Llega a Brasil cargamento con oxígeno donado por Venezuela para atender la crisis en Manaos

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Arriba a Brasil cargamento con oxígeno donado por Venezuela para atender crisis en Manaos

Autoridades de venezolanas y brasileñas confirmaron este lunes la llegada de un convoy de camiones cargados de oxígeno hospitalario procedente de Caracas a territorio brasileño, tras atravesar el cruce fronterizo entre ambas naciones.

El gobernador del estado venezolano de Bolívar, Justo Noguera Pietri, realizó la entrega del oxígeno en el territorio limítrofe con la presencia del senador por el estado brasileño de Roraima, Telmario Motta, éste último resaltó el significado del gesto solidario.

Pietri ratificó la disposición del Gobierno venezolano de seguir brindando ayuda a Brasil, mientras lo necesite. Tal es así, que se proyecta la donación de nuevos insumos que serán usados en la lucha contra la Covid-19 en la región del Amazonas.

El convoy de los seis camiones cisternas con capacidad de 136.000 litros, equivalentes a 14.000 cilindros individuales, debe continuar su camino hasta la ciudad de Manaos, en Amazonas, que atraviesa un colapso sanitario debido a la crisis por el coronavirus.

La ciudad de Manaos, perteneciente a la referida región, sufrió un colapso hospitalario ante el aumento de casos de coronavirus, situación que ha registrado un récord de consumo de oxígeno para pacientes con deficiencias respiratorias, que pasó de unos 5.000 metros cúbicos diarios a 76.000 (76 millones de litros).

Las autoridades sanitarias brasileñas se han visto obligadas a remitir pacientes a otros estados ante la crisis. El pasado domingo el presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, había anunciado que la carga había salido del país el pasado sábado e iba en marcha a Brasil.

«Estamos enviando apoyo humanitario necesario hacia Manaos, hemos extendido nuestra mano solidaria al pueblo de Brasil, deben saber que en la medida de nuestras posibilidades estamos dispuestos a apoyarlos», dijo el mandatario.

Telesur


Caminhões com oxigênio da Venezuela cruzam fronteira do Brasil e seguem ao Amazonas

Cinco caminhões com aproximadamente 130 mil m³ de oxigênio cruzaram a fronteira do Brasil com a Venezuela nesta segunda-feira (18/01) e já estão a caminho de Manaus (AM). O carregamento entrou pela cidade de Pacaraima, na zona Norte do estado de Roraima.

Segundo o senador Telmário Mota (Pros-RR), que esteve na fronteira durante a passagem da carga, as carretas chegarão à capital amazonense entre a noite dessa segunda-feira e a manhã de terça-feira (19/01). “O trajeto até a Manaus leva entre 10 e 12h de viagem, então nós acreditamos que entre essa noite e no máximo amanhã de manhã esse oxigênio já deve estar chegando aos hospitais”, ressaltou o senador.

O comboio cruzou a fronteira por volta das 13h30 e a passagem também foi acompanhada pelo governador venezuelano do estado de Bolívar, Justo Noguera, um dos responsáveis por concretizar o convênio.

O envio da carga veio por ordem do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, após o Amazonas e principalmente a cidade de Manaus enfrentarem um colapso no sistema de saúde por aumento de casos de covid-19 e falta de oxigênio para tratar pacientes em quadro clínico grave da doença.

O senador Mota destacou que a Venezuela foi único país a enviar insumos para auxiliar na crise sanitária que vive o Estado. “O Amazonas está passado por um estado de calamidade, o que provocou uma grande comoção mundial, mas a Venezuela foi o único país que realmente estendeu a mão. Entre o Brasil e a Venezuela tem que haver uma integração latino-americana. É preciso estar acima das diferenças políticas”, afirmou.

Do lado brasileiro da fronteira, um grupo de médicos que se formaram na Venezuela realizou um ato de agradecimento à Venezuela.

No último domingo, o governador do Amazonas, Wilson Lima, enviou uma carta de agradecimento ao governador Justo Noguera enfatizando a importância da ajuda enviada e convidando o venezuelano a visitar Manaus.

Venezuela seguirá enviando oxigênio

A demanda diária de oxigênio do Amazonas é de 70 mil m³ de oxigênio por dia, mas a principal fornecedora dos hospitais do estado tem capacidade de produzir 28 mil m³. A Venezuela está disposta a seguir enviando esse insumo a Manaus. De acordo com o senador Telmário Mota, o governo amazonense já está enviando outros caminhões para buscar oxigênio no país vizinho.

A Siderúrgica do Orinoco Alfredo Maneiro (Sidor), empresa estatal venezuelana que está fornecendo o oxigênio, informou também que aumentou a jornada de operação para atender a demanda do Brasil. Segundo o presidente da estatal, Néstor Astudillo, os trabalhadores estão «trabalhando inclusive aos fins de semana para produzir e despachar o oxigênio que o Brasil precisa”. A Sidor está localizada em Puerto Ordaz, cidade do estado Bolívar, a 1.500km de Manaus.

Opera Mundi


Governo admite que sabia da falta de oxigênio oito dias antes do colapso em Manaus

O governo federal afirmou, neste domingo (17), por meio de um ofício, que foi informado do desabastecimento de oxigênio em Manaus em 8 de janeiro, oito dias antes de vários hospitais do município entrarem em colapso por falta de estoque do material, em 14 de janeiro.

A informação consta em explicações oficiais enviadas pela Advocacia-Geral da União (AGU) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido do ministro Ricardo Lewandowski.

De acordo com a AGU, a White Martins, fornecedora de oxigênio hospitalar na capital do Amazonas, avisou o governo estadual, em 7 de janeiro, que “o imprevisto aumento da demanda ocorrido nos últimos dias agravou consideravelmente a situação de forma abrupta”. No dia seguinte, o Ministério da Saúde foi comunicado por e-mail.

Inicialmente, a reação do governo foi anunciar o reforço no estoque de oxigênio, com o envio de 350 cilindros a Manaus, entre 8 e 10 de janeiro. O governo do Amazonas confirmou o recebimento de 373 bombas de infusão de oxigênio, em 11 de janeiro, mas relatou que a quantidade só era suficiente para 70 dos 2,7 mil pacientes internados por covid-19 no estado.

No mesmo dia, três dias antes do colapso, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, foi a Manaus. Já com hospitais lotados e com um número crescente de casos de covid, ele tentou passar tranquilidade, discursando sobre tratamento precoce contra o coronavírus (o que não existe, segundo cientistas) e garantindo que a pasta estava preparada para atender “qualquer demanda que falhe em nível menor, município ou estado”.

Aviões da FAB

Em 14 de janeiro, no entanto, Pazuello admitiu, em reunião com prefeitos, que não havia aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) disponíveis para transportar oxigênio para o Amazonas.

Confuso, ele mudou o discurso na noite do mesmo dia, em uma transmissão ao vivo ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Na ocasião, disse que os aviões com oxigênio já estavam a caminho de Manaus e que o problema por lá eram as chuvas e a falta de tratamento precoce contra a covid – de novo contrariando a ciência.

Na justificativa ao STF, o governo federal alega ainda que o aviso da White Martins foi tardio e que os órgãos federais “empregaram toda a diligência possível para contornar a situação».

A AGU ainda afirmou que repassou «um volume extremamente significativo de insumos estratégicos e de recursos financeiros» ao estado do Amazonas e que «jamais deixou de oferecer canais de interação».

Transferências

Em razão do colapso de oxigênio, o governo do Amazonas afirmou ter feito a transferência de mais 12 pacientes hospitalizados de Manaus para Natal (RN), na noite de domingo. Com isso, o número total de pacientes transferidos para outros estados passa a 74.

Além de Natal, foram levados pacientes para João Pessoa, Teresina, São Luís e Brasília. A expectativa do governo é de transferir, ao todo, 235 pacientes para outros lugares.

Brasil de Fato


Derrotado na vacina, Bolsonaro ameaça com ditadura

Após ser derrotado politicamente, com o início da vacinação no estado de São Paulo, governador por João Doria (PSDB), seu desafeto, Jair Bolsonaro voltou ao discurso mais ideológico, nesta segunda-feira (18). Em fala a apoiadores, ele enalteceu as Forças Armadas e afirmou que delas depende a democracia ou a ditatura em um país.

«Por que sucatearam as Forças Armadas ao longo de 20 anos? Porque nós, militares, somos o último obstáculo para o socialismo. Quem decide se um povo vai viver na democracia ou na ditadura são as suas Forças Armadas. Não tem ditadura onde as Forças Armadas não apoiam», disse no jardim do Palácio da Alvorada.

De acordo com Bolsonaro, «no Brasil, temos liberdade ainda». «Se nós não reconhecermos o valor destes homens e mulheres que estão lá, tudo pode mudar. Imagine o Haddad no meu lugar. Como estariam as Forças Armadas com o Haddad em meu lugar?», questionou Bolsonaro em referência ao seu adversário na eleição de 2018, Fernando Haddad (PT).

Bolsonaro também ironizou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o envio de cilindros de oxigênio pela Venezuela para Manaus.

«Agora se fala que a Venezuela está fornecendo oxigênio para Manaus. É White Martins, é uma empresa multinacional que está lá também. Agora, se o Maduro quiser fornecer oxigênio para nós, vamos receber, sem problema nenhum. Agora, ele poderia dar auxílio emergencial para o seu povo também. O salário mínimo lá não compra meio quilo de arroz», disse.

«Vem uns idiotas, eu vejo aí, elogiando ‘olha o Maduro, que coração grande ele tem’. Realmente, daquele tamanho, 200 kg, 2 metros de altura, o coração dele deve ser muito grande. Nada mais além disso», complementou.

Brasil 247

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