Homenajes en Brasil y en el mundo a Marielle Franco en el día de su cumpleaños
No Brasil e na Europa, lideranças lembram aniversário de Marielle
“A política brasileira Marielle Franco faria 41 anos hoje se não tivesse sido assassinada. Ela se definiu como ‘feminista, negra e filha da favela’. Defendeu os direitos da população afrodescendente, das mulheres e da comunidade LGTBI. Hoje sua memória ainda está viva.” Assim o Ministério da Igualdade do governo da Espanha, chefiado pelo socialista Pedro Sánchez, lembrou a data de aniversário da vereadora do Psol do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (27). Ela foi morta a tiros em 14 de março de 2018. O crime não foi resolvido até hoje.
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, compartilhou, em seu perfil do Twitter, postagem de Jean-Luc Romero-Michel, membro do Conselho Regional da Ilha de França (uma das 18 regiões administrativas do país), em que ele escreve: “Meus pensamentos vão para essa corajosa líder política e ativista assassinada em 2018 por suas ideias muito progressistas. Pensamos nela e em seus entes queridos. Nunca podemos esquecê-la!” Em setembro de 2019, a prefeita parisiense inaugurou o Jardim Marielle Franco, na Rua d’Alsace.
L’élue ?️???#MarielleFranco aurait fêté ses 41 ans aujourd’hui.
Mes pensées vont vers cette courageuse responsable polique & militante assassinée en 2018 pour ses idées très progressiste.
On pense à elle et ses proches.
On ne pourra jamais l’oublier !#Marielle41Anos #LGBTQI pic.twitter.com/0asP1XmcD2— Jean-Luc Romero-Michel (@JeanLucRomero) July 27, 2020
Em postagens emocionadas no Twitter, a viúva de Marielle, Mônica Benicio, conta que “a última vez que Marielle viveu seu dia favorito no ano foi 27 de julho de 2017”, quando completou 38 anos. “Jamais poderíamos imaginar q, no ano seguinte, ela não celebraria mais sua própria vida.”
Eu nunca me imaginei contar os dias além do número 365, véspera de um ano novo no calendário q me foi ensinado. O calendário não importa mais. 866 não é apenas um número. São dias de dor e de ausência. São dias de segundos intermináveis perguntado por quê??
— Monica Benicio (@monica_benicio) July 27, 2020
“O cheiro do vazio, a ausência materializada nos escombros dos sonhos”, escreveu ainda Mônica, que postou em seu perfil a última mensagem de parabéns que postou a Marielle, em 2017, um desenho feito pela então vereadora em um espelho. “‘Marielle, não faz declaração de amor no vidro pq vai manchar. Isso foi o q eu disse qdo ela desenhou o primeiro coração. Depois, ela fez tds os outros pq ela é assim…”, conta a Mônica na série de tuítes.
“O calendário não importa mais. 866 não é apenas um número (de dias, desde 14 de março de 2018). São dias de dor e de ausência. São dias de segundos intermináveis perguntado por quê?”, diz. “Eu nunca me imaginei contar os dias além do número 365, véspera de um ano novo no calendário q me foi ensinado.” A viúva de Marielle acrescenta: “Seguiremos exigindo justiça para Marielle e Anderson”, em referência ao motorista da vereadora, Anderson Gomes.
Quem matou? Por quê?
Lideranças políticas cobraram o esclarecimento do assassinato em suas redes sociais. Líder do Psol na Câmara dos Deputados, Fernada Melchionna (RS) lembra que, mais de dois anos depois, ainda não se sabe quem mandou matá-la e por qual motivo. “É preciso avançar na luta por Justiça para que a impunidade diante do seu assassinato não seja um salvo conduto para novos crimes políticos”, afirma.
A parlamentar acrescenta que a extrema-direita “usa a máquina de ódio para seguir atacando a imagem de Marielle enquanto a família do presidente está envolvida até o pescoço com as pessoas que já foram presas pelo crime”. A parlamentar continua, dizendo que “a luta por justiça não irá parar, assim como a luta contra essa extrema-direita”.
Também correligionária de Marielle, Sâmia Bomfim (Psol-SP) escreveu nas redes sociais que “Marielle é símbolo internacional de luta e resistência”. Mas, para o governo brasileiro, “a imagem da vereadora do Psol é incômoda. Por quê?”, questionou a deputada federal.
Sem respostas
Para Jandira Feghali (PCdoB-RJ), é dever de lideranças e movimentos sociais lembrarem “de sua trajetória, mensagem de vida e luta”. “ Marielle, presente!”, postou.
Marcelo Freixo (Psol-RJ) também lembra nas redes que hoje ela faria aniversário “se não tivesse sido tirada de nós de forma tão bárbara”. Como Sâmia, Freixo também pergunta a razão para que a parlamentar tenha sido assassinada.
“Até quando não haverá resposta? Precisaremos de uma Comissão Nacional da Verdade no futuro, para decifrar esse crime? Sem responsabilizar os criminosos, sua morte se repete todos os dias, como ocorre com aquelas q ficaram impunes da ditadura”, escreveu Maria do Rosário (PT-RS). “O seu legado permanece em cada um de nós. Cobramos por justiça!”, publicou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
Investigações
Em 10 de junho passado, a Divisão de Homicídios e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam o bombeiro Maxwell Simões Correa, acusado de envolvimento nos assassinatos. Ele foi denunciado por atrapalhar deliberadamente as investigações sobre as mortes. Ele teria sido um dos responsáveis por ocultar as armas usadas no crime.
Acusado de matar Marielle Franco (Psol) e Anderson, o PM reformado Ronnie Lessa foi indiciado, há duas semanas, pela Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), por tráfico internacional de armas. Lessa morava no mesmo condomínio de Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro, e está preso desde março de 2019.
¿Quién es Marielle Franco y qué se sabe de su asesinato?
Este lunes 27 de julio cumpliría 41 años de la activista y concejal brasileña Marielle Franco, asesinada por sicarios el 14 de marzo de 2018 en Río de Janeiro, y quien era una defensora de los derechos de la población afrodescendiente, de las mujeres y del colectivo LGTBI. Hoy su memoria sigue viva.
La concejal del Partido Socialismo y Libertad (PSOL) de Brasil, Marielle Franco, una activista de los Derechos Humanos (DD.HH.) y la quinta parlamentaria más votada en las elecciones de Río de Janeiro de 2016, conmocionó a la nación suramericana por su inesperado asesinato.
La madre, feminista y socióloga dedicó su vida a la militancia por la defensa de los DD.HH. y a la denuncia de las acciones violentas en los sectores populares del país. Su lucha inició tras la muerte de una amiga, víctima de una bala perdida, durante un tiroteo con policías y traficantes de drogas en la comuna donde nació y vivió.
Hoje, Marielle Franco estaria completando 41 anos, se não tivesse tido a vida interrompida por um assassinato político ainda não esclarecido. Seu legado continuará pela história, mas precisamos ter logo respondido: quem matou e quem mandou matar Marielle? #Marielle41Anos pic.twitter.com/XC68gRnukC
— William De Lucca (@delucca) July 27, 2020
¿Cuáles fueron sus luchas?
Franco integró en 2006 el equipo de campaña que eligió a Marcelo Freixo a la Asamblea Legislativa del Estado de Río de Janeiro (Alerj). Fue nombrada asesora del recién electo; luego por su destacada participación e interés en defender a los más vulnerables, asumió la coordinación de la Comisión de Defensa de los Derechos Humanos y Ciudadanía de la Asamblea.
Mais um homicídio de um jovem que pode estar entrando para a conta da PM. Matheus Melo estava saindo da igreja. Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?
— Marielle Franco (@mariellefranco) March 13, 2018
Dos años después de asumir el cargo, fue elegida con 46.502 votos para el cargo de concejal en la capital carioca por la coalición Cambio es posible, formada por el PSOL y el Partido Comunista Brasileño (PCB); fue la quinta más votada en la ciudad.
Además, Franco era crítica de la intervención federal en la seguridad pública de Río de Janeiro. Era una de las integrantes de la Comisión de la Cámara de Concejales. Denunció recientemente abusos de autoridad policial contra los pobladores de las favelas.
Su vida
Franco nació en el Complejo de Maré, zona norte de Río de Janeiro, el 27 de julio de 1979.
Con una beca integral, Franco se graduó en Ciencias Sociales por la Pontificia Universidad Católica de Río de Janeiro (PUC-Rio).
Con el diploma de socióloga, se convirtió en una profesora e investigadora respetada.
Marielle Franco denunció el 10 de marzo de 2018 a policías del 41º Batallón de Policía Militar por abusos de autoridad contra los habitantes de la favela de Acari. Ocho días después fue asesinada.
Graduada en Ciencias Sociales por la PUC-Río, Marielle era magíster en Administración Pública por la Universidad Federal Fluminense (UFF).
Su militancia en la defensa de los derechos humanos y contra acciones violentas en la favela fue impulsada después de la muerte de una amiga, víctima de bala perdida, durante un tiroteo que involucró a policías y traficantes de drogas en el Complejo de la Marea, barrio donde Marielle nació y vivió.
En 2006, integró el equipo de campaña que eligió Marcelo Freixo a la Asamblea Legislativa. Con la elección de Freixo, fue nombrada asesora parlamentaria del diputado. Años después asumió la coordinación de la Comisión de Defensa de los Derechos Humanos y Ciudadanía de la Asamblea Legislativa de Río de Janeiro.
En su primera presentación electoral, en 2016, fue electa concejala en la capital fluminense por la coalición Cambiar es posible, formada por el PSOL y por el PCB. Obtuvo más de 46 mil votos y fue la quinta candidata más votada en la ciudad.
Claves sobre su asesinato
Un día antes de ser asesinada, Franco se preguntaba en la red social Twitter — en uno de sus últimos tuits — a propósito de la muerte de un joven (Matheus Melo): «¿Cuántos más deben morir para que acabe esta guerra?».
En el lugar del crimen se encontraron cartuchos semejantes a los que utilizan las fuerzas armadas, y desde ahí la investigación ha cruzado un calvario ante la lentitud del Ministerio Público para seguir las investigaciones sobre el caso.
El año pasado, una investigación especial del diario de TV Globo, reveló que uno de los presuntos autores materiales estaba relacionado con el presidente brasileño Jair Bolsonaro.
Según ese testimonio, horas antes del asesinato, Elcio Vieira de Queiroz, el sospechosos acusado de conducir el automóvil desde el que se cometió el crimen, llegó a la propiedad y, en la portería, dijo que iría a la casa número 58, que pertenece al presidente.
Al recibir al expolicía, el portero llamó al número 58 para confirmar si el visitante podía pasar y alguien en la residencia autorizó la entrada del vehículo.
En dos declaraciones a la Policía Civil de Río, el portero dijo que reconoció la voz de la persona que respondió como «Soy Jair», de acuerdo con el Jornal Nacional, y que autorizó a pasar al carro. Al respecto, el mandatario brasileño ha negado cualquier vinculación.
Por otra parte, la detención preventiva, el 12 de marzo de 2019, de dos hombres acusados de matar a Marielle y a Anderson ha sido un importante avance en la investigación, pero sin que se haya adelantado nada sobre los autores materiales e intelectuales.
En junio pasado, Maxwell Simões Correa, sargento del Cuerpo de Bomberos de Río de Janeiro, fue detenido en esa ciudad en el marco de la Operación Submersus 2, llevada a cabo por la Policía Civil y el Ministerio Público de Río de Janeiro.
«El papel de Maxwell en la obstrucción de las investigaciones fue entregar el vehículo utilizado para proteger el vasto arsenal de guerra de Ronnie Lessa entre el 13 y el 14 de marzo de 2019, de modo que el armamento pudiera desecharse más tarde en alta mar», informó un vocero del Ministerio Público.
Ronnie Lessa es el presunto ejecutor directo del asesinato de Franco y Anderson Gomes, chofer que la acompañaba.
Tanto él como Elcio Queiroz, a quien se acusa de conducir el auto utilizado por Lessa para perseguir a Franco, han permanecido en prisión desde marzo de 2019, sin que hasta la fecha exista una definición en el proceso en su contra.
El asesinato de Franco sigue sin resolverse y se ha convertido en un ejemplo de la impunidad de la violencia contra los defensores de los DD.HH. en Brasil.
No aniversário de Marielle, viúva lembra 866 dias sem o mandante do crime
Mônica Benicio, viúva de Marielle Franco, lembrou nas redes sociais que a vereadora morta em 2018 completaria hoje 41 anos de idade. Junto com a homenagem, a viúva também fez um desabafo e voltou a cobrar punição para o mandante do assassinato.
«A última vez que Marielle viveu seu dia favorito no ano foi 27 de julho de 2017. Ela completou 38 anos. Jamais poderíamos imaginar que, no ano seguinte, ela não celebraria mais sua própria vida. Hoje, Marielle completaria 41 anos. Mas a data também marca 866 dias de seu assassinato», escreveu.
A última vez que Marielle viveu seu dia favorito no ano foi 27 de julho de 2017. Ela completou 38 anos. Jamais poderíamos imaginar q, no ano seguinte, ela não celebraria mais sua própria vida. Hoje, Marielle completaria 41 anos. Mas a data tb marca 866 dias de seu assassinato.?
— Monica Benicio (@monica_benicio) July 27, 2020
Em uma sequência de mensagens, Benicio disse que não há motivos para celebrar a data e pediu por justiça pela morte da vereadora e de seu motorista Anderson Gomes.
«Era para ser um dia de festa e não há o que celebrar. Seguiremos exigindo justiça para Marielle e Anderson. Exigimos saber quem mandou matar Marielle e por quê», afirmou.
Era para ser um dia de festa e não há o q celebrar. Seguiremos exigindo justiça para Marielle e Anderson. Exigimos saber #QuemMandouMatarMarielle e por quê. #JustiçaPorMarielleeAnderson
— Monica Benicio (@monica_benicio) July 27, 2020
2 anos e 4 meses de saudade.
28 meses sem justiça.
866 dias sem Ela
866 dias sem saber #QuemMandouMatarMarielle e por quê? #JustiçaPorMarielleeAnderson— Monica Benicio (@monica_benicio) July 27, 2020