Brasil: Dilma Rousseff denunciará a Jair Bolsonaro ante la justicia por mentiras y calumnias

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Dilma Rousseff denunciará a Bolsonaro ante la Justicia por difamación y calumnias

Un día sí y otro también, las declaraciones del presidente brasileño Jair Bolsonaro encienden mechas y generan reacciones.

Esta vez, un exabrupto dicho en la ciudad estadounidense de Dallas en el marco del discurso que dio al recibir el premio como personalidad del año por parte de la Cámara de Comercio Brasil-Estados Unidos en Dallas, terminará con una demanda en la Justicia que interpondrá la ex mandataria Dilma Rousseff, destituida del cargo luego de un juicio político en el año 2016. En el evento de entrega del galardón realizado en la noche del jueves en la ciudad texana, Bolsonaro, según informaron medios brasileños, aludió sin nombrarla a Rousseff, diciendo que “quien hace poco ocupaba el gobierno, tuvo “las manos manchadas de sangre por la lucha armada, matando incluso a un capitán”.

Ante un auditorio formado mayoritariamente por empresarios estadounidenses y brasileños, Bolsonaro dijo que “en Brasil la política hasta hace poco era contraria a países como Estados Unidos. Ellos eran tratados como si fueran enemigos nuestros. Quien hasta hace poco ocupaba el gobierno, tuvo en su historia las manos manchadas de sangre por la lucha armada, matando incluso a un capitán, como yo que soy capitán, en aquellos años tristes que tuvimos en el pasado”, afirmó el mandatario.

Rousseff entendió que los dichos de Bolsonaro eran una clara referencia a ella y en un comunicado la ex presidenta expresó que la declaración del actual presidente es una “mentira y una calumnia”.

“El señor Bolsonaro deberá responder en un juicio penal y civil por esa liviandad que dijo contra mí. Él no se podrá escudar en su cargo de Presidente de la República y tendrá que responder por sus mentiras, caluminas y difamaciones”, afirmó Rousseff.

“Jamás participé de actos armados o acciones que pudiesen causar la muerte de nadie”, agregó la ex mandataria, quien recordó que quienes sí participaron en acciones criminales fueron “los héroes homenajeados por el señor Bolsonaro, que durante la dictadura y después de ella tuvieron sus manos manchadas por nuestra sangre”. Esta afirmación de Rousseff alude al año 2016, cuando durante la votación del impeachament que la terminó destituyendo, el entonces diputado Bolsonato recordó al coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, un connotado torturador que dirigió el DOI-CODI del II Ejército, uno de los órganos encargados de perseguir a los opositores a la dictadura. En el momento de dar su voto Bolsonaro recordó a Brilhante Ustra, quien también era conocido por nombre clave, Doctor Tibiriçá, afirmando que él era el “terror de Dilma”, quien estuvo presa por su militancia politica entre 1970 y 1973.

La Diaria


Dilma Rousseff diz que vai processar Bolsonaro por declaração feita nos EUA

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou ontem que vai processar o atual presidente Jair Bolsonaro, nas esferas cível e criminal, por uma declaração feita por ele ontem durante discurso em Dallas, no Texas (EUA). Bolsonaro afirmou que «quem até há pouco ocupava o governo tece em sua história suas mãos manchadas de sangue na luta armada». Bolsonaro não mencionou diretamente o nome da ex-presidente.

Dilma afirmou em nota divulgada por ela hoje que a declaração é «mentirosa e caluniosa» e que «a própria Justiça Militar -as auditorias, o STM [Superior Tribunal Militar] e até o STF [Supremo Tribunal Federal] (…) comprovaram tal fato». Voltou a afirmar que nunca participou de atos ou ações que resultaram na morte de «quem quer que seja».

«O senhor Bolsonaro responderá no juízo criminal e cível por mais essa leviandade contra mim. Ele não poderá se escudar no cargo de Presidente da República e irá ser cobrado por suas mentiras, calúnias e difamações», disse em nota.

Sem citar especificamente o nome de Dilma, Bolsonaro deu as declarações enquanto rendia homenagens ao capitão do Exército americano Charles Rodney Chandler, veterano da Guerra do Vietnã, assassinado em 1968 em São Paulo após uma emboscada no bairro de Sumaré, na zona oeste da cidade. Ele foi morto a tiros por um grupo de esquerda engajado na luta armada.

«No Brasil, a política até há pouco era de antagonismo a países como Estados Unidos. Os senhores eram tratados como se fossem inimigos nossos. Agora, quem até há pouco ocupava o governo, teve em sua história suas mãos manchadas de sangue na luta armada, matando inclusive um capitão, como eu sou capitão, naqueles anos tristes que tivemos no passado. Eu até rendo homenagem aqui ao capitão Charles Chandler», disse Bolsonaro.

Durante a ditadura militar, Dilma Rousseff integrou a Colina (Comando de Libertação Nacional), que somente em julho de 1969 – quase um ano depois do assassinato de Chandler – viria a se fundir com a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) para criar a VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares). Ela afirma nunca ter pego em armas, apesar de integrar o grupo armado, pois participava de trabalhos de coordenação e mobilização. A ex-presidente foi presa e torturada pelos aparelhos de repressão do governo durante a ditadura militar.

Anos depois, a morte de Chandler foi atribuída a um grupo chefiado pelo guerrilheiro Carlos Marighella.

«Minhas mãos estão limpas e foram fortalecidas, ao longo da vida, pela milit’ncia a favor da democracia, da justiça social e da soberania nacional», disse Dilma.

A ex-presidente pede ainda que Bolsonaro não a use como «biomo» para ocultar o «tsunami» das investigações que recaem sobre a sua família, se referindo às denúncias de corrupção envolvendo o filho do presidente e senador Flávio Bolsonaro.

«Querem me atingir?», diz Bolsonaro sobre quebra de sigilo de Flávio

UOL


Dilma: “Bolsonaro vai responder na Justiça as mentiras lançadas contra mim”

O senhor Jair Bolsonaro, imerso em seu mundo de fake news mostrou mais uma vez seu despreparo para dirigir o País e representá-lo internacionalmente.

Impondo sua presença constrangedora onde não é bem-vindo, e nem sequer é convidado, este senhor que infelizmente dirige o Brasil fez, em Dallas, uma declaração mentirosa e caluniosa sobre minha história política.

Durante a resistência à ditadura — e muito menos no período democrático —, jamais participei de atos armados ou ações que tivessem ou pudessem levar à morte de quem quer que seja. A própria Justiça Militar — as auditorias, o STM e até o STF — em todos os processos que foram movidos contra mim, comprovaram tal fato. Os autos respectivos documentam isso. Ao contrário dos heróis e homenageados pelo senhor Bolsonaro que, durante a ditadura e depois dela, tiveram suas mãos manchadas do nosso sangue – militantes brasileiros e brasileiras – pelas torturas e assassinatos cometidos contra nós.

Minhas mãos estão limpas e foram fortalecidas, ao longo da vida, pela militância a favor da democracia, da justiça social e da soberania nacional. Foi esta luta que me levou à Presidência da República, cargo que honrei representando dignamente meu País, sem me curvar a qualquer potência estrangeira, respeitando todas as nações, da mais empobrecida à mais rica.

Se o senhor Bolsonaro quer se ocultar do “tsunami” das investigações que recaem sob seu clã, a partir da abertura dos vários sigilos, não me use como biombo, nem tampouco menospreze os cidadãos e cidadãs que foram às ruas do País em defesa de uma educação de qualidade.

Senhor Bolsonaro, as ruas estão cheias porque ao se dispor, com seu ministro desinformado, a destruir a educação, vocês estão tirando a esperança de melhores dias para milhões de estudantes já beneficiados e também os que poderiam sê-lo pela expansão e interiorização das universidades e institutos federais de educação. Oportunidades de acesso ao ensino superior que foram proporcionadas pelos nossos governos do PT em todo o País.

“Idiotas úteis” são aqueles que esquecem um ditado popular: “a mentira tem pernas curtas”. O senhor Bolsonaro responderá no juízo criminal e cível por mais essa leviandade contra mim. Ele não poderá se escudar no cargo de Presidente da República e irá ser cobrado por suas mentiras, calúnias e difamações.

Dilma Rousseff


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