Lava Jato: revelan nuevos mensajes que complican al ministro Sergio Moro

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Novos diálogos mostram que Moro interferiu na negociação de delações

Hoje ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, Sergio Moro, quando juiz da Lava Jato, interferiu nas negociações de delações de dois executivos da construtora Camargo Corrêa para admitir práticas de corrupção, em 2015. Os indícios constam em mensagens de membros da força-tarefa da operação, trocadas pelo aplicativo Telegram e obtidas pelo site The Intercept. O jornal Folha de S. Paulo examinou os diálogos e os divulgou nesta quinta-feira.

Pela legislação, juízes não devem participar de negociações para acordos de colaboração premiada e apenas verificar a legalidade dos tratados após sua assinatura, como forma a garantir sua imparcialidade para julgar as informações fornecidas.

Os diálogos mostram que, em 23 de fevereiro de 2015, o procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato, escreveu a Carlos Fernando dos Santos Lima, que conduzia as negociações com a construtora Camargo Corrêa, para sugerir que Moro fosse consultado sobre a delação.

“A título de sugestão, seria bom sondar Moro quanto aos patamares estabelecidos”, disse Deltan, se referindo às penas que seriam impostas aos delatores. Carlos Fernando contestou: “O procedimento de delação virou um caos”. Para ele, tal procedimento representava “um tipo de barganha onde se quer jogar para a plateia, dobrar demasiado o colaborador, submeter o advogado, sem realmente ir em frente.”

O advogado disse a Deltan que não sabia “fazer negociação como um turco” e negociar com Moro seria “contrário à boa-fé que um negociador deve ter”. Deltan considerava arriscado não consultar o então juiz e disse: “Você quer fazer os acordos da Camargo mesmo com pena de que o Moro discorde? Acho perigoso pro relacionamento fazer sem ir falar com ele, o que não significa que seguiremos.”

“Podemos até fazer fora do que ele colocou (quer que todos tenham pena de prisão de um ano), mas tem que falar com ele sob pena de ele dizer que ignoramos o que ele disse”, complementou Dallagnol. A delação ocorreu, na primeira vez que executivos de uma grande empreiteira admitiram a prática de corrupção – relatando um cartel de empresas para fraudas licitações da Petrobras, com pagamento de propinas a políticos -, antes que representantes de construtoras como a Odebrecht e a Andrade Gutierrez fizessem delações.

Procurado pelo jornal, o ministro da Justiça, Sergio Moro, negou ter participado das negociações de acordos de colaboração premiada quando juiz.

“Cabe ao juiz, pela lei, homologar ou não acordos de colaboração”, diz a nota. “Pela lei, o juiz pode recusar homologação a acordos que não se justifiquem, sendo possível considerar a desproporcionalidade entre colaboração e benefícios.”

Moro não reconhece a autenticidade do material obtido pelo Intercept. Em parceria om site, VEJA é um dos veículos que examinam mensagens da força-tarefa da Lava Jato. Em reportagem são divulgados diálogos que mostram a colaboração entre o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e Moro. Na prática, o hoje ministro atuava como o chefe da força-tarefa, desequilibrando a balança da Justiça em favor da acusação.

Veja


Moro desafia IntercePT: “Se houver algo sério e autêntico, publiquem por gentileza”

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, deu uma sacaneada no The IntercePT ontem (16/7), na conta dele no Twitter.

Em tom sereno desafiou os autores da “campanha contra a LavaJato” a publicar qualquer coisa que tenha relevância e afirmou que já estão caindo no ridículo.

“Sou grande defensor da liberdade de imprensa, mas essa campanha contra a LavaJato e a favor da corrupção está beirando o ridículo. Continuem, mas convém um pouco de reflexão para não se desmoralizarem. Se houver algo sério e autêntico, publiquem por gentileza.”, twittou.

Terca Livre


Movimientos sociales de Brasil exigen libertad para Lula

Representantes de movimientos sociales salieron a las calles en varias ciudades de Brasil para exigir la liberación inmediata del expresidente Luiz Inácio Lulada Silva, quien se encuentra en la sede de la Policía Federal de Curitiba desde abril de 2018.

En Brasilia (capital), el integrante del sector agrario del Partido de los Trabajadores (PT), Samuel Carvalho, indicó que fueron creados comités «Lula Libre» para protestar frente a las sedes del Ministerio Público en rechazo a las irregularidades en la investigación del caso Lava Jato.

«Además de Brasilia hay otras nueve ciudades que confirmaron actos para pedir la anulación de la condena de Lula en función del reporte (del portal) The Intercept, lo que demuestra la persecución política» contra el exmandatario, dijo.

Carvalho considera que uno de los desafíos es transmitir a las personas la realidad de la persecución que ocurre en el país, así como las consecuencias de las políticas neoliberales implementadas por el Gobierno de Jair Bolsonaro.

«Nuestro desafío es hablar con la gente para que entienda que Lula fue perseguido para terminar con las políticas de inclusión social y justicia para el pueblo», implementadas durante las Adminstraciones de Lula y de Dilma Rousseff.

Por otro lado, frente a la sede del Ministerio Público en el estado de Minas Gerais se concentraron miembros de movimientos sociales con pancartas para reiterar su petición de libertad para Lula.

Asimismo, rechazaron al exjuez y actual ministro de Justicia, Sérgio Moro, al calificarlo de mentiroso, tras la difusión de los mensajes en los que se revela que asesoraba a jueces del caso Lava Jato para perjudicar a Lula y evitar que participara en los comicios presidenciales de 2018.

teleSUR


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