Brasil: aseguran que personas poderosas están involucradas en el asesinato de Marielle Franco
Ministro de seguridad: es una certeza que hay poderosos involucrados en la muerte de Marielle
El ministro de Seguridad Pública, Raul Jugmann, declaró estar seguro de la participación de personas poderosas en las muertes de la concejal Marielle Franco y del conductor Anderson Gomes, ocurridas el 14 de marzo de este año. Jungmann participó este viernes en Río de Janeiro de la clausura del Simposio Nacional de Combate a la Corrupción en la Fundación Getúlio Vargas.
«La fiscal general de la República [Raquel Dodge] tuvo acceso a dos testimonios, uno de Orlando Curicica y otro que permanece en el anonimato, en los que se hacen gravísimas acusaciones a agentes públicos de Río de Janeiro. La existencia de una articulación que involucra a agentes públicos, milicianos y políticos sería clave para aclarar el asesinato de la concejal Marielle Franco, no tanto respecto de quienes fueron sus ejecutores, sino en quienes fueron sus mandantes», dijo Jungmann.
Cuando se le consultó si esta participación de personas poderosas en la muerte de la concejal era una certeza o una hipótesis, el ministro afirmó: «Yo diría que es más que una certeza». A pesar de revelar tener informaciones importantes sobre el asesinato de Marielle, Jungmann no confirmó si el caso será resuelto antes de fin de año.
«Comenzamos hace poco más de tres semanas, pero creo que la Policía Federal, que es uno de las mejores policías del mundo, va a avanzar, aclarando el complot de los poderosos. No puedo decir si será antes de final de año. Vamos a llegar sea en quien sea. El gobierno federal tiene la distancia suficiente con el caso como para poder avanzar en ese proceso de limpieza de Río de Janeiro. Porque es de eso que se trata «, dijo el ministro.
Fuente: Agencia Brasil
Jungmann: envolvimento de poderosos na morte de Marielle é certeza
O ministro da Segurança Pública, Raul Jugmann, declarou ter certeza do envolvimento de pessoas poderosas nas mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorridas em 14 de março deste ano. Jungmann participou no Rio do encerramento do Simpósio Nacional de Combate à Corrupção, nesta sexta-feira (23), na Fundação Getúlio Vargas (FGV) .
“A procuradora-geral da República [Raquel Dodge] teve acesso a duas testemunhas, uma do Orlando Curicica e a outra que permanece no anonimato, em que são feitas gravíssimas acusações a agentes públicos do Rio de Janeiro. Que existiria uma grande articulação envolvendo agentes públicos, milicianos e políticos, em um esquema muito poderoso que não teria interesse na elucidação do caso Marielle. Até porque estariam envolvidos neste processo. Se não tanto na qualidade daqueles que executaram, na qualidade de mandantes”, disse Jungmann.
Perguntado se o envolvimento de poderosos na morte da vereadora era uma certeza ou uma hipótese, o ministro afirmou: “Eu diria que é mais que uma certeza”. Apesar de revelar ter informações importantes sobre o assassinato da vereadora, Jungmann não confirmou se o caso será resolvido até o final do ano.
“Começamos há pouco mais de três semanas, mas eu acredito que a Polícia Federal, que é uma das melhores polícias do mundo, vai sim avançar, esclarecendo o complô dos poderosos. [Até o final do ano] Não posso dizer isso. Nós vamos chegar seja em quem for. O governo federal tem distanciamento suficiente para poder avançar nesse processo de faxina do Rio de Janeiro. Porque é disso que se trata”, disse o ministro.
Não há garantia que morte de Marielle será esclarecida durante intervenção, diz Jungmann
Não há garantias de que os assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes serão esclarecidos até o fim deste ano, quando termina a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, disse nesta sexta-feira o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, que apontou que a prioridade é desvendar um complô montado por autoridades do Estado para atrapalhar as investigações.
Jungmann disse ainda que milicianos estariam envolvidos no crime e que por trás da morte há muitos interesses que precisam ser revelados.
«Há testemunhos de duas pessoas em que são feitas gravíssimas acusações contra agentes públicos do Rio de Janeiro e que existiria um complô entre agentes públicos, milicianos e políticos muito poderosos que não teriam interesse na elucidação do caso Marielle», disse Jungmann a jornalistas em evento da FGV Energia sobre combate à corrupção.
«Não posso dizer isso (que o assassinato de Marielle será esclarecido neste ano). Os poderosos (envolvidos), eu gostaria que estivessem todos presos e ficarei muitíssimo feliz no dia que estiverem todos na cadeia», adicionou Jungmann.
Até agora, o ex-policial militar Orlando de Curicica foi o principal suspeito de envolvimento na morte da vereadora e do motorista preso. Nesta semana, dois supostos milicianos que seriam do mesmo grupo de Curicica também foram detidos pela polícia.
Fontes apontaram à Reuters dois caminhos sobre as motivações para o assassinato de Marielle. Um delas seria uma disputa fundiária na zona oeste, em que a parlamentar estaria atrapalhando os planos de um político com atuação na região que defendia a especulação imobiliária numa área defendida pela vereadora. A outra possibilidade seria o envolvimento de políticos da Assembleia Legislativa do Estado insatisfeitos com o trabalho do deputado estadual Marcelo Freixo, com quem Marielle trabalhou no passado.
«Vamos chegar nessas pessoas, seja quem for. Governo tem distanciamento para fazer esse processo de faxina do Rio de Janeiro. Temos mais que certeza (do envolvimento de políticos poderosos)», finalizou Jungmann.