Brasil: estudiantes universitarios protestaron frente a la visita de Bolsonaro y debió cancelar el acto

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Estudantes do Mackenzie afugentam Bolsonaro que desiste de visita

Cerca de mil estudantes se manifestaram nesta quarta-feira (27/30) de manhã e à tarde na Universidade Presbiteriana Mackenzie contra a visita do presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) de acordo com o DCE do Mackenzie. Depois de saber sobre a recepção ele cancelou a visita na universidade que tinha como objetivo acompanhar uma pesquisa sobre grafeno, material que conduz eletricidade. Apesar da desistência os estudantes mantiveram os protestos e realizarão mais um a partir das 18h.

Organizados no ato “Sou mackenzista e não comemoro o golpe de 64” eles lotaram a a universidade em Higienópolis sob o grito de guerra “ô bolsonaro seu fascistinha, os mackenzistas vão botar você na linha”.

“Mesmo ele não estando aqui acho que foi muito importante o que nós fizemos para dar um recado para ele, que foge de toda a opinião contrária. Ainda que ele não esteja aqui vamos continuar falando porque não queríamos ele aqui, porque somos contra as ideologias dele”, destacou o presidente do DCE, Fabrizzio Carvalho, o Baby.

A presidenta da UNE, Marianna Dias, também estava lá. Para ela hoje é um dia de vitória porque através da manifestação dos estudantes fizeram Bolsonaro recuar.

“Nos organizamos porque Bolsonaro não é bem-vindo nas universidades brasileiras pelo que ele representa, por conta de todo o ódio e das declarações absurdas acerca da educação do nosso país que ele dá. E definitivamente o projeto que ele tem para a educação brasileira não valoriza a ciência e a universidade. Ele tá fazendo Lava Jato da educação para perseguir ProUni, para perseguir Fies, para desgastar esses programas e extingui-los”, ressaltou.

Em nota o DCE afirmou que os estudantes mostraram que “a resistência a este governo corrupto e intolerante está presente dentro das universidades por meio do movimento estudantil. Como enunciado no evento e no ato estaremos sob vigília o dia todo dentro e fora do campus a fim de garantir que nossas pautas e reivindicações sejam ouvidas, tanto pelos governantes quanto pela universidade”, publicou o DCE em nota.

“Ele não vai ter sossego, a universidade que ele for a UNE estará lá” , concorda a presidenta da UNE.

REPERCUSSÃO MOSTRA OUTRA CARA DA MACKENZIE
O presidente do DCE destacou que sua gestão há um ano tem travado batalhas não com a universidade, mas contra a ideologia elitista da Universidade. “Tivemos o caso de racismo o ano passado que o movimento Afromack tomou a frente com o DCE apoiando e mobilizou uma galera grande contra esse tipo de crime. Então tem mostrado para os estudantes que quem está ocupando os diretórios são do movimento estudantil e vão lutar contra os retrocessos”, afirmou.

Baby admite que muitos mackenzistas não concordam com manifestação, e alguns até concordam com o Bolsonaro “mas eles não são maioria”, ressalta categórico.

 

Os estudantes do Mackenzie são um orgulho. Nossa presidenta Marianna Dias puxa o coro de luta pela educação do país!

Publicado por UNE – União Nacional dos Estudantes en Miércoles, 27 de marzo de 2019

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