Brasil: la Fiscalía acusa a exalcalde de San Pablo de recibir sobornos de Odebrecht

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Lava Jato: Fiscalía de Brasil acusa a exalcalde de Sao Paulo de recibir US$ 6.3 millones

La Fiscalía instauró una acción judicial contra el ministro brasileño de Ciencia y Tecnología, Gilberto Kassab, por supuestamente haber recibido en caja B «más de 21 millones de reales» (unos US$ 6.3 millones) de Odebrecht entre el 2008 y 2012, cuando era alcalde de Sao Paulo.

El Ministerio Público de Sao Paulo pidió a la Justicia que bloquee, de manera cautelar, «cerca de 85 millones de reales» (unos US$ 25.8 millones), valor que «equivale a la cuantía que él (Kassab) recibió de la empresa y una multa tres veces mayor» de lo supuestamente cobrado, según señaló un comunicado del

La acción se basa en un acuerdo de las autoridades con la constructora Odebrecht mediante el cual la empresa confesó su participación en un cartel formado por una veintena de compañías, las cuales se organizaron entre el 2008 y 2015 para manipular licitaciones de obras públicas en el estado de Sao Paulo.

Odebrecht aportó «evidencias de conductas anticompetitivas consistentes en acuerdos para la fijación de precios, condiciones comerciales y ventajas en licitaciones», afirmó en una nota el Consejo Administrativo de Defensa Económico (Cade), órgano vinculado al Ministerio de Hacienda, que abrió una investigación para depurar el caso.

Exejecutivos de Odebrecht de la constructora relataron que pasaron esa cantidad al hoy ministro del Gobierno del presidente Michel Temer para distintas campañas electorales cuando se desempeñaba como Alcalde de Sao Paulo, cargo que ocupó desde el 2006 hasta 2012.

Ese acuerdo con Odebrecht, que colabora en diferentes investigaciones sobre las prácticas ilícitas que cometió en varios países tras haber admitido su participación en la red corrupta destapada en la petrolera estatal Petrobras, no fue homologado aún por la Justicia, pero la acción contra Kassab ya fue propuesta por la Fiscalía.

Además de contra Kassab, el Ministerio Público de Sao Paulo también instauró sendas acciones judiciales contra dos exsecretarios municipales y un exconcejal.

Kassab ya fue citado, junto a otros ministros del Ejecutivo, en los testimonios a la Justicia de 77 exdirectivos de Odebrecht en los que relataron, en otro acuerdo, las prácticas corruptas cometidas en el marco del caso Petrobras y a partir de los cuales la Corte Suprema instauró un total de 76 investigaciones contra casi 100 políticos aforados.

El ministro de Ciencia y Tecnología manifestó en un comunicado que «recibió con extrañeza» la apertura de la acción «a las vísperas del receso judicial» y aseguró que «aguarda con serenidad los argumentos utilizados por el Ministerio Público para demostrar la legalidad de todos los actos de su gestión, como ha pasado en otras ocasiones».

Gestión


MP de São Paulo ajuiza ações contra Gilberto Kassab por improbidade administrativa

O Ministério Público de São Paulo ajuizou nesta terça-feira quatro ações por atos de improbidade administrativa contra ex-prefeito da capital paulista e atual ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, do PSD, e outras cinco pessoas, no âmbito de um Termo de Autocomposição, que é uma nova modalidade de acordo de leniência, com a Odebrecht.

De acordo com o Ministério Público, a empresa relatou que entre 2008 e 2012, repassou a Kassab mais de 21 milhões de reais, em valores da época, como caixa 2 eleitoral.

A Odebrecht teria pago esse valor sem uma contrapartida específica, somente para ter «melhor entrada» junto à gestão do então prefeito, segundo os colaboradores da empresa.

Na ação específica contra o ex-prefeito, os promotores de Justiça do Patrimônio pedem à Vara da Fazenda Pública que torne indisponíveis, liminarmente, cerca de R$ 85 milhões do ex-prefeito, o que equivale à quantia que ele recebeu da empresa, e uma multa de três vezes esse valor.

As outras 3 ações envolvem dois ex-secretários de Kassab Orlando de Almeida Filho (Habitação) e Elton Santa Fé (Controle Urbano) e o ex-vereador Francisco das Chagas do PT.

Na ação contra Orlando de Almeida Filho, a Odebrecht alega que contratou a empresa do filho dele para efetuar pagamentos de propina em torno de 6 milhões de reais e também como forma de adiantar o licenciamento de uma obra de grande porte em um terreno próximo à marginal Pinheiros.

Na ação contra Elton Santa Fé, o ex secretário é acusado de pedir adiantamento de propina de cerca de 200 mil reais à Odebrecht para efetuar a abertura de um canteiro de obras do túnel Roberto Marinho, uma via que ligaria a avenida de mesmo nome, na zona sul de São Paulo, com a rodovia Imigrantes. A obra está atualmente suspensa.

Na ação contra o ex-vereador Francisco das Chagas, os colaboradores da Odebrecht dizem que ele recebeu cerca de 30 mil reais de caixa 2 eleitoral nas eleições de 2010.

Pelo acordo, a empresa ressarcirá à prefeitura de São Paulo em cerca de 35 milhões em multas. Mas o acordo ainda precisa de homologação do Judiciário, de acordo com os promotores.

O promotor Silvio Marques ainda disse que a ação foi ajuizada nesta terça-feira, antes do recesso judiciário, porque o processo de improbidade administrativa contra o ex-prefeito Kassab e demais envolvidos prescreveria no próximo dia 31 de Dezembro.

Em nota, a assessoria de Gilberto Kassab disse estranhar o ajuizamento de ação às vésperas de recesso judicial, mas que aguarda com serenidade os argumentos utilizados pelo Ministério Público para demonstrar a legalidade de todos os atos de sua gestão, como tem acontecido em outras situações.

Já a Odebrecht mandou nota falando que está colaborando com a Justiça no Brasil e nos países em que atua e está comprometida a combater e não tolerar a corrupção em quaisquer de suas formas.

Os outros citados pelo MPSP não foram localizados pela reportagem.

Radio Agencia Nacional

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