Brasil | Comisión investigadora sobre el Covid-19 denuncia amenazas y hoy declara el exministro de Salud Pazuello

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Amenazan en Brasil a comisión investigadora sobre gestión de Covid-19

Senadores brasileños que integran una comisión investigadora sobre acciones y negligencia del Gobierno de Jair Bolsonaro ante la Covid-19 denunciaron hoy que recibieron amenazas a través de redes sociales y mensajería personal.

El relator de esa junta, Randolfe Rodrigues, del partido Red de Sustentabilidad, confirmó que esas intimidaciones, con diferentes tipos de gravedad, fueron recibidas por algunos miembros de la Comisión Parlamentaria de Investigación (CPI) sobre el patógeno.

Alertó que ‘parece una acción coordinada’ e insistió en que el caso deberá ser investigado por la Policía Federal para identificar y castigar a los responsables.

Recientemente, el presidente Jair Bolsonaro insultó y amenazó con agredir a Rodrigues, según consta en una conversación privada con el legislador Jorge Kajuru.

En la plática, Kajuru (aliado del gobernante) le explica que no quiere participar en la comisión del Senado sobre presuntas indolencias del Gobierno en su gestión ante la pandemia, si tiene ánimo revanchista.

Ante tal aseveración, el exmilitar responde que si el congresista deja de participar lo hará Rodrigues ‘y va a empezar a romper las pelotas, así tendré que agarrarme a golpes con esa basura’.

En el mismo intercambio de opiniones, Bolsonaro reconoció su temor por los posibles efectos negativos de la investigación en el Gobierno y solicitó a Kajuru

que maniobre para que la CPI evalúe también a alcaldes y gobernadores.

Como parte de la agenda, el exministro de Relaciones Exteriores Ernesto Araújo declara este jueves en la comisión.

Las solicitudes de convocatoria fueron presentadas por los senadores Marcos do Val y Alessandro Vieira, quienes desean explicaciones sobre la conducta de la diplomacia brasileña durante la crisis sanitaria provocada por el coronavirus SARS-CoV-2.

Do Val pidió también que la CPI averigüe acerca del agravamiento de los casos en el norteño estado de Amazonas, con la falta de oxígeno para pacientes hospitalizados por la dolencia.

El parlamentario explicó que, en su período como canciller, Araujo ‘ejecutó en política exterior el negacionismo de Jair Bolsonaro en la pandemia, lo cual habría hecho perder a Brasil un tiempo precioso en negociaciones de vacunas e insumos para combatir la enfermedad’.

La CPI fue creada para investigar el desempeño del Poder Ejecutivo ante la Covid-19, que provocó hasta la fecha más de 436 mil muertes y 15 millones infectados, así como supervisar la aplicación de los recursos federales por parte de los estados y municipios.

Prensa Latina


CPI ouve hoje Pazuello sobre colapso no Amazonas, atraso de vacinas e cloroquina

A CPI da Covid ouvirá nesta quarta-feira (19), na condição de testemunha, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. O depoimento é um dos mais aguardados pelos integrantes da CPI, já que Pazuello foi o mais longevo ministro da Saúde durante a pandemia, e a gestão dele foi marcada por uma série de polêmicas.

Entre outros pontos, os senadores deve questionar Pazuello sobre:

-colapso no sistema de saúde de Manaus (AM);
-atrasos e omissões do governo na compra de vacinas e insumos;
-orientações do Ministério da Saúde para produção, compra e uso de medicamentos comprovadamente ineficazes contra a Covid-19, como a cloroquina.

Este será o oitavo dia de depoimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado que apura ações e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia de Covid e eventual desvio de verbas federais enviadas a estados e municípios.

O depoimento de Pazuello havia sido marcado para 5 de maio. Um dia antes, no entanto, o ex-ministro informou ter tido contato com pessoas que contraíram Covid-19 e que, por isso, deveria permanecer em quarentena. A CPI, então, adiou o depoimento para esta quarta-feira.

Na condição de testemunha, o depoente se compromete a dizer a verdade, sob o risco de incorrer no crime de falso testemunho. Eduardo Pazuello obteve no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de ficar silêncio na CPI sempre que entender que as perguntas possam levá-lo à autoincriminação.

Até o momento, já prestaram depoimento os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich; o atual ministro, Marcelo Queiroga; o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres; Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do governo; Carlos Murillo, representante da Pfizer; e Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores.

Antecessores

Eduardo Pazuello assumiu o Ministério da Saúde em maio de 2020. Então secretário-executivo, passou a comandar a pasta no lugar de Nelson Teich que, em menos de um mês no cargo, pediu demissão por divergências com o presidente Jair Bolsonaro.

O antecessor de Teich, Luiz Henrique Mandetta, também deixou o cargo por divergências com o presidente.

Teich e Mandetta divergiram de Bolsonaro, por exemplo, sobre o uso da cloroquina; tratamento precoce; e distanciamento social. Na gestão de Pazuello, porém, o Ministério da Saúde recomendou o uso da cloroquina e orientou o tratamento precoce.

Quais temas devem abordados no depoimento?

Saiba quais temas os integrantes da CPI devem abordar no depoimento de Pazuello:

Crise de oxigênio

Um dos temas que devem ser abordados pelos senadores é a crise no sistema de saúde do Amazonas.

Manaus entrou em colapso em janeiro deste ano e pessoas morreram por falta de oxigênio nos hospitais da cidade. Segundo o Ministério Público, o governo federal sabia que faltaria o produto.

Diante disso, Eduardo Pazuello é alvo de um inquérito da Polícia Federal, que investiga a conduta do ex-ministro em relação a esse caso.

Vacinas

Eduardo Pazuello também será questionado sobre a demora do governo em relação à compra de imunizantes contra a Covid-19, especialmente as vacinas da farmacêutica Pfizer.

Depoimentos anteriores, como o do ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten e do representante da Pfizer Carlos Murillo, indicaram que uma carta da Pfizer sobre imunizantes ficou dois meses sem resposta e que o governo brasileiro recusou ao menos cinco ofertas da vacina desenvolvida pela empresa.

Para senadores de oposição, as mais de 14 milhões de doses que o Brasil poderia ter recebido até o fim de junho, se tivesse celebrado contrato com a Pfizer em 2020, poderiam ter evitado diversas mortes por Covid-19.

O Ministério da Saúde, porém, relutou em comprar vacinas da Pfizer, alegando que o contrato proposto pela empresa – cujos termos também estavam em acordos com outros países – apresentava cláusulas abusivas e demandavam uma alteração na legislação brasileira, feita por lei aprovada pelo Congresso em março deste ano.

Os senadores também vão perguntar a Pazuello se o presidente Jair Bolsonaro interferiu, no Ministério da Saúde, contra a aquisição de imunizantes da chinesa Sinovac, produtora da Coronavac. O imunizante, produzido no Brasil pelo Instituto Butantan, foi alvo de uma disputa política entre o presidente e o governador de São Paulo, João Doria.

Bolsonaro chegou a cancelar um protocolo de intenções, anunciado por Pazuello um dia antes, de compra de 46 milhões de doses da Coronavac. Pazuello, após ser desautorizado, gravou um vídeo ao lado do presidente e disse: «É simples assim: um manda e o outro obedece».

Cabe ao Ministério da Saúde a aquisição de vacinas no Brasil. Presidente da CPI, o senador Omar Aziz (PSD-AM) afirma que nunca houve compromisso do governo com a compra de vacinas.

Remédios ineficazes

Para membros da comissão, a falta de interesse do governo por vacinas é acompanhada da aposta, pelo presidente Jair Bolsonaro, em remédios comprovadamente ineficazes contra a Covid-19 e em teses equivocadas de enfrentamento à pandemia, como «imunização de rebanho» e «isolamento vertical».

Além disso, senadores têm lembrado atitudes de Bolsonaro como participação em aglomerações e recusa no uso da máscara. Evitar aglomerações e usar máscara são algumas das medidas preconizadas pela Organização Mundial de Saúde, entidades médicas e especialistas como forma de prevenção do coronavírus.

Senadores oposicionistas dizem que esses comportamentos agravaram a pandemia no Brasil, aumentando o número de mortes.

Há, ainda indícios, de que na gestão Pazuello houve pressão para a produção e distribuição de cloroquina no país, envolvendo inclusive laboratórios do Exército e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Os senadores questionarão Pazuello sobre a recomendação de remédios ineficazes contra a doença. O aplicativo «TrateCov», por exemplo, recomendava o «tratamento precoce» a pacientes com sintomas, que podem ou não ser da Covid-19, com a indicação de cloroquina.

Além disso, Pazuello será indagado sobre medidas tomadas pelo Ministério da Saúde que tentaram dificultar a divulgação dos dados de mortos e infectados pelo novo coronavírus.

Essas ações levaram à formação de um consórcio de veículos de imprensa, do qual o G1 faz parte, para apresentação dos dados à sociedade.

Silêncio

Há uma divergência de interpretação entre os senadores sobre a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do STF, que concedeu a Pazuello o direito de ficar calado na CPI para evitar autoincriminação.

Governistas entendem que o general pode se recusar a responder quaisquer questionamentos. Para a oposição, Pazuello só pode ficar em silêncio nas perguntas diretamente relacionadas ao inquérito sobre o colapso de saúde em Manaus, mas deve responder aos demais questionamentos.

Relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL) disse que depoimentos anteriores ao de Pazuello, como o de Wajngarten e o de Ernesto Araújo, transferiram ao general o ônus das ações e omissões do governo durante a pandemia.

«Ele [o ex-chanceler], sistematicamente, enfatizou que todas as iniciativas da política externa aconteceram em função de decisões e influência do Ministério da Saúde — à exceção da importação da cloroquina, porque ele havia falado com o presidente, e da viagem a Israel. Ao dizer isso, ele transfere o ônus da responsabilidade para o Ministério da Saúde e para o ex-ministro Pazuello, diretamente», afirmou o emedebista.

Para o emedebista, Pazuello deve, sim, responder aos questionamentos, como forma de colaborar com as investigações e, inclusive, de se defender de alegações já feitas por depoentes na CPI.

Tasso Jereissati (PSDB-CE) sustenta que, ao ficar em silêncio, Pazuello estará assinado o seu termo de confissão de culpa pela crise na saúde brasileira.

Gazeta


Ernesto Araújo na CPI da Covid: omissão confessa ante colapso de Manaus

Nesta terça-feira (18) o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo foi obrigado a admitir à CPI da Covid a omissão do governo de Jair Bolsonaro diante do colapso da saúde no Amazonas, em janeiro. Teve de falar da viagem de uma comitiva a Israel, chefiada por ele próprio, que pesquisa um spray nasal para tratamento da covid-19. Também sobre o chamado gabinete paralelo, ou “gabinete da doença”. Nesta quarta (19), será a vez do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo, depor à comissão. Segundo senadores da oposição, ele está sendo abandonado pelo governo e aliados, incluindo Araújo, e “entregue” como bode expiatório.

Em 19 de janeiro, chegou a Manaus um carregamento de 136 mil metros cúbicos de oxigênio hospitalar doado pela Venezuela, trazido por cinco carretas, para ajudar na superação do completo colapso do sistema de saúde do Amazonas, diante da omissão do governo federal e do Ministério da Saúde. A CPI possui documento do governo venezuelano comprovando a doação. Ernesto Araújo admitiu que além de não ter feito esforços para enviar oxigênio à capital do Amazonas, sequer agradeceu o governo do país vizinho pela ajuda humanitária.

Segundo disse, “o Itamaraty não tem condições de avaliar o momento e em que condições é necessário proceder a essa ou àquela ação em relação ao sistema de saúde, no caso o suprimento de oxigênio”. Nem ele, nem Bolsonaro sequer mobilizaram uma aeronave para fazer o transporte da doação, enquanto as pessoas morriam asfixiadas nos hospitais. Já no início de março, apontou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AMP), vice-presidente da CPI da Covid, em entrevista coletiva após a sessão, Bolsonaro mobilizou uma comitiva de dez pessoas a Israel, sob o comando de Ernesto Araújo, para supostamente averiguar um “um produto milagroso” em forma de spray.

“Um voo da FAB, se o Ministério das Relações Exteriores tivesse interferido, em uma hora ia e voltava. Não fizeram isso. Enquanto a gente não conseguia um voo, o desespero era grande”, afirmou o presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM).

Personagens e motivos obscuros

A viagem a Israel custou R$ 500 mil. Realizada sob “motivos obscuros”, segundo Randolfe, levou ao Oriente Médio “personagens que nada tinham a ver nem com vacina nem remédio contra a covid”. O governo “mobilizou uma aeronave da FAB e não trouxe nada”, disse. “Por que foi tão fácil mandar uma aeronave para Israel e não se cuidou disso para o Amazonas?”, questionou o vice-presidente da CPI. Randolfe quis saber do ex-chanceler o que fazia na comitiva um homem chamado Max Moura. Araújo respondeu que “é assessor direto do presidente da República”. Ex-policial, Moura foi segurança de Bolsonaro na campanha de 2018 e trabalha no gabinete pessoal do presidente.

Na coletiva, Randolfe mencionou outro personagem “obscuro”. Elcio Franco – ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde – fazia parte do “’gabinete das sombras’, em contraposição ao Ministério da Saúde, que despachava e fazia reuniões no Planalto, fazia políticas públicas e pensava até em modificar bula (de remédio) por decreto, enquanto o Ministério da Saúde não podia negociar vacina”, disse o senador.

Segundo a agência Reuters, Franco recebia informações sobre negociações de vacinas do secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do ministério, Hélio Angotti Neto. Franco então as repassava a Pazuello, segundo a agência. A CPI aprovou ontem as convocações de Angotti e Élcio Franco. O chamado “gabinete paralelo” e a tentativa de mudar a bula da cloroquina, para ser usada no tratamento da covid, foram denunciados pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, na primeira oitiva da CPI.

“O Ministério das Relações Exteriores se tornou um apêndice do ‘gabinete da doença’, muito bem batizado pelo senador Renan, que atuava negando a gravidade da pandemia, transformando o Instituto Alexandre Gusmão (escola de diplomacia do Itamaraty), numa espécie de Politburo do negacionismo”, disse Randolfe, referindo-se ao comitê central do partido comunista da antiga União Soviética.

Ataques à China

No seu depoimento, Araújo foi várias vezes questionado por seus ataques à China, assim como os de Bolsonaro. Ao responder à senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) sobre seu artigo intitulado “Chegou o comunavírus”, no qual defendeu que a covid-19 era uma conspiração “globalista” para levar o mundo ao comunismo, o ex-chanceler afirmou que a “leitura” da parlamentar foi “incorreta”. “A leitura do meu artigo deixa claro que ( comunavírus) é uma designação que usei para falar do vírus ideológico que, segundo um autor marxista, se implanta na esteira do coronavírus e levaria à instalação de um comunismo global”, explicou. Segundo ele, o texto não é “absolutamente nenhuma ofensa à China”. Acrescentou: “jamais ofendi o embaixador chinês”.

Em março de 2020, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) culpou a China pela pandemia em post no Twitter. O embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, exigiu desculpas e repudiou “veementemente” o post. Araújo saiu em defesa do filho do presidente, pedindo retratação do diplomata chinês e classificando-a de “inaceitável” e “desproporcional”.

Pazuello

Segundo Renan Calheiros, Ernesto Araújo complicou a situação de Eduardo Pazuello na CPI da Covid, ao atribuir vários problemas do combate à pandemia no Brasil ao ex-ministro da Saúde. O movimento pela cloroquina foi um deles. Questionado por que o país aderiu à Covax Facility (iniciativa coordenada pela iniciativa da OMS) optando por doses apenas para 10% da população, e não 50%, como foi oferecido, disse que a opção foi do Ministério da Saúde. “Pazuello está sendo entregue, é um bode expiatório”, disse Randolfe Rodrigues. De acordo com o senador, a chance do ex-ministro e general é falar a verdade. Ele conseguiu um habeas corpus parcial no Supremo Tribunal Federal que o autoriza a não falar contra si mesmo.

Rede Brasil Atual


Brasil registra 2.513 mortes por covid e 75.445 novos casos em 24h

O Brasil registrou, nesta terça-feira (18), 2.513 mortes por covid-19 e 75.445 novos casos, de acordo com os dados enviados pelos estados ao Ministério da Saúde e ao Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde).

Com o balanço de ontem, o país contabiliza 439.050 mortes e 15.732.836 pessoas que já foram diagnosticadas com a doença. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul são os estados com o maior número de óbitos, respectivamente.

De acordo com o Ministério da Saúde, 14.247.609 pessoas já se recuperam da covid-19 no país.

Segundo o Conass, a taxa de letalidade do coronavírus no Brasil é de 2,8% e a taxa de mortalidade por cada 100 mil habitantes é de 208,9. A média móvel de óbitos nos últimos 7 dias continua abaixo de 2 mil ao registrar 1.930; a média móvel de novos casos registra leve alta ao chegar em 64.304, ontem havia sido de 63.914.

O Vacinômetro do R7 mostra que mais de 39 milhões de pessoas receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19 no país, o que corresponde a 18% da população, sendo que mais de 19 milhões já receberam a segunda dose e estão completamente imunizadas.

R7

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