Bolsonaro llama »mocosa» a Greta Thunberg por condenar el asesinato de indígenas

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Bolsonaro chama Greta Thunberg de pirralha por criticar morte de índios

O presidente Jair Bolsonaro criticou a ativista sueca Greta Thunberg que tem se posicionado em defesa dos líderes indígenas após o assassinato de dois guajajaras no Maranhão no sábado 7. A jovem disse que as populações indígenas têm sido mortas no Brasil por proteger a floresta amazônica.

Nesta terça-feira 10, na entrada do Palácio do Alvorada, Bolsonaro chamou a jovem de pirralha e questionou o espaço dado à ativista pela imprensa. “Qual o nome daquela menina lá? De fora, lá? Greta. A Greta já falou que os índios morreram porque estavam defendendo a Amazônia. É impressionante a imprensa dar espaço para uma pirralha dessa aí. Pirralha”, declarou.

O presidente ainda falou da intenção do governo de cumprir a lei e reduzir o desmatamento ilegal no país. Entre agosto de 2018 e julho de 2019, o Brasil bateu o recorde do desmatamento na Amazônia desta década. “Preocupa, qualquer morte preocupa. Nós queremos cumprir a lei, somos contra o desmatamento ilegal, somos contra a queimada ilegal. Tudo que for contra a lei nós somos contra”, disse.

Na segunda-feira 9, o ministro da Justiça, Sergio Moro, anunciou portaria que autorizou o envio da Força Nacional para a segurança de índios no Maranhão. A Terra Indígena Arariboia, com 413 mil hectares e 12 mil índios, e que vive um clima de tensão desde que o líder Paulo Paulino Guajajara foi morto, foi deixada de fora.

Carta Capital


Ativista Greta Thunberg muda descrição no Twitter para ‘pirralha’ após declaração de Bolsonaro

A ativista sueca Greta Thunberg mudou na manhã desta terça-feira (10) a sua descrição biográfica no Twitter para «Pirralha» após declaração do presidente Jair Bolsonaro.

Bolsonaro se referiu à Greta como «pirralha» quando foi questionado por jornalistas, nesta terça, se estava preocupado com as mortes de dois indígenas da etnia Guajajara em um atentado ocorrido no sábado (7) no Maranhão.

«A Greta já falou que os índios morreram porque estavam defendendo a Amazônia. É impressionante a imprensa dar espaço para uma pirralha dessa aí, pirralha» – Jair Bolsonaro, presidente do Brasil.

Em seguida, Bolsonaro afirmou que «qualquer morte preocupa» e que seu governo deseja «cumprir a lei», posicionando-se contra desmatamento e queimadas ilegais.

No mesmo dia das mortes, Greta compartilhou um vídeo nas redes sociais sobre o crime e escreveu que os indígenas estavam sendo assassinados ao tentarem proteger a floresta do desmatamento ilegal.

De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o número de mortes de lideranças indígenas em 2019 é o maior em pelo menos 11 anos. Das 27 pessoas que morreram por conflitos no campo neste ano, 7 eram líderes indígenas, contra 2 em 2018, segundo a entidade.

Para o coordenador da CPT, Paulo Moreira, os crimes estão relacionados ao acirramento da violência na disputa pela terra, embora nem todas as mortes tenham ocorrido em territórios indígenas. Ele também avalia que o assassinato de lideranças têm um impacto ainda maior: envolve a tentativa de enfraquecer o grupo.

Declaração do Trump

Esta não é a primeira vez que Greta se apropria das críticas e altera a descrição biográfica no Twitter.

Em setembro, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump ironizou o discurso da adolescente na Cúpula de Ação Climática da ONU.

Na ocasião, Greta afirmou que «pessoas estão sofrendo, pessoas estão morrendo, ecossistemas inteiros estão entrando em colapso» ao pedir que os líderes tomassem medidas contra o aquecimento global.

Trump, que retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris – compromisso internacional para a redução das emissões de gases do efeito estufa – ironizou a fala de Greta em uma rede social: «Ela parece uma garota jovem e muito feliz que espera um futuro brilhante e maravilhoso. Tão bonito de ver!», escreveu Trump.

A ativista, então, acrescentou a frase à sua descrição biográfica e escrevendo que era «uma garota jovem e muito feliz que espera um futuro brilhante e maravilhoso».

G1

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