Brasil: Asociaciones de prensa repudian comentario machista de Bolsonaro hacia periodista

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Asociaciones de prensa rechazan agresiones de Bolsonaro en Brasil

La Asociación Nacional de Periódicos (ANJ) y la Asociación Nacional de Editores de Revistas (ANER), dos de las grandes asociaciones de prensa corporativa en Brasil reaccionaron a las agresiones del mandatario de esa nación, Jair Bolsonaro, contra la periodista Patricia Campos Mello, del periódico Folha de Sao Paulo.

El jefe de Estado insinuó la mañana de este martes que la periodista Campos, recabó informaciones a cambio de sexo con empleado de una empresa sospechosa capaz de difundir noticias falsas por Whatsapp contra el izquierdista Partido de los Trabajadores (PT), durante la campaña electoral de 2018, que acabó con el triunfo de la ultraderecha.

Las asociaciones de prensa tildaron el pronunciamiento de Bolsonaro como una amenaza al ejercicio libre del periodismo, “es desafortunado ha sucedido repetidamente, el presidente aprovecha la presencia de un club de admiradores para atacar a periodistas, cuyo trabajo es esencial para la sociedad y la preservación de la democracia», agregaron.

ANJ y ANER son de las principales entidades que representan a los medios conservadores brasileños y son dueños de varios periódicos y revistas. Esta es la primera manifestación de crítica contra el mandatario por parte de los propietarios de medios conservadores.

Como consecuencia de las insinuaciones de Bolsonaro, Campos Mello sufre hace semanas acoso por parte de las denominadas popularmente como «milicias digitales» del bolsonarismo,

Por su parte, el Folha de Sao Paulo desmintió las acusaciones Hans River do Rio Nascimento, un exempleado de una las supuestas empresas de marketing digital que participaron en esa campaña, publicando los mensajes intercambiados por la reportera con su fuente durante la investigación periodística.

Desde que asumiera el poder en enero de 2019, el Gobierno de Bolsonaro se ha caracterizado por la constante tensión con gran parte de los medios de comunicación brasileños, a lo cuales acusa de intentar desprestigiar su gestión.

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ABI, ANJ, Abraji e OAB dizem que insulto de Bolsonaro a repórter é ataque à democracia

Entidades de jornalismo repudiaram e classificam como um ataque aos jornalistas e à democracia o insulto do presidente Jair Bolsonaro, com insinuação sexual, à repórter Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo.

Para a ANJ (Associação Nacional de Jornais), a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) e o Observatório da Liberdade de Imprensa da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a fala de Bolsonaro desrespeita a imprensa e o seu trabalho essencial na democracia.

A ABI (Associação Brasileira de Imprensa) chamou a agressão de «covarde» e pediu à PGR (Procuradoria-Geral da República) que denuncie a quebra de decoro de Bolsonaro.

«As insinuações do presidente buscam desqualificar o livre e exercício do jornalismo e confundir a opinião pública. Como infelizmente tem acontecido reiteradas vezes, o presidente se aproveita da presença de uma claque para atacar jornalistas, cujo trabalho é essencial para a sociedade e a preservação da democracia», afirma a ANJ.

«O desrespeito pela imprensa se revela no ataque a jornalistas no exercício de sua profissão. […] Com sua mais recente declaração, Bolsonaro repete as alegações que a Folha já demonstrou serem falsas. Na mesma entrevista, Bolsonaro chegou a dizer aos repórteres que deveriam aprender a interpretar textos, assim ofendendo todos os profissionais brasileiros, não apenas a repórter da Folha», afirmam Abraji e OAB.

«Os ataques aos jornalistas empreendidos pelo presidente são incompatíveis com os princípios da democracia, cuja saúde depende da livre circulação de informações e da fiscalização das autoridades pelos cidadãos. As agressões cotidianas aos repórteres que buscam esclarecer os fatos em nome da sociedade são incompatíveis com o equilíbrio esperado de um presidente», conclui o texto.

O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, avalia que o insulto de Bolsonaro à repórter da Folha de S.Paulo configura uma «clara tentativa de intimidação» e demonstração de «mau-caratismo institucional».

«O presidente incentiva os fanáticos e robôs que lhe servem de base radicalizada nas redes sociais contra uma jornalista séria. É a busca da opressão pela força do ódio público. Uma clara tentativa de intimidação que demonstra um mau-caratismo institucional inédito em nossa história republicana. Há mais um sério limite sendo flagrantemente ultrapassado», disse.

Santa Cruz ainda cobra dos Poderes resposta à declaração de Bolsonaro para não se omitirem «diante do autoritarismo».

«É obrigação dos democratas uma reação forte. Concordar ou se omitir é garantir ao nosso país a paz dos cemitérios, da abdicação e da rendição. Nosso dever é o confronto com os que ameaçam a cidadela das liberdades, da legalidade e da democracia que juramos sempre defender, a qualquer preço», afirmou.

«Se a timidez e a prudência do medo estiverem em toda parte, a coragem não estará em lugar algum. Estamos com a liberdade de imprensa e em especial com a profissional, mulher, mãe vilmente atacada de forma injusta e desproporcional por quem deveria guardar o decoro do cargo que ocupa», continua.

Santa Cruz terá encontro com o procurador-geral da República, Augusto Aras, nesta terça, e cobrará punição ao procurador Alexandre Schneider, que também insultou Patrícia Campos Mello nas redes sociais.

«Cuidado para você que quer ser jornalista: não confunda dar furo de reportagem com dar o furo pela reportagem», escreveu o procurador lotado Rio Grande do Sul.

Nesta terça-feira (18), o insulto do presidente à jornalista foi uma referência ao depoimento de um ex-funcionário de uma agência de disparos de mensagens em massa por WhatsApp, dado na semana passada à CPMI das Fake News no Congresso.

O depoimento à comissão foi de Hans River do Rio Nascimento, que trabalhou para a Yacows, empresa especializada em marketing digital, durante a campanha eleitoral de 2018.

Sem apresentar provas, Hans afirmou que Patrícia queria “um determinado tipo de matéria a troco de sexo”, declaração reproduzida em seguida por Eduardo Bolsonaro nas redes sociais.

Em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro falou sobre o caso. «Ela [repórter] queria um furo. Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim [risos dele e dos demais]. Lá em 2018 ele [Hans] já dizia que ele chegava e ia perguntando: ‘O Bolsonaro pagou pra você divulgar pelo Whatsapp informações?’ E outra, se você fez fake news contra o PT, menos com menos dá mais na matemática, se eu for mentir contra o PT, eu tô falando bem, porque o PT só fez besteira.»

Em nota, a Folha de S.Paulo afirmou: «O presidente da República agride a repórter Patrícia Campos Mello e todo o jornalismo profissional com a sua atitude. Vilipendia também a dignidade, a honra e o decoro que a lei exige do exercício da Presidência».

O presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), Paulo Jeronimo de Sousa, disse que o «comportamento misógino» de Bolsonaro «desmerece o cargo de presidente da República e afronta a Constituição Federal».

Ele disse que, «para vergonha dos brasileiros», Bolsonaro agride a jornalista «de forma covarde».

«O que temos visto e ouvido, quase cotidianamente, não se trata de uma questão política ou ideológica. Cada dia mais fica patente que o presidente precisa, urgentemente, de buscar um tratamento terapêutico», afirma em nota.

«A ABI conclama a sociedade brasileira a reagir às demonstrações do ´Cavalão’, como era conhecido Bolsonaro na caserna, e requer à Procuradoria-Geral da República que cumpra o seu papel constitucional, denunciando a quebra de decoro pelo ex-capitão Jair Bolsonaro», completa a ABI. (FolhaPressSNG)

JB


La frase machista de Bolsonaro: «Ella quería dar la primicia a cualquier precio»

El presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, desató una nueva polémica con los medios al sugerir que una reconocida periodista del diario Folha de São Paulo buscó información a cambio de sexo. Patricia Campos Mello había investigado la difusión de fake news en redes sociales por parte del bolsonarismo durante la campaña presidencial de 2018, que terminó ganando el exmilitar de ultraderecha. Lejos de considerar la investigación, Bolsonaro abonó la teoría de Hans River do Rio Nascimento, exempleado de una de las empresas de marketing digital acusadas de haber participado en la difusión de los mensajes falsos. Ante una comisión parlamentaria, Do Rio Nascimento había manifestado que la periodista quería conseguir «un determinado tipo de información» bajo la condición de mantener relaciones sexuales con él. Todos los gremios de prensa brasileños repudiaron las graves acusaciones de ambos.

«Ella quería dar el ‘furo’ a cualquier precio contra mí», expresó Bolsonaro entre risas, en su habitual encuentro con periodistas y simpatizantes a la salida de la residencia presidencial, el Palácio da Alvorada. El presidente jugó así con la palabra ‘furo’, que en portugués significa primicia, pero también agujero, y con la que se alude coloquialmente a las prácticas sexuales.

Patricia Campos Mello trabaja hace años en Folha de São Paulo y entre otros galardones ostenta el Premio de Periodismo Rey de España 2018. En las últimas semanas fue víctima de una ola de comentarios agresivos de las «milicias digitales» del bolsonarismo, a raíz de una investigación sobre una compañía privada que habría difundido noticias falsas por Whatsapp contra el Partido de los Trabajadores (PT) durante la campaña presidencial de 2018.

En medio de la polémica, Hans River do Rio Nascimento, un exempleado de una de las supuestas empresas de marketing digital que participaron de esa campaña de difusión de fake news, había manifestado ante una comisión parlamentaria que la periodista «quería un determinado tipo de información a cambio de sexo».

Folha de São Paulo desmintió las acusaciones y publicó los mensajes intercambiados por la reportera con su fuente a lo largo de la investigación. Lejos de confirmar las acusaciones endebles de Rio Nascimento, ahora repetidas por Bolsonaro, los intercambios sugieren que fue el propio informante quien propuso una mayor intimidad, lo cual fue rechazado de plano por la periodista.

Tras la declaración de Bolsonaro, el diario sostuvo en un artículo que «el presidente de la República agrede a la reportera Patricia Campos Mello y a todo el periodismo profesional con esa actitud. Vilipendia también la dignidad, la honra y el decoro que la ley exige para el ejercicio de la Presidencia».

Todos los gremios de prensa , incluida la Asociación Nacional de Diarios, condenaron con vehemencia las agresiones, y miles de periodistas firmaron manifiestos en defensa de Campos Mello. Uno de ellos lleva la firma de varias mujeres periodistas que condenaron el machismo explícito de esas agresiones: «Este ataque no es sólo contra Patricia Campos Mello, sino contra todas las mujeres y nuestro derecho a trabajar e informar».

Página|12


Bolsonaro, sobre jornalista da Folha: «Ela queria dar o furo»; jornal reage

Após comentário de Jair Bolsonaro sobre a jornalista da Folha de S. Paulo Patrícia Campos Mello, o jornal paulista emitiu nota afirmando que o presidente da República «agrediu» a profissional e todo o jornalismo e «vilipendiou a dignidade, a honra e o decoro que a lei exige do exercício da Presidência».

A crítica do jornal se refere a uma fala do presidente na manhã desta terça-feira (18/2) ao comentar o depoimento de Hans River, ex-funcionário da Yacows, agência de disparos de mensagens em massa por WhatsApp, na CPI das Fake News no Congresso.

Na ocasião, River disse que a jornalista se insinuou sexualmente a ele para obter informações para a matéria em que denunciou o uso de mensagens ilegais durante a campanha presidencial. A versão de River foi desmentida pela jornalista e rechaçada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Nesta terça-feira, Bolsonaro voltou ao tema usando a palavra «furo» em duplo sentido. «Ela [Patrícia] queria um furo. Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim», disse aos risos.

“Olha a jornalista da Folha de S.Paulo. Tem mais um vídeo dela aí. Não vou falar aqui porque tem senhoras aqui do lado. Ela falando: ‘Eu sou ‘tá, tá, tá’ do PT’, certo? No depoimento do Hans River, no final de 2018, para o Ministério Público, ele diz do assédio da jornalista em cima dele”. Em tom jocoso, o chefe do Executivo emenda:

«Ela [repórter] queria um furo. Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim. Lá em 2018, ele [Hans] já dizia que ele chegava e ia perguntando: ‘O Bolsonaro pagou para você divulgar pelo Whatsapp informações?’ E outra: se você fez fake news contra o PT, menos com menos dá mais na matemática. Se eu for mentir contra o PT, eu estou falando bem, porque o PT só fez besteira».

A Folha, em seguida, emitiu nota: «O presidente da República agride a repórter Patrícia Campos Mello e todo o jornalismo profissional com a sua atitude. Vilipendia também a dignidade, a honra e o decoro que a lei exige do exercício da Presidência».

Hans River ofendeu jornalista

Na semana passada, Hans River ofendeu a jornalista ao dizer que ela havia se insinuado para ele em troca de uma reportagem a respeito do uso de disparos de mensagens via WhatsApp na campanha eleitoral. As declarações foram contestadas com materiais divulgados pela Folha em formato de mensagens de texto e áudios.

No entanto, Bolsonaro reforçou a versão. Em nota nesta terça (18), a Folha de S.Paulo afirma que “o presidente da República agride a repórter Patrícia Campos Mello e todo o jornalismo profissional com a sua atitude. Vilipendia também a dignidade, a honra e o decoro que a lei exige do exercício da Presidência”.

Ainda por meio das redes sociais, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) divulgou um vídeo que a jornalista aparece falando sobre seu posicionamento político.

Associação se manifesta

«Nota oficial da ABI

Nesta terça-feira, mais uma vez, para vergonha dos brasileiros, que têm o mínimo de educação e civilidade, o presidente da República, Jair Bolsonaro, é ofensivo e agride, de forma covarde, a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S. Paulo.

Este comportamento misógino desmerece o cargo de Presidente da República e afronta a Constituição Federal.

O que temos visto e ouvido, quase cotidianamente, não se trata de uma questão política ou ideológica. Cada dia mais, fica patente que o presidente precisa, urgentemente, de buscar um tratamento terapêutico.

A ABI conclama a sociedade brasileira a reagir às demonstrações do “Cavalão”, como era conhecido Bolsonaro na caserna, e requer à Procuradoria Geral da República que cumpra o seu papel constitucional, denunciando a quebra de decoro pelo ex-capitão Jair Bolsonaro.

Paulo Jeronimo de Sousa

Presidente da Associação Brasileira de Imprensa»

Correio Braziliense


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