Brasil: el Congreso define si Temer va a juicio por corrupción, mientras el mandatario permanece internado por control médico

877

El Congreso de Brasil vota este miércoles sobre juzgar por corrupción al presidente Michel Temer

La cámara baja del Congreso Nacional de Brasil se prepara para votar sobre un posible juicio al presidente del país, Michel Temer, acusado de supuestamente liderar una organización delictiva y de obstrucción de la justicia. Es la segunda vez que Temer se enfrenta a una votación de este tipo en medio de una letanía de escándalos que han lastrado su mandato desde que sustituyó a Dilma Rousseff, quien fue sometida a juicio político y cesada del cargo el año pasado. Los cargos contra Temer parten de una amplia investigación sobre corrupción que ha salpicado a docenas de políticos y destacados empresarios en los tres últimos años.

A continuación, un vistazo a cómo llegó Brasil a esta situación y que ocurrirá en adelante:

LOS CARGOS

La fiscalía alega que el gobierno de Brasil funcionó durante años como un cártel de facto, con los partidos políticos en el poder vendiendo favores, votos y nombramientos a poderosos empresarios. Según sugiere la acusación, cuando Temer llegó a la presidencia el año pasado, se hizo cargo de la organización delictiva, y su partido ha recibido desde entonces unos 190 millones de dólares en sobornos.

Temer está acusado también de obstrucción a la justicia, en parte por «instigar» el pago de mordidas al ex presidente de la Cámara Eduardo Cunha, que está cumpliendo una sentencia de 15 años de prisión por corrupción y que se cree que guarda muchos secretos sobre otros políticos. Temer ha negado los cargos y dijo que el fiscal jefe que lideró la pesquisa le guarda rencor.

LA VOTACIÓN

Como Temer es un presidente en activo, no puede ser juzgado a no ser que dos tercios de los legisladores de la Cámara de Diputados acepten los cargos. Si lo hacen, el presidente de la Cámara de Diputados, Rodrigo Maia, un aliado de Temer, asumiría la presidencia de forma interina durante el proceso. Si no se alcanza esa cifra, los cargos contra Temer quedarían suspendidos y continuaría con su mandato, que terminará el 31 de diciembre de 2018. La fiscalía podría decidir juzgarlo una vez abandone el cargo. El debate en la Cámara podría prolongarse varios días.

¿QUÉ POSIBILIDADES TIENE TEMER?

Aunque la popularidad de Temer está bajo mínimos -el mes pasado su índice de aprobación bajó al 3%- sigue teniendo muchos aliados en el Congreso, donde tiene una reputación de hábil negociador. Muchos legisladores enfrentan también cargos por corrupción y se han apresurado a protegerse en la medida de lo posible. Cuando se enfrentó a cargos de soborno a principios de año, Temer convenció a 263 diputados para que lo respaldasen, muchos más de los 171 que necesitaba, con promesas de nombramientos políticos y cientos de millones de dólares en gastos.

Sin embargo, todos los escaños serán reelegidos el próximo año y algunos políticos podrían dudar sobre respaldar a un líder tan impopular.

¿QUÉ PIENSAN LOS BRASILEÑOS?

La escala de la corrupción ha sorprendido incluso a los ciudadanos más escépticos y diezmó la fe de la población en la clase política. Muchos piensan que Temer llegó al poder de forma ilegítima tras el juicio político a su predecesora. Por otra parte, docenas de políticos del todo el espectro parlamentario están siendo investigados por corrupción, subrayando la sensación de muchos brasileños de que el país está roto. Esto ha elevado el perfil y la popularidad de muchos políticos que son considerados «no tradicionales», desde el alcalde de Sao Paulo, un magnate de los medios de comunicación, a un legislador de ultraderecha que ha prometido devolver la moral a la política.

Infobae


Câmara vota segunda denúncia contra Temer e governo mede base do «dia seguinte»

A votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), marcada para esta quarta-feira (25), a partir da 9h, não deve trazer surpresas — o resultado favorável ao peemedebista já era dado como certo tanto pela base governista quanto pela oposição. Até a véspera, o principal assunto na Câmara dos Deputados já era «o dia seguinte»

A questão central para os parlamentares é qual será o tamanho da vitória, visto como determinante para medir a força do governo nos próximos meses. Um placar inferior ao da primeira denúncia –263 a 227–, pode, segundo deputados ouvidos pelo UOL, forçar a adoção de um «parlamentarismo informal», com protagonismo do Congresso.

A avaliação é que, enfraquecido, Temer terá que se submeter previamente as principais pautas do governo aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), que atuariam mais como espécie de CEOs (executivos) de uma empresa. A ele, caberia o papel de «presidente do conselho».

«Eu acho que o Congresso tem um papel fundamental nessa agenda e espero que a partir da próxima semana a gente possa ter um pilar de agendas que representem o anseio da sociedade», defendeu Rodrigo Maia em entrevista coletiva na tarde de ontem (24). «O sistema presidencialista concentra muito poder no presidente. É claro que o presidente do país de forma nenhuma perderá o seu poder após a denúncia se a decisão do plenário for rejeitar o encaminhamento da denúncia. E o presidente da Câmara e os deputados vão continuar com o mesmo espaço, com o mesmo poder, e ter um protagonismo junto com o Senado Federal de votar matérias relevantes para o Brasil», acrescentou.

«O Congresso Nacional vai precisar, diferentemente do que foi até agora, ser consultado antes que essas medidas cheguem na Casa», declarou o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), um dos vice-líderes do governo. «O governo Temer tem dito que é parlamentarista. Agora é colocar em prática», completou.

Uma vitória mais robusta, por outro lado, possibilitaria ao governo encampar propostas como alguns itens da polêmica Reforma da Previdência ou da tributária. Para isso, o importante seria garantir pelo menos, o mesmo número da primeira denúncia, que superou a maioria absoluta da Câmara (257).

Para dar prosseguimento à denúncia, a oposição precisa de pelo menos 342 votos. A base trabalha com a estimativa de que a denúncia será rejeitada por 260 a 270 deputados.

Cientes de que não têm os votos necessários para derrotar Temer, os oposicionistas pretendem adiar a votação, convencendo deputados a não registrar presença nesta quarta. O quórum para iniciar a votação é de 342 deputados. O objetivo é ganhar tempo para fazer o presidente «sangrar».

«Vamos dialogar com cada deputado, cada parlamentar, mostrando que esse é o melhor caminho, ficar em casa, não dar presença, para que o governo mostre a sua cara. A cada dia que passa nós temos ampliado nossas forças aqui», afirma o líder da minoria, José Guimarães (PT-CE).

O governo Temer após a votação, diz o deputado Silvio Costa (Avante-PE), ficará «refém da fisiologia. «Temer não está manco. Está sem as duas pernas», afirma o pernambucano.

O entendimento dos parlamentares é que a votação da denúncia, que também envolve os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), ambos do PMDB, marca o «limite do voto impopular» na Câmara.

A pouco menos de uma das eleições, mesmo governistas admitem que o governo não terá mais apoio em pautas que causem desgaste com o eleitorado, como a da Previdência. «Essa reforma morreu», comentou um deputado, reservadamente.

Segundo um deputado do DEM, partido do presidente da Câmara, o importante a partir de agora é tentar tocar uma agenda para «salvar o Brasil», independentemente de Temer.

Entenda a denúncia

A PGR (Procuradoria-Geral da República) denunciou Temer por obstrução de justiça e organização criminosa e também outros seis políticos do PMDB, entre eles Moreira Franco e Eliseu Padilha, mas esses apenas pelo segundo crime.

A acusação por organização criminosa sustenta que os sete integrantes do PMDB montaram um esquema de propina em órgãos públicos, como Petrobras, Furnas e Caixa Econômica. Temer é apontado na denúncia como líder da organização criminosa desde maio de 2016.

Temer, Moreira e Padilha têm negado a prática de qualquer irregularidade.

Para a Procuradoria, o presidente também cometeu o crime de obstrução de justiça ao dar aval para que o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, comprasse o silêncio do corretor de valores Lucio Funaro, apontado como operador do PMDB.

Em sua delação premiada, Funaro afirmou ter recebido dinheiro de Joesley para que não fechasse um acordo de colaboração. Segundo a Procuradoria, o silêncio do operador beneficiaria o grupo do PMDB próximo a Temer. O presidente nega que tenha dado aval ao executivo da JBS para os pagamentos.

A primeira denúncia contra Temer foi rejeitada pela Câmara em agosto, por 263 votos a 227.

UOL


Ato de artistas no Rio contra Temer termina com bombas de efeito moral e spray de pimenta

A manifestação organizada por artistas contra o presidente Michel Temer (PMDB), o senador Aécio Neves (PSDB-MG), entre outras bandeiras, terminou com a Polícia Militar disparando bombas de efeito moral e spray de pimenta na Cinelândia, no Centro do Rio.

Enquanto os artistas seguravam faixas na escadaria da Câmara de Vereadores, um grupo com camisas pretas se posicionou atrás. Depois, quando a maior parte dos artistas já havia ido embora, e a manifestação perdia força, os black blocs colocaram as máscaras e picharam «Fora Temer» na parte externa do Palácio Pedro Ernesto. Os policiais, então, expulsaram os manifestantes com bombas de efeito moral e spray de pimenta, e houve correria na praça.

Até as 21h, os policiais seguiam posicionados na praça. Alguns manifestantes ainda permaneciam no local, mas a maior parte do movimento havia se dispersado.

O ato começou na Candelária com palavras de ordem contra Temer, Aécio, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e mensagens contra a reforma trabalhista e a portaria que alterou as regras para que um trabalhador seja considerado em regime escravo — suspensa hoje pelo STF. O grupo fez uma caminhada na Avenida Rio Branco, em direção à Cinelândia. Outros gritos entoados na manifestação foram «Fora, Crivella», em referência ao prefeito do Rio, e «sem censura». O trânsito foi interrompido na avenida, e policiais fizeram a escolta do grupo.

O movimento foi capitaneado pelo #342 agora, liderado pela produtora Paula Lavigne, e tem a participação de outros grupos. Nesta quarta-feira, a Câmara dos Deputados deverá votar se aceita ou barra o prosseguimento da segunda denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra Temer, esta por organização criminosa e obstrução à Justiça. O nome do movimento é uma referência à quantidade de votos necessária para que a denúncia prossiga.

A manifestação foi convocada pelas redes sociais com o título «Inaceitável», uma forma de reunir as diversas bandeiras elencadas pelos participantes. Além da classe artística, há representantes de outros setores da sociedade civil no ato.

— Voltamos de uma turnê de dois anos na época da votação da primeira denúncia e vimos que a situação do país era inaceitável. Com certeza (é o pior momento desde o fim da ditadura). Existe uma onda reacionária que chegou com força — afirma Paula.

Para o ator Michel Melamed, que citou as emendas parlamentares liberada pelo governo, mais uma vez, às vésperas da votação, e a gravação de Aécio com o empresário Joesley Batista, a situação «ultrapassou qualquer limite de razoabilidade e decência»:

— Todo mundo ouviu o Aécio dizendo «tem que ser um que a gente mata ante de fazer delação» e viu o (Rodrigo) Rocha Loures (então assessor de Temer) correndo com a mala de propina. Não tem que manter isso aí. É todo mundo contra o Temer — afirmou.

As atrizes Júlia Lemmertz, Alinne Moraes e os deputados estaduais Marcelo Freixo (PSOL) e Carlos Minc (sem partido) também estão presentes. A Polícia Militar do Rio não faz estimativa de público em manifestações.

O Globo


Temer está internado por una repentina “obstrucción urológica”, informó Planalto

El presidente Michel Temer fue internado este miércoles (25), con diagnóstico de “obstrucción urológica”, por lo que deberá ser sometido a una serie de “exámenes y al debido tratamiento”, informó el Palacio de Planalto.

En una nota difundida por la Presidencia de la República, se informó que el mandatario sufrió “un malestar” durante la mañana de este miércoles, tras un acto con militares y fue atendido inicialmente por los médicos de la Presidencia.

“Se constató una obstrucción urológica y se recomendó que fuera examinado en el Hospital del Ejército, donde se encuentra para la realización de exámenes y el debido tratamiento”, dijo el comunicado.

Temer, de 77 años, se descompensó mientras la Cámara de Diputados debatía la denuncia por corrupción que la Fiscalía ha formulado en su contra, que sólo podría ser analizada por la Corte Suprema si lo avala el plenario de la Cámara, lo cual debe ser decidido este mismo miércoles.

Hace diez días el entorno presidencial admitió que se le había detectado una ligera obstrucción en una arteria coronaria, pero negó que tuviera que ser sometido a un cateterismo para corregir el problema, como habían informado los medios.

Reporte Brasil

Más notas sobre el tema