL), embora não o mencione no documento.
Ex-petista, a ex-senadora Heloísa Helena (Rede) disse em entrevistas que gostaria de votar em Ciro. Já a posição de Marina ainda não está clara, na avaliação de dirigentes da Rede. Em entrevista ao jornal O Globo, a ex-ministra indicou que poderia conversar com Lula, mas a aproximação ainda não foi efetivada.
«Eu estou disposta a conversar no campo da democracia. Da minha parte, não tenho nada pessoalmente contra o Lula. São questões concretas, de natureza objetiva e que podem sim ser conversadas», disse Marina na entrevista.
A ex-senadora tem mágoas do PT em razão do pleito de 2014, quando se candidatou à Presidência e foi fortemente atacada pela campanha de Dilma Rousseff (PT). À época, ela chegou a afirmar que nunca pensou que o PT tentaria destruí-la.
Antes disso, Marina já havia deixado o PT, em 2009, após militar pelo partido por quase 30 anos, fazendo críticas ao então governo Lula.
Durante o ato desta quinta, a Rede entregou ao ex-presidente um documento com 14 propostas para um eventual governo Lula, que inclui valorizar a Amazônia, combater a crise climática e retomar a criação de Unidades de Conservação e da Demarcação de Terras Indígenas e Quilombolas.
Lula foi cobrado em mais de uma fala a realizar propostas voltadas especificamente aos povos indígenas.
O evento foi organizado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que integrará a coordenação da campanha de Lula.
«Anunciamos o apoio incondicionalmente porque a Rede não é partido que pode ficar no muro. Não poderia ser diferente», afirmou.
A tentativa de Lula de atrair a ex-ministra para sua campanha presidencial passa pela estratégia de formar «um movimento», como o ex-presidente tem dito, com diversos partidos para fazer gestos em direção ao eleitores de centro.
O petista ainda participará nesta quinta de congresso do PSB, partido ao qual está filiado Geraldo Alckmin (PSB-SP), indicado para ser seu candidato a vice-presidente. Depois, há expectativa de que receba o apoio do Solidariedade e do PSOL.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que o partido insistirá no apoio do PSD, que resiste a aderir a Lula no primeiro turno, e também do Avante e do MDB, que tem pré-candidaturas próprias à Presidência, com André Janones (Avante-MG) e Simone Tebet (MDB-MS).
Nesta quinta, Lula recebeu os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Marcelo Castro (MDB-PI), da ala de emedebistas que apoiam o petista. O líder do MDB, senador Eduardo Braga (AM), também esteve com Lula, embora evite externar apoio ao ex-presidente.
«Para mim, o significado do gesto de vocês [Rede] simboliza muito, muito mesmo. A gente está juntando todas as pessoas de esquerda deste país, de bem deste país, que acreditam que dá para tirar da Presidência da República um cidadão que jamais deveria ter chegado à Presidência da República», afirmou Lula.
Em seguida, o petista afirmou que Bolsonaro mente. «Ele é uma pessoa que usa o nome de Deus em vão. Ele não é nem evangélico, católico, ele é um fariseu, que se utiliza da boa-fé de milhões e milhões de brasileiros, evangélicos e católicos que votaram nele também», disse Lula.
Os evangélicos são considerados uma das principais bases do eleitorado de Bolsonaro e uma parcela da população pela qual o petista briga para conquistar.
«Ele [Bolsonaro] foi eleito presidente com base no ódio, na provocação, e ele pensa que ele vai se reeleger assim, não vai se reeleger. Dia 2 de outubro o povo brasileiro vai dar um golpe no fascismo e vai reestabelecer a democracia brasileira.»
Lula ainda comemorou a decisão da comissão de Direitos Humanos da ONU, que concluiu que os procuradores da Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro foram parciais em relação aos casos investigados contra o ex-presidente.
«Tive duas notícias extraordinárias. Uma, essa do processo da ONU. O ideal seria se pudesse retirar o Bolsonaro e me colocar para presidir o país, mas final de mandato eu também não quero», disse.
«Hoje eu estou alegre, essa decisão da ONU foi para mim uma lavagem de alma extraordinária. E o apoio de vocês [da Rede] é muito gratificante», afirmou Lula.
Lula voltou a criticar o preço dos combustíveis, o valor do salário mínimo e defendeu investimentos em educação.
«Estou de volta para me candidatar a presidente da República e sei que não farei sozinho. Porque não é só vocês entregarem um papelzinho com programas gerais. Vocês vão ter de ajudar a fazer o programa e a executar a politica que vocês quiserem», afirmou Lula.