Bolsonaro destituye al presidente de Petrobras por el alza en el precio del combustible

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Jair Bolsonaro echó al presidente de la petrolera estatal brasileña Petrobras

El presidente brasileño, Jair Bolsonaro, determinó que el general Joaquim Silva e Luna, dejará de ser el titular de la petrolera estatal Petrobras, al frente de la cual debe ser nombrado el economista Adriano Pires.

La decisión de cambiar la conducción de la petrolera llegó luego de que el mandatario expresó críticas reiteradas a Silva e Luna por el aumento de los combustibles en línea con el alza del petróleo a nivel internacional.

El futuro presidente de Petrobras debe ser Adriano Pires, director del Centro Brasileño de Infraestructura, quien se desempeñaba como asesor informal del Ministerio de Minas y Energía.

Pires comparte la política de precios actual pero, al mismo tiempo, defiende la aplicación de fondos del gobierno para que el alza no llegue de forma directa a los consumidores.

Esta posición es más cercana a la de Bolsonaro que tiene como prioridad en estos momentos evitar el aumento de la inflación que en febrero superó el 10% acumulado en los últimos 12 meses, un dato que puede impactar en el humor de los electores en los comicios de octubre.

La postura de Pires no sería del agrado del ministro de Economía, Paulo Guedes, porque afectará la política de austeridad fiscal, informó hoy el diario Valor Económico.

En caso de que se confirme la futura nominación de Pires, éste será el tercer presidente de Petrobras desde que el presidente Bolsonaro llegó al gobierno en 2019.

La salida formal de Joaquim Saailva e Luna debe ocurrir dentro de 2 semanas cuando se reúna la Asamblea Ordinaria de la compañía y sea formado el nuevo Consejo de Administración.

Petrobras es una empresa estatal de capital abierto con acciones cotizadas en las bolsas de Nueva York y San Pablo. En ese sentido el Ministerio de Minas y Energía, informó que el gobierno definió los nombres que propondrá para integrar el próximo Consejo de Administración.

Dentro de esa lista nombres no figura el general Silva e Luna , y aparece el de Adriano Pires que, además, es propuesto,, para ocupar la futura presidencia de la petrolera.

El general retirado, Silva e Luna, había asumido hace menos de un año al frente de la petrolera y la semana pasada declaró no estar dispuesto a renunciar al cargo.

Silva e Luna defendió el aumento del diesel en casi el 2% y la nafta en casi el 19%, en razón del alza del barril del petróleo debido a la guerra en Ucrania.

Clarín


Bolsonaro diz que demissão de presidente da Petrobras ‘é coisa de rotina’

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que a demissão do presidente da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna, «é coisa de rotina». A declaração ocorre um dia após ele decidir tirar o militar do cargo e indicar o economista Adriano Pires para a função.

«É coisa de rotina, sem problema nenhum», disse o Bolsonaro, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, após ser questionado sobre a substituição no comando da petroleira.

O comentário foi feito horas após Bolsonaro receber alta do HFA (Hospital das Forças Armadas). Ele deu entrada na unidade hospitalar ontem à noite com queixas de que estava com um desconforto intestinal.

Segundo apurou a colunista do UOL Carla Araújo, Silva e Luna foi informado na manhã de ontem por Bolsonaro de que não será reconduzido ao cargo na estatal, mas a oficialização da saída dele deve acontecer apenas em 13 de abril, quando haverá reunião de conselho da companhia.

O general esteve no Rio de Janeiro ontem e quem foi o responsável por passar recado de Bolsonaro foi o ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia). A indicação de Adriano Pires teve o aval do chefe da pasta. Silva e Luna vinha passando por um processo de «fritura» devido ao aumento no preço dos combustíveis.

Quem é Adriano Pires?

Adriano Pires é sócio e fundador do Cbie (Centro Brasileiro de Infraestrutura). Doutor em economia industrial pela Universidade de Paris 13, Pires tem mais de 40 anos de atuação na área de energia e já passou pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis).

Segundo informações de seu perfil no LinkedIn, o economista é bacharel pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e também mestre em Planejamento Energético e Tecnologia em Petróleo e Gás pela mesma instituição.

Por 26 anos, de 1983 a 2009, foi professor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (COPPE) da UFRJ, onde diz ter desenvolvido atividades e pesquisas nas áreas de economia da regulação, economia da infraestrutura e aspectos legais e institucionais da concessão de serviços e tarifas públicos.

Neste meio tempo, entre 1998 e 2001, trabalhou na ANP como superintendente de importação e exportação, depois como superintendente de abastecimento e, por último, como assessor do diretor-geral.

Em outubro de 2021, em texto publicado no Poder360, Adriano Pires defendeu a privatização da Petrobras, argumentando que «enquanto a empresa for de economia mista, tendo o Estado como controlador, os seus benefícios corporativos e as práticas monopolistas serão mantidos — a favor da corporação e, muitas das vezes, contra os interesses do Brasil.»

Petrobras e Flamengo no Conselho

Outra informação oficializada ontem foi a indicação de Rodolfo Landim para a presidência do Conselho de Administração da estatal. Landim é engenheiro com especializações na área de petróleo, mas atualmente tem notoriedade por comandar o Flamengo. Ele pretende, inclusive, manter o cargo no clube carioca.

A cúpula do Flamengo vem se mantendo próxima a Bolsonaro desde o início do governo. Em um dos episódios mais sintomáticos, Bolsonaro editou uma Medida Provisória em 2020 alterando as regras de direito de transmissão de partidas no futebol brasileiro, algo que na época era de interesse direto do clube carioca.

Na nota enviada à imprensa, porém, o Ministério de Minas e Energia destacou a experiência de Landim na área de Petróleo e informou que, entre 2000 e 2003, Landim foi presidente da Gaspetro e já atuou como Diretor Gerente e Gerente Executivo de Gás Natural, compondo o Comitê de Negócios da Petrobras.

Landim foi ainda presidente da Petrobras Distribuidora, entre 2003 e 2006, atuou como Diretor Geral da MMX Mineração e Metálicos S.A. (2006 a 2008), fundador e posteriormente CEO da OGX Petróleo e Gás Participações S.A. (2008 a 2009) e CEO da OSX Brasil S.A. (2009-2010). Entre 2010 e 2020, o executivo foi Presidente do Conselho de Administração e CEO da Ouro Preto Óleo e Gás S.A.

Reajustes em 2022

Em função da alta do petróleo no exterior, em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras já reajustou duas vezes os preços dos combustíveis nas refinarias brasileiras este ano. Em 11 de janeiro, a gasolina subiu 4,85% e o diesel avançou 8,08%. Depois, em 10 de março, a gasolina teve alta de 18,77% e o diesel subiu 24,9%.

Estes aumentos, além de impactarem os gastos dos brasileiros nos postos de combustíveis, já começaram a pressionar os demais preços da economia.

Setores ouvidos pelo UOL já citam pressão por repasses no frete de mercadorias em geral e em alimentos perecíveis — em especial, frutas, legumes e hortaliças, neste primeiro momento.

Os impactos da alta dos combustíveis sobre a inflação geral ainda não estão claros, mas associações setoriais acreditam que eles serão sentidos com mais clareza nos próximos meses.

UOL


Silva e Luna vê risco à reputação da Petrobras e diz que empresa não pode fazer ‘política partidária’

O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, de saída do cargo após ter sido substituído pelo presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (29) que, por lei, a estatal não pode fazer política pública com os preços dos combustíveis e «menos ainda» política partidária.

Luna deu a declaração durante palestra sobre a Petrobras em seminário promovido pelo Superior Tribunal Militar (STM). Após o evento, ao falar a jornalistas, disse que a reputação da empresa «pode estar sendo arranhada».

O atual presidente da Petrobras fica no cargo até o mês que vem, quando assumirá Adriano Pires, o sucessor escolhido por Bolsonaro.

O presidente da República ainda não explicou oficialmente por que tomou a decisão de tirar Silva e Luna do cargo. Nos últimos meses, Bolsonaro vem manifestando insatisfação com a posição da estatal de repassar, para o combustível vendido nas refinarias, os sucessivos aumentos no preço internacional do petróleo.

Para Bolsonaro, preocupado com a inflação em ano eleitoral, a empresa deveria segurar os preços, mesmo com a disparada do petróleo no mundo todo, causada pela pandemia e pela guerra Rússia-Ucrânia.

No seminário do STM, Silva e Luna, que é general da reserva, disse que a estatal tem que praticar os preços praticados no mercado internacional.

«Tem responsabilidade social? Tem. Pode fazer política pública? Não. Pode fazer política partidária? Menos ainda», afirmou.

Após o seminário, questionado por jornalistas sobre sua demissão, ele disse que, quando estiver fora da empresa, vai dar mais esclarecimentos para a imprensa.

«Eu estou devendo um período de silêncio. Eu prefiro ficar ainda [em silêncio], depois a gente fala. Eu pretendo conversar com toda a imprensa, toda a mídia, mais informações, tirar algumas dúvidas […] Por toda a responsabilidade, até pela reputação da empresa que pode estar sendo arranhada, a ideia é colocar essas informações», afirmou.

Diante de mais perguntas sobre a demissão, ele disse apenas: «É complexo.»

Mais cedo, quando saiu da residência oficial do Palácio da Alvorada, Bolsonaro conversou com apoiadores, e um deles questionou o presidente sobre a saída de Luna e Silva. Bolsonaro respondeu brevemente: «Coisa de rotina, sem problema nenhum».

Contra tabelamento

Ainda no seminário, Silva e Luna citou trechos da legislação que determinam a atuação da Petrobras como uma empresa de mercado.

«Por que não baixa preço do petróleo, por que não faz política pública? Por causa disso, porque é lei. Petrobras é empresa pública, classificada como economia mista. Em termos de legislação, são quatro leis. A Constituição diz que ela deve atuar como empresa privada. Lei do petróleo diz que ela deve praticar preço do mercado», completou Silva e Luna.

Ele criticou a ideia de estabelecer um eventual tabelamento de preços dos combustíveis.

«Empresas ou países que tabelaram preço de combustíveis tiveram perda de capacidade de investimento (…) Esse é um risco que o Brasil não pode correr, de querer tabelar preço de combustíveis», afirmou.

Silva e Luna argumentou que a Petrobras tem dificuldade em explicar para a população que a empresa compete livremente no mercado num ambiente de livre concorrência.

«Até 1997, existia monopólio. Em 97, deixou o monopólio e passou a competir livremente, 25 anos se passaram. Antes, tudo era monopólio da Petrobras. A partir da abertura do mercado, fica estabelecido regime de livre concorrência no mercado, e também os preços passam a ser determinados pelo mercado, lei de mercado. Passados 25 anos, a Petrobras tem dificuldade para explicar isso para a sociedade, que ela compete livremente no mercado», concluiu.

G1

 

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