Canciller lamenta decisión de Bolsonaro de abandonar el pacto migratorio de la ONU

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Aloysio Nunes critica saída do Pacto para Migração anunciada por Bolsonaro

O chanceler Aloysio Nunes afirmou nesta terça-feira que a saída do Pacto Mundial para Migração das Nações Unidas, anunciada pelo futuro governo de Jair Bolsonaro, será um «retrocesso» para o Brasil.

«Eu acho que não é bom. O Brasil tem se distinguido por uma dedicação a temas que têm nos credenciado, que fazem parte do nosso perfil diplomático, que valorizam o Brasil, como imigração, direitos humanos, clima. São questões que têm credenciado o Brasil no contexto internacional. Eu acho uma pena se houver retrocesso em cada um desses temas», declarou o atual chanceler sobre as intenções de seu sucessor, Ernesto Araújo.

O acordo sobre migração, aprovado na véspera em Marrakech, pretende reforçar a cooperação internacional visando uma «migração segura, ordenada e regular», e foi firmado por cerca de 160 países.

«O governo Bolsonaro se desligará do Pacto Global de Migração que está sendo lançado em Marrakech, um instrumento inadequado para lidar com o problema», escreveu Araújo na noite de segunda-feira, acrescentando que a «imigração é bem-vinda, mas não deve ser indiscriminada».

Segundo Aloysio Nunes, o pacto «não se sobrepõe à soberania dos países» e supõe «uma colaboração voluntária», pois «não é um tratado, não é uma convenção que cria obrigações jurídicas».

A saída do Brasil do Pacto é um novo sinal de aproximação com a diplomacia do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que abandonou a elaboração do texto em dezembro de 2017.

Bolsonaro e Araújo não escondem sua admiração por Trump e seu desejo de alinhar o futuro governo aos Estados Unidos em matéria de política externa.

Jornal do Brasil


ONU lamenta decisão do Brasil de sair do Pacto de Migração

Agências da ONU e entidades internacionais lamentaram e criticaram a decisão do governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, de se distanciar do Pacto Global de Migração e alertaram que os maiores afetados serão os mais de 3 milhões de brasileiros espalhados pelo mundo, muitos deles em condições de vulnerabilidade.

O anúncio do afastamento do novo governo foi feito no Twitter do futuro chanceler, Ernesto Araújo, no mesmo dia em que o Itamaraty aprovava o acordo, em uma reunião da ONU no Marrocos.

«A imigração não deve ser tratada como questão global, mas sim de acordo com a realidade e a soberania de cada país», disse Araujo, chamando o marco de «ferramenta inadequada para lidar com o problema».

«O Brasil buscará um marco regulatório compatível com a realidade nacional e com o bem-estar de brasileiros e estrangeiros. No caso dos venezuelanos que fogem do regime (de Nicolás) Maduro, continuaremos a acolhê-los», afirmou. O pacto foi aprovado na segunda-feira por mais de 160 países na conferência intergovernamental da ONU, em Marrakesh.

«É sempre lamentável quando um Estado se dissocia de um processo multilateral, em especial um (país) tão respeitável de especificidades nacionais», declarou Joel Millman, porta-voz da Organização Internacional de Migrações (OIM), ao ser questionado sobre a informação relativa ao Brasil. Segundo ele, apesar da saída de alguns países, 164 governos assinaram o documento. «Esse é um quadro para cooperação», alertou.

Na avaliação da ONU, «o Pacto reafirma os direitos soberanos dos governos».

Para entidades, porém, a decisão do Brasil de se afastar do mecanismo terá um impacto para emigrantes nacionais espalhados pelo mundo. «Hoje há muito mais brasileiros vivendo no exterior do que imigrantes aqui no Brasil», alertou Camila Asano, coordenadora de programas da ONG Conectas.

«São compatriotas que muitas vezes passam por dificuldades seja na Europa, EUA, Japão ou outras partes do mundo. O Pacto Global de Migração consolida e reforça direitos das pessoas, inclusive dos mais de 3 milhões de brasileiros vivendo fora, de não serem discriminadas por serem migrantes», completou Camila.

Paal Nesse, do Conselho Norueguês de Refugiados, também lamenta a decisão de governos de deixar o esforço e disse não haver indicações de que o acordo mine a soberania de um país. «O Pacto prevê um espaço suficiente para que cada governo possa ter sua política», indicou o representante de uma das maiores entidades que lidam com refugiados e migrantes. «Não há nada que indique a soberania seria abandonada ou perdida.»

Para ele, a decisão de governos de se distanciar do Pacto «enfraquece o momento político e mina os esforços internacionais para ter a migração organizada de forma mais ordenada». Como exemplo, ele cita os termos do Pacto que incentivam a cooperação regional. «Vimos na América do Sul, com a crise na Venezuela, como tal medida é necessária», completou.

Nesse ainda lembra que, no caso brasileiro, o interesse em fazer parte do Pacto seria a defesa de seus próprios migrantes, espalhados pelo mundo. «O Brasil é um exemplo de um país que recebe migrantes. Mas que é também fonte de emigração», comentou. «Cada governo quer que o seu cidadão seja tratado sem discriminação no exterior e isso exige cooperação», completou.

Noticias Terra


Por qué Chile y República Dominicana rechazaron el pacto mundial sobre migración de la ONU 

Representantes de 164 gobiernos adoptaron el lunes el Pacto Mundial sobre Migración, un acuerdo que fue calificado como un movimiento «histórico» por Naciones Unidas para «prevenir el sufrimiento y el caos».

Gran parte de los países miembros de la ONU apoyaron el acuerdo en una conferencia internacional en Marrakech, Marruecos, tras 18 meses de negociaciones, pero dos países latinoamericanos decidieron no hacerlo: Chile y República Dominicana.

Brasil, por su parte, anunció que se saldrá del pacto en enero, cuando Jair Bolsonaro asuma la presidencia del país.

El documento incluye medidas contra la trata de personas o la separación de las familias de los migrantes y contempla 23 objetivos, entre ellos el fortalecer la cooperación internacional para una migración segura, ordenada y regular y «minimizar los factores estructurales» que obligan a las personas a abandonar sus países de origen.

El acuerdo no es vinculante, pero despertó recelos entre diversos países que decidieron no apoyarlo, entre ellos Estados Unidos.

La aprobación definitiva se producirá el 17 de diciembre en la sede de la Asamblea General de Naciones Unidas, en Nueva York.

En América Latina, Chile y República Dominicana rechazaron este acuerdo global. Estas son las razones que ofrecieron sus gobiernos.

El no de Chile

Roberto Ampuero, ministro de Relaciones Exteriores de Chile, hizo una declaración oficial para explicar su negativa a sumarse al pacto en la que aseguró que «el texto discutido en Naciones Unidas choca con las normas de Chile para tener una migración segura, ordenada y regular».

Añadió que «cada país es soberano de fijar sus reglas de migración» y que «Chile no se adherirá a nada que pueda ser usado en su contra y que atente contra su soberanía».

El pacto de la ONU pretende, entre otras cosas, prevenir, combatir y erradicar la trata de personas en el contexto de la migración internacional.

Otro de los argumentos esgrimidos por el gobierno de Sebastián Piñera es que el documento no distingue entre migrantes regulares e irregulares.

El presidente Piñera se refirió a la no adhesión al pacto en sus redes sociales.

Los partidos de la oposición acusaron al ejecutivo de tener un comportamiento «vergonzoso y autoritario».

Sin embargo, Ampuero añadió: «Nadie puede decir que Chile está en contra del multilateralismo y los derechos humanos».

«Nosotros decimos que la migración no es un derecho humano», aseguró Rodrigo Ubilla, subsecretario del Interior de Chile, al diario El Mercurio.

«El derecho lo tienen los países de definir las condiciones de ingreso de los ciudadanos extranjeros. Si fuera un derecho humano, entonces estamos en un mundo sin fronteras. Creemos firmemente en los derechos humanos de los migrantes, pero no que migrar sea un derecho humano».

Chile se desvinculó del pacto un día antes de que se votase formalmente.

«Desbordar» los recursosRepública Dominicana también esgrimió el factor de la soberanía y el control de sus propias fronteras.

El gobierno dominicano explicó que adoptar el pacto «generaría compromisos al Estado dominicano que podrían socavar su capacidad para hacer valer sus normas migratorias e implementar con eficacia las políticas migratorias que el cumplimiento de esas normas exige».

Marcelo Ebrard, secretario de Relaciones Exteriores de México, representó en Marrakech a su país, que sí se unió al pacto.

Aseguró también que firmar un acuerdo como este «requiere de un consenso básico en la sociedad dominicana que no parece existir en las actuales circunstancias».

El documento donde el gobierno expuso sus razones contiene una referencia a Haití: «En el contexto particular de nuestra isla, [el acuerdo implicaría cargas que] podrían desbordar con creces nuestros recursos», dice.

El pacto «crearía compromisos internacionales» que limitarían la capacidad del Estado dominicano de responder a situaciones fronterizas resultado de las «condiciones estructurales y los procesos políticos y sociales que se viven en el país vecino».

Otros países que se oponenEl pacto comenzó a gestarse en 2016, cuando los 193 estados miembros de la ONU reconocieron en una declaración una responsabilidad compartida para gestionar grandes movimientos de refugiados y migrantes.

Pero en diciembre pasado, Estados Unidos anunció que se desvinculaba del pacto por considerar que era «incoherente» con sus políticas migratorias.

Y otros países europeos decidieron desde entonces desvincularse del acuerdo.

Finalmente, otros países mostraron su oposición al acuerdo, se retiraron del mismo o dijeron necesitar más consultas internas: Australia, Italia, Austria -que ostenta en la actualidad la presidencia de la Unión Europea-, Eslovaquia, Israel, Hungría, Polonia, Bulgaria y República Checa.

El Universal

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