Baja concurrencia en marchas a favor del impeachment contra Dilma en Brasil: organizadores aducen “poco tiempo de difusión”

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Líder do Vem Pra Rua diz que fracasso de público foi o ‘pouco tempo de divulgação’

Um dos líderes do movimento Vem Pra Rua, Rogério Chequer disse à Agência Brasil que o fracasso de público na mobilização a favor do impeachment da presidenta Dilma Rousseff neste domingo (13), na avenida Paulista, ocorreu pela falta de tempo para divulgação.

“Houve muito pouco tempo de divulgação. É normal que um movimento com menos tempo de divulgação tenha menos gente. Não nos surpreende”, ressaltou. Segundo o líder do Vem Pra Rua, a mobilização é importante para pressionar os parlamentares. “É preciso que esses deputados, já a partir de agora, se posicionem e mostrem a sua posição com relação ao impeachment.”

O líder do Movimento Brasil Livre, Kim Kataguiri, também tentou justificar o público menor com o mesmo argumento: “A gente teve muito pouco tempo para divulgar e organizar essa manifestação”.

A PM informou que a manifestação reuniu 30 mil pessoas. Já segundo o Datafolha, o ato na Paulista reuniu 40.300. De qualquer modo, é o número mais baixo nas manifestações deste ano: em março foram 210 mil; em abril, 100 mil; e em agosto, 135 mil. Em relação à primeira manifestação, o público de hoje teve uma queda de 80% pelo menos.

Desde o final da manhã, manifestantes favoráveis ao impeachment foram à Paulista. Vários carros de som foram estacionados ao longo da via, que, aos domingos, tem o tráfego de veículos interrompido. Os participantes do ato vestiam camisas amarelas ou traziam adereços, como lenços, faixas e pintura de rosto com as cores da bandeira nacional.

A Rede Globo mostrou a manifestação em Florianópolis, com cerca de 300 pessoas, e disse que a coordenação do movimento não quis fazer estimativa de participantes. A emissora informou também que um dos carros de som da Paulista pediu a saída da presidenta Dilma e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). No fim da tarde, a emissora não mostrava mais imagens da concentração.

Acompanhado da esposa e das duas filhas, de 7 e 5 anos, o administrador Eduardo Longo disse acreditar que o protesto é parte de um momento histórico. “A gente não aguenta mais este governo. Primeiro, a corrupção está enorme. Depois, as medidas econômicas, as pedaladas fiscais e uma série de subsídios para setores escolhidos. Coisas que não incentivam uma economia livre”, reclamou.

Longo ressaltou que não é entusiasta de um possível governo Michel Temer, mas considera a possibilidade de o vice-presidente assumir o cargo, caso ocorra o impeachment, como um passo necessário para mudança de rumos no país. “Como foi com o (ex-presidente e atual senador) Fernando Collor, lá atrás, o Itamar Franco foi um governo de transição. Ou seja, você saiu de um polo e foi para o outro.”

Além dos grupos que pedem a destituição de Dilma, aproveitam a mobilização militantes da campanha pela redução de impostos promovida pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), e partidários da volta do regime militar.

Rede Brasil Atual

Com adesão menor, movimentos protestam em favor do impeachment

Milhares de pessoas fora às ruas de mais de 100 cidades no Brasil defender o impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) neste domingo 13, em atos com adesão marcadamente inferior às dos três protestos anteriores contra a petista.

Os protestos deste domingo foram os primeiros desde que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acatou o pedido de impeachment apresentado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal contra Dilma. Foram os primeiros, também, no qual o PSDB fechou questão a favor da remoção da presidenta.

Se as forças políticas anti-Dilma se uniram, as ruas se dispersaram. As manifestações registraram participação menor do que os protestos de agosto, nos quais centenas de milhares de pessoas foram às ruas contra o governo federal.

Em São Paulo, a Polícia Militar estimou em 30 mil a quantidade de manifestantes que se reuniram na Avenida Paulista, no centro da capital. O Instituto Datafolha estimou em 40,3 mil o número de manifestantes, uma dimensão bem menor que a dos protestos de 16 de agosto. Naquele dia, a organização estimou a participação de 1 milhão de pessoas, enquanto a PM divulgou o número de 350 mil e o Instituto Datafolha apontou 135 mil manifestantes.

No Rio de Janeiro, apenas 5 mil se reuniram na orla de Copacabana neste domingo. Em agosto, a PM não divulgou uma estimativa da dimensão da manifestação. Em Brasilia, cerca de 5 mil pessoas protestaram em frente ao Congresso Nacional, segundo a PM. Em agosto, foram 25 mil.

Neste domingo, aproximadamente 7 mil pessoas estiveram na manifestação no Recife, segundo estimativas da PM e dos organizadores. Em Belo Horizonte, a polícia estima em 3 mil o número de participantes, enquanto os organizadores falam em 6 mil.

Os protestos convocados por grupos como o Vem Pra Rua e Movimento Brasil Livre ocorreram no aniversário de 47 anos da implementação do Ato Institucional nº 5 (AI-5) pela ditadura, que deu plenos poderes ao então presidente-marechal Artur da Costa e Silva, além de permitir o fechamento do Congresso, institucionalizar a censura prévia e suspender habeas corpus em casos de crimes políticos.

Avenida Paulista é palco dos protestos em São Paulo

Na Avenida Paulista, os manifestantes utilizaram diversos carros de som ao longo da via, que, aos domingos, tem o tráfego de veículos interrompido. Muitos participantes do ato vestiam camisas amarelas, com adereços e pinturas de rosto com as cores da bandeira brasileira.

A participação popular foi bem menor do que em atos anteriores contra o governo federal. O líder do Movimento Vem Pra Rua, um dos organizadores do protesto, Rogério Chequer, admitiu que a manifestação de hoje deve ser menor do que outras ocorridas ao longo deste ano. “Houve muito pouco tempo de divulgação. É normal que um movimento com menos tempo de divulgação tenha menos gente. Não nos surpreende”, disse.

Segundo Chequer, a mobilização é importante para pressionar os parlamentares. “É preciso que esses deputados, já a partir de agora, se posicionem e mostrem a sua posição com relação ao impeachment.”

Acompanhado da esposa e das duas filhas, de 7 e 5 anos, o administrador Eduardo Longo disse acreditar que o protesto é parte de um momento histórico. “A gente não aguenta mais este governo. Primeiro, a corrupção está enorme. Depois, as medidas econômicas, as pedaladas fiscais e uma série de subsídios para setores escolhidos. Coisas que não incentivam uma economia livre”, reclamou.

Além dos grupos que pediam a destituição de Dilma, aproveitaram a mobilização militantes da campanha pela redução de impostos promovida pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), e partidários da volta do regime militar.

Apenas 5 mil se reúnem no Rio de Janeiro

No Rio, os manifestantes pediam na Praia de Copacabana a saída de Dilma Rousseff e a convocação de novas eleições. Também havia um número grande de pessoas defendendo a saída do vice-presidente Michel Temer e de Cunha.

«A corrupção mata neste país. Tem que tirar todo mundo. Eu temo o Temer. Quero novas eleições», disse a biomédica Ana Lúcia Fragoso Kneip, que levava um cartaz onde estava escrito: «Fora, Renan e Eduardo Cunha», com as siglas PT e PMDB riscadas com um xis.

A professora universitária Silvia Soares também defendia mudanças gerais, com a convocação de novas eleições: «A Dilma é só uma pessoa. Não adianta tirar só ela. O problema é o nosso sistema corrupto. A gente tem que mudar o sistema político. Tem que haver uma cassação de chapa, porque se o Temer foi eleito com dinheiro roubado, ele tem que sair junto com ela [Dilma]. A solução é chamar novas eleições», afirmou.

Para a aposentada Sandra Maria Bernhardt, o principal objetivo é a saída de Dilma da Presidência. «Que a Dilma saia e o Temer assuma, por enquanto. É o que temos para o momento», disse Sandra, que fez questão de comparecer à passeata, apesar do calor forte, em uma cadeira de rodas.

Protestos no Congresso Nacional

Em Brasília, o ato fechou as vias da Esplanada dos Ministérios e reuniu de 5 mil a 6 mil pessoas, de acordo com a PM, e 30 mil, segundo os organizadores. Os manifestantes seguiram do museu da República até o Congresso Nacional, com faixas contrárias à política fiscal e também a favor da cassação de Cunha.

Os organizadores da marcha anti-Dilma se mostraram descontentes com a baixa participação popular na capital federal.

Havia ainda bonecos infláveis do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma, representada com um nariz do personagem Pinóquio. Os protestos se concentraram em dois locais: Museu da República e em frente ao Congresso.

Carta Capital

Congresso terá semana agitada com votações e processo de impeachment

O Congresso Nacional terá uma das semanas mais agitadas do ano em função das votações de vetos e matérias orçamentárias, que precisam ser apreciadas antes do final deste ano. Essa é praticamente a última semana legislativa de 2015, já que deputados e senadores devem entrar em recesso parlamentar ainda nesta semana. Mas não são as votações que vão agitar mais o Parlamento.

A maior expectativa dos deputados e senadores é com a decisão que o Supremo Tribunal Federal (STF) deverá proferir na quarta-feira (16) sobre o rito de tramitação do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Isso, porque o ministro Edson Fachin, do STF, suspendeu a tramitação do processo até uma decisão do pleno da Corte, em sessão marcada para quarta-feira. Se houver pedido de vista do voto de Fachin a decisão poderá ficar para o ano que vem, porque o Judiciário entra de recesso na sexta-feira (18).

Toda a sequência da tramitação do processo de impedimento da presidenta Dilma depende da decisão a ser tomada pelo pleno do Supremo. Quarta-feira da semana passada (9), o ministro Fachin suspendeu a tramitação do processo, atendendo ação do PCdoB sobre a validade da Lei 1.079/50. Com isso, a eleição suplementar para preencher as 26 vagas de titulares na comissão especial encarregada de analisar o pedido de abertura do processo foi adiada.

Outro assunto que vai movimentar a semana no Parlamento é a discussão, no Conselho de Ética da Câmara, do parecer sobre a representação movida pelo PSOL e pela Rede contra o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por quebra de decoro parlamentar. Na semana passada, o relator original do processo, deputado Fausto Pinato (PRB-SP), foi retirado da relatoria do caso. No lugar dele ficou o deputado Marcos Rogério (PDT-RO). O novo relator disse que vai apresentar parecer na terça-feira (15), e se não for votado, poderá ficar para o ano que vem.

O relator do Orçamento-Geral da União para o ano que vem, deputado Ricardo Barros (PP-PR), disse que vai apresentar relatório final nesta segunda (14) ou, no máximo, terça-feira (15) à Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional. Barros informou que a ideia é votar o relatório na comissão, na quarta-feira pela manhã, para que o mesmo seja votado à noite no plenário do Congresso.

Na terça-feira, às 19 horas, haverá sessão do Congresso para apreciação de vetos presidenciais a projetos de lei aprovados pela Câmara e pelo Senado. Esses vetos trancam a pauta e impedem a apreciação de outras matérias. Depois de apreciados os vetos, deputados e senadores devem votar os projetos da Lei de Diretrizes Orçamentária e o Plano Plurianual (PPA). Segundo o deputado Ricardo Barros, o Orçamento só pode ser votado depois que o Congresso aprovar o PPA.

EBC

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