Brasil: la Policía Militar reprime a indígenas en una protesta por demarcación de tierras

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Manifestação indígena termina com flechadas e bombas na Esplanada

A manifestação de diversas tribos indígenas do Brasil na Esplanada dos Ministérios terminou em confronto com a Polícia Militar nesta terça-feira (25). Os militares precisaram usar gás e bombas de efeito moral para controlar índios que ameaçavam invadir o Congresso Nacional. A polícia recolheu cerca de 50 flechas lançadas contra os militares. Ninguém ficou ferido.

Após a confusão na entrada da Chapelaria, um dos acessos ao Congresso Nacional, os índios voltaram a ocupar o gramado em frente ao prédio e fecharam as pistas dos dois sentidos da Esplanada dos Ministérios. O grupo deixou cerca de 200 caixões pretos no local para simbolizar o “genocídio dos povos indígenas”, em uma crítica à bancada ruralista no Congresso.

O grupo protesta contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215, que transfere do Executivo para o Legislativo a palavra final sobre a demarcação de terras indígenas. Segundo manifestantes, a proposta é um “retrocesso nos direitos indígenas”.

As principais reivindicações da mobilização este ano são a retomada das demarcações de terras indígenas, o fortalecimento de órgãos de política indigenista como a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde; e o combate ao avanço da mineração em áreas indígenas, principalmente na Região Norte.

De acordo com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), 4 mil pessoas participaram da marcha. De acordo com a PM, cerca de 2 mil manifestantes estavam no local no início do protesto.

Jornal de Brasília


Indígenas acampam em Brasília para denunciar ‘maior ofensiva dos últimos 30 anos’

Cerca de 3 mil indígenas de todo o país estão em Brasília onde participam do Acampamento Terra Livre (ATL), até a próxima sexta-feira (28). Eles denunciam a «maior ofensiva contra os direitos dos povos originários nos últimos 30 anos».

Reunidos desde a segunda-feira (24) na capital federal, eles debaterão e levarão ao público a paralisação das demarcações de terras indígenas; o enfraquecimento das instituições e das políticas públicas indigenistas; e as iniciativas legislativas anti-indígenas que tramitam no Congresso.

Segundo Marcos Xukuru, cacique geral da aldeia Xukuru, a alta adesão dos povos ao acampamento é motivado pelo ano «atípico», de diversos ataques aos seus direitos. «Nossos irmãos tiveram que sair do seu território para trazer o grito de quem não pôde vir», disse o cacique à Rádio Brasil Atual.

Na tarde de nesta terça-feira (25), os indígenas realizam uma marcha pela Esplanada dos Ministérios e protestamr em frente ao Congresso contra os retrocessos em seus direitos, previstos em vários projetos em tramitação.

Marcos Xukuru conta que as políticas indígenas do governo Temer estão paralisadas e nenhuma portaria foi publicada desde sua posse. Além disso, ele afirma que a mobilização visa também pressionar o Judiciário, onde estão parados vários processos de interesse dos povos originais do país.

Ele também critica os parlamentares. Segundo ele, há cerca de 180 medidas tramitando no Congresso Nacional que são «retrocessos de direitos constitucionais garantidos», entre elas a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215, que pretende transferir a competência das demarcações e titulações de terras indígenas e quilombolas do Executivo para o Legislativo.

«A maioria do Congresso é financiada pelo agronegócio e, infelizmente, representam os interesses de empresários, não da nação brasileira», afirma.

Segundo o cronograma do acampamento, estão previstas marchas, atos públicos, audiências com autoridades dos Três Poderes, debates, palestras, grupos de discussão e atividades culturais. O ATL 2017 é promovido pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), com apoio de organizações indígenas, indigenistas, da sociedade civil e de movimentos sociais.

Rede Brasil Atual

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