Elecciones en Brasil: con la presencia de Haddad, se realizó el cuarto debate presidencial

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Fernando Haddad fue el principal blanco de los ataques de los candidatos presidenciales durante el debate televisado

Fernando Haddad, el candidato presidencial seleccionado por el encarcelado ex mandatario brasileño Lula da Silva, fue el principal blanco de los ataques de los demás aspirantes durante el debate televisado realizado el jueves.

El aspirante de izquierda se ha posicionado en el segundo lugar en las preferencias en menos de tres semanas.

La del jueves fue la primera participación un debate televisado del abanderado del Partido de los Trabajadores (PT), desde que el pasado 11 de septiembre fuera proclamado como sucesor de Lula, preso por corrupción y lavado de dinero.

Durante los dos primeros bloques del debate, realizado en el Santuario Nacional de Aparecida, en la ciudad homónima situada en Sao Paulo, los siete principales candidatos presidenciales volvieron a abordar temas como desempleo, salud y especialmente corrupción.

Los candidatos Geraldo Alckmin y Henrique Meirelles fueron los que lanzaron la mayor cantidad de críticas a Haddad durante la primera parte del debate en TV Aparecida.

El socialdemócrata Alckmin, , cuarto con un 9 % de intención de voto, dijo que la candidatura de Haddad se anunció frente a una prisión y Meirelles culpó al Partido de los Trabajadores de Haddad por el alto índice de desempleo y los problemas económicos por los que atraviesa Brasil.

Alckmin también defendió una reforma política para cambiar lo que consideró como un «modelo equivocado» y subrayó que «quien se enriquece con la política es un ladrón».

Haddad se comprometió a recuperar el crecimiento económico. El candidato apostó por el «fortalecimiento de las instituciones para combatir la corrupción» y defendió las medidas llevadas a cabo en ese sentido por el Partido de los Trabajadores.

En el debate, promovido por la Conferencia Nacional de Obispos de Brasil y en el que estuvo ausente el ultraderechista Jair Bolsonaro, hospitalizado tras ser apuñalado, los principales candidatos a las presidenciales del 7 de octubre también apelaron la «ética política».

El PT había estado ausente en los últimos tres debates debido a su insistencia en la candidatura de Lula, quien tan solo entregó su testigo a Haddad tras ser vetado por la corte electoral y perder un sinfín de recursos ante la justicia.

De acuerdo con la encuesta divulgada por la firma Datafolha, si las elecciones presidenciales fuesen hoy, Bolsonaro, con un 28 % de apoyos, y Haddad (16 %) serían los dos más votados y tendrían que disputar una segunda vuelta, el 28 de octubre, ya que ninguno obtendría más de la mitad de los votos.

Los sondeos sitúan en tercer lugar al laborista Ciro Gomes (13 %), quien volvió a presentarse como un «ejemplo» de honestidad en la lucha contra la corrupción y se comprometió a poner freno a la «cooptación de diputados mediante el soborno».

Por su parte, la ecologista Marina Silva, la tercera candidata más votada en las dos últimas elecciones presidenciales y cuya intención de voto bajó del 8 % al 7 % en una semana, enfatizó que Brasil ha sido » derrotado por la corrupción institucional» y denunció el uso de la política para «enriquecimiento ilícito».

En el debate también participaron el líder de los Sin Techo Guilherme Boulos, del Partido Socialismo y Libertad (PSOL), y el candidato de Podemos Alvaro Dias, aunque todos ellos con menos de un 3 % de intención de voto.

Infobae


Elecciones 2018 | Debate presidencial – TV Aparecida


Haddad estreia em debate presidencial na TV Aparecida

Depois de substituir oficialmente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cabeça da chapa presidencial do Partido dos Trabalhadores (PT), Fernando Haddad participou de seu primeiro debate presidencial na TV aberta, durante o encontro promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), TV Aparecida e mídias católicas, na noite desta quinta-feira (20), em São Paulo.

Além de Haddad, Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB), Álvaro Dias (Podemos) e Marina Silva (Rede) participaram do debate. O candidato Jair Bolsonaro (PSL), não participou da atividade pois segue internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Cabo Darciolo (Patriota), também foi convidado, mas justificou a ausência alegando “incompatibilidade de agenda”. O debate teve duração de três horas e foi mediado pela jornalista Joyce Ribeiro.

O debate foi divido em cinco blocos. No primeiro, os candidatos responderam a uma pergunta feita por Don Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, que focou no tema da corrupção.

Guilherme Boulos começou a responder citando o papa Francisco sobre os direitos fundamentais das pessoas, Terra, Teto e Trabalho, e defendeu uma reforma política que acabe com a “promiscuidade” entre o público e o privado. Na mesma linha, Haddad defendeu o fortalecimento das instituições e leis que combatem a corrupção. Álvaro Dias dedicou sua fala a criticar os governos do PT e defender a Operação Lava Jato.

Ciro Gomes defendeu um novo modelo de governabilidade em que o povo seja chamado a decidir sobre temas sensíveis, “através de plebiscitos e referendos”. Henrique Meirelles usou o tempo de resposta para propagandear suas gestões a frente de empresas, bancos e instituições públicas como “exemplo” de ética. Marina Silva defendeu a autonomia das instituições de combate à corrupção e a aplicação de medidas que promovam a transparência da gestão pública.

Por último, Geraldo Alckmin defendeu a reforma política como uma ferramenta de combate à corrupção, a tipificação do crime de enriquecimento ilícito e a aplicação de um “modelo americano” de inversão do ônus da prova para agentes políticos no que se refere à comprovação da origem do patrimônio.

Embates

No segundo bloco, os candidatos fizeram perguntas entre si. Primeiro a ser questionado, o candidato do PSOL defendeu um novo modelo de governabilidade que amplie a participação da sociedade na tomada de decisões e uma maior transparência na gestão pública. “O sistema político está podre. É preciso trazer o povo para tomar as decisões. A participação popular é fundamental para reformar o sistema político”.

Marina Silva e Ciro Gomes fizeram uma dobradinha de perguntas e respostas sobre o tema da saúde. A candidata da Rede defendeu a quebra da patente para medicamentos para o tratamento da hepatite C e um tratamento mais humanizado no Sistema Único de Saúde (SUS). Já Ciro Gomes defendeu a criação de um fundo especial para premiar com até R$ 100 mil unidades de saúde que consigam atingir metas de desempenho definidas pelo governo.

Fernando Haddad se dirigiu a Geraldo Alckmin para saber sobre suas posições em relação à reforma trabalhista e à Emenda Constitucional 95, do teto dos gastos públicos, medidas apoiadas pelo PSDB durante o governo de Michel Temer (MDB). O tucano defendeu a reforma que, segundo ele, modernizou as relações de trabalho no país. E acusou o PT de haver gerado a crise econômica e os altos níveis de desemprego a que o país chegou.

Outro embate foi entre Henrique Meirelles e Fernando Haddad. O candidato do MDB perguntou ao petista como faria para recuperar a confiança no país, como a que, supostamente, ele próprio teria construído durante os governos Lula e Michel Temer. “O senhor deve ter recuperado a confiança dos banqueiros, mas não do povo brasileiro”, devolveu Haddad. Na réplica, Meirelles afirmou que “não houve tempo para resolver todos os problemas criados pelo governo do PT”.

Perguntas dos jornalistas

No terceiro bloco, os candidatos responderam a perguntas feitas por jornalistas de emissoras de televisão católicas sobre temas previamente definidos. Fernando Haddad foi o primeiro a responder sobre o tema da migração. “A tradição brasileira é de acolhimento. Eu mesmo sou filho de imigrante libanês que encontrou no Brasil um lugar para viver e criar seus filhos”.

Segundo Haddad, São Paulo se tornou referência durante sua gestão a frente da prefeitura, em relação a políticas de acolhimento de migrantes, e destacou o papel do Brasil no combate à intolerância. “Nós entendemos que o Brasil tem um importante papel nesse tema, inclusive para combater a intolerância. O Brasil tem que plantar paz para colher paz”.

Perguntado sobre o desemprego, Henrique Meirelles acusou o governo Dilma de ser o responsável pelo crescimento da dívida pública que, segundo ele, foi o responsável pelos mais de 14 milhões de desempregados que existem hoje. “O país começou um processo de recuperação, mas é necessário muito mais. Sou o candidato a presidente da República porque quero nos próximos quatro anos criar dez milhões de empregos no Brasil”, prometeu.

Álvaro Dias falou sobre segurança e prometeu rigor no controle das fronteiras para evitar a entrada de drogas e armas no país.

Ciro Gomes falou sobre urbanização, corroborou o dado ofertado pelo candidato do PSOL, Guilherme Boulos, sobre haver “mais casas sem gente do que gente sem casa” e se comprometeu a realizar uma reforma urbana.

Marina Silva foi perguntada sobre o tema do feminicídio e se comprometeu a criar políticas de proteção à vida das mulheres, além de trabalhar para acabar com a diferença salarial entre mulheres e homens.

O candidato tucano falou sobre reforma política, a qual qualificou como “essencial”, e defendeu a redução do número de partidos políticos no Brasil. “Precisamos ter menos partidos, partidos mais programáticos”, defendeu o candidato, que tem a maior coligação de partidos nas eleições de 2018 (PSDB, PP, PTB, PSD, SD, PRB, DEM, PPS, PR).

O último a responder foi Guilherme Boulos e falou do tema trabalho infantil. «É fundamental dar oportunidade para as crianças. Elas precisam estar na escola, e não nas ruas, trabalhando. Defendemos a lista suja do trabalho infantil. Com trabalho infantil não se brinca, se enfrenta». E aproveitou para criticar a reforma trabalhista. “Vamos revogar, chamando o povo a decidir”.

Reforma da mídia e CPMF

No quarto bloco, os candidatos voltaram a fazer perguntas entre si. Guilherme Boulos questionou Ciro Gomes sobre a regulação dos meios de comunicação. O pedetista afirmou que “não há força política” para esse enfrentamento, e defendeu o financiamento de meios de comunicação mantidos por organizações sociais e uma redistribuição dos recursos destinados à publicidade do governo.

“As vozes do Brasil são diversas e não estão representadas na rádio e na televisão no Brasil”, respondeu Boulos, ao defender que se abra um debate nacional sobre a regulação dos meios de comunicação, no sentido de fazer cumprir a Constituição.

Henrique Meirelles e Marina Silva fizeram uma dobradinha para criticar a proposta de recriação da CPMF, dita pelo economista Paulo Guedes, «guru econômico» de Jair Bolsonaro. “Eu sou contra a reedição da CPMF. Eu fiquei vendo essa confusão entre o Jair Bolsonaro e o seu economista mor, que ele chama de ‘posto Ipiranga’, e o que eu vejo é que já há um incêndio no ‘posto Ipiranga’”, respondeu.

Considerações finais

No quinto e último bloco, os candidatos responderam perguntas feitas por bispos e arcebispos da CNBB. Fernando Haddad falou sobre o tema da Campanha da Fraternidade de 2018, a violência. O candidato petista atribuiu a crescente violência no Brasil à forte desigualdade de oportunidades para os brasileiros. “Deus distribui talento democraticamente. Cabe aos homens distribuir as oportunidades democraticamente”.

Ciro Gomes teve que expor sua posição em relação ao agronegócio e à agricultura familiar. Defendeu o aumento do crédito para os pequenos agricultores, o fortalecimento da assistência técnica e uma melhor distribuição da terra. Por outro lado, afirmou que o “agronegócio cumpre um papel importante” no equilíbrio da economia brasileira.

Dom Guilherme Werlang, bispo da cidade de Lages (SC) criticou a aprovação da Emenda Constitucional 95 ao se dirigir a Geraldo Alckmin para saber sua posição em relação ao tema. O tucano afirmou que “em São Paulo nós tivemos deficit primário e nunca precisamos de PEC do teto dos gastos”. Mas defendeu a Emenda 95, justificada na crise econômica que, segundo ele, foi criada pelos governos do PT.

Temas como a desigualdade, a violência contra os povos indígenas, aborto e a intolerância também foram e perguntados aos candidatos. Nas considerações finais, a maioria das falas se dirigiram a criticar a polarização e o “extremismo”. Guilherme Boulos chamou os eleitores a votar pela consciência, sem medo ou ódio. “Estamos a 15 dias da eleição e muita gente está preocupada com o futuro do país, com medo do retrocesso”, disse.

Fernando Haddad relembrou o legado dos governos do ex-presidente Lula e pediu a confiança do eleitorado. “Nós podemos voltar a ser felizes de novo”.

Álvaro Dias citou o papa Francisco e condenou a polarização política, na mesma linha de Ciro Gomes. “A polarização e o extremismo está infernizando a vida do Brasil. Eu quero ser o presidente da união”, disse o pedetista.

Henrique Meirelles afirmou ser o candidato da “terceira via” e afirmou que “tirou o país da crise nos últimos dois anos”.

Marina Silva também criticou a polarização e a hegemonia partidária. “PT, PSDB, MDB e DEM já tiveram a sua chance. Chegou o momento de ficarem quatro anos no banco de reserva”.

Geraldo Alckmin chamou a candidatura de Bolsonaro de «aventura» e criticou o adversário e os governos do PT. “Agora é a hora de fazer uma grande conciliação nacional”, finalizou.

Brasil de Fato


Alckmin ataca Haddad em debate de candidatos à Presidência

O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, partiu para o ataque ao ser questionado por Fernando Haddad (PT), que participa de seu primeiro debate nessa disputa, sobre a reforma trabalhista e a PEC do Teto de Gastos.

Alckmin disse que todo partido deveria fazer autocrítica, especialmente o PT, mas que o partido de Haddad, «ao invés de fazer autocrítica lança candidatura na porta de penitenciária». Haddad teve a candidatura oficializada em frente à sede da PF em Curitiba, onde está preso o ex-presidente Lula.

Alckmin afirmou ainda que não precisaria do teto de gastos se os governos do PT não tivessem debilitado tanto a economia. O tucano ainda devolveu que foi o PT «quem escolheu o Temer», que era vice de Dilma. «Quem escolheu o Temer foi o PT. Aliás, reincidentes, porque escolheram o Temer duas vezes», disse.

Folha Pe


As propostas de candidatos mencionadas no debate entre presidenciáveis

A TV Aparecida realizou nesta quinta-feira, 20, o quarto debate entre presidenciáveis das eleições 2018. Participaram do encontro sete candidatos: Alvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede).

Líder nas pesquisas de intenção de voto, o deputado federal Jair Bolsonaro, candidato a presidente pelo PSL que se recupera do atentado sofrido em Juiz de Fora (MG), segue internado no Hospital Albert Einstein e não participou do encontro. Cabo Daciolo, candidato pelo Patriota, foi convidado e não compareceu.

Propostas mencionadas durante o debate entre presidenciáveis

Durante o debate na TV Aparecida, os presidenciáveis apresentaram e comentaram propostas nas áreas de segurança pública, saúde, economia, sistema tributário, igualdade de gênero, demarcação de terras indígenas e combate à corrupção, entre outros temas. Veja abaixo os principais projetos e intenções dos candidatos, em ordem alfabética, para cada área citados durante o encontro, que contou ao todo com cinco blocos:

Alvaro Dias (Podemos)

Alvaro Dias, presidenciável pelo Podemos, no debate da TV Aparecida Foto: Gustavo Cabral/ A12
Assim como em debates presidenciais anteriores, Alvaro Dias colocou o combate à corrupção como uma de suas prioridades caso seja eleito. O candidato do Podemos defendeu a eliminação do foro privilegiado e a transformação da operação Lava Jato em uma política de Estado. “Nos submetermos todos à lei e sermos iguais é a ideia fundamental da refundação da república”, afirmou.

Na área da segurança pública, o candidato definiu como prioridades a atenção ao financiamento, capacitação de policiais e indução de políticas corretas. Ele também defendeu investimentos em inteligência, integração de forças policiais nas regiões de fronteira e valorização dos profissionais da área.

Na economia, Alvaro Dias pregou a independência do Banco Central e a realização de uma auditoria da dívida pública brasileira. O presidenciável também defendeu a realização de reformas da previdência e do sistema tributário.

Ciro Gomes (PDT)

Para fortalecer o combate à corrupção e promover a ética na política, Ciro Gomes defendeu quatro alternativas: proposição de ideias para que as pessoas não elejam “pessoas”; proposição de mudanças na legislação nos primeiros momentos do governo para aproveitar a “força popular”; trocar as reformas por um novo pacto federativo; e a participação popular em situações de impasse no governo, por meio de referendos e plebiscitos.

Na saúde, Ciro defendeu a centralização da licitação de medicamentos e a implantação de prêmios para unidades básicas de saúde que cumpram metas de satisfação do usuário e de prevenção de doenças como diabetes e hipertensão. A ideia é dar R$ 100 mil para cada unidade de alcançar os objetivos.

O candidato do PDT também defendeu uma reforma urbana, com o aproveitamento de imóveis vazios pertencentes ao Estado nos centros das cidades para equacionar problemas de moradia. “Temos que começar por aí, é a lei do menor esforço”, disse Ciro.

Ciro também defendeu uma reforma no sistema tributário e voltou a citar a tributação de lucros e dividendos.

Por fim, o candidato apontou a possibilidade de um programa de compras governamentais de produtores da agricultura familiar.

Fernando Haddad (PT)

Em seu primeiro debate como candidato a presidente pelo PT, Fernando Haddad defendeu a revogação da reforma trabalhista e do teto de gastos aprovado durante o governo de Michel Temer e o investimento em áreas sociais.

Para combater a corrupção, Haddad defendeu o fortalecimento de instituições como Controladoria, Polícia Federal e Ministério Público. Ele também defendeu a individualização daqueles que cometerem ilícitos, com punições exemplares.

Na imigração, o ex-prefeito de São Paulo disse que pretende expandir para todo País a política de acolhimento de imigrantes promovida por sua gestão na capital paulista. “Nós entendemos que o Brasil tem um grande papel nesse tema. A intolerância está crescendo no mundo e o Brasil é um exemplo de paz”, disse.

Em sua proposta mais elaborada apresentada durante o debate na TV Aparecida, Haddad propôs a fixação de um imposto de valor agregado para reunir todos os outros impostos sobre consumo. O objetivo, de acordo com ele, é diminuir a carga tributária para os mais pobres. O petista afirmou que seu projeto garantirá a receita de impostos para Estados durante a transição do sistema tributário, evitando queda de arrecadação.

Na área da segurança pública, o ex-prefeito de São Paulo sugeriu a criação de um sistema único de segurança. Ele também defendeu o trabalho integrado de prefeitos e governadores na organização dos territórios para coibir violência. Haddad também defendeu a federalização de crimes relacionados à organizações criminosas e priorizou o combate a homicídios, estupros e roubos.

Geraldo Alckmin (PSDB)

O presidenciável tucano afirmou que pretende tipificar o crime de enriquecimento ilícito como forma de combater a corrupção. Além disso, Geraldo Alckmin também sugeriu a inversão do ônus da prova para funcionários estatais.

O ex-governador de São Paulo voltou a falar sobre a necessidade de uma reforma política que reduza o número de partidos no Brasil, argumentou pela adoção do sistema distrital misto e disse que pretende acabar com o voto obrigatório.

Alckmin voltou a defender a implementação de um imposto único, a realização de uma reforma da previdência e a manutenção da reforma trabalhista.

Na economia, o tucano disse defender uma “agenda de competitividade” e prometeu acabar com a necessidade de autorização do Presidente da República para a entrada de um banco estrangeiro no Brasil.

Alckmin também se comprometeu a apoiar crédito a juro zero para o micro e pequeno empreendedor.

Na educação, ele disse que pretende investir na educação básica e no ensino infantil e que o objetivo é zerar a falta de vagas na pré-escola.

Guilherme Boulos (PSOL)

Para reformar o sistema político, Guilherme Boulos propôs o combate ao poder econômico na política e sugeriu o fim de qualquer possibilidade de financiamento privado de campanhas eleitorais. Além disso, o candidato do PSOL também defendeu maior transparência e participação popular nas decisões do governo, por meio de plebiscitos, referendos e conselhos.

O presidenciável também disse que, se eleito, deverá convocar um referendo para revogar a reforma trabalhista e o teto de gastos públicos.

Para trabalhar pela igualdade de gênero, Boulos prometeu a criação de uma lista suja do machismo, na qual seriam inscritas empresas onde fossem constatadas desigualdades salariais entre homens e mulheres. Estas empresas seriam impedidas de tomar empréstimos com bancos públicos e fazer negócios com o governo.

Na mesma linha, o presidenciável sugeriu a federalização da lista suja do trabalho infantil, na qual empresas flagradas em situação irregular teriam seus registros cassados.

Na área da comunicação, o candidato do PSOL disse que pretende democratizar o acesso à mídia por meio da valorização de TVs públicas e comunitárias.

Boulos sugeriu a desmilitarização da polícia e a descriminalização das drogas como estratégias de segurança pública. “Temos que tratar o abuso de substâncias químicas como problema de saúde pública”, afirmou.

Henrique Meirelles (MDB)

O ex-ministro repetiu o tom do discurso adotado em debates anteriores ao colocar como prioridade de seu governo o crescimento econômico do País. Uma de suas promessas é criar dez milhões de empregos.

Na segurança pública, o ex-ministro da Fazenda sugeriu a criação de um sistema nacional de informações que possa trabalhar junto com as polícias nos Estados. Ele também propôs tratados com países vizinhos para o combate à violência nas fronteiras.

Outra proposta de Meirelles apresentada durante o debate foi garantir o ensino em tempo integral em todas as escolas de ensino médio e fundamental. Ainda na educação, ele sugeriu que o Prouni fosse estendido para creches.

Na área tributária, o emedebista disse ser contrário à criação de uma nova CPMF. “É um exemplo do que não pode ser feito”, afirmou.

Marina Silva (Rede)

Na área do combate à corrupção, Marina Silva disse que sua proposta recebeu contribuições da Transparência Internacional e declarou que pretende tomar medidas para garantir a autonomia do Ministério Público e da Polícia Federal.

Um das propostas citadas pela presidenciável da Rede para a saúde durante o debate na TV Aparecida foi dividir o País em 400 regiões, onde seriam nomeadas (por meio de concurso público) autoridades nacionais para atuar em parceria com autoridades dos municípios e Estados. A candidata prometeu também quebrar patentes de medicamentos de alto custo e incentivar a formação de médicos generalistas.

Marina disse que é contra a recriação da CPMF e disse que sua proposta é promover uma reforma tributária de descentralize recursos. “Temos que fazer uma reforma tributária que ajude que o dinheiro não fique só na União”, disse. A candidata também afirmou ser favorável a impostos progressivos.

Outra proposta de Marina é a implementação de um sistema nacional de segurança pública e o investimento em melhores remunerações para policiais.

Por fim, a candidata também disse que pretende manter nas mãos da Presidência da República a prerrogativa de demarcação de terras indígenas.

Primeiro debate eleitoral com Fernando Haddad

O debate entre os presidenciáveis na TV aparecida foi o primeiro a contar com a participação de Fernando Haddad, antigo candidato a vice que foi promovido à cabeça de chapa do PT depois que a Justiça Eleitoral rejeitou a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Lava Jato.

No encontro, Haddad foi um dos alvos principais e teve de responder ataques de seus concorrentes aos governos de Lula e Dilma Rousseff. Geraldo Alckmin, Henrique Meirelles, Ciro Gomes e Alvaro Dias criticaram falhas e omissões das gestões petistas no Planalto.

O ataque mais duro partiu do candidato do Podemos. Dias afirmou que Haddad era um “porta-voz da tragédia” e «representante do caos».

Estadao


Candidatos terão 25 seguranças; família de Bolsonaro pede proteção

Cada candidato à Presidência da República terá 25 agentes da Polícia Federal na segurança pessoal, segundo afirmou o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, nesta quarta-feira (19) em São Paulo. A medida ocorre após o candidato Jair Bolsonaro (PSL) ter sido atingido por uma facada em Minas Gerais em 6 de setembro.

De acordo com o G1, Jugmann informou que, no dia em que Bolsonaro levou uma facada, 21 agentes da PF faziam a proteção dele, além de integrantes das Polícias Civil e Militar local.

Nesta semana, a PF deverá apresentar um relatório sobre avaliação de risco em relação à filha e à esposa de Bolsonaro. Elas também pediram proteção da PF.

“Todos os candidatos terão 25 agentes e devo receber nesta semana ainda uma análise da PF sobre segurança da filha e da esposa do Bolsonaro, que pediram. Vai vir um parecer da PF para que eu possa decidir sobre isso”, afirmou o ministro.

Segundo Jungmann, não havia indícios de que Bolsonaro seria atacado. “Você tem uma análise de risco e Bolsonaro tinha a maior equipe de segurança, já era indicativo pelo número de seguranças que o risco era maior, mas se tivéssemos (informação de indício do ataque) iríamos atrás para prevenir e não permitir que isso acontecesse”, destacou.

Piacabucu News


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