Bolsonaro da marcha atrás con la base militar de EEUU y analiza privatizar 100 empresas
Jair Bolsonaro desiste de establecer base militar de EE.UU. en Brasil
Jair Bolsonaro, presidente de Brasil, cambió de idea respecto a su intención inicial de permitir la instalación de una base militar de Estados Unidos en su país, e hizo llegar la información a los generales de las Fuerzas Armadas que eran contrarios a la propuesta, publicó el medio «Folha de S.Paulo».
El diario de Brasil afirmó que, según los generales, el mensaje fue entregado por el ministro de Defensa, el general Fernando Azevedo e Silva, después de la repercusión negativa entre la cúpula militar sobre la idea planteada por el presidente Bolsonaro.
En una entrevista con SBT la semana pasada, Bolsonaro señaló la posibilidad de instalar una base militar de Estados Unidos en Brasil. Una alta fuente militar le manifestó a Reuters que las Fuerzas Armadas son contrarias a la idea.
El canciller brasileño, Ernesto Araújo, confirmó la apertura de Bolsonaro a una posible base estadounidense en una entrevista con periodistas en Lima este viernes, tras un encuentro de cancilleres de la región sobre la crisis por la que atraviesa Venezuela.
En la entrevista con SBT, Bolsonaro sostuvo que su aproximación con Estados Unidos «es un asunto económico, pero también puede ser bélico» y al ser consultado sobre la posibilidad de establecer una base militar estadounidense en suelo brasileño, declaró que «el tema físico puede ser hasta simbólico».
Bolsonaro desiste de base militar dos EUA no Brasil, diz jornal
O presidente Jair Bolsonaro recuou da intenção inicial de possivelmente permitir a instalação de uma base militar norte-americana em território brasileiro, e fez chegar a informação a oficiais generais da cúpula das Forças Armadas que eram contrários à proposta, segundo o jornal Folha de S.Paulo desta terça-feira.
A Folha disse que apurou com generais que o recado foi passado pelo ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, depois da repercussão negativa entre a cúpula militar da ideia levantada pelo presidente.
Bolsonaro sinalizou na semana passada, em entrevista ao SBT, a possibilidade de instalação de uma base dos EUA no Brasil. Uma alta fonte militar disse à Reuters que as Forças Armadas são contra essa ideia.
O chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, confirmou a abertura de Bolsonaro a uma possível base dos EUA em entrevista a repórteres em Lima, na sexta-feira, após encontro de chanceleres da região sobre a crise atravessada pela Venezuela.
Na entrevista ao SBT, Bolsonaro afirmou que sua aproximação com os EUA é “uma questão econômica, mas pode ser bélica também”, e disse, ao ser indagado sobre a possibilidade de instalação de uma base militar norte-americana em solo brasileiro, que “a questão física pode ser até simbólica”.
A sinalização feita por Bolsonaro foi mais uma demonstração do presidente da vontade de aumentar a aproximação do Brasil com os Estados Unidos. Bolsonaro não esconde sua admiração pelo presidente norte-americano, Donald Trump, e o governo brasileiro espera a confirmação de uma visita de Bolsonaro aos EUA dentro dos próximos meses.
Governo de Bolsonaro quer privatizar ou fechar cerca de cem empresas públicas
O Governo do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, pretende “privatizar ou fechar” uma centena de empresas públicas para reduzir a dívida, disse o novo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
“Se levar em conta essas subsidiárias, é possível chegar a um número próximo de 100. Falamos não só de privatizações, mas também de liquidação de empresas que hoje não fazem tanto sentido”, disse o ministro em entrevista à rádio CBN.
“Esses encerramentos de empresas públicas ajudarão a aliviar o orçamento, para que os fundos sejam investidos em outras prioridades”, acrescentou Gomes de Freitas. O programa económico de Jair Bolsonaro planeia acelerar e intensificar o plano de privatização iniciado pelo ex-Presidente de centro-direita Michel Temer. Durante a campanha, Bolsonaro disse que das 138 empresas estatais que dependem do governo federal, “100 delas poderiam ser privatizadas”.
A meta do novo Governo é reduzir a profunda dívida do Brasil em cerca de 20%, principalmente através de privatizações. O Brasil é um dos países do mundo com maior número de empresas estatais, incluindo a gigante Petrobras, a Eletrobras e a Caixa Económica Federal, empresas essas que também possuem inúmeras subsidiárias.
Tendo também em conta as empresas que dependem dos estados ou municípios brasileiros, o número total sobe para 418, segundo um estudo recente realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
No entanto, o programa de Jair Bolsonaro não pretende privatizar as principais atividades da petrolífera Petrobras e de outras empresas públicas consideradas estratégicas, mas sim a venda de determinados ativos.
Brasil se retira do Pacto Global da ONU sobre Migração
O governo de Jair Bolsonaro comunicou nesta terça-feira, 8, à Organização das Nações Unidas a retirada do Brasil do Pacto Global sobre Migração, assinado por 160 países em dezembro passado em Marrakesh, no Marrocos. A medida já havia sido anunciada pelo próprio Bolsonaro e pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que consideram que o acordo representa perda de soberania brasileira para tratar do tema.
Com a decisão, o governo brasileiro escolheu o mesmo caminho dos Estados Unidos, que nem chegou a negociar o pacto, e de Itália, Austrália, Israel e vários países da Europa Central, que se retiraram das negociações antes da conclusão final. Em seu discurso de despedida do Itamaraty, o ex-chanceler Aloysio Nunes Ferreira, ainda fez um apelo a seu sucessor para que mantivesse o Brasil no acordo, alegando não haver subtração de soberania.
O pacto tem o objetivo de reforçar a cooperação internacional sobre uma “migração segura, ordenada e regular” e foi ratificado em 19 de dezembro pela Assembleia-Geral da ONU. Seus termos não incluem nenhum tipo de punição a países que, eventualmente, não cumpram suas regras nem impunha a responsabilidade a seus membros de receber um número de imigrantes e refugiados.
Mas o pacto foi percebido de maneira distinta pelo presidente Bolsonaro e seu chanceler. Em letras amarelas sobre um fundo verde, Araújo afirmou ser o pacto “inadequado para lidar com o problema”. “A imigração não deve ser tratada como questão global, mas sim de acordo com a realidade e a soberania de cada país”, afirmou o ministro das Relações Exteriores pelo Twitter. O presidente do Brasil foi além em transmissão pelo Facebook, em dezembro. “Não somos contra os imigrantes. Mas, para entrar no Brasil, tem de ter um critério bastante rigoroso. Caso contrário, no que depender de mim enquanto chefe de Estado, não entrarão.”
Para facilitar a leitura, reproduzo aqui, em conjunto, o texto dos meus três tweets desta noite sobre o tema das migrações: pic.twitter.com/Oq8WWgNOhl
— Ernesto Araújo (@ernestofaraujo) December 11, 2018
No mesmo dia da assinatura do acordo, 10 de dezembro, a ONU comentou a intenção brasileira de retirar-se em 2019. “É sempre lamentável quando um Estado se dissocia de um processo multilateral, em especial um (país) tão respeitável de especificidades nacionais”, declarou Joel Millman, porta-voz da Organização Internacional de Migrações.
Segundo Millman, apesar da saída de alguns países, 164 governos assinaram o documento. “Esse é um quadro para cooperação”, alertou.
Para entidades dedicadas ao tema, a decisão do Brasil de se afastar do mecanismo terá um impacto sobre emigrantes nacionais espalhados pelo mundo. “Hoje há muito mais brasileiros vivendo no exterior do que migrantes aqui no Brasil”, alertou Camila Asano, coordenadora de programas da organização não governamental Conectas.
“São compatriotas que muitas vezes passam por dificuldades, seja na Europa, EUA, Japão ou outras partes do mundo. O Pacto Global de Migração consolida e reforça direitos das pessoas, inclusive os mais de 3 milhões de brasileiros vivendo fora, de não serem discriminadas por serem migrantes”, completou Camila Asano.
Paal Nesse, do Conselho Norueguês de Refugiados, também lamentou a decisão de vários governos de deixar o esforço e indicou que não existem indicações de que o Pacto mine a soberania de um país. “O Pacto prevê um espaço suficiente para que cada governo possa ter sua política”, indicou o representante de uma das maiores entidades que lidam com refugiados e migrantes. “Não há nada que indique a soberania seria abandonada ou perdida”, insistiu.
Para ele, a decisão de governos de se distanciar do Pacto “enfraquece o momento político e mina os esforços internacionais para ter a migração organizada de forma mais ordenada”. Como exemplo, ele citou os termos do Pacto que incentivam a cooperação regional. “Vimos na América do Sul, com a crise na Venezuela, como tal medida é necessária”, indicou.
Ele ainda lembra que, no caso brasileiro, o interesse em fazer parte do Pacto seria a defesa dos interesses de seus próprios migrantes, espalhados pelo mundo. “O Brasil é um exemplo de um país que recebe migrantes. Mas que é também fonte de emigração”, comentou. “Cada governo quer que o seu cidadão seja tratado sem discriminação no exterior e isso exige cooperação”, completou.