Brasil: crece la violencia política y contra la comunidad LGBTI+ tras la primera vuelta

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Violência política pró-Bolsonaro cresce após primeiro turno

Um mapeamento feito pelo pesquisador da Universidade de São Paulo, Haroldo Ceravolo, mostra mais de 30 casos de violência cometidos desde o início de outubro por defensores do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL). O número aumenta a cada dia.

Casos de violência por motivações políticas já vinham acontecendo desde o começo do ano. No dia 24 de setembro, a administradora do grupo Mulheres Unidas Contra Bolsonaro foi agredida no Rio de Janeiro por dois homens armados.

A gravidade da situação atual veio à tona com a brutal morte do militante negro e mestre capoeirista Moa do Katendê, assassinado com 12 facadas em Salvador, na madrugada da segunda-feira 8, após uma discussão sobre os resultados das eleições. Katendê havia declarado voto ao PT. O autor do crime, Paulo Sérgio Ferreira de Santana, eleitor de Bolsonaro, confessou a motivação política do ato.

O mapeamento feito por Ceravoldo mostra outros casos em todo o País. São agressões físicas e morais, cometidas por eleitores declarados do capitão da reserva, contra mulheres, LGBTs e militantes. E apesar do número alarmante – 37 casos – continuam pipocando nas redes novas ocorrências ainda não listadas.

CartaCapital reuniu alguns casos que alertam para um cenário de violência preocupante e que tem se agravado desde o início da campanha do segundo turno.

Porto Alegre

O último caso a vir à tona em grande escala aconteceu na capital gaúcha, na noite da segunda-feira 8. Uma mulher de 19 anos, usando uma camiseta com os dizeres #EleNão e uma bandeira LGBT pregada em sua mochila, foi abordada na rua Baronesa do Gravataí, na Cidade Baixa por três homens.

O grupo questionou seus motivos para usar a camiseta, que fazia alusão ao movimento de mulheres contrárias a Bolsonaro. Ela foi humilhada verbalmente e agredida com socos. Dois dos homens a seguraram, enquanto o terceiro, com um canivete, desenhou em suas costelas uma suástica, símbolo do nazismo.

Um Boletim de Ocorrência foi registrado na noite de terça-feira 9 e a vítima passou por um exame de lesão corporal. O caso veio à tona com uma postagem nas redes sociais na tarde de ontem (10).

Rio de Janeiro

Uma mulher trans foi atacada com barra de ferro por apoiadores de Bolsonaro no Rio de Janeiro. Julyanna Barbosa, de 41 anos, foi vítima de golpes na cabeça e no pescoço, além de chutes e socos pelo corpo.

Ela subia a passarela que corta a Via Dutra, no Centro de Nova Iguaçu, na manhã de sábado, quando ambulantes começaram a gritar que «Bolsonaro vai ganhar para acabar com os veados, essa gente lixo tem que morrer». Quando Julyana resolveu argumentar, pedindo respeito, um dos homens começou as agressões e mais quatro homens também participaram.

Ela foi socorrida por pessoas que passavam no local e levou dez pontos na cabeça. Ela recorreu à Coordenadoria de Políticas para a Diversidade Sexual de Mesquita, presidida pela também trans Paulinha Única, e foi orientada fazer um Boletim de Ocorrência.

Recife

Uma jornalista do portal NE10 foi agredida e ameaçada de estupro no domingo 7, em Recife (PE), quando deixava o local em que tinha acabado de votar. Ela foi abordada por dois homens que a seguraram pelo braço. Um deles usava uma camiseta preta com a foto do presidenciável e os dizeres “Bolsonaro Presidente”.

Ao verem seu crachá de jornalista, afirmaram que ela era “de esquerda” e que “quando o comandante ganhasse, a imprensa toda ia morrer”.“Um deles disse: ‘vamos logo estuprar ela. O outro afirmou que era melhor me cortar toda”, relatou a jornalista.

Com um pedaço de ferro, os homens atacaram a comunicadora no queixo e no braço. Os criminosos fugiram quando um carro que passava começou a buzinar. A jornalista registrou Boletim de Ocorrência na delegacia do Espinheiro.

Teresina

Um jovem arquiteto foi espancado em Teresina (PI) por estar vestindo uma camiseta vermelha e ter respondido às agressões verbais de um grupo de eleitores de Bolsonaro. O pai do jovem, Paulo Bezerra, postou o vídeo, que mostra mais de sete homens chutando e socando o jovem, em seu Facebook no sábado 6.

De acordo com o depoimento, os agressores gritavam palavras de ordem, como “é comunista” e vestiam camisas com o rosto e nome do candidato. Segundo o pai, eles ainda acusaram o filho de ter roubado um celular.

“Mesmo sendo pobre e negro, sempre teve dignidade e nunca deixamos faltar nada. Inventaram tudo isso pra justificar essa agressão pura covardia”, afirmou Bezerra.

Curitiba

Na noite desta terça-feira 9, um estudante recém-formado foi agredido na Universidade Federal do Paraná (UFPR) por usar um boné do MST. O jovem sofreu lesões na cabeça causadas por garrafas de vidro quebradas pelos agressores

A vítima estava reunida com amigos em uma praça do campus e foi espancada por membros de uma torcida organizada local que gritava “Aqui é Bolsonaro”, de acordo com testemunhas.

“Eram uns 10 homens. Eles chegaram a quebrar garrafas na cabeça do rapaz”, contou presidente do Diretório Central de Estudantes ao El País. Ele presenciou a agressão e fez a denúncia. Ainda segundo o membro do DCE, o grupo também depredou a Casa do Estudante da Universidade, cujas janelas foram quebradas. A polícia foi chamada, mas os agressores fugiram do local.

Maceió

No domingo 7, Julyana Rezende Ramos Paiva foi agredida com um soco no rosto após declarar seu voto publicamente. Segundo a vítima, ela estava indo a pé ao seu local de votação quando foi abordada por um carro com dois homens e uma mulher.

O grupo parou e perguntou em qual candidato ela votaria. Ao declarar seu voto, contrário ao dos três, o grupo desceu do carro e a agrediu Julyana com socos e chutes. “Com certeza terão outras vítimas… Foi tudo muito rápido”, explicou Julyana ao Portal Cada Minuto.

Curitiba

No domingo 7, o jornalista Guilherme Daldin, que vestia uma camiseta com a imagem do ex-presidente Lula, foi atropelado por um carro no centro de Curitiba (PR). Guilherme estava parado ao lado de um bicicletário com alguns amigos.

“Eu conversava com os amigos e o carro foi jogado contra mim, o pneu passou por cima dos meus pés”, relatou. O homem tentou fugir com o carro e quando seus amigos se aproximaram do motorista, ele ameaçou atirar, afirmando que portava uma arma.

A placa do carro foi identificada e através dela o grupo encontrou o perfil do Facebook do motorista. Em sua página, foram encontradas postagens ódio e que incitavam a morte aos apoiadores do PT.

Ao fazer o Boletim de Ocorrência na delegacia, Guilherme foi recebido por um escrivão que tinha em seu computador adesivos do candidato Bolsonaro. Em suas redes sociais, o jornalista disse que ficou aflito com a situação. “Me senti angustiado porque vivemos um processo de violência pura”, afirmou.

São Paulo

No domingo 30, na estação Sé do Metrô, em São Paulo, um grupo de pessoas, com maioria de homens vestidos com uniformes do Palmeiras foram flagrados cantando: “Ô bicharada toma cuidado, o Bolsonaro vai matar viado”.

O vídeo foi gravado por Luis Othavio Nunes, que é homossexual. Foi ele quem publicou a cena, que viralizou nas redes sociais. Luis conta que o canto começou quando torcedores do Palmeiras encontraram eleitores de Bolsonaro, que iriam para a manifestação a favor do presidenciável na avenida Paulista.

Outros casos em metrôs vem chamando a atenção. Segundo relatou em suas redes sociais o professor Ricardo Zamora, uma de suas alunas, acompanhada da namorada, foi empurrada no vão de um metrô por um homem com uma camiseta estampada com o rosto do presidenciável. Após a ação, o homem gritou “Viva Bolsonaro”.

Um Boletim de Ocorrência foi registrado e as imagens internas do metrô foram solicitadas.

Manaus

Na manhã da segunda-fera 8, o publicitário Eloi Capucho foi ameaçado de morte após uma discussão política. Ele estava sentado no banco de trás de um carro dirigido por um motorista de um aplicativo de caronas quando o motorista o puxou pelo braço e o ameaçou.

“Cala a boca, senão eu te jogo desse carro aqui, agora. Eu te mato”, afirmou, segundo Eloi. Segundo ele, o motorista estava tremendo e apresentava tiques nervosos durante a discussão.

De acordo com o jovem, as ameaças só começaram só quando começaram a discutir sobre política. Eloi se manifestou contrário ao candidato Jair Bolsonaro. “Ele atacou com discursos de ódio, dizem que gay tem que morrer mesmo”, relatou o publicitário.

Eloi foi levado à delegacia e fez um Boletim de Ocorrência.

Carta Capital


Em meio a onda de violência, Bolsonaro mantém vantagem sobre Haddad no 2º turno

A primeira pesquisa de intenção de voto no segundo turno produzida pelo Instituto Datafolha mostra que o candidato Jair Bolsonaro (PSL) está com 58% das intenções de voto, contra 42% do candidato petista, Fernando Haddad.

O resultado da pesquisa do cenário do segundo turno foi divulgada no final da tarde desta quarta-feira (10). A pesquisa foi realizada nesta mesma quarta, e tem margem de erro de 2 pontos para mais ou para menos.

A região Nordeste é a única onde o Deputado Federal do PSL perderia para Haddad, onde o petista tem 52% dos votos totais, contra 32% do capitão reformado. Bolsonaro venceria com folga na região mais populosa do país, o Sudeste, com 55% das intenções de voto. Seu melhor desempenho, no entanto, é na região Sul, com 60% das intenções de voto contra 26% do petista.

A tendência de que o eleitorado de Bolsonaro é mais masculino se confirma também no segundo turno. O militar da reserva tem a intenção de voto de 42% das mulheres, e de 57% de eleitores homens. Em relação ao voto para Haddad, a equação é invertida: o petista tem 39% das intenções de voto entre mulheres, e 33% do eleitorado masculino.

O cálculo dos votos válidos realizado pelo Instituto exclui da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos, o mesmo procedimento utilizado pela Justiça Eleitoral na divulgação dos resultados oficiais da eleição.

Nas porcentagens de votos totais, os resultados mostram intenção de voto de 49% dos eleitores em Bolsonaro, 36% em Haddad, além de 8% de intenção de votos brancos e nulos. 6% dos entrevistados não souberam responder em quem irão votar.

O Datafolha levantou também a importância do apoio dos presidenciáveis que disputaram o primeiro turno para os eleitores. Em relação a Marina Silva (Rede), seu apoio a um dos dois candidatos poderia levar 11% dos entrevistados a decidirem seu voto. No caso do de Ciro Gomes (PDT), o apoio do candidato seria importante para a decisão de 21% dos eleitores, sendo que 46% dos ouvidos afirmaram que Ciro deveria apoiar Haddad no segundo turno.

Em relação a Geraldo Alckmin (PSDB), seu apoio na escolha do segundo turno seria importante para apenas 14% dos entrevistados, e 46% deles acreditam que o tucano deveria apoiar Bolsonaro.

O Datafolha questionou os eleitores também sobre o momento em que o voto foi decidido. 63% afirmaram que decidiram os votos para presidente pelo menos um mês antes das eleições, 10% disseram que escolheram seu candidato 15 dias antes e 8% afirmaram que a decisão foi tomada apenas uma semana antes. Para 6% dos eleitores o voto foi decidido na véspera do primeiro turno, e 12% do eleitorado decidiu apenas no dia do pleito.

Foram 3.235 eleitores entrevistados, em 227 municípios brasileiros. A pesquisa foi registrada no TSE com o número BR-00214/2018, e tem nível de confiança de 95%.

Brasil de Fato


Entidade registra 15 ataques homofóbicos com motivação política desde domingo

Em meio à polarização político-eleitoral, 15 casos de agressões físicas, verbais e virtuais a pessoas LGBTI+ foram registrados em diferentes cidades brasileiras em três dias. Como resposta a esses ataques, a organização Aliança Nacional LGBTI+ abriu um canal de denúncias e divulgou nota contra a violência. Os casos de homofobia podem ser denunciados pelo e-mail aliancalgbti@gmail.com.

O diretor presidente da organização Toni Reis explica o que será feito: «Estamos colhendo as denúncias e vamos fazer uma ponte com o Ministério Público, para que os casos sejam investigados». Na nota sobre os ataques ocorridos desde o primeiro turno das eleições, no domingo (7), a Aliança se posiciona como «uma entidade pluripartidária, diversa, independente, sem qualquer vinculação política ou ideológica» e que busca «respeito e igualdade para todas e todos».

Segundo a entidade, a cada 19 horas, uma pessoa é assassinada no Brasil por conta de sua orientação sexual ou identidade de gênero. «A expectativa de vida do brasileiro é de 72 anos, mas das pessoas trans é de apenas 35 anos», diz a Aliança Nacional LGBTI no texto.

Um dos casos registrados é o da ativista trans e professora Sara York, moradora de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos (RJ), cujo carro foi depredado. «Vandalizaram meu carro. Furaram os pneus, riscaram a pintura e escreveram Bolsonaro 2018», conta.

Para a associação, «os ataques, verbais e físicos, aos direitos civis e sociais, às mulheres, à população negra, aos índios, aos migrantes, aos refugiados e, principalmente, às pessoas LGBTI+, são ataques à democracia».

Outras entidades também divulgaram levantamento de casos de violência cometidos por motivos de intolerância política. O Mapa da Violência reuniu, até o momento, mais de 30 relatos de vítimas de agressões.

Neste outro mapa , usuários coletaram mais de 30 casos de violência causados por conta do clima de polarização política. Entre eles, o assassinato de mestre Moa Katendê em Salvador, por ter declarado que votaria no candidato Fernando Haddad (PT).

Eleições 2018 – 2º TURNO – POSICIONAMENTO

PELA DEMOCRACIA, A FAVOR DOS DIREITOS HUMANOS E DA DIVERSIDADE

A Aliança Nacional LGBTI+ é uma entidade pluripartidária, diversa, independente, sem qualquer vinculação política ou ideológica, que congrega pessoas físicas afiliadas e as mais diversas formas de parcerias, tendo entre seus objetivos principais o diálogo horizontal com todas as frentes e com as diferentes bandeiras e/ou ideologias políticas, em busca da defesa dos Direitos Humanos das pessoas LGBTI+ e demais segmentos vulneráveis, alvos da exclusão social e legal.

Diante disso, não há como compactuar com o discurso de ódio, incitação à violência, fascismo. Combater ações como essas nas urnas é imprescindível. Não é possível aceitar a intolerância, pois buscamos respeito e igualdade para todas e todos.

Nos primeiros dias pós-primeiro turno, as consequências do discurso de ódio e da incitação à violência já estão se manifestando, no assassinato de um gay no Paraná, no assassinato de um apoiador declarado do outro candidato na Bahia, em agressões contra pessoas vestindo roupas vermelhas, inclusive mulheres, negros e integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, entre outros. Solicitamos a todas as instituições democráticas deste país, aos Ministérios Públicos Estaduais e Federal, às Defensorias, que investiguem, punam e tomem todas as providências cabíveis para que não haja violação dos direitos constitucionais e, principalmente, intimidação da comunidade LGBTI+. Quem tiver denúncias neste sentido, envie para aliancalgbti@gmail.com

Os ataques, verbais e físicos, aos direitos civis e sociais, às mulheres, à população negra, aos índios, aos migrantes, aos refugiados e, principalmente, às pessoas LGBTI+, são ataques à democracia. Não existe país democrático sem diversidade de ideias, modos de vida e culturas. Não há democracia sem igualdade de direitos e oportunidades. Não há democracia sem respeito aos demais cidadãos. Não há democracia sem empatia. Não há democracia quando o ódio ao próximo supera o senso de comunidade, de nação.

A violência contra a população LGBTI+ no Brasil é assustadora: a cada dia 19 horas no Brasil uma pessoa é assassinada e agredida a cada duas horas por sua orientação sexual ou identidade de gênero. A expectativa de vida do brasileiro é de 72 anos, mas das pessoas trans é de apenas 35 anos. Caso não nos posicionemos e nos organizemos em prol de um objetivo comum, corremos o risco de sofrer um retrocesso sem tamanho: a diminuição de direitos e o aumento da violência! Nossas vidas importam!

Analisados os Programas de Governos dos dois candidatos à Presidência da República, bem como os posicionamentos públicos de um e de outro, ao longo da campanha e mesmo em momentos anteriores, pelo bem-estar de todas as minorias e na busca pela proteção dos direitos humanos, não resta dúvida de que, das duas opções, as propostas do candidato Haddad são as mais comprometidas em prol da promoção da cidadania plena, posicionando-se a favor da nossa comunidade.

Pelo exposto, e considerando as notórias declarações LGBTIfóbicas do candidato Bolsonaro, o sentimento de “legitimação” que sua candidatura tem dado a pessoas e grupos que têm agredido e matado minorias nos últimos tempos e seu caráter claramente autoritário, a Aliança Nacional LGBTI+ apoia expressamente a chapa Haddad/Manuela neste segundo turno. Nos mantivemos em situação de neutralidade no primeiro turno pelo pluripartidarismo que pauta esta Aliança – mas, evidentemente, se trata de um pluripartidarismo focado na cidadania da população LGBTI+ e no enfrentamento de todas as formas de opressão a minorias e grupos vulneráveis.

Por isso, sendo você LGBTI+ ou solidário/a às nossas lutas, se acredita na democracia, na Constituição Federal e na possibilidade de uma nação mais justa e igualitária, dia 28/10 vote consciente, em favor da democracia, da igualdade de oportunidades para todas e todos, vote por um Brasil com esperança!

10 de outubro de 2018

Aliança Nacional LGBTI+

Toni Reis – Diretor Presidente

Patrícia Mannaro – Secretária Geral

Rafaelly Wiest – Diretora Administrativa

Maria Berenice Dias – Conselheira

Dimitri Sales – Conselheiro

Ananda Pucha – Coordenadora de Organismos Internacionais em Direitos Humanos

Cláudio Nascimento – Coordenador da Área Temática Políticas Públicas

Irina Bacci – Coordenadora da Área Temática Direitos Humanos

Alcimar Queiroz – Representante Municipal da Aliança Nacional LGBTI+

Dário Bezerra – Representante Municipal da Aliança Nacional LGBTI+

Luiz Mott – Grupo Gay da Bahia

Paulo Iotti – GADvS – Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual e de Gênero

Chico Pedrosa – Grupo de Resistência Asa Branca

Dimitri Sales – Conselheiro

Julian Rodrigues – Conselheiro

Ananda Pucha – Coordenadora de Organismos Internacionais em Direitos Humanos

Adesões a esta Nota podem ser feitas pelo link: https://goo.gl/forms/AKiPPmJHoyw1hW2E2

Sobre a Aliança Nacional LGBTI+ – A Aliança Nacional LGBTI+ é uma organização da sociedade civil, pluripartidária, sem fins lucrativos, com representações nas 27 Unidades da Federação. Trabalha com a promoção e defesa dos direitos humanos e cidadania da comunidade LGBTI+, nos estados e municípios brasileiros através de parcerias com pessoas físicas e jurídicas. Dialoga e constrói ações comuns com pesquisadores, ativistas, dirigentes partidários, gestores públicos, redes, organizações governamentais, comunicadores, empresários e outras pessoas comprometidas com a promoção dos direitos e da cidadania LGBTI+. Mais informações disponíveis em: www.aliancalgbti.org.br

ALIANÇA NACIONAL LGBTI

Epoca


MP-DF investiga empresa do jogo em que Bolsonaro espanca LGBTs e mulheres

O controverso «Bolsomito 2k18», jogo lançado no Steam pela desenvolvedora brasileira BS Studios, virou alvo de uma investigação do MP-DF (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios). A comissão de Proteção dos Dados Pessoais e do Núcleo de Enfrentamento à Discriminação abriu um inquérito civil público nesta quarta-feira (10) para apurar mais informações sobre o jogo.

No game, um beat’em’up no estilo de clássicos do fliperama, o jogador controla o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) em cenários nos quais ele deve enfrentar mulheres, gays, negros e integrantes de movimentos sem-terra. Para o MP-DF, além de causar danos morais coletivos a movimentos sociais, gays e feministas, o jogo «possui clara intenção de prejudicar candidato à Presidência da República e com isso embaraçar as eleições 2018».

O jogo foi lançado no dia 5 de outubro e diz ser inspirado pelo «atual momento político brasileiro», com um «cidadão de bem que está cansado da crescente corrupção e inversão de valores que abala a sociedade» como protagonista.

O «exército vermelho» é o principal adversário do jogo, que traz em suas conquistas alusões óbvias ao também presidenciável Fernando Haddad, além de Michel Temer, Dilma Rousseff, Lula, Guilherme Boulos, Manuela D’Ávila e William Bonner.

Até o momento da publicação desta notícia, o jogo tinha 123 análises de usuários, em média «muito positivas» segundo o sistema do Steam. Entre elas estão comentários como «Controlar o presidente e bater em vagabundo não tem preço» e «Relações muito bem feitas, vai ter muito mimimi da esquerda (sic)». Outros tentam enfatizar que o jogo só é «politicamente incorreto» e tem até gente pedindo por um multiplayer cooperativo General Mourão, vice-presidente da chapa de Bolsonaro.

O UOL Jogos procurou o BS Studios pela página do Facebook, porém a mesma foi apagada nesta semana. A empresa não tem site.

UOL


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