La Policía brasileña pide transferir a Lula a una prisión de las Fuerzas Armadas

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Policía brasileña pide transferir a Lula da Silva a prisión de Fuerzas Armadas

El Sindicato de Comisarios de la Policía Federal del estado brasileño de Paraná solicitó este miércoles que el ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) sea transferido a una prisión de las Fuerzas Armadas «de forma inmediata».

El Sindicato divulgó un comunicado en el que justificó la solicitud por los riesgos que su presencia provoca a los residentes de la región.

El ex mandatario está preso desde el sábado pasado en la sede de la Policía Federal en Curitiba, capital regional de Paraná (sur de Brasil).

«Hay comprobados riesgos a la población que reside alrededor del edificio de la Policía Federal, a los policías federales y demás integrantes del sistema de seguridad pública que vive en las inmediaciones de la sede de la Policía Federal», aseguró el texto.

La nota alertó que «algunos invasores (…) ya se instalaron en barracas y determinadas estructuras» alrededor del edificio de la Policía Federal y que están «promoviendo acciones en el sentido de intimidar».

La presencia de Lula ha provocado manifestaciones en favor y en contra en las inmediaciones del edificio de la Policía Federal, con enfrentamientos incluso entre ambos grupos.

Lula está recluido en una celda especial en cumplimiento de la orden judicial dictada por el juez federal Sérgio Moro, responsable en primera instancia del caso de corrupción en la petrolera estatal Petrobras.

El ex presidente fue condenado en segunda instancia a 12 años y un mes de prisión por corrupción pasiva y lavado de dinero, acusado de haber recibido un departamento de la constructora OAS a cambio de favorecer a la empresa en contratos con Petrobras.

América Económica


Sindicato da Polícia Federal pede transferência de ex-presidente Lula

O Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do Paraná (SinDPF/PR) enviou ontem (11/04/201) um ofício à Superintendência do órgão no estado pedindo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – que cumpre pena em sala especial no prédio da PF em Curitiba – seja transferido.

O sindicato argumenta que a grande movimentação no local, com manifestações, em decorrência da prisão do ex-presidente tem provocado transtornos aos moradores da região e prejudicado atividades de trabalho dos policiais.

Em nota à imprensa, o sindicato diz que solicitou no pedido “a transferência imediata do ex-presidente para uma unidade das Forças Armadas, que possua efetivo e estrutura à altura dos riscos envolvidos”.

O SinDPF/PR diz na nota que o bloqueio de acessos e ruas próximas ao local onde Lula cumpre pena está “causando graves inconvenientes e atrasos nos atendimentos e ações policiais” e que por conta disto os policiais federais envolvidos nesta operação de segurança estariam “sem poder desenvolver suas atividades policiais normalmente”.

De acordo com o ofício enviado à direção da PF paranaense, a presença do ex-presidente na superintendência poderia resultar em “transtornos e riscos à população e aos funcionários da Polícia Federal”, bem como à rotina do órgão, em especial no que se refere à prestação de serviços como emissão de passaportes e questões relacionadas a produtos químicos, segurança privada, armas e emissão de certidões de antecedentes criminais.

Para evitar que as manifestações ocorram na proximidade do prédio, o acesso ao local foi bloqueado para não moradores da região. “Há comprovados riscos à população que reside no entorno do prédio da PF, aos policiais federais e demais integrantes do sistema de segurança pública que moram nas imediações da sede da Polícia Federal, ao passo que alguns invasores, que já se instalaram com barracas, já estão promovendo ações no sentido de intimidar estas pessoas”, diz a nota. “Outrossim, outros policiais federais e moradores estão informando, extraoficialmente, que temem pela segurança de suas famílias em face das ameaças e presença de tais manifestantes”, completou a nota do SinDPF/PR.

A Polícia Federal informou que é responsabilidade da Justiça decidir sobre transferência de um preso.

Jornal Montes Claros


Acampamento Lula Livre segue crescendo ‘Estamos prontos para vigília permanente’

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta seu quinto dia de cárcere em Curitiba. Ele se encontra na Superintendência da Polícia Federal após ter cumprido, no sábado (7), um mandado do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba. Lula pode estar só em sua cela, porém, do lado de fora, apoiadores tentam cercá-lo de solidariedade. Todos os dias, pela manhã, os presentes gritam «bom dia» em coro para o ex-presidente.

Nesta manhã não foi diferente. Após o «bom dia», teve início uma extensa agenda de atividades no acampamento levantado no local. Além do sociólogo Jessé de Souza, passaram por lá lideranças indígenas e moradores da cidade. «Moro aqui no bairro de Santa Cândida, duas quadras abaixo. Abri as portas da minha casa para que as mulheres possam tomar banho, para colaborar. A manifestação está muito bem organizada, não atrapalham em nada nosso convívio. E aqui, estão lutando por quem está em casa. Sempre com muito respeito», disse a curitibana Rosa.

A liderança indígena Txahá Yohã esteve no acampamento Lula Livre e disse algumas palavras aos presentes. «Não podia deixar de vir aqui. Vim aqui não só pelos povos indígenas, mas por todos os povos invisibilizados do mundo. Se fazem isso com um homem do povo, nosso Nobel da paz, nosso candidato… Esses vagabundos estão pisando na nossa galinha dos ovos de ouro. O homem que levou um país subdesenvolvido a ser um país de grande futuro», disse. «Por causa de Lula e Dilma me formei em uma universidade federal, me especializei e meu povo indígena hoje é sujeito de nossas histórias.»

«Não podemos deixar isso, prenderam um inocente. Uma pessoa que temos, graças a ele, educação no campo, leis que mostram que os indígenas ainda existem. Éramos milhões e hoje somos 300 povos, falamos mais de 200 línguas. Agradeço ao povo dessa cidade que está nos apoiando, tem muita gente boa em todo lugar, estão nos acolhendo nas casas deles, estão aqui nos prestigiando. É possível que todos sejamos bons, que o morador de rua esteja aqui comigo. Não vamos desistir nunca», completou.

Também passou pelo acampamento a chef de cozinha paulistana Bel Coelho, que saudou as cozinheiras do acampamento que pertencem, na maior parte, ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). «Trabalho só com produtos agroecológicos, muitos que vêm de comunidades do MST. Esse movimento é o movimento mais importante hoje, que é fortalecer o campo. Alimento bom e limpo. Infelizmente temos retrocessos cada vez maiores com a aprovação de agrotóxicos que beneficiam o agronegócio, então, precisamos fortalecer o outro lado», disse.

«Vim mais para me disponibilizar e fazer conexões entre cidades e o campo. Estou nessa luta por um alimento mais saudável e em harmonia com as florestas, com todos os aspectos da sociedade. Todos aqui são guerreiras e guerreiros», disse. A chef também falou sobre a importância do voto consciente para cargos do Legislativo, além da luta pela liberdade de Lula para que possa ser candidato à presidência. «Precisamos fazer nossas campanhas dos nossos candidatos, mas sabemos o poder que as bancadas da bala e do boi têm», apontou. «A conversa diária não é só mais pela legalidade, pelo Lula livre, mas sim pela defesa da candidatura de quem defenda essas bandeiras.»

A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann (PR), também passou o dia no acampamento e conversou com os moradores do bairro. «Qual bandido teria um acampamento destes em frente de onde está detido? Qual bandido teria a visita de nove governadores? É um absurdo o que está acontecendo. Estão levando o Brasil para o caos. Temos miséria novamente», disse.

Orientações e reforço

As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo estão mobilizadas em torno da resistência pela liberdade de Lula. Para os movimentos, o fortalecimento da união popular em torno da causa é o que vai trazer resultados. Entre as diretrizes apontadas como estratégicas no momento estão: fortalecer o acampamento Lula livre em Curitiba, reforçar a mobilização internacional de solidariedade ao ex-presidente, fazer de 17 de abril o dia nacional de mobilizações contra o golpe, promover um encontro de personalidades em Curitiba no dia 18 de abril, e realizar um 1º de maio massivo e unitário em defesa da democracia.

Neste sentido, o acampamento segue forte. De acordo com informações da CUT, os ônibus de ativistas em defesa de Lula continuam a chegar na capital paranaense. «Desde o anúncio da prisão política do ex-presidente Lula, caravanas de agricultores familiares não param de chegar. Só do estado do Paraná mais de 150 pessoas ligadas à Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf) passaram pelo acampamento nos últimos dias. Além disso, caravanas vindas de outros estados como Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina estão programadas para vir a Curitiba», afirma a central.

Para o secretário de Finanças da CUT Paraná e coordenador da Fetraf no estado, Neveraldo Oleboni, mais do que prestar solidariedade ao ex-presidente, os agricultores estão defendendo um legado. «O ex-presidente fez com que a nossa agricultura familiar saísse de um patamar de extrema pobreza e passasse a ser realmente uma categoria produtora de alimentos de qualidade reconhecida e deu uma qualidade de vida melhor e dignidade ao povo do campo», disse.

O agricultor Elizandro Paulo Krait, que está em Curitiba, disse que «estamos prontos para fazer uma vigília permanente, com muita vontade e certeza que a justiça será feita um dia neste país. O Lula vai ser livre e acima de tudo vamos provar a inocência do ex-presidente. Nós sabemos tudo o que ele fez para a classe trabalhadora, especialmente aos agricultores familiares».

Brasil 247


Senadores aprovam vistoria em cadeia para visitar Lula

A Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou a realização, nesta quarta-feira,12, de uma diligência na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. A finalidade é analisar as condições de encarceramento a que estão sendo submetidos os presos no local, dentre eles o ex-presidente Lula.

A solicitação, de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), ocorreu após a juíza Carolina Moura Lebbos negar a solicitação do senador Roberto Requião (MDB-PR) para que ele, outros dois senadores e nove governadores – entre eles Camilo Santana (PT) – visitassem o petista. De acordo com a juíza ‘’não há fundamento para a flexibilização do regime geral de visitas» na carceragem da Polícia Federal.

Em outra frente de ação, parlamentares do Partido dos Trabalhadores conseguiram aprovar em Plenário a criação de uma comissão externa, com finalidade semelhante. Doze senadores irão verificar as condições em que se encontram o ex-presidente. Na apresentação do requerimento, os apoiadores de Lula levaram cartazes de apoio ao petista e gritaram “Lula livre”. Conforme o pedido, a ação não irá gerar ônus ao Senado.

O Povo

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