Lava Jato: el periodista que filtró los audios acusa a Moro en el Senado

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Periodista Greenwald acusa a Sergio Moro en el Senado de Brasil

El periodista editor de The Intercept, Glenn Greenwald, acusó este jueves al ministro de Justicia Sergio Moro ante el Senado de crear un clima de amenaza para la prensa libre en Brasil.

«El clima que el ministro está tratando de crear es una amenaza para la prensa libre», aseguró Greenwald, quien también señaló haber leído en la Constitución de Brasil que la revelación del material que implica a Moro en graves interferencias en el caso Lava Jato, está dentro de sus derechos.

«Confío en las instituciones brasileñas para aplicar y proteger esos derechos», dijo. Asimismo, el periodista estadounidense reafirmó que las investigaciones del portal web muestran que «Moro no solo estaba colaborando con los fiscales, sino que estaba al mando del grupo de trabajo de Lava Jato».

Ante la filtración de los documentos y conversaciones, que desataron un escándalo en la opinión pública en el país suramericano, el ministro Moro le solicitó que los entregara en modo de evidencia a las autoridades para corroborar su fidelidad, sin embargo este se negó a tal petición.

«No entregamos y nunca entregaremos nuestro material periodístico a la policía o los tribunales porque esto es algo que sucede en países autoritarios, tiranías, no en democracias», defendió Greenwald ante el senado.

Sergio Moro está actualmente en proceso de investigación por las conversaciones publicadas por The Intercept. En este marco, el polémico ministro solicitó una licencia por cinco días comenzando el lunes 15 hasta el viernes 19.

teleSUR


No Senado, Greenwald diz que se sente ameaçado por Moro

O jornalista e editor do site The Intercept Brasil Glenn Greenwald acusou nesta quinta-feira o ministro Sergio Moro (Justiça) de querer criar um “clima de ameaça” a ele e à “imprensa livre” ao não confirmar nem desmentir o rumor de que a Polícia Federal o estaria investigando. “O clima que o ministro da Justiça está tentando criar é de ameaça à imprensa livre. Ele está tentando fazer isso de propósito, para assustar a gente, para evitar que a gente faça jornalismo”, disse o editor em audiência no Senado.

Greenwald tem coordenado a publicação de uma série de mensagens atribuídas ao chefe da força-tarefa da Lava Jato, procurador Deltan Dallagnol, e ao ex-juiz Sergio Moro. Em reportagem da última edição de VEJA, feita em parceria com o The Intercept Brasil, foram revelados diálogos inéditos que mostram que o atual ministro comportou-se como chefe do Ministério Público Federal ao pedir a inclusão de provas em processos que ele julgaria depois e ao mandar acelerar ou retardar operações da Lava Jato.

Greenwald iniciou a sua fala lembrando do caso de Edward Snowden, ex-analista da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) no qual revelou informações do serviço secreto dos governos americano e britânico em 2014. Segundo ele, as autoridades ficaram “indignadas” com as reportagens que se baseavam em “material roubado” e vazado por Snowden, mas nem por isso elas cogitaram investigá-lo pelas revelações.

“É impensável numa democracia prender ou investigar jornalista. Eu li a Constituição Brasileira muitas vezes e sei que ela protege o que estamos fazendo. E eu acredito muito nas instituições brasileiras, principalmente no judiciário e no STF”, acrescentou.

Veja


Além de áudios, Greenwald diz ter fotos e vídeos que «dão medo nas pessoas poderosas»

«Poderes, segredos e democracia», foi o tema do debate realizado na tarde da quinta-feira, na Universidade de Brasília, como parte da programação 57º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). O principal convidado para a mesa de debates foi o jornalista Glenn Greenwald, editor do site The Intercept Brasil, que recebeu homenagens da UNE.

Greenwald foi homenageado pelo trabalho que sua equipe tem desenvolvido ao tornar pública atuação política da força-tarefa da Lava Jato, revelando o papel de chefe e articulador do ex-juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PSL).

«Esse acervo que nós temos é muito poderoso. E o poder dos documentos, fotos e vídeos, e dos áudios que nós temos dá medo nas pessoas que têm mais poder. Esse acervo tem a capacidade de mostrar a verdade. Só isso. E isso está assustando a eles mais do que tudo», explicou o jornalista.

Também participaram da atividade, a deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) e a presidenta da União da Juventude Socialista (UJS), Carina Vitral, e o presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), Pedro Gorki.

A presidente da UNE, Marianna Dias, afirmou que a entidade está à disposição para atuar na proteção do jornalista e sua família, que vem recebendo ameaças desde os vazamentos de áudios em conversas envolvendo o ex-juiz e atual ministro da Justiça Sérgio Moro e procuradores ligados à operação Lava-Jato. Segundo Greenwald, as publicações só começaram.

O editor do The Intercept Brasil afirmou que a força demonstrada pelas mulheres negras brasileiras, em especial após o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol/RJ), serviu de inspiração para seu trabalho. Greenwald defendeu a importância do jornalismo investigativo, com objetivo de buscar mais transparência nos atos dos governantes.

«Quanto mais eles nos atacam, mais eles mostram o quanto esse tipo de jornalismo é importante», afirmou, relembrando que devido às divulgações chegou a ser alvo de investigação da Polícia Federal, além de ter sido convidado a participar de audiência no Congresso Nacional para explicar sobre a veracidade dos arquivos divulgados.

O jornalista, que é casado com o deputado federal David Miranda (PSol/RJ), se disse fortalecido para enfrentar as declarações homofóbicas contra ele e seu marido, com quem tem dois filhos adotados. Sobre esse assunto, o editor do The Interceptalegou que, embora seja duro ouvir xingamentos e ameaças, essas situações são aproveitadas por eles como oportunidade para a construção do diálogo a respeito das questões de gênero e igualdade racial e social.

«Eu quero falar ima coisa: meu marido, David Miranda, cresceu como órfão em Jacarezinho [favela do Rio de Janeiro], como um garoto negro, obviamente com pobreza extrema, e como um menino LGBT. Ele não tem medo de nada, ele não tem medo de ninguém!», asseverou.

Greenwald deixou ainda uma provocação para guiar a luta do público presente: «Qual tipo de país o Brasil vai ser no futuro? Vai ser uma democracia com uma Constituição, com um Judiciário que funcione junto com instituições que protegem os direitos constitucionais, como os do artigo 5º e todos os outros direitos? Ou vai escolher um outro caminho, um caminho autoritário e fascista e repressivo?»

Em sua visita ao Congresso da UNE, o estadunidense deixa uma promessa: a democracia não está perdida. «Você tem o poder para mudar tudo. Não deixe ninguém te persuadir disso!», afirmou.

A deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), também participou do debate e falou sobre os direitos garantidos pelo artigo 5º da Carta Magna, como a prerrogativa constitucional que garante a liberdade de imprensa e o direito ao sigilo da fonte.

«Esses que não suportam nenhum direito constituído e consolidado fingem não saber que o artigo 5º, na verdade, garante o seu trabalho como profissional, que é indispensável para ajudar a revelar para o povo brasileiro a farsa que foi montada não somente durante o processo eleitoral, mas que até hoje segue se perpetuando nos espaços de poder no nosso país», argumentou Bomfim.

A farsa à qual a parlamentar se referiu remonta às fake newsdivulgadas em massa desde a campanha eleitoral de 2018, à retirada da corrida eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à vitória do candidato «livre de corrupção» e ao fato de o juiz que prendeu o candidato favorito ser nomeado ministro. «Não fosse o trabalho do Glenn, muito dificilmente a gente conseguiria explicar pro conjunto da população brasileira essa farsa política que montaram», concluiu.

Brasil de Fato


Sergio Moro investigado por violações de direitos humanos

O Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) decidiu na manhã desta quinta-feira, 11, analisar a possibilidade de violação no direito à defesa do ex-presidente Lula conforme evidências noticiadas de parcialidade do então juiz Sergio Moro, atual ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro, que teria atuado em conluio com o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol.

Publicadas desde 9 de junho pela agência de jornalismo investigativo The Intercept Brasil, as trocas de mensagens entre Moro e Dallagnol no aplicativo Telegram têm ampla repercussão na imprensa nacional e internacional, com atestado de veracidade pela Folha de São Paulo, Veja e Band News, que se somaram aos esforços como parceiros do jornalista Gleen Greenwald e sua equipe.

O CNDH designou como relator da matéria o conselheiro Leandro Gaspar Scalabrin, que deverá focar sua análise na perspectiva de violação de direitos humanos, devendo apresentar seu relatório em plenário. A denúnciaque deu origem à decisão partiu do próprio colegiado no mês passado, mas não chegou a ser apreciada na reunião ordinária anterior do colegiado. Além de Scalabrin, Integram o CNDH Sandra Elias de Carvalho, Leonardo Penafiel Pinho, Eneida Guimarães dos Santos, Ismael José César, Cristina Castro, Paulo Tavares Mariante Ayala, Lindabeth Dias Ferreira e Cibele Kuss.

A próxima reunião do CNDH está agendada para os dias 14 e 15 de agosto, mas o prazo para o encerramento do trabalho do relator, que embasará a deliberação dos encaminhamentos a serem tomados, não foi definido.

O Conselho ainda deverá analisar a troca de mensagens no Telegram de outros membros do MPF de Curitiba, que compartilharam entre eles impressões e discutiram estratégias para evitar a entrevista de Lula à Folha de São Paulo.

O CNDH é um órgão colegiado autônomo que congrega representantes dos três poderes e da sociedade civil, entre as quais a OAB, que em manifesto já recomendou o afastamento de Moro e Dallagnol.

Os membros do CNDH podem analisar a conduta de qualquer pessoa ou entidade e, se no caso de Moro e dos procuradores de Curitiba, encontrar irregularidades no âmbito do Direito, poderá recomendar que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) abram sindicâncias internas.

Entre os pareceres do CNDH, a recomendação mais forte é a que uma pessoa não possa mais assumir cargos públicos após uma investigação administrativa.

Extra Classe


Manifesto de juízes acusa Moro de quebra de imparcialidade

Um grupo de juízes divulgou na quarta-feira (10) um manifesto contra a conduta do ex-juiz e ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Os signatários do manifesto são ex-presidentes de entidades como a Associação Nacional de Magistrados do Trabalho (ANAMATRA); Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) e a Associação Nacional dos Magistrados das Justiças Militares Estaduais (AMAJME).

O documento destaca as mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil, por quebra de conduta ética do ex-juiz federal no processo da Lava Jato.

Segundo o manifesto, “as situações reportadas são tão graves, vexatórias e ilegais (nada tendo de normal) que nenhum juiz, em situação de rotina institucional, jamais enviaria correspondência a sua corregedoria comunicando que praticou quaisquer desses atos em seu cotidiano forense”, argumentam.

Os magistrados consideraram um “dever ético” esclarecer à sociedade quanto a conduta praticada por Moro, “evitando qualquer forma de discursos enganosos que busquem transmitir à população o sentimento de que “é normal” a prática de atos ilícitos por magistrados e membros do Ministério Público”.

Confira o texto na íntegra aqui.

Esmael Morais


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