Brasil: Lula inicia caravana por nueve estados del Nordeste y será recibido por siete gobernadores

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Lula sale de caravana por el Nordeste

En un escenario en el que varios aspirantes a la sucesión de Michel Temer ya están jugando sus piezas en el tablero electoral nacional, el ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva, favorito en las encuestas, inicia hoy una caravana por la región nordeste, la más pobre de Brasil. Visitará ciudades de nueve estados e intentará ganar el respaldo de las mayorías más humildes.

La participación de Lula en las elecciones de octubre del 2018 está amenazada por una condena en primera instancia por corrupción, que, si llega a confirmarse en la cámara de apelaciones, le impedirá ser candidato.

En un escenario en el que varios aspirantes a la sucesión de Michel Temer ya están jugando sus piezas en el tablero electoral nacional, el ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva, favorito en las encuestas, inicia hoy una caravana por la región nordeste, la más pobre de Brasil. Visitará ciudades de nueve estados e intentará ganar el respaldo de las mayorías más humildes.

La participación de Lula en las elecciones de octubre del 2018 está amenazada por una condena en primera instancia por corrupción, que, si llega a confirmarse en la cámara de apelaciones, le impedirá ser candidato.

Y, si eso ocurre, de acuerdo con una encuesta aparecida ayer, el segundo favorito es el diputado ultraderechista Jair Bolsonaro, un ex miembro de Ejército que reivindica la dictadura militar, el discurso del aumento de penas para la delincuencia juvenil y la tenencia de armas.

El ex presidente iniciará en Salvador, capital del estado de Bahía, la caravana por nueve estados que terminará en Maranhao: el objetivo es repetir las caravanas históricas de las campañas del PT desde los años 80. “Lula deberá hacer un viaje popular pero deberá decirle al pueblo que si él regresa habrá crédito para consumir. Le aconsejaron que prometa que eliminará la enmienda constitucional del techo del gasto público aprobada en diciembre pasado, y así poder destinar más recursos a salud y educación. Lula, como en 1994, lo que no quiere es asustar a la clase media”, escribió ayer el diario económico Valor.

Según dijo una fuente del Partido de los Trabajadores (PT), Lula buscará fuerza en el pueblo que más fiel se comportó frente a la agrupación durante su gestión y la de Dilma Rousseff, en el período del 2003 a 2016. Los índices más fuertes de apoyo al PT están en el nordeste, la región más pobre donde incluso nació Lula. Desde Garanhuns, interior de Pernambuco, viajó en camión con su madre y hermanos al estado de San Pablo en los años cincuenta, en busca de alguna oportunidad que la industrialización ofrecía a los hijos de la sequía.

La intención de Lula es contrarrestar con su perfil popular el impacto de la condena por nueve años y medio de prisión que el juez Sérgio Moro le dictó en el ámbito de la Operación Lava Jato, al considerarlo dueño oculto de un departamento en la playa perteneciente a la empresa constructora OAS.

“Lula visitará nueve estados y será recibido por siete gobernadores que lo van a respaldar. No creemos que sea un número menor. No existe ningún dirigente hoy que tenga ese apoyo”, dijo un asistente de Lula. Relatado en forma de epopeya, el viaje servirá también para abastecer con imágenes a las redes sociales y la campaña, en caso de que no sea inhabilitado.

Viajar por el país también forma parte de la agenda del alcalde de San Pablo, el magnate ultraliberal Joao Doria, conocido por sus jugadas de marketing político, que aparece con menos de diez por ciento en la intención de voto. Pertenece al oficialista Partido de la Social Democracia Brasileña (PSDB) pero recibió un guiño del presidente Temer para animarse al escenario nacional: en su contra tiene que apenas lleva menos de un año al frente de la alcaldía de la mayor ciudad del país. Doria visitó el estado norteño de Tocantins y en Bahía, durante una visita a su colega de Salvador, fue atacado a huevazos por militantes de izquierda en plena calle.

Página 12


Lula inicia caravana pelo Nordeste com apoio de governadores e oposição de prefeitos

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inicia nesta quinta-feira (17), em Salvador, uma caravana que vai percorrer 25 municípios nos nove Estados do Nordeste durante 20 dias. No roteiro, o ex-presidente conta com apoio ou simpatia de sete dos nove governadores, mas deve enfrentar oposição pesada de prefeitos, especialmente nas maiores cidades e capitais do trajeto.

Nos 20 dias e 4.000 quilômetros, o ex-presidente participará de uma variedade de eventos, desde atos em defesa de políticas públicas da era petista até uma cerimônia de colação de grau, passando por cafés da manhã com prefeitos e políticos locais e reuniões com sindicatos e movimentos sociais da região.

Lula também receberá ao menos três títulos de doutor honoris causa, concedidos pela UFRB (Universidade do Recôncavo da Bahia), UFS (Universidade Federal de Sergipe) e Uneal (Universidade Estadual de Alagoas). Condenado na Lava Jato a 9 anos e 6 meses de prisão em julho, o petista reedita a estratégia das caravanas, usada pela primeira vez em 1993 e repetida em 2001, para fazer sua defesa e também para amarrar alianças, promover realizações de seus governos e apresentar propostas para a campanha de 2018.

A primeira parada é na capital Salvador, às 16h, onde Lula terá a companhia do governador Rui Costa (PT), mas estará bem distante do prefeito soteropolitano, ACM Neto (DEM), que na semana passada recebeu o prefeito de São Paulo e possível pré-candidato à Presidência pelo PSDB, João Doria, que foi recebido a ovadas.

Na capital baiana Lula vai andar de metrô e fará ato no estádio da Fonte Nova. Também participa do lançamento do livro «Comentários a uma Sentença anunciada – O Processo Lula».

A preparação da viagem de Lula foi marcada por percalços, como mudanças de locais por previsão de protestos e até mesmo ameaça de morte ao reitor da Uneal (Universidade Estadual de Alagoas), que vai oferecer um dos títulos honoris causa a Lula.

Todo o trajeto deve ser feito por meio rodoviário, com a pequena exceção da travessia de balsa para cruzar o rio São Francisco e chegar a Penedo (AL). Na estrada, Lula terá a companhia fixa apenas de Marcio Macedo, vice-presidente nacional da legenda e organizador da caravana.

A caravana terá um grande aparato de segurança, inclusive com «escolta» de militantes de movimentos sociais durante as viagens. Esta é a primeira fase do projeto, que prevê também caravanas no interior de São Paulo, no Sul, Sudeste e ao Norte.

Aliados e opositores no caminho

No roteiro dessas cidades, Lula vai encontrar aliados em 14 das 25 cidades visitadas –mas a maioria em pequenas cidades. A definição dos municípios, inclusive, passou por um crivo político para escolha do mapa. Das cidades escolhidas, seis são governadas por petistas (nenhuma delas é capital).

Algumas das cidades visitadas são identificadas historicamente como de oposição ao PT. É o caso é Campina Grande (PB), conhecida como uma «ilha tucana». O local é reduto do senador Cássio Cunha Lima (PSDB) e o prefeito na cidade, Romero Rodrigues (PSDB), é aliado de primeira hora. A cidade mais populosa do interior nordestino, Feira de Santana (BA), também teve vitória de opositor ferrenho: José Ronaldo (DEM).

Entre as capitais, Lula só deve contar com apoio de prefeito em Aracaju, com Edvaldo Nogueira (PCdoB); e São Luís, com Edvaldo Holanda Filho (PDT).

Nas outras cinco capitais, Lula enfrenta oposição de chefes dos municípios: além de Salvador, Maceió (Rui Palmeira-PSDB), Recife (Geraldo Júlio-PSB), João Pessoa (Luciano Cartaxo-PSD) e Teresina (Firmino Filho-PSDB) tem prefeitos de partidos da oposição. Fortaleza e Natal foram as duas capitais tiradas do mapa.

Parte do baixo apoio deve-se ao resultado pífio nas eleições de 2016, quando o PT perdeu mais de 60% das cidades que governava.

Sergipe, o mais visitado

O Estado com mais cidades visitadas será Sergipe, com cinco ao todo. Bahia terá quatro e Alagoas e Piauí, três cada uma.

Se não terá prefeitos, o ex-presidente deve contar com grande apoio de governadores. Apenas dois dos nove Estados não são aliados ou próximos a Lula, entre eles, dois peemedebistas. É o caso dos governadores Jackson Barreto (SE) e Renan Filho (AL). Renan pai e filho, inclusive, devem receber Lula em Penedo, na tarde da terça-feira (22) e acompanhar o petista em terras alagoanas.

A região tem três petistas nos governos: Wellington Dias (Piauí), Camilo Santana (Ceará) e Rui Costa (Bahia). Só quem não apoia são os governadores do Rio Grande do Norte (Robinson Faria-PSD) e Pernambuco (Paulo Câmara-PSB).

Também vai lançar, em duas capitais, a terceira etapa do Memorial da Democracia –projeto do Instituto Lula, em parceria com a Fundação Perseu Abramo, com a história da luta pela democracia no Brasil.

UOL

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