Protestas en el país y el mundo contra Bolsonaro por negligencia con la Amazonía
Governo Bolsonaro será alvo de onda de protestos no mundo por desleixo com a Amazônia
Movimentos de protesto contra o desleixo com que o governo Bolsonaro trata a Amazônia serão realizados em várias cidades do mundo a partir desta sexta-feira (28). Algumas manifestações ocorrerão diante de sedes de embaixadas e consulados brasileiros no exterior.
O foco das manifestações será a situação da Amazônia, descrita pelo grupo Fridays for Future, organizador dos protestos, como crítica. Pelas redes sociais, locais como Milão, Lisboa, Finlândia, Turquia, Áustria e vários outros países terão um dia de manifestações por conta das políticas do governo brasileiro em relação à floresta, informa o jornalista Jamil Chade em sua coluna no UOL.
Na Alemanha, quase 20 cidades organizam eventos a partir desta sexta-feira. Na Áustria, os muros de uma catedral servirão de tela para uma projeção de imagens da floresta, informa Chade.
Na Bélgica, o foco dos protestos será o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. As entidades Rise for Climate Belgium, Citizen Mobilization to Save Humanity, Clean Walker Belgique e outros vão protestar diante do Conselho Europeu e da Comissão Europeia para pedir que o tratado comercial seja abandonado.
Em meados de 2019, diante dos incêndios na floresta brasileira, o governo foi alvo de duras críticas pelo mundo, obrigando a diplomacia a se mobilizar. Agora, os ativistas que lotaram ruas das principais capitais da Europa e do mundo com estudantes – no movimento conhecido como Fridays for Future – prometem focar a atenção na situação específica do Brasil.
Grito dos Excluídos se opõe a tudo que Bolsonaro representa
Por Rodrigo Gomes
A 26ª edição do Grito dos Excluídos defende a preservação da vida em primeiro lugar e se opõe a tudo que o governo de Jair Bolsonaro representa. “Tem gente que não coloca a vida em primeiro lugar. É triste quando se coloca em primeiro lugar o lucro, a ganância. Além disso, hoje também tem muita gente colocando em primeiro lugar o preconceito, a violência, a tirania. É preciso servir, valorizar e defender a vida. Nesse tempo de pandemia, de morte, a vida precisa retornar ao seu lugar. O grito é esperança”, afirmou Dom Mário Antônio da Silva, bispo de Roraima, vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Neste ano, o lema do Grito dos Excluídos será Basta de miséria, preconceito e repressão! Queremos trabalho, terra, teto e participação!. Os organizadores apontam que o lema se impôs ao observar a crise social e sanitária imposta pela pandemia mundial de covid-19 e os graves retrocessos sociais impostos pelo governo Bolsonaro.
“Quem são os que gritam hoje? Não são apenas vozes. Têm rostos. De encarcerados, povo em situação rua, comunidades tradicionais, povos indígenas, periferias, trabalhadores em serviços precarizados, ciganos, migrantes, circenses. Gritamos porque tem vozes sendo abafadas, oprimidas”, disse Dom Mário.
Valorização do SUS
Um dos temas principais será a valorização do Sistema Único de Saúde (SUS) e seus profissionais. Rosilene Wansetto, coordenadora do Grito dos Excluídos e da Romaria dos Trabalhadores, manifestou solidariedade às famílias das 117 mil pessoas mortas pela covid-19 e criticou a falta de um plano de ação. Além do desdém do governo Bolsonaro sobre a perda dessas vidas.
“Essas vidas poderiam ter sido poupadas se tivéssemos um governo de verdade. Nós temos um desgoverno. Lá em fevereiro a gente já via que estávamos vivendo um governo sendo conduzido por um fascista, um genocida, que não valoriza a vida. Ainda não tínhamos em vista a pandemia, que se construiu nos meses seguintes”, lembra Rosilene. “O governo aplicou menos de 50% do orçamento para combater a pandemia. É preciso lembrar que o SUS é a política pública que tem salvado vidas nessa pandemia. E valorizar a importância da saúde pública”, afirmou.
Teto dos gastos
O Grito dos Excluídos também faz referência à urgente necessidade de revogação da Emenda Constitucional (EC) 95, o chamado Teto de Gastos. Segundo a coordenadora da Romaria dos Trabalhadores, a alardeada crise econômica não pode mais servir de justificativa para tirar direitos da população e reduzir serviços públicos.
“A gente vê o quanto isso está impactando na ausência de políticas públicas, em todas as áreas. Revogar essa emenda constitucional é urgente. Essa crise não é nossa, não é do povo brasileiro”, afirmou.
Dia do Grito
O Grito dos Excluídos é celebrado anualmente no dia 7 de setembro, quando são realizadas manifestações em vários locais do país. No entanto, por conta da pandemia, parte desses atos será realizada virtualmente e também com carreatas.
Além disso, neste ano, a coordenação estabeleceu que todo dia 7 de cada mês, antes e depois de setembro, será um “Dia D do Grito”, por entender que a exclusão é uma constante durante todo o ano, resultado de um sistema econômico injusto.
Por Christian Ovalle
Decenas de indígenas kayapó mekragnoti suspendieron este jueves el bloqueo de una importante carretera amazónica, luego de que una jueza ordenara al gobierno atender sus demandas de ayuda para combatir la deforestación y el avance del coronavirus.
Armados con arcos y flechas, los kayapó comenzaron a mediados de agosto a bloquear la carretera BR-163, que atraviesa la Amazonía brasileña, a la altura de la localidad de Novo Progresso, en el sur del estado de Pará.
Después de varios cortes y levantamientos periódicos de los bloqueos, suspendieron su protesta por diez días para que la gubernamental Fundación Nacional del Indio (Funai) y el Departamento Nacional de Infraestructura y Transporte (DNIT) acaten el último fallo de una jueza federal.
“La jueza intimó a la FUNAI y el DNIT” a atender las demandas. “Si en esos diez días no nos responden (…) van a tener que pagar 10.000 reales por día (unos 1.800 dólares)”, dijo a la AFP uno de los líderes de la manifestación, Mudjere Kayapó.
“Si no lo hacen, vamos a regresar y cerrar las dos vías de la BR-163”, agregó.
La BR-163 es la principal arteria vial para transportar desde la región central del país maíz y soja, dos de los principales productos de exportación brasileños.
Los manifestantes han levantado su barricada periódicamente como gesto “humanitario” con los conductores que quedaban varados en largas filas de camiones.
La jueza federal Sandra Maria Correia da Silva había ordenado a los kayapó poner fin al bloqueo debido a las consecuencias económicas para la región.
Inicialmente, los manifestantes dijeron que iban a desafiar la orden, pero optaron por gestionar su caso ante la corte.
Los kayapó mekragnoti demandan al gobierno del presidente ultraderechista Jair Bolsonaro liberar recursos que, según su reclamo, les deben por el daño ambiental que causó la carretera en sus territorios.
También piden ayuda para combatir la minería ilegal, la deforestación y el nuevo coronavirus, que ha golpeado fuerte a las comunidades indígenas de la región.
Los kayapó van a regresar “con una protesta más grande” si no reciben una respuesta satisfactoria del gobierno, advirtió Luis Carlos Sampaio, del instituto Kabu, un organismo que defiende los derechos indígenas.
“Veremos cómo las instituciones reaccionan”, dijo a la AFP.
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