Brasil: movimientos sociales protestan contra la privatización del sector energético
Na manhã desta quarta-feira, manifestantes ligados ao MST, ao Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e à Central Única dos Trabalhadores de Goiás (CUT) ocuparam o prédio da Secretaria da Fazenda, em Brasília, e a sede da Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás.
Segundo os manifestantes, a ação é para evitar a privatização do setor elétrico, que o governo federal pretende fazer vendendo as distribuidoras de energia que o sistema Eletrobrás mantém em Goiás, Rondônia, Roraima, Amazonas, Piauí, Alagoas e Acre.
A ocupação ocorre em paralelo a uma audiência com os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Ricardo Berzoini, em Brasília, marcada para às 10h desta quarta.
O encontro com os ministros servirá para debater o setor elétrico e o plano do governo federal de privatizar as distribuidoras de energia da Eletrobrás.
Segundo os manifestantes, já se sabe que o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, conversou com seus pares da Casa Civil e da Secretaria-Geral da Presidência para estudar alternativas que evitem a privatização das distribuidoras de energia elétrica.
Audiência pública
Enquanto isso foi programada para o dia 3 de fevereiro, em Goiânia, com a participação do Ministério das Minas e Energia, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de entidades que contestam o processo de privatização da Celg-D, uma audiência pública para discutir amplamente o assunto com todos os setores envolvidos.
Conforme as regras divulgadas no final do ano, caso seja levada adiante, a Eletrobrás – que é detentora de 51% das ações da distribuidora goiana – poderá vender os ativos da empresa em leilão a ser promovido pela BM&F Bovespa no final de janeiro. Em junho de 2015, a Assembleia Legislativa de Goiás já tinha autorizado a venda de outros 49% de ações da empresa, pertencentes ao Estado.
O aviso da audiência foi divulgado no Diário Oficial da União. Os movimentos populares, em paralelo, atos contra a privatização destas distribuidoras de energia – que além da Celg, acontece em outros seis Estados brasileiros.