Brasil: Bolsonaro se reunió con Netanyahu en medio de su primer escándalo por corrupción
Em encontro com Netanyahu, Bolsonaro promete ‘política de grande parceria’ com Israel
O presidente eleito Jair Bolsonaro e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se reuniram no Forte de Copacabana, na Zona Sul do Rio, na tarde desta sexta-feira (28). É a primeira visita oficial de um primeiro-ministro israelense ao Brasil.
Os dois líderes políticos reafirmaram a intenção de estreitar os laços entre os países e fazer parcerias em diversos setores. Bolsonaro afirmou que planeja ir com uma comitiva a Israel em março. Lá, pretende negociar acordos de cooperação tecnológica e nas áreas de agricultura, segurança, militar, pesca, entre outras.
Em pronunciamento durante o encontro, Bolsonaro afirmou que pretende colocar em prática uma «política de grande parceria com o estado de Israel», com acordos de cooperação em diferentes áreas.
«É uma satisfação aqui no Brasil pela primeira vez receber o chefe de estado de Israel», disse Bolsonaro. «Pretendo até março, se Deus quiser, visitar Israel, onde iremos com uma comitiva, de vários setores da sociedade, como já citado aqui, das áreas tecnológicas, agricultora, piscicultora, segurança, Forças Armadas, para que, o mais rápido possível, provavelmente iremos colocar em prática essa política de grande parceria com o estado de Israel», disse o presidente eleito.
«Começamos um governo difícil a partir de janeiro, mas o Brasil tem potencialidade, tem massa humana… Formar o nosso ministério para que possamos vencer os obstáculos. Em parte, precisamos sim de bons aliados, bons amigos, bons irmãos, como Benjamim Netanyahu.»
Uma possibilidade de novos tempos de negócios e bem estar na relação entre os governos de Brasil e Israel. Com @netanyahu @BolsonaroSP e @CarlosBolsonaro pic.twitter.com/dSwHc7ixKN
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) December 28, 2018
Cooperação mútua
Netanyahu também destacou o ineditismo do encontro e a disposição para estabelecer parcerias com o Brasil.
«É a primeira visita de um primeiro ministro israelense ao Brasil na história. É difícil crer que não havíamos tido um contato como esse antes», disse Netanyahu. «Os laços de fraternidade e a aliança que o presidente mencionou são reais e podem nos levar a longas distâncias. Israel é a terra prometida e o Brasil é a terra da promessa de futuro.»
«Israel quer ser parceira do Brasil nessa empreitada», disse o premiê israelense. «Entendemos que nossa cooperação mútua possa render enormes benefícios aos nossos dois povos em áreas como economia, emprego, segurança, agropecuária, recursos hídricos, todas as esferas da atividade humana. Como primeiro passo convidei o presidente Bolsonaro a visitar Israel e ele aceitou. E você será bem vindo como um grande amigo, como grande aliado, como um irmão.»
O presidente eleito foi o primeiro a chegar para o encontro. Ele saiu do condomínio onde mora com a família, na Barra da Tijuca, e chegou ao bairro de Copacabana às 13h36. Netanyahu saiu do hotel onde está hospedado, próximo ao Forte, e chegou ao local às 14h.
O premiê israelense pousou na capital fluminense às 11h16. Ele foi recebido por autoridades, como o prefeito do Rio, Marcelo Crivella. Netanyahu deixou o Aeroporto do Galeão por uma porta lateral.
Também nesta sexta, Bolsonaro e o primeiro-ministro israelense participam de um evento em uma sinagoga em Copacabana.
O dentista Yonatan Treiger, de 25 anos, presenciou a cerimônia na sinagoga: «Como judeu, fico feliz com aproximação de Israel com Brasil, pois Israel serve como modelo para muitas coisas, só tem a acrescentar e somar, como na tecnologia, Ciencia e na área humana.»
Outros compromissos
No sábado (29), Netanyahu terá apenas compromissos privados no Rio de Janeiro.
A previsão é que Netanyahu permaneça cinco dias no país. O premiê israelense agendou uma série de compromissos oficiais, entre os quais reunião com o presidente eleito, encontros bilaterais, além de evento com líderes da comunidade judaica brasileira.
Netanyahu agendou no domingo (30) encontro com jornalistas brasileiros, líderes da comunidade judaica brasileira. No dia seguinte, o premiê concederá entrevistas à imprensa de Israel e do Brasil.
No dia da cerimônia de posse, o primeiro-ministro terá uma intensa agenda em Brasília. No início da tarde, antes mesmo da solenidade de Bolsonaro, Netanyahu se reunirá com o presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo.
A agenda do premiê israelense prevê que ele participará da cerimônia de posse no Congresso Nacional, do encontro de chefes de Estado no Palácio do Planalto e da recepção que será oferecida pelo Itamaraty aos líderes estrangeiros em homenagem a Bolsonaro.
Antes de embarcar de volta para Israel na noite de terça, Netanyahu ainda terá um encontro privado com o presidente do Chile, Sebastian Pinera, no Palácio do Itamaraty.
«Más que una alianza, queremos ser como hermanos»: Bolsonaro después de reunirse con Netanyahu
El primer ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, llegó hoy a Brasil y de inmediato se reunió con el presidente electo de ese país, Jair Bolsonaro. Los dos mandatarios dijeron que iniciaban una alianza estratégica de cooperación entre ambas naciones, en áreas como la tecnología, defensa, seguridad, agricultura y agua.
«Más que una alianza, seremos como hermanos en el futuro, en todo lo que pueda beneficiar a los dos países», dijo Bolsonaro, a la salida de la reunión.
El primer ministro de Israel estará cinco días en Brasil, en una visita histórica (es la primera vez que un mandatario israelí visita al país carioca), que ni siquiera detuvo la crisis política en la que se encuentra sumido Israel, por el adelanto de las elecciones y el hallazgo en su territorio de túneles cavados por Hezbolá.
«Israel quiere ser socio de Brasil en este nuevo proyecto que inicia el presidente electo. Podemos cooperar en defensa, economía, empleo, agua, seguridad, industria y todo lo que se relacione con el dominio humano», dijo Netanyahu. Y agregó que, «mientras Israel es la tierra prometida, Brasil es la tierra que promete el futuro».
Los dos mandatarios se reunieron después con los futuros ministros de Brasil, el general Fernando Azevedo e Silva, de Defensa; Paulo Guedes, de Economía; y Ernesto Araujo, de Relaciones Exteriores. Este encuentro se dio para afinar detalles del fortalecimiento de la diplomacia, los lazos comerciales y tecnológicos, y la seguridad, entre ambos países.
Además de los actos de investidura de Bolsonaro y reuniones con altos miembros del gobierno brasileño, Netanyahu tiene previsto encontrarse en Brasil con el Secretario de Estado de EE.UU. Mike Pompeo y con el presidente de Chile, Sebastián Piñera, entre otros líderes de la región.
Desde que fue candidato, Jair Bolsonaro anunció que de ser elegido presidente, Brasil trasladaría de Tel Aviv a Jerusalem, su embajada en Israel.
Bolsonaro aceita convite para Israel: «Mais que parceiros, seremos irmãos»
O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, convidou Jair Bolsonaro (PSL) a viajar a Israel, em retribuição à visita que o chefe de governo israelense fez ao Brasil para a posse do presidente eleito em 1º de janeiro. Bolsonaro, que aceitou o convite, disse que fará a visita até março do ano que vem.
Os dois líderes se encontraram nesta sexta-feira (28) no Forte de Copacabana, no Rio, horas depois do desembarque de Netanyahu na capital fluminense.
«Mais do que parcerias, seremos irmãos no futuro, na economia, tecnologia, e tudo aquilo que possa trazer benefício para os dois países», disse Bolsonaro em pronunciamento após o encontro.
Netanyahu agradeceu pelo que chamou de «gentilíssima recepção» e destacou o fato de a visita ser a primeira de um primeiro-ministro de Israel ao Brasil na história. «Israel é a terra prometida. E o Brasil é terra da promessa (para o futuro)», afirmou. «É um momento histórico. É a primeira visita de um primeiro-ministro israelense ao Brasil da história. É difícil crer que a gente não tenha tido um contato antes. Porque os laços de fraternidade e a aliança são reais e podem levar a grandes dist’ncias.»
O premiê usou a palavra «amigo», em português, para se referir ao presidente eleito do Brasil. «Convidei o presidente Bolsonaro para visitar Israel, e ele aceitou, e ele será bem-vindo como um grande amigo, um grande aliado, um irmão», disse Netanyahu.
Bolsonaro respondeu dizendo que pretendia visitar Israel até março, com «uma comitiva de vários setores da sociedade». «O que for acertado entre nós será muito bom para brasileiros e israelenses. E também para grande parte do mundo, porque estamos demonstrando que essas parcerias trazem o bem-estar para seus povos. Queremos que mais gente faça parceria com Israel, bem como conosco também», disse Bolsonaro, dizendo querer começar logo essa «política de grande parceria com o Estado de Israel».
O presidente eleito também fez referência ao seu futuro governo, dizendo que ele terá um início «difícil». «Começamos um governo difícil a partir de janeiro, mas o Brasil tem potencialidades, tem massa humana, como a formada em nosso ministério, para que possamos vencer esses obstáculos. Em parte, precisamos, sim, de bons aliados, de bons amigos, de bons irmãos, como Benjamin Netanyahu.»
O encontro teve a presença dos futuros ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e Paulo Guedes (Economia). Após a reunião, Bolsonaro e Netanyahu irão para uma cerimônia com a comunidade judaica na sinagoga Kehilat Yaacov, também em Copacabana.
Mais tarde, em evento na sinagoga, Bolsonaro chamou Netanyahu de «exemplo de patriotismo, abnegação e trabalho pelo seu povo», «um capitão como eu, mas com história de serve de exemplo para todo cidadão de bem».
«Eu sempre citava o exemplo de Israel. Olhem o que eles não têm e vejam o quem eles são. Agora olhem para o Brasil e vejam o que nós temos e o que nós não somos. O que nos falta é a fé, é a vontade de querer acertar, é se aproximar de bons países, é buscar parcerias e acordos», afirmou. «Mas, com Israel, vai ser um pouco além disso. Nós seremos mais do que bons parceiros, nós seremos irmãos.»
A pequena rua Capelão Álvares da Silva, que sedia a capela Lehilat Yaacov, em Copacabana, foi interditada. Um forte esquema de segurança dos dois países amparava os dois líderes. Poucos jornalistas, selecionados previamente pela embaixada e cinegrafistas em sua maioria, participaram do evento. O restante da imprensa ficou na parte de fora. Houve uma palestra, discursos de ambas as autoridades e orações. Netanyahu escolheu falar em hebraico e foi traduzido pelo rabino Eliezer Stauber.
O intenso esquema de segurança na sinagoga inclui um sniper (atirador de elite) e o COT (Comando de Operações Táticas), grupo de elite da Polícia Federal que foi deslocado especialmente de Brasília para fazer a segurança do presidente eleito e de Netanyahu.
A viagem programada para o início de 2019 não seria a primeira de Bolsonaro a Israel. Em 2016, em visita ao país, ele foi batizado nas águas do rio Jordão.
Netanyahu desembarcou no Brasil por volta das 11h15 desta sexta-feira, no Aeroporto Tom Jobim-Galeão. O primeiro-ministro ficará no Rio até o dia 1º, quando seguirá para Brasília, onde acompanhará a cerimônia de posse de Bolsonaro. (Com Estadão Conteúdo)
Surge un escándalo con Bolsonaro, el Bolsogate
Surge el “Bolsogate”. La presunta organización delictiva formada por Jair Bolsonaro, su familia y policías retirados es uno de los temas destacados de la agenda cuando restan cuatro días para la ceremonia de toma de posesión del nuevo gobierno. El caso surgió hace casi un mes a través de noticias difundidas tímidamente por la prensa ligada al poder: dinero de origen nebuloso administrado por un lugarteniente del próximo mandatario fue depositado en la cuenta de su esposa Michelle. A partir de entonces comenzaron a aparecer indicios cada vez más contundentes sobre irregularidades, hasta que el caso se convirtió en el “Bolsogate”.
Uno de los pivotes de la trama es Fabricio Queiroz, policía retirado recientemente, que antes pasó por el Ejército, donde conoció a Bolsonaro.
Queiroz estaría vinculado a las “milicias” paramilitares de Río de Janeiro y al parecer lavó dinero de sobornos de empresas del transporte destinadas al clan Bolsonaro, afirmó el diputado Rogerio Correia, del Partido de los Trabajadores.
Ante las evidencias documentadas de las maniobras dolosas, Bolsonaro reconoció hace quince días que el tema le duele “en el corazón” y que es “amigo” de Queiroz desde los años 80. Pero no dijo, y luego se supo, que designó a la hija de su ex camarada de armas, la personal trainer Nathalia, como asesora en el Congreso Nacional. La atlética empleada legislativa cobró sueldo del entonces diputado, ahora presidente electo, sin trabajar en Brasilia porque nunca dejó de dar clases de educación física en Río de Janeiro.
Después de semanas de estar con paradero desconocido el policía jubilado reapareció en la noche del miércoles en una entrevista en el canal SBT, durante la cual intentó preservar al ex capitán de ultraderecha y a su prole.
“Quiero pedir disculpas a la familia Bolsonaro, a Michelle, la futura primera dama, por haber expuesto su nombre, ella no hizo nada errado con los cheques, que son míos”.
También exculpó al hijo presidencial Flavio Bolsonaro, diputado estadual de Río de Janeiro, de quien fue empleado durante una década.
Durante el reportaje Queiroz no supo explicar el origen de las altas sumas de dinero descubiertas en sus cuentas por la agencia de fiscalización financiera del Ministerio de Hacienda. Según ese organismo oficial era “atípica” la cantidad de plata que manejaba el amigo del futuro mandatario.
Tampoco quiso hablar de la contabilidad de los Bolsonaro y prometió que cuando se presente ante la fiscalía revelará por qué varios asesores parlamentarios del diputado Bolsonaro, entre ellos otros ex policías, depositaron en su cuenta.
Además alegó que no acató dos citaciones de la fiscalía para esclarecer su situación patrimonial debido a problemas de salud, entre ellos un cáncer que le fue detectado hace poco tiempo.
Cuando la reportera mostró curiosidad por su buen pasar económico a pesar de cobrar un salario de menos de 3 mil dólares en la Legislatura de Río, Queiroz respondió que se dedica a comprar autos averiados a las aseguradoras y luego los pone en venta.
En otro momento de la conversación usó una expresión más firme para decir lo que tal vez haya sido su mayor mentira: “No soy naranja, no soy naranja” de los Bolsonaro, subrayó. En el argot delictivo “naranja” significa testaferro.
Después de la entrevista fuentes militares dejaron trascender su reprobación sobre la performance televisiva del hombre que se definió a sí mismo como “una persona de negocios”. Esas voces castrenses podrían expresar la opinión del vicepresidente electo, general Hamilton Mourao, que desde el inicio del “Bolsogate” intentó despegarse del caso. En este y otros temas controvertidos el ala militar del régimen en ciernes ha demostrado sus divergencias con el clan formado por Bolsonaro y sus hijos Flavio, Eduardo y Carlos.
En febrero Flavio asumirá como senador federal y Eduardo volverá a la Cámara de Diputados tras haber sido reelecto con 1,8 millones de sufragios que lo convirtieron en el legislador más votado del país. Mientras Carlos, conocido como un “mago” de las fake news, apoyará a su padre en la estrategia comunicacional a través de las redes sociales.
Si el nuevo oficialismo no logra desactivar el “Bolsogate” y Queiroz continúa dando explicaciones inauditas es posible que en el Congreso se fortalezca la propuesta de crear una Comisión Investigadora de este esquema de probable corrupción y vínculos con los grupos de exterminio carioca. Según el diario O Globo en el prontuario policial de Queiroz hay varios casos de supuesta ejecución extrajudicial.
Queiroz reaparece e diz ao SBT que dinheiro veio de negócios com carros
Fabrício Queiroz, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente eleito Jair Bolsonaro, afirmou em entrevista ao SBT que entre suas atividades está a de revenda de carros, após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontar “movimentação atípica” de mais de 1,2 milhão de reais do ex-assessor.
“Eu sou um cara de negócios, eu faço dinheiro, compro, revendo, compro, revendo, compro carro, revendo carro, eu sempre fui assim, gosto muito de comprar carro de seguradora, na minha época lá atrás, comprava um carrinho, mandava arrumar, revendia”, afirmou na entrevista ao SBT divulgada nesta quarta-feira.
Ele disse que ganhava cerca de 10 mil reais por mês quando fazia assessoria a Flávio Bolsonaro e que seus rendimentos mensais eram de cerca de 24 mil reais, incluindo remuneração como policial.
Entenda o caso
Queiroz passou a ser o pivô do principal problema político do presidente eleito Jair Bolsonaro quando o Estado revelou, no dia 6 de dezembro, o relatório do Coaf sobre a movimentação atípica.
Uma das movimentações foi o depósito de um cheque de R$ 24 mil na conta da futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
O presidente eleito já justificou os depósitos afirmando que eram pagamentos de um empréstimo que havia feito a Queiroz, e disse que se tiver errado por não ter registrado a operação na declaração do Imposto de Renda irá reparar o erro.
O jornal O Estado de S. Paulo revelou ainda que funcionários do gabinete de Flávio chegaram a depositar 99% do que receberam no período na conta de Queiroz, e que a maioria das transferências foram feitas no dia ou em datas próximas ao pagamento na Alerj.
Sumiço
Esta é a primeira vez que o ex-assessor fala publicamente sobre o assunto. Por duas vezes, Queiroz alegou problema de saúde para não comparecer ao depoimento que seria prestado ao Ministério Público nos dias 19 e 21 deste mês.
De acordo com Queiroz, ele precisará fazer uma cirurgia por conta de um tumor maligno no intestino.
“Tenho uma cirurgia pra fazer no ombro (esquerdo). estava com problema na urina, tosse. E foi constatado um câncer. É um câncer maligno, indicado sem nem pegar a biopsia. Vou ser submetido a outros exames e (o médico) me disse que temos que operar o mais rápido possível. É um tumor grande no intestino. As fezes passam fininho. Não estou fugindo do MP. Quero prestar esclarecimento.”
Ele não soube dizer o nome completo do médico que o trata e não quis divulgar o hospital em que foi internado.
No dia 7 de dezembro, Flávio Bolsonaro disse ter conversado com Queiroz, e afirmou que ele teria lhe dado “explicações convincentes” para o episódio, mas não disse quais seriam elas.
O MPRJ informou que também pedirá para que Flávio Bolsonaro preste esclarecimentos sobre o caso, no dia 10 de janeiro.
Na semana passada, ao ser questionado por jornalistas, Flávio Bolsonaro disse ter conversado recentemente com Queiroz e ouvido do ex-assessor como justificativa para a movimentação financeira que ele tinha gerido recursos da família no período apontado pelo Coaf.
Veja os chefes de Estado confirmados na posse de Bolsonaro
A cerimônia de posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro tem, até o momento, a presença confirmada de 12 chefes de Estado. A expectativa do Itamaraty é de que 60 delegações estrangeiras participem da posse.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a lista de autoridades confirmadas tem mais três vice-presidentes, 11 chanceleres, 16 enviados especiais e três diretores de organismos internacionais. Por motivos de segurança, o órgão informou que não divulgará a lista completa com os nomes de cada uma dessas autoridades.
As presenças já divulgadas são de presidentes de países vizinhos, como Maurício Macri (Argentina), Sebastián Piñera (Chile), Mario Abdo Benítez (Paraguai), Tabaré Vázquez (Uruguai), Iván Duque Márquez (Colômbia) e Marín Vizcarra (Peru).
Também vão desembarcar em Brasília, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, além do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa. Nesta quinta-feira (27), o Itamaraty informou que o vice-presidente do Comitê Permanente da Assembleia Popular (Parlamento chinês), Ji Bingxuan, será o representante da China.
Além disso, estão confirmadas mais dez autoridades, entre elas o chanceler da Argentina, Jorge Faurie. A lista de convidados para a cerimônia é de 140 pessoas.
Governo Bolsonaro anuncia revisão dos atos dos últimos 60 dias do governo Temer
Documento divulgado nesta quinta-feira (27) pelo gabinete de transição do governo Jair Bolsonaro informa que, nos primeiros dez dias de gestão, os ministros deverão determinar as políticas prioritárias de cada área e fazer uma revisão dos atos dos últimos 60 dias do governo Michel Temer.
O documento, de 81 páginas, é assinado pelo presidente eleito, pelo futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e por Pablo Antonio Tatim, coordenador de Assuntos Jurídicos do Gabinete de Transição, indicado para Subchefe de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais.
«Nos primeiros 10 dias, cada Ministério deverá elencar as políticas prioritárias dentro de sua área de atuação – incluindo a revisão de atos normativos legais ou infralegais publicados nos últimos 60 (sessenta) dias do mandato anterior, para avaliação de aderência aos compromissos da nova gestão», diz o texto.
O documento é uma espécie de cartilha sobre a burocracia estatal e a estrutura do Executivo federal destinada aos integrantes do novo governo. Especifica desde princípios constitucionais, como conceitos de legalidade e impessoalidade, até orientações para nomeações de ocupantes de postos na administração federal, concessão de diárias e passagens e utilização de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).
Calendário do governo
O texto também apresenta uma previsão de calendário do novo governo para os próximos 100 dias:
- Em 10 dias – Nomeação de cargos-chave nos ministérios e autarquias, conhecer as estruturas dos ministérios, apresentar aos principais comissionados as linhas gerais, revisar e elaborar o plano de governo até 20 de janeiro, revisar os atos legais e infralegais anteriores e identificar a pauta prioritária dos 100 dias.
- Em 30 dias – Revisão do modelo de governança para adequação às linhas gerais do governo, definição de pautas legislativas (observar MPs que afetam a área e identificar propostas e emendas parlamentares relativas à pasta), elaboração das propostas prioritárias e identificação de decretos e regulamentos que devam ser revogados, verificação de acórdãos do TCU que afetem as pastas.
- Em 60 dias – Revisão dos conselhos e comitês relacionados à pasta e seu funcionamento (com verificação da possibilidade de extinção dos colegiados ou criação de estruturas mais enxutas), encaminhamento à Casa Civil das propostas prioritárias e preparação para balanço de 100 dias de governo.
- Em 90 dias – Encaminhamento do balanço de 100 dias e encaminhamento ao CMAS e ao CMAP as políticas públicas financiadas por subsídios que precisem ser avaliadas.
- Em 100 dias – Evento de divulgação do balanço dos 100 dias.
Recomendações
O manual também dá recomendações, por exemplo, sobre uso de veículos oficiais, imóveis funcionais e auxílio-moradia e lista os cargos-chave de cada ministério.
Em outro trecho da cartilha, há orientações da Comissão de Ética Pública da Presidência para autoridades, como vedação para aceitar presente dado por pessoa, empresa ou entidade que tenha interesse em decisão do gestor público ou do órgão que ele atua.
O manual destaca que súmula do Supremo Tribunal Federal proibiu o nepotismo na adminstração pública, vendando a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta até o terceiro grau.
Reunião ministerial
Os ministros indicados por Bolsonaro se reuniram nesta quinta na sede do governo de transição. Após a reunião, Onyx Lorenzoni afirmou, sem dar detalhes, que os futuros ministros apresentaram pelo menos duas propostas cada.
Segundo ele, essas propostas serão levadas a Bolsonaro neste final de semana. Caberá ao presidente eleito selecionar as que serão apresentadas como ações do próximo governo.
A intenção, informou Onyx Lorenzoni, é que sejam apresentadas ao menos 22 propostas prioritárias.
“As medidas que nós estamos identificando são aquelas que o governo vai apresentar à sociedade para construir um conjunto, no mínimo, de 22 propostas, que são as entregas que nós queremos fazer nos primeiros 100 dias [de governo]. Tanto que tem uma data [na agenda de governo] que é o balanço dos primeiros 100 dias, onde nós queremos mostrar todas as realizações que o governo fez”, afirmou Onyx.
Sem dar detalhes, Onyx afirmou que o próximo governo vai “promover logo nos primeiros movimentos” uma revogação de uma “série de instruções burocráticas que infernizam a vida de cada homem e mulher no Brasil”.
Entre as revisões que, segundo Onyx, serão feitas, estão reduções de subsídios. O futuro ministro, no entanto, não detalhou quais subsídios serão cortados.
“Com critério, os ministérios vão estudar com profundidade para iniciar lenta e gradualmente um processo de redução de subsídios”, declarou.
Sem quantificar, o futuro ministro da Casa Civil afirmou que os ministérios também vão analisar corte de cargos comissionados.
“Entre a administração direta, que são 23 mil cargos em comissão, e administração indireta, entre cargos em comissão e funções gratificadas, o Brasil tem 120 mil funções. Não há paralelo no mundo. Há uma determinação do presidente Bolsonaro no sentido de que, com critério e estudo, cada ministério [cortará cargos], ainda não está definido o volume dos cortes, mas não é razoável [o alto número de cargos em comissão]», afirmou.
Onyx acrescentou que existem “inúmeros órgãos” no aparelho governamental com funções sobrepostas e que o futuro governo pretende acabar com “aquilo que é disfuncional” e “focar” na melhoria da qualidade da prestação de serviços.
Reforma da Previdência
Questionado sobre quando o governo apresentará uma proposta de reforma previdenciária, Onyx não estipulou um prazo.
“Está cada vez mais madura [a proposta]. Os grupos estão muito afinados. No momento certo, quando o presidente comandar, ela vai aparecer”, disse.
O indicado por Bolsonaro para a Secretaria de Governo, general Santos Cruz, também foi questionado sobre a reforma.
O futuro ministro disse que é uma pauta “importante” e que os detalhes ainda vão ser definidos.
Para Santos Cruz, a reforma da Previdência é uma “questão matemática” que precisa ser “resolvida”.
Silêncio sobre Queiroz
Além da reunião sobre ações prioritárias, os futuros ministros participaram nesta quinta, pela manhã, de um curso sobre administração pública e orçamento.
Segundo Onyx Lorenzoni, em nenhum dos dois momentos, os ministros conversaram sobre a entrevista ao SBT concedida por Fabrício Queiroz, ex-motorista do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).
Ao ser questionado sobre o assunto, Onyx afirmou: “Eu não vou falar sobre isso, não me cabe falar sobre isso”.
O futuro ministro da Secretaria de Governo, general Santos Cruz, também evitou falar sobre a entrevista. Disse que não acompanhou, mas que este tema “não é um assunto de governo”.
“Qualquer pessoa pública tem que esclarecer aquilo que for duvidoso sem dúvida nenhuma. Isso é normal”, disse.
“Isso aí não é um assunto de governo, né? Apesar do sobrenome, por ser filho do presidente, sempre tem um reflexo. Mas não é um assunto de governo, é de um parlamentar. Pela relação de parentesco, você pode ter uma consequência qualquer. Mas tem que separar as coisas”, completou Santos Cruz.
Em entrevista ao SBT, Fabrício Queiroz afirmou que parte dos recursos veio da compra e venda de veículos. Ele também disse ser um “cara de negócios”.
Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostrou que o ex-motorista movimentou R$ 1,2 milhão em uma conta bancária durante um ano. As operações foram consideradas atípicas pelo órgão.