Brasil | Detectan nueva variante del Covid-19 y la cifra de fallecidos supera los 340 mil

Foto: Silvio Avila / AFP
2.170

Brasil: hallan ‘variante de Belo Horizonte’, que tiene 18 mutaciones

Un grupo de científicos de la Universidad Federal de Minas Gerais (sureste de Brasil) detectó una nueva variante del coronavirus en la capital regional, Belo Horizonte, que presenta 18 mutaciones con respecto a la original.

Algunas de esas alteraciones son las mismas que aparecen en la otra variante brasileña, surgida en el estado de Amazonas (norte) y conocida como P.1, así como en las de Reino Unido y Sudáfrica, todas ellas asociadas a un mayor poder de infección.

La investigación preliminar apunta a que este nuevo linaje también podría ser más transmisible y ya estaría extendido en Belo Horizonte y en otras ciudades de Minas Gerais, que este miércoles 7 de abril volvió a registrar un nuevo récord diario de óbitos asociados a la COVID-19, con 508 fallecidos en las últimas 24 horas.

Esta nueva detección ocurre cuando el gigante sudamericano reportó 3.829 nuevas muertes asociadas al coronavirus y acumula ya 340.776 fallecidos desde el inicio de la pandemia, que está en su peor fase en el país, según los datos divulgados por el Gobierno.

En los últimos dos días, el país ha sumado 8.024 víctimas mortales vinculadas al nuevo coronavirus, después de superar por primera vez en la víspera la barrera de los 4.000 decesos diarios (4.195).

El Ministerio de Salud registró 92.625 contagios en las últimas 24 horas, con lo que el balance total se elevó hasta los 13 193 205 infectados, aunque la comunidad científica estima que esa cifra puede ser entre dos o hasta tres veces mayor debido a la enorme subnotificación.

Brasil es el segundo país con más fallecidos y casos confirmados de la enfermedad, tan solo por detrás de Estados Unidos, aunque actualmente es el lugar del planeta donde más se muere por COVID-19 con un promedio en la última semana que sobrepasa los 2.700 decesos diarios.

La circulación desenfrenada del coronavirus en este país de 210 millones de habitantes ha llevado al sistema público de salud al borde de colapso.

Según el último boletín de la Fundación Oswaldo Cruz (Fiocruz), centro de investigación médica de referencia de Latinoamérica, 20 de los 27 estados brasileños presentan una tasa de ocupación de sus unidades de cuidados intensivos superior al 90%, debido al crecimiento exponencial de los ingresos por coronavirus.

Por su parte, el presidente de Brasil, el ultraderechista Jair Bolsonaro, se quejó en un acto oficial de que la pandemia está siendo utilizada con fines políticos, no para derrotar al coronavirus, sino para “destruirlo” a él y a su Gobierno.

Desde el inicio de la crisis sanitaria, el mandatario ha desdeñado la gravedad de la enfermedad, a la que calificó de “gripecita”, censurado el uso de las mascarillas y defendido tratamientos con fármacos cuya eficacia contra esa enfermedad no ha sido comprobada, como la cloroquina.

También se mostró resignado ante el avance inexorable de contagios en el país y afirmó que “el virus no se irá” y que “prácticamente es imposible erradicarlo”.

La República


Brasil supera 340 mil mortes por covid-19 em dia com 3.829 vítimas

O Brasil ultrapassou a marca de 340 mil mortos por covid-19. Nas últimas 24 horas, foram registradas 3.829 vítimas, um dos dias mais letais do surto.

Na terça-feira (6) foram registradas mais de 4 mil mortes, um recorde no país. O pior momento da pandemia continua se agravando, enquanto medidas para a contenção do vírus seguem tímidas ou inexistentes.

Em relação ao número de novos infectados, foram 92.625 no último período, totalizando 13.193.205 doentes desde o início do surto, em março de 2020.

Trata-se de um valor elevado diante do registrado nos últimos cinco dias, o que revela o descontrole da transmissão da covid-19 no Brasil.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou um boletim extraordinário que atesta esse descontrole e pede por medidas duras de isolamento, o lockdown.

“Ao longo da última semana foram registrados valores recordes de óbitos por covid-19 superando-se a marca de 3 mil mortes diárias (…) Na última semana observou-se um novo aumento da taxa de letalidade, de 3,3% para 4,2%, o que pode ser consequência da falta de capacidade de se diagnosticar correta e oportunamente os casos graves, somado à sobrecarga dos hospitais”, afirma a Fiocruz, que alerta para uma subnotificação dos dados, mesmo em valores elevados.

Outra voz que alerta para a necessidade de intensificar medidas de isolamento é a de Anthony Fauci. Líder da força-tarefa contra a pandemia nos Estados Unidos, Fauci é uma das maiores autoridades em epidemiologia do mundo. Ele disse, em entrevista coletiva, que “todos reconhecem que há uma situação muito grave no Brasil” em relação à covid-19.

“Não há dúvida de que medidas severas de saúde pública, incluindo lockdowns, têm se mostrado muito bem-sucedidas em diminuir a expansão dos casos. Então, essa é uma das coisas que o Brasil deveria pensar e considerar seriamente dado o período tão difícil que está passando”, alertou o especialista.

Indicações

A Fiocruz, desde o início do ano, avisa sobre a iminência de um colapso na rede hospitalar de todo o país, o que de fato ocorreu. Hoje, faltam leitos de UTI em todas as regiões do país; pessoas morrem sem conseguir atendimento médico necessário.

Os apelos da instituição e de um grande número de cientistas foram ignorados desde o início da pandemia pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.

O político, ao contrário, sempre adotou uma postura negacionista; minimizou a pandemia, ridicularizou o uso de máscaras, promoveu e incentivou aglomerações e chegou a atacar vacinas com informações falsas e imprecisas.

Diante do cenário caótico, a Fiocruz reforça as recomendações. Entre elas estão: “proibição de eventos presenciais, como shows, congressos, atividades religiosas, esportivas e correlatas em todo território nacional; a suspensão das atividades presenciais de todos os níveis da educação do país; o toque de recolher nacional a partir das 20h até as 6h da manhã e durante os finais de semana; o fechamento das praias e bares; a adoção de trabalho remoto sempre que possível, tanto no setor público quanto no privado; a instituição de barreiras sanitárias nacionais e internacionais, considerados o fechamento dos aeroportos e do transporte interestadual; a adoção de medidas para redução da superlotação nos transportes coletivos urbanos; a ampliação da testagem e acompanhamento dos testados, com isolamento dos casos suspeitos e monitoramento dos contatos”.

Colapso

O boletim pede que essas medidas sejam tomadas por 14 dias para reduzir a pressão sobre o sistema de Saúde e reduzir o elevado número de mortes diárias. Das 27 unidades da Federação, 19 estão com os sistemas hospitalares colapsados.

São elas: Rondônia (96%), Acre (95%), Amapá (91%) e Tocantins (95%); Piauí (97%), Ceará (96%), Rio Grande do Norte (97%), Pernambuco (97%) e Sergipe (95%); Minas Gerais (93%), Espírito Santo (94%), Rio de Janeiro (91%) e São Paulo (91%); Paraná (95%), Santa Catarina (99%) e Rio Grande do Sul (90%); e no Centro Oeste, Mato Grosso do Sul (106%), Mato Grosso (98%), Goiás (96%) e Distrito Federal (99%).

Enquanto isso, a aposta do país para a superação da crise reside na vacinação. Entretanto, o ritmo é lento. De acordo com dados do governo federal, foram entregues e distribuídas 42.956.226 doses, sendo que 21.997.737 já foram aplicadas.

Somente 10,33% da população já receberam a primeira dose e 2,27% a segunda. Do total de doses aplicadas, 80% são da CoronaVac, vacina atacada e rejeitada por Bolsonaro, produzida à revelia do governo federal pelo Instituto Butantan, em São Paulo.

A RBA utiliza informações fornecidas pelas secretarias estaduais, por meio do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).

Eventualmente, elas podem divergir do informado pelo consórcio da imprensa comercial. Isso em função do horário em que os dados são repassados pelos estados aos veículos. As divergências para mais ou para menos são sempre ajustadas após a atualização dos dados.

Brasil de Fato


Dia Mundial da Saúde: cruzes homenageiam mortos em Livramento; atos marcam data no RS

A fronteira do Brasil com o Uruguai, em Santana do Livramento (RS), amanheceu com setenta cruzes fincadas no Parque Internacional, em homenagem às pessoas 70 mortas (notificadas) em decorrência da covid-19 no município. O Comitê Popular por Democracia e Direito à Saúde Púbica organizou um ato simbólico para marcar a passagem da data e cobrar medidas urgentes de enfrentamento da pandemia. Representantes de movimentos populares participaram do ato e, entre outras reivindicações, pediram o estabelecimento de um protocolo único de enfrentamento da pandemia na fronteira.

Manifestações similares foram programadas para outros municípios do Estado. Em Passo Fundo, o Comitê Popular por Saúde, Democracia e Direitos e o Fórum Popular de Saúde convocaram o ato simbólico Dia Mundial da Saúde Memória dos Mortos pela Covid-19, das 11h às 12h, na Praça Marechal Floriano, no centro da cidade. O Comitê Popular reúne mais de 50 organizações de Passo Fundo que procuram mobilizar a sociedade para o enfrentamento da pandemia. Já o Fórum Popular em Defesa da Saúde pública reúne organizações que atuam no controle social da política de saúde.

Em Passo Fundo, já são mais de 4oo mortes pela covid-19 até aqui. O ato desta quarta homenageou os mortos e defendeu a necessidade de agilizar a vacinação e a importância de a população seguir com os cuidados preventivos, como uso de máscara, higienização permanente e distanciamento social.

As centrais sindicais também convocaram uma série de manifestações para marcar o Dia Mundial da Saúde, cobrando dos governos vacina já para todos e todas, quebra de patentes, emprego e auxílio emergencial de R$ 600, além de reforçar a luta pelo Fora Bolsonaro.

Usando máscaras e respeitando o distanciamento sanitário, a mobilização na Capital começou logo após o amanhecer, às 7h, com a exibição de faixas, cartazes e banners em viadutos e passarelas de várias ruas, avenidas e rodovias.

Ainda pela manhã foi convocado um ato simbólico em frente à Prefeitura de Porto Alegre, com cruzes e um caixão para simbolizar os mais de 300 mil brasileiros e brasileiras que morreram na pandemia e protestar contra o descaso das autoridades diante do colapso da saúde. No RS já são mais de 20 mil vidas perdidas. Em seguida, a manifestação segue em marcha fúnebre até a Praça da Matriz, para um ato em frente ao Palácio Piratini.

Sul 21


Em carta, Lula sugere governança global contra o covid: “não há saída individual”

Carta do ex-presidente Lula pelo Dia Mundial da Saúde

Hoje é o dia Mundial da Saúde mais triste da história do Brasil, com o país como epicentro da pandemia mundial de covid19. O que eu mais queria é que este fosse um dia de celebração. Um dia em que cada brasileiro e cada brasileira pudesse comemorar a conquista do direito à saúde e, portanto, à vida.

Não há o que se comemorar, quando uma pandemia sem controle já matou quase 3 milhões de pessoas ao redor do mundo, 330 mil delas só no Brasil. E continua matando.

Infelizmente, nosso país é considerado hoje uma ameaça global, pela circulação descontrolada do vírus e o surgimento de novas mutações. É preciso que se diga que essa ameaça ao planeta tem nome e sobrenome: Jair Bolsonaro, um presidente da República que nega sistematicamente a ciência e que faz pouco caso do sofrimento do povo que jurou defender.

Hoje no Brasil, profissionais da área da saúde têm que lutar ao mesmo tempo contra um vírus mortal e contra o descaso do governo, que deixa faltar desde equipamentos de proteção individual, como as máscaras, até medicamentos para intubação e oxigênio.

Ao mesmo tempo, os principais instrumentos de combate ao vírus – a vacinação em massa, o distanciamento social e o uso de máscaras – são criminosamente boicotados pelo governo.

Por isso, hoje é também um dia de luto. Dia de compartilhar a dor de milhões de brasileiros e brasileiras que perderam mães, pais, filhos, filhas, amigos, amores. Dia de voltarmos nossos corações e nossas orações para todas as pessoas que neste exato momento lutam pela vida nas UTIs ou mesmo nos corredores dos hospitais superlotados, porque não foram vacinadas a tempo.

Hoje, mais do que nunca, é dia de renovarmos a luta em defesa do Sistema Único de Saúde, o nosso SUS, vítima de ataques criminosos por parte desse governo que, em plena pandemia, quer retirar nada menos que R$ 35 bilhões do seu orçamento para 2021.

Hoje é dia de lembrar que o Brasil é o único país com mais de 100 milhões de habitantes que possui um sistema de saúde público, gratuito e universal. E que o SUS é fruto da luta do povo, das mobilizações intensas do movimento sanitário brasileiro, e é construído diariamente por seus milhões de trabalhadores.

Sem o SUS, sem seus profissionais de saúde, sem os demais profissionais que dão suporte à vida, como as equipes da limpeza, segurança e transporte, sem o SAMU, sem as UPAS 24h, sem a Fiocruz, sem o Instituto Butantan, nossa tragédia humanitária teria proporções ainda mais devastadoras.

Hoje, Dia Mundial da Saúde, é dia de luta contra o genocídio. Contra o negacionismo de um governo que trata a maior crise sanitária da nossa história como uma gripezinha, e que diz “E daí?” para os nossos mortos.

O mesmo governo que, ainda em 2020, no início da pandemia, deixou de contratar até 700 milhões de doses de vacina que lhe foram oferecidas. Uma irresponsabilidade criminosa que já custou e seguirá custando vidas e mais vidas.

O Brasil tinha um Programa Nacional de Imunizações reconhecido em todo o mundo. No meu governo, fomos capazes de vacinar 80 milhões de pessoas contra a gripe H1N1 em apenas três meses.

Bolsonaro, ao contrário, já em seu primeiro ano do governo, descumpriu a meta de vacinação das nossas crianças pela primeira vez neste século. E só agora, depois de milhares de brasileiros mortos e da intensa pressão de governadores, prefeitos e da sociedade em geral, aceitou vacinar nosso povo, ainda assim numa lentidão que custa 4 mil vidas a cada dia.

Sob esse atual governo, o Brasil abandonou seu histórico posicionamento, junto a outros países emergentes, de lutar contra o monopólio dos produtos essenciais à garantia da vida.

Numa decisão indefensável e irresponsável, o governo Bolsonaro se posicionou contra a quebra das patentes das vacinas, que contribuiria de forma significativa para o enfrentamento à Covid-19.

Em vez de defender os imunizantes como um bem público para a humanidade, esse governo defende a comercialização privada das vacinas e sua concentração em poucas empresas e países.

Se mantivéssemos nosso posicionamento histórico, mais empresas públicas e privadas poderiam contribuir com a cadeia de produção de vacinas. E como consequência, mais pessoas estariam imunizadas, milhares de vidas seriam salvas e a recuperação econômica estaria mais próxima.

Saúde não é um bem de luxo. A vida não é um produto supérfluo, disponível apenas para quem pode pagar por ela.

Por isso, hoje é o dia de reafirmarmos nosso compromisso em defesa da vida. Num país de 14,3 milhões de desempregados e 19 milhões de famintos, defender a vida é também garantir apoio financeiro e segurança aos pequenos e médios empresários, e pagar o auxílio emergencial de R$ 600, que permita às pessoas ficarem em casa, em vez de se aglomerarem no transporte público superlotado, feito gado a caminho do matadouro.

Hoje é dia de dizer em alto e bom som que todo ser humano tem o direito de viver, de ter o que comer, de ter um emprego digno, de viver num mundo mais justo.

Por isso, este Dia Mundial da Saúde é também um dia de luta contra a ganância. É inaceitável que 76% das vacinas aplicadas até agora no mundo estejam concentradas em apenas 10 países, enquanto milhões de seres humanos morrem pelo planeta afora.

Desde o início da pandemia, a falta de solidariedade internacional e a ausência de medidas fortes e coordenadas dos governos acentuaram a desigualdade.

Tenho sugerido aos líderes mundiais a convocação de uma reunião de emergência do G-20, com o objetivo de encontrar mecanismos para que as vacinas estejam ao alcance de toda a humanidade.

Nas duas batalhas urgentes do nosso tempo, contra a fome e contra o covid19, o mundo precisa de união e de urgência.

Os governantes do mundo precisam trabalhar juntos para estender a todos as vacinas que os cientistas desenvolveram. As Nações Unidas, o G-20, as instituições multilaterais precisam trabalhar juntas contra o coronavírus. Não há saída individual possível para cada país.

Não podemos cogitar viver em um mundo onde parte do planeta esteja vacinada e parte abandonada e isolada para ser um campo livre para mutações do vírus. O epicentro da pandemia não pode ser ontem a Europa, hoje o Brasil, amanhã a África, com novas variantes reiniciando o ciclo de morte e tristeza pelo mundo.

Igrejas, sindicatos, partidos políticos, movimentos sociais precisam olhar além das suas fronteiras para o fato que compartilhamos um planeta comum, somos a mesma espécie e hoje enfrentamos a mesma ameaça.

Se fisicamente nunca precisamos estar tão isolados, nesse Dia Mundial da Saúde quero lembrar que nunca precisamos estar, na política e na solidariedade, tão juntos quanto hoje, para superarmos o desafio da covid19, e para toda a humanidade ter direito à saúde e a uma vida plena.

Luiz Inácio Lula da Silva


VOLVER

Más notas sobre el tema