Brasil supera las mil muertes por Covid-19 en un día por cuarta vez consecutiva, ya son casi 28 mil los fallecidos

Foto: Ricardo Moraes - Reuters
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Brasil reportó 1.124 nuevas muertes por coronavirus y ya es el quinto país con mayor cantidad de decesos a nivel global

Autoridades sanitarias brasileñas reportaron este viernes 1.124 nuevas muertes por Covid-19, la enfermedad causada por el nuevo coronavirus, lo que llevó el total a 27.878.

De esta manera, el país sudamericano superó en la lúgubre lista de decesos a España, cuya curva se encuentra además en franco descenso con dos víctimas fatales registradas en las últimas 24 horas, y se ubica quinto a nivel global.

De continuar la tendencia a este ritmo, Brasil podría contar el sábado más muertes que Francia, que ha reportado 28.717. Los primeros tres son Estados Unidos (102.709); Reino Unido (38.243); e Italia (33.229), según el último recuento de la universidad Johns Hopkins.

La cantidad de casos positivos, en tanto, fue de casi 27.000. El total ya supera los 465.000 y, de continuar la tendencia, superaría el medio millón durante el fin de semana. El país tiene la segunda mayor cantidad de contagios reportados a nivel mundial, solo por detrás de Estados Unidos, que tiene más de 1,74 millones.

El estado más afectado por la pandemia continúa siendo San Pablo, que este viernes superó los 100.000 contagios (101.556) y llegó a las 7.275 muertes. Luego se encuentra Río de Janeiro, con casi 50.000 transmisiones (47.953) y más de 5.000 decesos. Los siguen en cantidad de casos Amazonas (38.909), Ceará (38.395) y Pernambuco (32.255).

La gestión de la pandemia por parte del presidente, Jair Bolsonaro, quien la ha desmerecido y se ha opuesto a adoptar medidas sanitarias recomendadas por los expertos, ha impactado en su imagen. Una encuesta publicada esta semana por Datafolha reveló que el porcentaje de brasileños que evalúan su presidencia como negativa llegó a un nivel récord: 43 por ciento, un cinco por ciento más que el registrado en abril.

El rechazo al militar retirado que asumió la Presidencia brasileña en enero de 2019 viene creciendo gradualmente desde abril del año pasado, cuando era del 30 % en la primera encuesta que Datafolha hizo sobre su popularidad como mandatario, pero por primera vez supera el 40 % de los electores.

Pese al aumento de la reprobación, Bolsonaro aún conserva el firme respaldo de su base: cuenta con el respaldo del 33 % de los brasileños, que consideran su Gobierno bueno o excelente, el mismo nivel que tenía el mes pasado (33 %) y que prácticamente no ha variado desde el 32 % medido en abril de 2019.

Los brasileños que pasaron a rechazar al mandatario ahora son los que hasta hace poco calificaban como regular su Gobierno, índice que cayó desde el 33 % en abril de 2019 hasta el 26 % el mes pasado y el 22 % en mayo.

El índice de rechazo a Bolsonaro es el mayor ya medido para un presidente con el mismo tiempo de mandato desde que Brasil recuperó su democracia en 1985. Hasta ahora el mayor índice de desaprobación de un gobernante por la misma época era el 41 % que tenía Fernando Collor con un año y seis meses de mandato.

El jefe de Estado ha perdido a sus dos últimos ministros de Salud por divergencias en torno a la estrategia frente a la pandemia. También enfrenta una grave crisis política tras la renuncia hace un mes del entonces ministro de Justicia, Sergio Moro, quien lo acusó de interferir políticamente en la Policía Federal.

La Corte Suprema ordenó una investigación sobre las acusaciones de Moro, que se suma a otro avanzado proceso contra allegados del mandatario por difundir “fake news”, mientras que el Congreso acumula numerosas peticiones de legisladores que exigen la apertura de un juicio político destituyente contra el presidente.

Infobae


Brasil supera Espanha e se torna o 5º país com mais mortes por coronavírus

Por Renato Machado

O Brasil registrou 1.124 novas mortes por coronavírus em 24 horas e, com um total de 27.878 óbitos desde o início da pandemia, agora é o quinto país com mais mortes ao superar a Espanha.

O país europeu anotou um total de 27.121 mortes. O país foi um dos mais afetados pela crise da Covid-19. O governo decretou um confinamento estrito durante mais de dois meses, que, com a desaceleração de casos e óbitos, começou a ser suavizado há duas semanas.

Os outros quatro países com mais mortes são EUA (102 mil), Reino Unido (38,2 mil), Itália (33,2 mil) e França (28,7 mil).

Também foram registrados 26.928 novos casos no Brasil em um dia, um recorde, segundo dados do Ministério da Saúde. O total é de 465.166.

Em número de casos, o Brasil é o segundo país mais afetado, de acordo com a Universidade Johns Hopkins (EUA). Em números absolutos, fica atrás apenas dos Estados Unidos, que têm 1,7 milhão de casos.

O Ministério da Saúde, no entanto, admite que o número real de casos no Brasil tende a ser maior, já que ainda há testes represados em alguns locais e possibilidade de subnotificação.

O estado de São Paulo ultrapassou a marca de 100 mil casos nesta sexta-feira e chegou a um total de 101.556. A unidade da federação mais populosa do país também segue com o maior número de mortes: 7.275.

Na sequência está o Rio de Janeiro, com 47.953 casos confirmados e 5.079 vítimas.

O Ceará é o terceiro estado com o maior número de mortes, com 2.859 óbitos por coronavírus. Aparecem na sequência o Pará, com 2.827, e Pernambuco, com 2669.

Em relação ao número de casos, depois de São Paulo e Rio vêm o Amazonas (38.909), Ceará (38.395) e Pará (36.486).

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, 189.476 pessoas se recuperavam da Covid-19, o que representa 40,7% do total.

O secretário substituto de vigilância em saúde da pasta, Eduardo Macário, disse durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto que as dimensões continentais do Brasil e as especificidades de cada região impedem que se chega a uma radiografia única do pico da pandemia no país.

O secretário afirma que os casos passaram a ser analisados por regiões, estados e municípios. Macário citou mais uma vez a sazonalidade como um dos principais motivos para as discrepâncias entre as regiões. Os estados do Norte e Nordeste vivem agora o período da sazonalidade de doenças respiratórias, que se agravou com a pandemia do novo coronavírus.

Segundo Macário, em poucos meses esse mesmo problema ocorrerá nas regiões Sudeste e Sul do país. Por isso, o governo federal decidiu adiar o término da campanha de vacinação da gripe, que estava previsto para o dia 5 de junho, para o dia 30 do mesmo mês.

Crianças e gestantes

O Ministério da Saúde também divulgou nesta sexta-feira (29) o boletim epidemiológico número 17, com um recorte especial para os casos envolvendo crianças e gestantes.

Segundo esses dados, o novo coronavírus atingiu um total de 916 crianças e adolescentes em todo o território brasileiro. O levantamento também aponta que 99 pessoas com menos de 18 perderam da vida em decorrência da Covid 19.

Apesar do total de crianças infectadas ser baixo em relação ao total de casos — cerca de 0,2% —, especialistas alertam que é preciso levar em conta a ocorrência de uma grande subnotificação, já que crianças em geral apresentam casos muito leves de Covid-19.

Além disso, o próprio ministério alerta no boletim epidemiológico que é possível que a redução no número de casos, registrada em uma semana recente, nessa faixa etária tenha como causa atrasos de digitação dos dados.

Segundo o boletim, a maior parte dos infectados nesse grupo etário possuí entre 0 e 12 anos. São 662 casos confirmados entre crianças nessa faixa etária, o que corresponde a 72,3%.

Comportamento

Os dados do Ministério da Saúde também apontam que 484 gestantes foram infectadas pelo coronavírus, sendo que 36 dessas mulheres acabaram morrendo por conta da doença.

Em uma outra pesquisa, a pasta elencou os problemas que mais atingem os brasileiros durante a pandemia de Covid-19. Dentre o total de entrevistados, 41,7% relatam problemas para dormir ou então estão dormindo além do normal.

Mudanças nos padrões ou distúrbios alimentares também foram mencionados por boa parte dos brasileiros. Os dados indicam que 38,7% dizem estar sem apetite ou se alimentando demais, e 35,3% manifestaram pouco interesse em fazer as coisas.

A mesma pesquisa apontou que, mesmo em meio à pandemia e a política de isolamento em muitas regiões brasileiras, 87,1% dos adultos informaram que precisaram sair de casa na semana anterior à entrevista.

Entre os motivos citados estão comprar alimentos (75,3%), trabalhar (45%) ou procurar serviço de saúde ou farmácia (42,1%).

Os técnicos da pasta também chamaram a atenção para o fato de que 20,5% dos entrevistados que saíram de casa na última semana o fizeram porque estavam entediados ou cansados de ficar em casa.

A chamada pesquisa Vigitel foi realizada por telefone e entrevistou um total de 2.007 pessoas entre 25 de abril e 5 de maio. A margem de confiança é de 95%.

Folha


O que o governo federal está fazendo para proteger indígenas da Covid-19

«Na reunião ministerial de 22 de abril, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, exalta as ações de sua pasta para conter o avanço da pandemia em populações indígenas. O vídeo foi divulgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 22 de maio. A ministra também levanta uma suspeita grave: a de que opositores do governo estariam forçando o contágio de índios para responsabilizar o presidente Jair Bolsonaro.

Ao relatar uma visita sua a Roraima, a ministra diz: “Por que nós fomos lá? Porque haveria contaminação criminosa em Roraima, na Amazônia, de propósito, em índios, para dizimar aldeias e povos inteiros para colocar [a culpa] nas costas do presidente Bolsonaro. Eu tive que ir para lá com o presidente da Funai e me reunir com generais da região e o superintendente da Polícia Federal para a gente fazer uma ação ali, meio que sigilosa. Eles precisavam matar mais índios para dizer que a nossa política não estava dando certo”.

No mesmo vídeo, a ministra diz que a forma como o governo conduziu as ações para os indígenas “deu muito certo”. “A esquerda começou a falar que o coronavírus ia dizimar os povos indígenas no Brasil. O primeiro óbito foi no dia 12 de abril [na verdade, a primeira morte de indígena por coronavírus ocorreu no dia 10]”, afirmou Damares.

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) está atuando em parceria com a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), subordinada ao Ministério da Saúde, nas ações de combate ao coronavírus em aldeias.

O chefe da Sesai, Robson Santos da Silva, que esteve com Damares na visita a Roraima, não desmente nem confirma a informação levantada pela ministra. “Ela recebeu esse informe de algum órgão, não sei dizer qual, de que haveria essa possibilidade. E nós fomos lá fazer uma operação de presença. Eu, particularmente, não confirmei isso. Mas a nossa presença serviu para mostrar que a gente está atento”, diz.

Gazeta do Povo


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