Jefe diplomático de la Unión Europea llegó a Brasil para avanzar en el acuerdo de libre comercio con el Mercosur
Canciller brasileño recibió a alto representante de la UE
Fuentes oficiales indicaron que Borrell en el encuentro con França abordará diversos temas vinculados a las relaciones bilaterales y a la situación regional.
Entre los asuntos tendrá prioridad las negociaciones para desbloquear el proceso de ratificación del acuerdo comercial UE-Mercado Común del Sur (Mercosur), que llevó dos décadas de negociaciones, pero aún pendiente de entrar en vigor desde 2019.
De igual manera se tratará la preservación de la Amazonia y la situación de inmigrantes venezolanos.
Borrell, quien no tiene en agenda ningún encuentro con el presidente Jair Bolsonaro, arribó ayer a Brasil, en concreto a Sao Paulo, procedente de Perú.
En sus dos días en esa nación se reunió con el mandatario Pedro Castillo, quien expresó tener la firme voluntad no solo de profundizar los lazos con la UE, sino también «de convocar las inversiones europeas» para el desarrollo de las inmensas potencialidades de su país.
Para el gobernante peruano, la visita del jefe de la diplomacia del viejo continente permitió «constatar que existe un amplio margen para desarrollar e incrementar este tan positivo nivel de la relación con la Unión Europea».
Este jueves Borrell también tiene programados encuentros en Brasilia con el ministro de Defensa, Walter Braga Netto, y con el presidente del Senado, Rodrigo Pacheco.
La UE es el principal socio comercial, político y de inversiones en Latinoamérica, y el recorrido se enmarca en las pretensiones del alto representante europeo de vigorizar las relaciones.
Borrell debate com chanceler do Brasil a ratificação do acordo UE-Mercosul
O Alto Representante para Política Exterior da União Europeia, Josep Borrell, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos França, confirmaram nesta quinta-feira o mútuo interesse de avançar para uma rápida ratificação do acordo entre Mercosul e UE.
O espanhol, em pronunciamento feito com o chanceler para jornalistas, destacou a “grande importância” do acordo, que foi anunciado em 2019, após duas décadas de negociações e que agora está paralisado outra vez, a espera do processo de ratificação, que conta com resistência de alguns países europeus.
Na opinião do chefe da diplomacia da UE, a confirmação do pacto representaria uma “grande oportunidade” para melhorar as relações comerciais que já são fluídas e que seriam muito mais potencializadas para os dois blocos, em benefício da população.
França concordou com Borrell e reiterou que, segundo o ponto de vista do governo presidido por Jair Bolsonaro, o acordo já tem elementos que “garantirão um alto padrão de proteção ambiental”, ao falar das principais dúvidas de algumas nações europeias, como França, Irlanda e Áustria.
As principais questões levantadas que impedem a ratificação do acordo com o Mercosul são referentes às políticas ambientais brasileiras, especialmente no compromisso com a preservação da Amazônia.
Durante o encontro entre Borrell e o chanceler brasileiro, foi assinado um acordo de cooperação com terceiros, em que UE e Brasil se comprometem a unir forças para oferecer ajuda técnica e humanitária a outros países ou blocos, sobretudo, da América Latina e África.
O chefe da diplomacia europeia, que permanecerá em Brasília até amanhã, terá ainda hoje um rápido encontro com Bolsonaro, o que o gabinete da Presidência classificou como “cortesia”.
Compromissos assumidos por Brasil na COP26 coincidem com a União Europeia, diz chanceler europeu
O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), o espanhol Josep Borrell, afirmou nesta quinta-feira que os compromissos assumidos pela delegação brasileira na conferência mundial sobre o clima, em Glasgow, coincidem com o que a UE quer, afirmando que podem destravar o acordo entre o Mercosul e o bloco europeu.
Ao lado do chanceler Carlos França, o alto representante do bloco europeu disse que o desmatamento ilegal continua sendo um desafio. No entanto, destacou como positivos a neutralidade nas emissões de carbono até 2050, o fim do desmatamento ilegal até 2028, a proteção florestal e a redução de 50% dos gases causadores de efeito estufa até 2030.
— É exatamente a mesmo propósito que nós temos na UE. Estabelecemos o mesmo nível de ambição — afirmou Borrell. — Esses elementos serão cruciais para a conclusão exitosa do acordo UE-Mercosul —completou.
Segundo Borrell, a UE continua comprometida com o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, que, afirmou, “será um divisor de águas do ponto de vista econômico e geopolitico”. O tratado foi negociado por cerca de 20 anos, fechado em meados de 2019, mas ainda não entrou em vigor devido a restrições ambientais de alguns países europeus, como França e Bélgica.
—A ratificação e a implementação desse acordo devem contribuir para um mundo melhor e uma relação muito melhor entre nós [UE e Brasil] — disse.
Carlos França afirmou que a conversa com Borrell foi positiva em vários aspectos. Um deles seria o apoio do alto comissário da UE à candidatura brasileira a membro da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Mas o europeu não mencionou o tema em seu discurso.
— A UE não vota, mas influencia outros países — disse o chanceler.
Ele aproveitou para negar que o Brasil esteja isolado nos grandes temas internacionais, como ocorreu na reunião de líderes do G20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo) em Roma.
— O Brasil não está isolado. Está no centro das relações internacionais.
Essa é a primeira viagem do alto representante da UE para política externa à América Latina desde que ele assumiu o cargo, em dezembro de 2019. Antes de vir para o Brasil, Borrel esteve no Peru, onde se reuniu com o presidente peruano, Pedro Castillo.
A agenda do comissário europeu em Brasília prevê reuniões com o presidente Jair Bolsonaro e o vice Hamilton Mourão.