Brasil – Bolsonaro admite problemas para gobernar: «Tal vez tenga un tsunami la semana que viene»

Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo
736

Contexto NODAL
El presidente de Brasil Jair Bolsonaro reconoció que su gobierno viene enfrentando “algunos problemas” y que “tal vez tenga un tsunami la semana que viene”. Sin referirse específicamente a lo que podría llegar a suceder, afirmó que algunos errores son imperdonables y que hay que tener la capacidad de anticiparse a esos problemas. Los anuncios en materia de educación y la falta de acuerdos en el Congreso para aprobar la reforma previsional más la reciente derrota por el manejo del Consejo de Control de Actividades Financieras (COAF) podrían ser detonantes para ese tsunami que alertó el mandatario brasileño.

Bolsonaro: «Governo talvez tenha ‘tsunami’ semana que vem»

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira, 10, que seu governo enfrenta alguns problemas devido à forma como ele escolheu governar, sem permitir que sejam feitas indicações políticas para a composição da estrutura de seu governo. Ele disse, ainda, que poderá enfrentar «um tsunami na semana que vem», mas não explicou o que poderia ser. O presidente participou do evento «Nação Caixa» nesta manhã, em Brasília, e falou brevemente a gestores da Caixa Econômica Federal.

«A imagem distorcida da Caixa era em função disso. Cada partido tinha uma presidência, uma vice-presidência. Não tinha como dar certo. Escolhi nossos ministros por critério técnico, todos têm liberdade para decidir», afirmou.

O presidente contou que fez apenas duas indicações para o seu governo: o do secretário da Pesca, Jorge Seif Junior, e «um jovenzinho» para a Apex. «Se por ventura eu indicar alguém, falei para os ministros, eles têm poder de veto. O que eu quero deles, na ponta da linha, é produtividade. Tem que atender o fim, a quem se destina a instituição. E assim estamos governando. Alguns problemas? Sim, talvez tenha um tsunami na semana que vem. Mas a gente vence esse obstáculo com toda certeza. Somos humanos, alguns erram, uns erros são imperdoáveis, outros não», comentou.

Nesta semana, o governo enfrentou algumas derrotas no Congresso. Na quinta-feira, 9, a comissão especial que analisa a medida provisória 870, que definiu a estrutura do governo Bolsonaro, decidiu por transferir o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça para o Ministério da Economia. O ministro da Justiça, Sérgio Moro, defendeu e continua insistindo que o órgão deve ficar sob sua responsabilidade.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) também encerrou o dia sem colocar a medida em votação pelo plenário da Casa, o que torna sua aprovação mais arriscada, já que a matéria perde a validade em 3 de junho. A medida, no entanto, deverá ser pautada para votação na próxima semana.

No evento desta sexta, Bolsonaro tentou explicar, ainda, um recente problema que o governo enfrentou com os lotéricos, mas, ao não conseguir esclarecer exatamente o que queria dizer, afirmou apenas «não é minha praia» e fez um gesto simulando armas com as duas mãos.

Bolsonaro relembrou o início da sua trajetória como deputado, nos anos 1990. «Quem esquece o seu passado, nunca terá futuro. Cheguei na Câmara em 1991, militar, uma Câmara vinda de eleições, fruto de uma nova Constituição, enfrentando um monte de gente de esquerda, mas mantivemos a posição», disse. O presidente contou, também, que decidiu disputar as eleições mesmo sem ter recursos e apoios «para ajudar o Brasil». «Eu tinha que arriscar», disse.

Ainda no evento, o presidente comentou o episódio em que foi atacado em Juiz de Fora (MG) durante a campanha eleitoral e se emocionou. Ele foi aplaudido na sequência. Bolsonaro disse ainda que quando conheceu o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, «foi amor à primeira vista», mas em seguida disse que os dois se deram um «abraço hétero» no evento desta sexta.

Terra


Após derrotas na Câmara, Bolsonaro ameaça: “Pode haver um tsunami na semana que vem”

Depois de sofrer uma sequência de derrotas na Câmara, Jair Bolsonaro declarou que o governo precisa ter a capacidade de antever problemas e ameaçou: “Pode haver um tsunami na semana que vem”.

Nesta quinta-feira (9), o governo contabilizou três derrotas: MP das ONGs foi alterada, a demarcação de terras indígenas fica de novo a critério da Funai, que volta ao Ministério da Justiça, e aprovação da transferência do Coaf do Ministério da Justiça para o da Economia.

Sem entrar em detalhes sobre o que quis dizer quando falou em tsunami, o presidente, que estava em um evento para treinamento de gestores da Caixa Econômica Federal, em Brasília, afirmou: “Talvez tenhamos um tsunami na semana que vem, mas a gente vence o obstáculo com toda a certeza. Somos humanos, todos erram. Alguns erros são perdoáveis, outros não”.

Bolsonaro disse, ainda, que sempre transmitiu a seus auxiliares a capacidade de antecipar os problemas. “Se uma pessoa chega perto de nós e fala que tem fome não a espere pedir um prato de comida, ofereça-lhe um prato de comida”, filosofou.

“Abraço hétero”

Na cerimônia, o presidente ganhou um crachá personalizado da Caixa. Depois, beijou o objeto e abraçou Pedro Guimarães, presidente do banco, afirmando que se tratava de um “abraço hétero, com todo o respeito”.

Forum


Tsunami de Bolsonaro será a gigantesca greve da educação em todo o Brasil

Jair Bolsonaro anunciou na manhã desta sexta-feira (10) que  “talvez tenha um tsunami na semana que vem» (leia aqui). Foi num discurso de improviso com gestores da Caixa em Brasília. Ele não esclareceu a que se referia e as especulações depois da previsão foram muitas, dadas as inúmeras dificuldades políticas enfrentadas por seu governo. O que não está nas cogitações de Bolsonaro é que um tsunami capaz de abalar seu governo poderá acontecer nas ruas, nas mobilizações de estudantes, professores e funcionários de instituições de ensino de todo o país. Na quarta-feira (15), haverá um Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação e contra os cortes e ataques que o governo está desfechando contra o ensino público.

Para o analista político Artur Araújo e o jornalista Gilberto Maringoni (dos Jornalistas pela Democracia), que participaram do Giro das 11 da TV 247 nesta sexta, o «tsunami» que Bolsonaro anunciou integra sua «estratégia de luta política» de lançar fatos sem parar à sociedade para deixar as pessoas atordoadas e atônitas. «Não deve haver nenhum tsunami para acontecer de verdade, o que Bolsonaro pretende é colocar todos a especularem sobre o quê pode acontecer, enquanto ele toca sua agenda», afirmou Araújo. Para Maringoni, o tsunami, na verdade, poder surpreender Bolsonaro, «com uma mobilização de grandes proporções na próxima quarta» -assista ao Giro das 11 logo abaixo.

O clima é de intensa preparação e mobilização em escolas, faculdades e universidades de todo o país. Nos últimos dias, milhares de estudantes, professores e funcionários já saíram às ruas ou estão realizando assembleias e reuniões por todo canto -a foto desta reportagem é da assembleia realizada na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

A semana foi marcada pela mobilização, aberta pelo protestos de estudantes e professores de Ensino Médio, do Colégio Pedro II, terceiro mais antigo dentre os colégios em atividade no país, fundado em 1837, ainda no Império. Mais de dois mil deles foram às portas do Colégio Militar protestar contra Bolsonaro, que lá estava para comemorar os 130 anos da instituição.  Depois disso, ocorreram manifestações e assembleias diariamente em todo o país. As mais expressivas manifestações de rua aconteceram em Niterói, São Paulo, João Pessoa, Curitiba e Salvador (aqui).

Nesta sexta-feira à tarde (10) estudantes, alunos e professores de Curitiba marcaram uma manifestação para a frente do Palácio Iguaçu, sede do govenro paranaense, onde Bolsonaro e Sérgio Moro estarão, no ato «Bolsonaro em Curitiba não é bem vindo!» (aqui).

Brasil 247


VOLVER

Más notas sobre el tema