Con otro récord diario de muertes, Brasil se convierte en el nuevo epicentro de la pandemia
Brasil es el nuevo epicentro mundial de la pandemia del coronavirus
Brasil se convirtió este miércoles en el nuevo epicentro mundial de la pandemia de coronavirus, al superar a Estados Unidos (EE.UU) en nuevos contagios diarios, al tiempo que marcó otro récord en número de muertes diarias por la Covid-19.
El recuento de la Universidad Johns Hopkins indicó que EE.UU. contabilizó 63.816 nuevas infecciones de la Covid-19 en las últimas 24 horas, mientras que el Consejo Nacional de Secretarios de Salud (Conass) de Brasil reportó 71.704 nuevos casos en el mismo lapso.
Brasil también registró otro récord de muertes diarias a causa del coronavirus SARS-CoV-2 pues sumó 1.910 fallecimientos en las últimas 24 horas, la mayor cantidad reportada de manera oficial desde el inicio del mal respiratorio en el país en marzo del año pasado.
#PainelConass Covid-19
Data: 03/03/2021, 18hCasos
• 71.704 no último período
• 10.718.630 acumuladosÓbitos
• 1.910 no último período
• 259.271 óbitos acumuladosMais informações: https://t.co/ZjV7hqzyQ0
— CONASS (@ConassOficial) March 3, 2021
De esta manera, el gigante suramericano acumula un total de 10.718.630 contagios de la Covid-19, con 259.271 defunciones, de acuerdo con el Conass.
El diputado por el opositor Partido de los Trabajadores (PT), Alexandre Padilha, responsabilizó al presidente brasileño Jair Bolsonaro de la tragedia sanitaria que vive el país.
Brasil bateu novo recorde de mortos pela Covid-19, quase 2 mil mortos nas últimas 24 horas. Infelizmente os números não param de crescer e nos tornamos o país com o maior número de novos casos por dia. pic.twitter.com/NOM2X9xRdJ
— Alexandre Padilha (@padilhando) March 3, 2021
“Bolsonaro necesita responder por crímenes contra la salud del pueblo brasileño», afirmó Padilha, quien fue ministro de Salud durante el Gobierno de Luiz Inácio Lula da Silva.
“Brasil, gobernado por el genocidio, es, a día de hoy, el país con mayor número de nuevos casos de covid en el mundo. Superamos a Estados Unidos, Bolsonaro ¿estás feliz?”, externó el legislador.
El mandatario brasileño, por su parte, mantuvo este miércoles su idea negacionista y culpó a la prensa de la situación.
Cacerolazo en São Paulo contra el presidente Jair Bolsonaro en el día que el país registró 1.910 muertes por la Covid-19 en 24 horas. La protesta se repite en diferentes puntos de #Brasil.
Fotos: @guifrodu
Artes: @mainfluenceroficial y @projetemos pic.twitter.com/Vaak6ERZaX— André Vieira (@AndreteleSUR) March 3, 2021
“Crearon pánico, ¿verdad? El problema está ahí, lo sentimos, pero no puedes vivir en pánico. Como la política de ‘quedarse en casa’ nuevamente. El personal morirá de hambre, de depresión”, dijo Bolsonaro.
Respecto a la vacunación, el Ministerio de Salud anunció un acuerdo para comprar 100.000.000 de dosis del biológico de Pfizer, las cuales serán entregadas a lo largo de este año. Autoridades estaduales y municipales también negocian por su cuenta la adquisición de vacunas contra la Covid-19.
Partidos progressistas e movimentos sociais marcam dia de protesto contra Bolsonaro
Em encontro com cerca de 500 dirigentes de partidos progressistas, centrais sindicais e movimentos populares, a campanha «Fora Bolsonaro» decidiu marcar para 24 de março a próxima mobilização nacional contra o governo de Jair Bolsonaro.
Compõem a organização do movimento organizações como CUT, CTB, MST, MTST, e partidos de esquerda como PT, PCdoB, PSOL, PDT e PSB.
As principais bandeiras do protesto serão o pedido de lockdown nacional, a aceleração da vacinação, ampliação dos leitos no SUS, pagamento de auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia. Além disso, protestarão contra as reformas promovidas pelo governo federal, contra os projetos de privatização e a favor do impeachment de Bolsonaro, informa o Painel da Folha de S.Paulo.
Um dia após recorde diário de mortes por Covid-19, Bolsonaro diz que ‘criaram pânico’
Um dia depois de o país registrar novo recorde de mortes diárias causadas pela Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro falou a apoiadores sobre a pandemia. «Criaram pânico, né? O problema está aí, lamentamos. Mas você não pode entrar em pânico. Que nem a política, de novo, do ‘fique em casa’. O pessoal vai morrer de fome, de depressão?»
Bolsonaro fez o comentário em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília. O vídeo com o diálogo foi divulgado em redes sociais.
O presidente voltou a criticar a imprensa. Segundo ele, «para a mídia, o vírus sou eu.»
De acordo com levantamento do consórcio de veículos de imprensa, o Brasil registrou 1.726 mortes pela Covid-19 na terça, recorde desde o início da pandemia. Com isso, o país chegou ao total de 257.562 óbitos desde o começo da pandemia.
A média móvel de mortes no Brasil nos últimos sete dias até terça chegou a 1.274, aumento de 23% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença.
Nos últimos dias, estados anunciaram novas medidas de restrição para tentar conter o avanço da doença e o risco de colapso no sistema de saúde. Em boa parte deles, a ocupação de leitos de UTI por pacientes graves de Covid-19 está próxima de 100%.
Mais tarde, após um almoço com o embaixador do Kuwait no Brasil, Bolsonaro falou com a imprensa e voltou a comentar a pandemia no país.
«A economia tem que pegar. Alguns falam que eu não estou preocupado com mortes. Estou preocupado com mortes, mas emprego também é vida. Uma pessoa desempregada entra em depressão, tem problemas, se alimenta mal, é mais propensa a pegar outras doenças», disse o presidente.
Bolsonaro foi questionado sobre a possibilidade a União financiar mais leitos de UTI para a Covid-19 nos estados.
Governos estaduais argumentam que a União fechou leitos mantidos com verba federal nos estados e têm buscado o Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a reativação. Para Bolsonaro, não falta dinheiro para atender os estados.
«Olha, o recurso não falta para a gente atender as questões nessa área de saúde. Agora, tem que haver uma previsão por parte dos governadores, e o contato tem que ser através do secretários de Saúde junto ao ministério. Nós aqui nunca nos furtamos a liberar recursos para isso», afirmou o presidente.
Outra dos jornalistas para o presidente foi sobre a possibilidade de um toque de recolher nacional ou uma política nacional para conter o avanço da pandemia, como foi reivindicado por secretários de saúde.
Na resposta, Bolsonaro usou um argumento que vem repetindo há meses: o de que o STF entendeu que apenas estados e municípios podem tomar medidas contra o avanço do vírus, o que não corresponde à decisão do tribunal.
O STF já esclareceu que a decisão foi a de declarar estados e municípios competentes para tomar as decisões, mas que a responsabilidade também cabe à União.
«Agora? Um ano depois? Lembraram de mim um ano depois? Estão sendo pressionados pela população, que não aguenta mais ficar em casa, tem que trabalhar por necessidade […] Infelizmente, o poder é deles, eu queria que fosse meu», disse Bolsonaro, em referência aos estados.
O presidente afirmou ainda que tem um plano para colocar em prática contra a pandemia, mas que depende de o STF lhe conferir os poderes para tomar decisões nessa área.
«Então, se eu tiver poder para decidir, eu tenho o meu programa, o meu projeto pronto para botar em prática no Brasil. Agora, preciso de ter autoridade. Se o Supremo Tribunal Federal achar que pode dar o devido comando dessa causa a um poder central, que eu entendo que seja legítimo meu, eu estou pronto para botar meu plano», disse.
Questionado sobre qual seria o plano, não quis informar. «Não, não, não», respondeu o presidente.
Restrições
Nesta quarta, o governo de São Paulo anunciou que vai regredir todo o estado à fase vermelha, a mais restritiva da quarentena.
A medida entre em vigor na primeira hora do próximo sábado (6) e deve permanecer até o dia 19 de março. O anúncio foi feito pelo governador João Doria (PSDB).
«Estamos em São Paulo e no Brasil à beira de um colapso. Exige medidas coletivas e urgentes (…) Por este motivo nós estamos atendendo a recomendação do centro de contingência e reclassificando todo o estado de São Paulo para a fase vermelha a partir das 0h de sábado», disse Doria.
Na terça, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligada ao Ministério da Saúde, divulgou uma nota técnica na qual aponta o agravamento da pandemia de Covid-19 no Brasil. De acordo com a Fiocruz, 19 unidades da federação têm taxas de ocupação de leitos de UTI acima de 80%. No boletim anterior, eram 12.
Diante do quadro, o Ministério da Saúde publicou na terça portaria que libera um total de R$ 153,6 milhões para o financiamento de 3.201 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em mais de 150 cidades de 22 estados — os leitos temporários serão custeados por 90 dias, com possibilidade de renovação posterior.
Estados e municípios vinham se queixando da suspensão do repasse de recursos do governo federal para financiar leitos de UTI.
Taxas de ocupação de leitos nas capitais, segundo a Fiocruz:
Porto Velho (100%)
Rio Branco (93%)
Manaus (92%)
Boa Vista (82%)
Belém (84%)
Palmas (85%)
São Luís (91%)
Teresina (94%)
Fortaleza (92%)
Natal (94%)
João Pessoa (87%)
Salvador (83%)
Rio de Janeiro (88%)
Curitiba (95%)
Florianópolis (98%)
Porto Alegre (80%)
Campo Grande (93%)
Cuiabá (85%)
Goiânia (95%)
Brasília (91%)
Além disso, cinco capitais estão com taxas superiores a 70%:
Macapá (72%)
Recife (73%)
Belo Horizonte (75%)
Vitória (75%)
São Paulo (76%)
A Fiocruz sugeriu uma lista de providências, veja abaixo o resumo:
- Manutenção de todas medidas preventivas (distanciamento físico, uso de máscaras e higiene das mãos)
- Adoção de medidas mais rigorosas de restrição da circulação e das atividades não essenciais
Implementação imediata de planos e campanhas de comunicação - Reconhecimento legal do estado de emergência sanitária e
Viabilização de recursos extraordinários para o SUS, com aporte imediato aos Fundos Estaduais e Municipais de Saúde - Fortalecimento da vigilância em saúde: detecção precoce, investigação laboratorial, isolamento, quarentena e busca ativa de casos suspeitos e confirmados, além de estratégias de teleconsulta.
- Ampliação da capacidade assistencial em todos os níveis, incluindo leitos clínicos e de UTI para Covid-19
- Aceleração da vacinação para toda a população coordenada pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) do SUS
Lockdown: Conselho Federal de Enfermagem pede bloqueio nacional para evitar colapso
Um dia após o Brasil registrar o maior número de mortes por covid-19 desde o início da pandemia, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofem), divulgou comunicado sobre a necessidade de «bloqueio total das atividades não essenciais em todo o território nacional» e ressalta que «somente a vacinação em massa, aliada às medidas de biossegurança, poderão conter o avanço da pandemia».
«São necessárias medidas urgentes e articuladas, entre a União Federal, Estados e Municípios, para evitar o colapso sanitário, que já se evidencia em várias cidades brasileiras», diz o texto.
O Cofen ressalta que compete ao governo federal «intensificar esforços para a aquisição de vacinas e insumos necessários para a aplicação, com apoio dos entes federativos».
O conselho também reforça a necessidade de extensão do auxilio emergencial para a população de baixa renda, e adoção de medidas econômicas para a manutenção de empregos e a sustentabilidade de pequenas e médias empresas.
«É necessário que o Ministério da Saúde realize campanha informativa permanente, com medidas de prevenção e controle da covid-19, baseadas em evidências científicas».
O Cofen também pede a ampliação dos leitos em unidades de terapia intensiva, a contratação de recursos humanos e aquisição de insumos que permitam a assistência adequada nas unidades de saúde. «É fundamental a testagem em massa, para melhor controle das transmissões, e a redução da circulação de pessoas».
Vacinas
O Ministério da Saúde afirmou nesta quarta-feira (3) que “já possui contratos alinhados” para a compra da vacina russa Sputnik V e anunciou que serão disponibilizadas em março mais 4 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A pasta também informa que assinou o contrato com o laboratório Precisa Medicamentos/Bharat Biotech, para compra de 20 milhões de doses daa vacina indiana Covaxin. Desse total, 8 milhões já devem estar disponíveis para o Programa Nacional de Imunizações (PNI) ainda este mês.