Brasil: detienen a cuatro sospechosos por el crimen de Marielle Franco
Brasil: detienen a cuatro sospechosos por el crimen de una concejal ocurrido el año pasado
La policía brasileña detuvo ayer a cuatro sospechosos de haber descartado en medio del mar las armas utilizadas en el asesinato de la concejala de Río de Janeiro, Marielle Franco, y de su conductor, Anderson Gomes, según informaron las autoridades.
Franco y su chofer fueron asesinados el 14 de marzo de 2018 luego de haber participado de un evento dirigido a jóvenes negras. El crimen conmocionó a Brasil.
Los cuatro detenidos, junto con un expolicía militar que ya está preso acusado de haber ejecutado a Franco, están apuntados por la policía y el Ministerio Público como sospechosos de haber ocultado las armas utilizadas en los asesinatos.
Los sospechosos responderán a los delitos de obstrucción de la justicia, porte de armas y asociación criminal, con penas previstas de entre tres y ocho años de prisión.
La policía cree que el grupo criminal capturado el jueves, comandado por Elaine Messa, la mujer del expolicía Ronnie Lessa, acusado de haber disparado a Franco, habría arrojado al mar las armas utilizadas en el crimen, entre ellas una subfusíl.
«Elaine era testigo, vino a la policía una sola vez. Ahora llegó esta prisión», dijo al sitio G1 con sorpresa Fernando Santana, abogado de una de las detenidas.
Un pescador declaró ante la división de Homicidios de la policía que en marzo fue contratado por un hombre, uno de los cinco detenidos, para que a cambio de 75 dólares arrojara «fusiles y pequeñas cajas» dentro de una valija y una caja en el medio del mar, en una playa de la zona oeste de la ciudad.
Pese a que la policía realizó rastrillajes en el agua con ayuda de buzos, hasta el momento no ha encontrado nada en el área, de gran profundidad y aguas turbias que dificultan la búsqueda.
Además de las detenciones, la policía realizó 20 allanamientos para reunir pruebas y documentos que colaboren con la investigación.
En marzo pasado, la policía había detenido a Ronnie Lessa, de 48 años, y Elcio de Queiroz, de 46, dos expolicías quienes presuntamente habrían estado en el auto desde donde surgieron los disparos que acabaron con la vida de Franco.
La concejala, miembro del izquierdista Partido Socialismo y Libertad (PSOL) era una asidua crítica de la violenta fuerza policial de Río y su partido ha ido tras los grupos paramilitares de expolicías y soldados que realizan extorsiones en barrios pobres y favelas. Las autoridades todavía no han podido explicar completamente la razón de los asesinatos.
Operação prende quatro suspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco
Na manhã desta quinta-feira (3), a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) cumpriram cinco mandados de prisão contra suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. Os alvos da operação são ligados ao sargento reformado da Polícia Militar, Ronnie Lessa, apontado nas investigações como assassino da vereadora e de Anderson.
Durante a operação, chamada «Submersus», foram detidos a esposa de Ronnie, Elaine de Figueiredo Lessa, o irmão dela, Bruno Figueiredo, além de Josinaldo Lucas Freitas e Márcio Montavano. O quinto alvo dos mandados foi o próprio Ronnie Lessa, que já está preso na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
A operação «Submersus» tenta elucidar o desaparecimento da arma que teria sido usada na execução de Marielle e Anderson. Detalhes da investigação apontam que a submetralhadora foi jogada no mar da Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio, em ação coordenada por Elaine. A esposa de Ronnie também é a dona do apartamento onde a arma estaria junto com outros armamentos. Márcio Montavano teria tirado as caixas de armas de dentro do apartamento de Elaine, com a ajuda de Bruno Figueredo. Já Josinaldo Freitas teria contratado um barco para levar as armas até o lugar onde foram descartadas, conhecido como Quebra-Mar.
Ainda segundo informações divulgadas pela Polícia Civil, o descarte do armamento teria acontecido dias depois da prisão de Ronnie, em 12 de março. Em depoimento à Delegacia de Homicídios (DH) da Capital, um pescador contou que um homem contratou seu barco e jogou seis armas no mar. Um documento conseguido com exclusividade pela TV Globo, aponta que a Marinha utilizou sonares para encontrar os objetos no mar. Segundo os equipamentos utilizados, eram alvos com tamanhos aproximados de 50 centímetros a dois metros, e estão numa profundidade de 15 a 30 metros.
Redes sociais
Nas redes sociais, Josinaldo Lucas Freitas, apelidado de Djaca, ostenta fotos ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e de seu filho, o vereador do Rio, Carlos Bolsonaro (PSL). Ele ainda publicou fotos nas redes ao lado do vereador Marcello Siciliano (PHS), que também já foi investigado no caso Marielle. O lutador comentou, na imagem, que o parlamentar era o melhor vereador que já apoiara. Josinaldo é professor de aulas de artes marciais na região de Rio das Pedras e Muzema, na zona Oeste da cidade.
Preso no caso Marielle, Djaca tem fotos com Carlos e Jair Bolsonaro nas redes sociais
Preso na manhã desta quinta-feira (3), acusado de ter jogado no mar armas que teriam sido usadas no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o professor de artes marciais Josinaldo Lucas Freitas, apelidado de Djaca, possui diversas fotos nas redes sociais ao lado de políticos como o presidente Jair Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro.
Uma das fotos do lutador com o presidente foi postada em 28 de outubro de 2018, dia do segundo turno das eleições. Uma das pessoas a curtir a imagem foi Marcio Mantovano, também preso na operação de ontem.
Djaca também publicou fotos ao lado do vereador Marcello Siciliano, outro investigado no caso Marielle. O lutador comentou, na imagem, que o parlamentar era “o melhor vereador” que já apoiara. Em outra foto, feita na Câmara Municipal do Rio, Djaca posa com o vereador Carlos Bolsonaro.
Apesar dos registros, o inquérito da Delegacia de Homicídios não cita uma eventual ligação entre Djaca e Bolsonaro.
Uber da Milícia
Conforme apurado pela revista Veja, o professor de artes marciais vive e dá aulas na região de Rio das Pedras e Muzema, zona oeste do Rio, onde ficam favelas dominadas por milicianos. Em suas redes sociais, Djaca já postou panfletos que fazem propaganda de um serviço de transporte de passageiros apelidado de “Uber da milícia”.